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Da Maneira Errada

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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por JuhSalvatore Sex Jan 18, 2013 9:08 am

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk' pqp, consegui pensar cocozinho.
já pensou em escrever comédia? sério, pensa nisso.

NÃAAAAO, VOLTAAAA! olha, tá pertinho já, só não posto agora pq não dá mermo por essa net, mas não desiste não... mimimi
vou alí me jogar das Cataratas do Iguaçu e já volto. kk'
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por Corvo Dom Jan 20, 2013 5:23 pm

JuhSalvatore escreveu:kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk' pqp, consegui pensar cocozinho.

Estou chocado com sua mente suja, senhorita. Eu não disse nada que pudesse ser mal-interpretado. Cadê sua inocência? <---- cara-de-pau

JuhSalvatore escreveu:já pensou em escrever comédia? sério, pensa nisso.

Não dá, eu sou um rapaz muito sério e introvertido.

JuhSalvatore escreveu:NÃAAAAO, VOLTAAAA! olha, tá pertinho já, só não posto agora pq não dá mermo por essa net, mas não desiste não... mimimi

Haha. Isso foi bonitinho, na real. ~
Tá bom, eu vou ficar pra ver você escrever uma cena para maiores de 18 anos pra ler a continuação da história.
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por JuhSalvatore Seg Jan 21, 2013 6:48 pm

Corvo escreveu:
JuhSalvatore escreveu:kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk' pqp, consegui pensar cocozinho.

Estou chocado com sua mente suja, senhorita. Eu não disse nada que pudesse ser mal-interpretado. Cadê sua inocência? <---- cara-de-pau

JuhSalvatore escreveu:já pensou em escrever comédia? sério, pensa nisso.

Não dá, eu sou um rapaz muito sério e introvertido.

JuhSalvatore escreveu:NÃAAAAO, VOLTAAAA! olha, tá pertinho já, só não posto agora pq não dá mermo por essa net, mas não desiste não... mimimi

Haha. Isso foi bonitinho, na real. ~
Tá bom, eu vou ficar pra ver você escrever uma cena para maiores de 18 anos pra ler a continuação da história.

Magiiiina! Foi tudo tão límpido e sem duplo sentido... /não
sério? introvertido? uéee, se você diz, quem sou eu pra dizer que não? kk'
awnnn, foi bonitinho *-*
ahaaaam, só pra ler a continuação, né? safadjenho. kk'
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por JuhSalvatore Seg Jan 21, 2013 6:58 pm

Capítulo dedicado ao Corvo, que docemente me disse que leria para ver a cena para maiores de 18 a continuação da história. kk'
Espero que tenha ficado bom, mas eu duvido muito. Anyway, obrigada por lerem, e obrigada a mamis Jaque por me motivar a fazer essa cena tão revoltante, porém necessária.
Boa leitura, e podem dizer com sinceridade como ficou o capítulo. Juro que vou aceitar e ficar honrada com suas críticas.
Beijoos, e obrigada de novo.

~~*~~*~~*~~

Capítulo 3
Só mais uma tortura cotidiana.


A garota se debateu, mas sabia que, apesar de qualquer esforço, não tinha mais volta. Há muito tempo havia aprendido que, uma vez que o pai começasse com a ação, ele não parava mais, não se pudesse evitar. E essa era uma daquelas vezes que ele poderia muito bem evitar.

Ela ainda estava deitada no chão. O homem prendeu seus braços com as duas pernas ao longo do corpo; agarrou seus cabelos e jogou sua cabeça contra o duro piso da sala, tonteando-a e tornando-a de mais fácil controle. Rápida e habilmente, foi tirando a roupa da garota, peça por peça. Em poucos instantes, ela estava nua.

As lágrimas corriam pelo seu rosto, em uma súplica nada silenciosa por piedade.

- Por favor... não. – ela dizia, repetidamente, tentando se fazer ouvir, pelo menos dessa vez.

- Você sabe que não. – ele falou, enquanto, ainda com as pernas prendendo seus braços, abriu o zíper da própria calça.

Depois daquele momento, foi tudo muito rápido. John virou a garota de costas e prendeu seus dois pulsos ao chão com uma mão apenas. Apesar da magreza, ele era um dos homens mais fortes que Emma conhecia, e ela sabia que, por mais que tentasse se debater, não escaparia daquela tortura, a não ser que ele a libertasse.

E ela realmente não tinha esperanças de que isso fosse acontecer.

Demorou apenas mais alguns poucos segundos até que ela fosse literalmente arrastada até o quarto e tivesse seus braços presos à cabeceira de ferro da cama, tão fortemente que não havia como escapar. A garota estava, novamente, condenada à mais uma tortura. Outra daquelas agonias que há dez anos vinha sofrendo.

O homem tirou o restante da roupa, revelando à Emma seu membro rijo, forçando-a a aceita-lo dentro de sua boca, forçando a garota a fazer movimentos ritmados com a cabeça enquanto as lágrimas lhe cortavam a face.

Emma tentou gritar, mesmo sabendo que aquilo não traria bons resultados. Como de costume, John retirou de baixo do colchão um pedaço de pano branco e amordaçou a garota rapidamente, prendendo dentro da mesma o grito que tanto ansiava por libertar.

- Vamos lá, garotinha! Se comporte! – repetia ele. – Você sabe bem como funciona!

E dizendo isso, ele prostrou-se de joelhos e, forçando as pernas da filha a se abrirem, penetrou-a tão bruscamente que ela achou que poderia morrer.

- Eu sei que você gosta, sua vadia. Eu sei que sente prazer nisso. – dizia ele, no ouvido da garota, e estocava ainda mais forte, ainda mais brusco.

E foram mais incontáveis movimentos ritmados, enquanto Emma fazia qualquer coisa que permitisse-a libertar-se, lutando contra o corpo do pai, que, insaciável e dotado da prática de anos, não deixava-se vencer.

O tempo passou para Emma como horas, enquanto o pai revezava entre penetrá-la e substituir a mordaça novamente pelo seu rijo membro, logo a amordaçando em seguida.

E, finalmente, o pai chegou ao ápice, enquanto as lágrimas da garota molhavam o travesseiro. Ele descansou por alguns instantes, tentando recuperar a respiração, e saiu de dentro da filha completamente, deixando-a desnorteada, tonta e enjoada, enquanto seu corpo nu vagava até o bar para pegar uma dose de uísque.

John ficou bebendo e olhando para o corpo nu de Emma, aquele santuário que ele havia novamente violado, debatendo-se por sobre o colchão de sua cama. E então, como se aquela fosse a maior piada do século, deparando-se com os olhos cheios de ódio e nojo da filha, ele riu. Riu como jamais havia rido antes.

E a morena novamente desejou que o pai morresse ali, naquele momento, bem na sua frente. Então, seria ela a rir. E ah, como ela riria.

~~*~~

Emma olhou-se no espelho, avaliando os estragos. Seus seios estavam cheios de vergões, marcas de fortes apertões. Os pulsos ainda tinham a marca das amarras, vermelhos e sangrando onde o tecido a prender na cama. Suas coxas possuíam marcas de mordidas, de onde escorriam vários finos filetes de sangue. Sua virilha e seu sexo... como sempre, era melhor não avaliar os estragos daquela área. De qualquer maneira, ela o fez. As cicatrizes. A pureza que jamais voltaria. O roxo, o inchaço, a dor. Estava tudo lá, como sempre esteve.

E ela não precisava enxergar suas costas para perceber que as cicatrizes ainda estavam lá, e que as novas marcas latejavam em sua fina pele. Ela era um monstro, cheia de marcas eternas da tortura pela qual era obrigada a passar.

Ah, se ao menos Lisa estivesse longe do alcance daquele crápula, segura e protegida... então ela poderia fugir, sabendo que ninguém seria penalizado por seus atos.

E o pior: ela não era uma assassina. Não seria capaz de mata-lo. Não tinha essa coragem. Era covarde, e por isso passava por toda a dor sem nada dizer. E cada vez em que se mexia, a dor dilacerante, latejante e crescente no fundo do seu ventre a lembrava de que ela jamais seria feliz.

Mesmo quando se livrasse de seu pai, as marcas, a dor, o trauma... estaria tudo ali, acompanhando-a pelo resto de seus dias.

Só havia uma coisa a ser feita, e ela não podia mais adiar. Era inevitável, já havia sido planejado. Apenas faltava colocar em prática tudo o que há tempos ela refletia sobre fazer.

Colocou uma camiseta grande suficiente para vesti-la por completo. Correu de encontro a papel e caneta e escreveu um bilhete, em letras tremidas.

“Leve Lisa embora o mais rápido possível. Ela corre o risco de passar pelo que eu passei, pelo motivo pelo qual fiz o que fiz. Por favor, não a deixe passar por isso. Eu imploro, ela é apenas uma criança.

Emma.”


Colocou-o em um envelope endereçado e correu até a caixa de correio em frente a sua casa, sem nem ver o mundo exterior. Amaldiçoou aos muros da propriedade por a privarem daquele último momento, daquela última chance de ver o mundo que a rodeava.

Agora era definitivo. Uma vez entregue a carta rumo ao seu destino, não havia mais nada que pudesse ser feito. Escreveu rapidamente um bilhete de despedida, contando absolutamente tudo pelo qual passou e pedindo que, por misericórdia, o tio levasse aquela história ao conhecimento de todos, e colocou-o entre as coisas de Petter.

Então preparou-se, e quando pulou, sabia que tudo havia acabado. E a água fria banhou seus cabelos pelo que seria a última vez.

Emma quase sentiu paz naquele momento.


Última edição por JuhSalvatore em Qua Jan 23, 2013 10:28 pm, editado 1 vez(es)
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por Corvo Ter Jan 22, 2013 10:19 pm

PERAÊ, MERMÃO, COMASSIM?!! Morre não, Emma! Muita calma nessa hora! Vai ficar tudo bem! Eeeeeeei! Volta aquiiii!


Juh. Salva ela! Vaaai! Te dou 1 real!


olhos cheios de ócio e nojo da filha

"Ódio e nojo", não?


Ficou bem forte, a leitura. Cruel. Não deve ter sido fácil pra você escrever, mas é sempre uma conquista criar algo que sai da nossa zona de conforto. Você trabalhou com vários sentimentos bastante negativos, e um particularmente difícil de demonstrar é aquela sensação de estar "sem saída", onde parece não haver luz alguma no fim do túnel. Mas cê passou isso bem pro leitor.

Curti a intensidade e a ousadia.


Dessa vez você não terminou o capítulo com...

~~*~~*~~*~~ <---- essa porra aqui

Tem alguma razão especial, ou tu é uma esquecida desastrada mesmo?


Ah, e a parte MAIS IMPORTANTE DO CAPÍTULO TODO:

Capítulo dedicado ao Corvo, que docemente me disse que leria para ver a cena para maiores de 18 a continuação da história. kk'

Morram de inveja, virei VIP.
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por JuhSalvatore Qua Jan 23, 2013 10:36 pm

PERAÊ, MERMÃO, COMASSIM?!! Morre não, Emma! Muita calma nessa hora! Vai ficar tudo bem! Eeeeeeei! Volta aquiiii!


Juh. Salva ela! Vaaai! Te dou 1 real!


Pode ficar tranquilo, more. Não matarei ela não. kk' Mas eu aceito o real pra inteirar no dinheiro do meu toddyinho, se não for abuso. ^^

"Ódio e nojo", não?
THIS! Valeu, já corrigi, viu? Erros de digitação!
Obrigada por avisar, viu? *-*

Ficou bem forte, a leitura. Cruel. Não deve ter sido fácil pra você escrever, mas é sempre uma conquista criar algo que sai da nossa zona de conforto. Você trabalhou com vários sentimentos bastante negativos, e um particularmente difícil de demonstrar é aquela sensação de estar "sem saída", onde parece não haver luz alguma no fim do túnel. Mas cê passou isso bem pro leitor.

Curti a intensidade e a ousadia.


\o/ *We are the champion, my frieeeends!*
I did it! kk' Que bom que gostou! *-* Foi, tipo, a coisa mais difícil que eu já fiz em toda minha vida! Mas fico feliz em saber que me saí bem... apesar de ainda achar que isso é mais um comment motivador que uma realidade. kk'
Obrigada mesmo assim Smile

Dessa vez você não terminou o capítulo com...

~~*~~*~~*~~ <---- essa porra aqui

Tem alguma razão especial, ou tu é uma esquecida desastrada mesmo?


Tudo bem que eu sou uma esquecida desastrada, mas dessa vez o motivo é outro: eu comecei o cap assim, aí não vi um motivo realmente convincente para pôr no final tbm. Fez falta?

Ah, e a parte MAIS IMPORTANTE DO CAPÍTULO TODO:

Capítulo dedicado ao Corvo, que docemente me disse que leria para ver a cena para maiores de 18 a continuação da história. kk'


Morram de inveja, virei VIP.


Volta e meia eu dedico de novo, se vc for bonzinho. kk'

Obrigada por ler e comentar, viu? Me divirto demais com seus comments, e eles me fazem bem... Volte quando quiser, viu? ^^
Beijoos =**
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Mensagem por Corvo Dom Jan 27, 2013 5:29 pm

JuhSalvatore escreveu:Pode ficar tranquilo, more. Não matarei ela não. kk' Mas eu aceito o real pra inteirar no dinheiro do meu toddyinho, se não for abuso. ^^

Fiquei tão feliz que ela não bateu as botas que vou te dar é um 1 real e 10 centavos.
Sim, meu coração é gigante e minha generosidade é infinita.

JuhSalvatore escreveu:Foi, tipo, a coisa mais difícil que eu já fiz em toda minha vida!

Você nunca comeu beterraba? 10x mais difícil. Uma vez minha vó me obrigou e até hoje tenho certeza que ela queria me matar pra poder alugar meu quarto e conseguir uma graninha.

JuhSalvatore escreveu:Mas fico feliz em saber que me saí bem... apesar de ainda achar que isso é mais um comment motivador que uma realidade. kk'

Tem que levar várias coisas em consideração. Foi a primeira vez que tu fez uma cena assim, o tema é pesado, a escolha das palavras tem que ser cuidadosa, tem que ficar condizente com o clima da história...

Porra, cê se saiu bem sim. Pode fazer dancinha e gritar "YES!" que eu deixo.

JuhSalvatore escreveu:Tudo bem que eu sou uma esquecida desastrada, mas dessa vez o motivo é outro: eu comecei o cap assim, aí não vi um motivo realmente convincente para pôr no final tbm. Fez falta?

Fez TODA falta, oras. Fiquei absolutamente revoltado quando não vi o trocinho. Quase te xinguei.

JuhSalvatore escreveu:Me divirto demais com seus comments, e eles me fazem bem... Volte quando quiser, viu? ^^

Me dá uns goles do teu toddynho que a gente fica mó beleza, Juh. <3
E escreve um final bem feliz pra Emma, que eu sou igual empregada doméstica assistindo novela e fico torcendo pros personagens acabarem de boa ("Nãããão, Maria das Dores! Não case com o Luís Eduardo! Ele tá te enganaaaando, sua burra!").
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por JuhSalvatore Dom Jan 27, 2013 5:43 pm

Fiquei tão feliz que ela não bateu as botas que vou te dar é um 1 real e 10 centavos.
Sim, meu coração é gigante e minha generosidade é infinita.


\o/ 1,10 mais próxima do meu toddynho! obrigada, Senhor Supremo da Generosidade!

Você nunca comeu beterraba? 10x mais difícil. Uma vez minha vó me obrigou e até hoje tenho certeza que ela queria me matar pra poder alugar meu quarto e conseguir uma graninha.

Realmente, essa talvez supere. kk' mas beeem pouquinho.

Tem que levar várias coisas em consideração. Foi a primeira vez que tu fez uma cena assim, o tema é pesado, a escolha das palavras tem que ser cuidadosa, tem que ficar condizente com o clima da história...

Porra, cê se saiu bem sim. Pode fazer dancinha e gritar "YES!" que eu deixo.

Não, tenho vergonha de fazer dancinhas. kk' Maaaas fico feliz imóvel e silenciosamente, pode?

Fez TODA falta, oras. Fiquei absolutamente revoltado quando não vi o trocinho. Quase te xinguei.

O.O ooooh fuck, não esquecerei mais do trocinho, prometo. Me deixa viver? kk'

Me dá uns goles do teu toddynho que a gente fica mó beleza, Juh. <3
E escreve um final bem feliz pra Emma, que eu sou igual empregada doméstica assistindo novela e fico torcendo pros personagens acabarem de boa ("Nãããão, Maria das Dores! Não case com o Luís Eduardo! Ele tá te enganaaaando, sua burra!").


Geralmente eu sou muito controladora quando o assunto é o meu toddynho, mas dessa vez eu acho que posso abrir uma exceção. (:
Escreverei, prometo. Mesmo pq eu amo finais felizes, e conflitos amorosos entre Maria das Dores e Luís Eduardo. kk' tá, parei.
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Mensagem por JuhSalvatore Ter Jan 29, 2013 3:12 pm

Capítulo 4
A Pureza Que Só a Morte Tem.


A escuridão. Ela sentiu a água tocando sua face, acariciando sua tez branca, lavando de si toda a impureza, curando todas as cicatrizes.

Aquela era uma forma poética de morrer. Não a mais garantida, nem a mais agradável, porém, de alguma maneira, parecia a mais correta, a mais adequada. Como se as águas fossem tornar seu passado tão cristalino quanto as próprias, a medida que o ar esvaziasse de seus pulmões.

A ideia, na verdade, surgira de um filme que ela havia assistido há algum tempo, quando o pai ainda lhe dava algo para diminuir uma pequena fração da tortura que ele a causava.

Uma bigorna. Emma nunca entendera por que o pai possuía uma bigorna perto da piscina. Objeto decorativo, ela achava. Era difícil definir, mesmo por que, ela fora àquela piscina poucas vezes em toda sua vida.

A velha piscina ficava aos fundos do terreno da casa, e costumava ser a diversão da garota quando ela ainda não havia vivido o inferno que vivera nos últimos anos. Quando tudo começou, a vergonha fora grande demais para deixa-la voltar àquele lugar, mesmo nos dias mais quentes.

Principalmente por que fora exatamente ali que seu pai a abusara pela primeira vez.


Flashback

Ela brincava nas águas frescas do local quando seu pai apareceu. Durante algum tempo, ficara observando a garota brincar sem dizer nada, sentado em cima da bigorna decorativa que fora posicionada na beira da água. Apenas silenciosamente observando.

Fazia dois dias que seu tio havia se mudado da casa, ido para outra cidade trabalhar em outro emprego que Emma não entendia bem. Ela tinha nove anos na época.

Foi tudo muito rápido. John entrara na água com aquela que era uma criança na época, despiu-se assim como a despiu e obrigou-a a encostar em seu membro. Apalpou-a, enquanto ela gritava e pedia por socorro. A dor que Emma sentiu quando ele a penetrou era grande demais para qualquer um. Era indescritível. Ela sentiu-se imunda, violada, e naquela época nem entendia direito a gravidade do que acabara de acontecer.

Durante três dias, ela chorou em seu quarto toda vez que ficava sozinha. E o pai cruelmente repetiu o ato. Uma, duas, três vezes no mesmo dia.

Mal sabia ela, naquele momento, que aquilo tudo continuaria pelo que seria o resto de sua curta vida.



Parecia mais poético ainda terminar ali, onde tudo começara. Onde o fim começara.

Foi fácil demais pôr em prática a primeira parte. Ela prendeu uma corda ligando a bigorna a seu pulso, da maneira especial de escoteiros que Petter havia lhe ensinado. Depois, com muita força, a empurrou até a beirada mais funda da piscina. Sentou-se na borda e, dando o último suspiro, tomada por uma felicidade indescritível, usou o resto de sua força para empurrar a bigorna para o fundo da água límpida que seu pai tanto amava cuidar.

E então, fora tragada pelas águas, sem ter como erguer-se. A corda era curta demais para que ela pudesse tirar a cabeça da água. Tinha certeza de que morreria afogada naquele exato instante.

Ela poderia ter cortado a veia da garganta, tomado uma overdose de remédios, atirado em si própria. Mas no fundo, sabia que não teria coragem de fazê-lo. Era ali que ela deveria estar, ali onde tudo deveria terminar. Sempre soube disso.

E agora, enquanto ela já não conseguia mais segurar a respiração e a água fora tragada para seus pulmões, quando ela desistira de debater-se por instinto, sabia que esse momento, o ato final, havia finalmente chegado.

~~*~~

Petter abriu a porta da casa, cheio de sacolas em mãos. Largou tudo na cozinha e pegou o bilhete em cima da mesa. Era de John, dizendo que iria sair com alguns amigos para tomar uma cerveja, e que voltaria em duas horas.
~
Juntou o ursinho de pelúcia que ele havia comprado de presente para a sobrinha – era um presente infantil para uma garota de dezenove anos, mas Petter sabia que Emma amava – e saiu, a procura dela.

Por algum motivo estranho, uma sensação não muito agradável dizia para procura-la na piscina. Então ele dirigiu-se exatamente para lá.

O pânico tomou o moreno quando ele avistou o corpo da sobrinha submerso. Em uma fração de segundos, Petter já estava mergulhando, sentindo o choque que a água fria lhe proporcionava, desatando o nó de escoteiro que ligava o pulso da garota a uma enorme bigorna pesada, que de alguma maneira arrastou a garota ao fundo.

Assim que o nó desfez-se, o corpo de Emma já havia sido arrastado para fora da água. Petter jogou-a no chão e, movido pelo desespero, começou a pôr em prática as medidas de emergência que aprendera na escola militar.

As lágrimas escorriam pelo rosto do homem. Emma não podia morrer, isso não podia acontecer! Aquela doce, meiga e gentil garota não poderia estar morta, não daquela maneira, não tão cedo.

E quando a euforia por ver a sobrinha cuspir de volta toda a água que havia respirado passou, enquanto ela ainda recuperava-se lentamente da experiência de quase morte e tinha toda a assistência necessária, Petter começou a pensar sobre como tudo aquilo havia acontecido. Será que alguém havia jogado sua menina na piscina?

Mas, por mais que quisesse acreditar nisso, ele sabia que não era verdade. E enquanto a água escorrendo de seus cabelos misturava-se às lágrimas que teimavam em descer por sua face, ele soube que ela tentara tirar a própria vida.

Afinal, era o seu nó. O nó dos dois. Aquele que só os dois sabiam fazer, mas que somente ele sabia a maneira correta de desatar.

O nó que ele a ensinara prendia o pulso da sobrinha na bigorna. E ela havia o feito. Ela quase se matara.

~~*~~

Depois que a água tinha saído dos pulmões da jovem garota, ela acabou por desmaiar nos braços de Petter. Ele então, sentindo-se completamente desconfortável com a situação, despiu-a, deixando-a de lingerie, para trocar suas roupas, que estavam encharcadas.

Observou atentamente, por alguns instantes, as marcas espalhadas por todo o corpo da sobrinha. Mordidas, arranhões, cicatrizes, feridas abertas, vergões... pelo amor de Deus, o que vinha acontecendo com sua pequena Miss Sunshine? Quais os tipos de atrocidade ela vinha sofrendo?

Não suportando mais aquela visão, ele vestiu nela um roupão, com muita dificuldade. Deitou-a na cama do quarto em que ele próprio dormia, enquanto trocava de roupas. Não queria tirar os olhos dela, tinha medo de que algo acontecesse, apesar de muito improvável.

Trocou-se, passando uma toalha nos cabelos molhados, sem nunca tirar os olhos da garota. Depois, quando já estava seco, deitou-se ao seu lado, por cima do cobertor que cobria a garota, e começou a cantarolar Smile, enquanto a garota dormia.

Sabia que o correto era leva-la para o hospital, e sabia também que deveria se assustar com o fato de a garota estar dormindo. Mas aquela sensação, não a mesma que o levara para a piscina, mas uma sensação boa e calorosa, dizia-lhe que ela estava bem. Que tudo iria ficar bem.

E no fundo, ele sabia que sim.

~~*~~

Emma abriu os olhos e sentiu a claridade feri-los. Confusa, tateou o espaço ao seu redor. Mas como podia estar ainda viva? Será que tudo havia sido apenas um estranho, vívido e intenso sonho?

Passou a mão pelos fios morenos de seus cabelos, sentindo-os molhando um travesseiro que não era o dela. Então, havia sido real. Abriu os olhos novamente, dessa vez tentando acostuma-los à claridade. E quando finalmente conseguiu, deu de cara com Petter adormecido, novamente deitado por cima das cobertas. Remotamente, lembrou-se de ouvir Smile cantarolado de maneira melodiosa em seu ouvido enquanto estivera desacordada.

Okay, Petter havia salvo a vida dela. Era de se suspeitar que aquilo iria acontecer. Sorriu ao pensar que o tio havia se atirado na água para desatar o nó que a unia à morte.

Queria sentir-se grata a Pette, mas não conseguia. Não queria mais viver, era a verdade. Porém, como poderia tentar tirar sua vida novamente, enquanto olhava para o homem à sua frente com a respiração leve e um sorriso ainda mais leve estampado nos lábios? Como tentar novamente sabendo que aquela pessoa deitada ali com ela não queria que tudo aquilo acontecesse?

O pior era que a carta para Lisa já havia sido posta no correio, e logo seria entregue. A menos que...

Sutilmente, Emma levantou-se e dirigiu-se até a caixa de correio que somente sua família usava, tirando de dentro o envelope que ela mesma depositara. Isso! O carteiro ainda não havia recolhido as correspondências do dia.

Virou-se, prestes a voltar para dentro e deitar-se no mesmo lugar onde estava, para que Petter não percebesse. Mas lá estava ele, na porta, com cara de sono, cabelos úmidos desgrenhados e um sorriso preocupado em seus lábios.

- Onde a senhorita pensa que vai, Emma Marie Leroy?

- Eu só, er... vim retirar uma carta antes que fosse tarde demais.

O sorriso de Petter desapareceu.

- Uma carta de suicídio?

Não havia sentido mentir, Emma sabia.

- Você quer mesmo falar sobre isso agora? Eu só estou... cansada.

- Tudo bem. Vamos lá, você vai deitar e dormir um pouco mais, e eu farei o mesmo. Mas sabe que teremos de ter essa conversa uma hora ou outra, não sabe?

- Sei sim, tio Pette. – e ela realmente sabia.

Eles voltaram para dentro e deitaram-se exatamente como estavam antes, os lugares ainda aquecidos graças aos seus corpos, ambos separados pelo cobertor onçado fino que a cobria, mas passava por debaixo do moreno.

E então, Petter novamente cantarolou Smile, guiando Emma para o mundo da inconsciência novamente.

- Obrigada, Pette. – disse ela, antes de pegar no sono de vez. – Obrigada por tudo.

- De nada, meu anjo.

Ela acordou, duas horas depois, e deparou-se com dois olhos azuis fitando-a carinhosamente. Espreguiçou-se, com um sorriso no rosto. Sentia-se melhor perto dele, quase que como se pudesse ser feliz algum dia.

- Não precisava ficar deitado depois de acordar. – disse, sua voz suavemente melodiosa como nunca antes.

- Eu quis. – disse ele, passando os dedos pelos cabelos castanhos, agora secos, da garota. – Ah, Emma, o que fizeram com você? O que fizeram com a minha doce garotinha? – perguntou, porém não desesperado. Era mais uma tentativa de compreensão que um pedido de explicações.

- Me desculpa, tio. Eu queria ser mais forte que isso, mas as vezes acabo desabando, sabe...

Ele a encarou, os olhos de ambos marejando-se.

- Eu vi as marcas, Emma. Quase todas elas.

- Quase todas? – Emma perguntou, gaguejando levemente.

- Quando fui tirar as roupas molhadas. Eu não queria invadir sua privacidade assim, meu anjo, não foi minha intenção. Mas eu precisava. Aí eu vi... o que são todas aquelas marcas, Emma? Quem deixou seu corpo cheio de cicatrizes? Eu preciso saber!

Ela começou a chorar, e instintivamente, Petter puxou-a contra seu peito, abrigando-a o mais forte possível contra o próprio corpo.

- Shh, minha pequena. Já passou, okay? Tudo vai ficar bem a partir de agora. – ele disse, antes de começar a cantarolar, novamente, Smile.

E Emma queria acreditar em Petter. Queria muito! Mas ele não sabia o que estava dizendo. Ninguém poderia saber.
~~*~~*~~*~~

Então era isso. Por hoje é só, amigos!
Espero que tenha ficado bom, e se não ficou, por favor, mintam. kk' Não, mentira. Podem dizer que ficou ruim, eu aceito a verdade.
Como pediram - umas quatro pessoas, entre aqui, o Nyah e alguns particulares que eu mostrei - não matei a Emma \o/
E a história da Lisa ainda vai aparecer, vocês verão. Não esperem escapar das explicações de perguntas como "Por que, com 19 anos, ela ainda não saiu de casa?".
Obrigada por lerem, meus mores.
Beijoos =**

PS.: Eu venho falando de Smile por todo o livro, portanto, tomei vergonha na cara e estou postando a música aqui, para se vocês quiserem conhecer. Espero que gostem tanto quanto eu, por que ela é muito importante para mim, como uma trilha sonora da minha vida.
Here it goes:
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Mensagem por LittleA Qua Jan 30, 2013 3:27 pm

Comecei a ler esta história hoje que me registei no forum.

ADOREI!! Está demais!!
Ousada! um tema bastante delicado como esse a ser tratado e posto em palavras de uma maneira fantástica Smile Vou continuar a ler assim que poste mais capítulos Very Happy Fiquei fã!

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Mensagem por JuhSalvatore Qua Jan 30, 2013 7:49 pm

aeeeee \õ/ Bem vindaa, nova leitora!
Que bom que está gostando, more! sério <3' fico mega feliz mesmo em saber que gosta, de verdade! ^^

realmente, um tema bastante delicado, mas fico feliz que você ache que estou lidando bem com o assunto!
oooh, fã! nossa, honrada aqui *shamed* ^^
logo tem mais capitulos, podexá!

Beijoos e obrigada por ler, viu?
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Mensagem por Jaque Seg Fev 04, 2013 6:54 pm

Desculpa pelo atraso meu amor.. Embarassed

Odiando muito mais ainda o John.. e com nojo extremo dele.. essa ceninha certamente não deveria ter sido incentivada por mim.. '-'

Emma se matar não é bem a solução, me chame a mataremos seu pai de um modo bem torturante, lento e do modo mais sádico que vier a minha mente.. Twisted Evil

Capítulo dedicado ao Corvo,[...]
chocado

Morram de inveja, virei VIP.
Vou fingir que não fiquei com inveja e ciumes diga se de passagem..

**

Petter SEU LINDO *-*
Como esse cara é fofo meu Deus..
Ainda bem que vc chegou a tempo de salvar a Emma >.<


Juh ja viu algo escrito por vc não ficar no minimo maravilhoso??
Pois então, nem eu.. ideia

Obrigada por me avisa E continue avisando quando postar hehe Feliz
Esperando muito o próximo..
Não demore que eu te dou um doce XD
Amucê minha filhota..sz
Bjinhos *o*
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Fev 04, 2013 7:41 pm

Desculpa pelo atraso meu amor..
magina mamis, chegou em tempo (:

Odiando muito mais ainda o John.. e com nojo extremo dele.. essa ceninha certamente não deveria ter sido incentivada por mim.. '-'

Emma se matar não é bem a solução, me chame a mataremos seu pai de um modo bem torturante, lento e do modo mais sádico que vier a minha mente..
Acho que esse novo capítulo que eu postarei em alguns minutinhos lhe apetecerá, mamis. muahahahaha

Capítulo dedicado ao Corvo,[...]



Morram de inveja, virei VIP.

Vou fingir que não fiquei com inveja e ciumes diga se de passagem..

Pfvr mamis, dedico esse próximo a ti, que queria tanto ver John sofrer então! kk'

Petter SEU LINDO *-*
Como esse cara é fofo meu Deus..
Ainda bem que vc chegou a tempo de salvar a Emma >.<

Eu tenho todo direito de amar descontroladamente o Petter, não tenho? poxa, ele é muito divo *-* amo demais, apenax.
Se um dia eu achar um Petter para mim, estarei eternamente grata aos céus.

Juh ja viu algo escrito por vc não ficar no minimo maravilhoso??
Pois então, nem eu..

Eu já. kk'
Aliás mamis, a parte mais romântica está a caminho, já pode soltar fogos \o/ kk'

Obrigada por me avisa E continue avisando quando postar hehe
Esperando muito o próximo..
Não demore que eu te dou um doce XD
Amucê minha filhota..sz
Bjinhos *o*

Avisarei sim, mamis!
Sai daqui a uns dez minutos.
DOCEEEE \O/ Willy Wonka versão feminina, this is me. kk'
Amucê mais, mamis!
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Fev 04, 2013 7:53 pm

Capítulo dedicado à mamis Jaque, que tanto quis ver John apanhar. kk'

~~*~~*~~*~~

Capítulo 5
Feições de Um Anjo

Petter não tirara uma só palavra sobre o assunto da boca de Emma. Ele até tentara, mas ela era teimosa demais para admitir o que quer que fosse que quase levara embora a vida da jovem. Não dormira a noite, pois toda vez que tentava fazê-lo, a imagem do corpo de Emma molhado contra o seu, ali, entre a vida e a morte, o deixava ainda mais acordado.

Acima de tudo, mais confuso.

Por que ela não cortara os pulsos? Tomara todos os remédios que conseguisse? Por que escolhera aquela maneira tão inusitada para tentar terminar com aquilo que, na verdade, não deveria ter fim? Por que tenta-lo, afinal?

Eram perguntas que não o deixavam dormir. Serviam apenas para relembrar o tempo todo de que falhara em algo: prometeu que ninguém mais a feriria, e mesmo assim, lá estavam aquelas inexplicáveis marcas, tão vivas quanto ele. E lá estava ela, em uma tentativa de suicídio que, graças a Deus, fora falha.

Eram quatro da manhã quando ele levantara-se para tomar uma xícara de café quente. Quem sabe aquilo clareasse sua mente, afinal.

Às cinco horas, chegou à conclusão de que aquilo jamais viria a acontecer.

Era sábado, e as dez horas, ele decidiu que sairia para correr. Avisou ao irmão e convidou a sobrinha para ir junto. Ela não aceitou, mas enviou-lhe um olhar suplicante.

Sem mais o que fazer, saiu. Quando já estava suando e cansado, resolveu fazer o caminho de volta.

Entrou em casa e olhou para o relógio. 11h30min. Foi até o banheiro e lavou o rosto. Foi então que ouviu um som. Um choro fraco vindo do porão. Sabendo que se tratava de Emma, Petter correu escada abaixo, tentando abrir a porta que estava trancada.

Jogou-se contra a mesma. Uma, duas, três vezes. Então, finalmente, a porta cedeu, e ele entrou no quarto onde a garota estava temporariamente dormindo. A cena que viu permaneceria em sua cabeça pelos próximos anos, assombrando-o e lembrando-o de como fora idiota.

Lá estava Emma, nua, sua sexualidade completamente mutilada, destruída. Respirava de maneira muito fraca, e ainda assim chorava, beirando a inconsciência. Sangrava muito, estava cheia de feridas, seus braços arranhados, sua boca e seus olhos inchados e roxos.

Estava quase morrendo. Novamente. E dessa vez não havia sido uma tentativa de suicídio. Ela havia sido espancada até a quase morte. Pior que isso: ela havia sido estuprada. Violada.

Pegando-a no colo, daquela maneira frágil e exposta, e a carregou escada acima, até seu quarto. Conversando com Emma, fazendo-a ficar acordada, ele começou a procurar seu celular, prestes a ligar para o hospital. E então, ao levantar sua agenda, um papel caiu do mesmo.

Petter abriu, desesperado enquanto ouvia os grunhidos da garota quase inconsciente, e deparou-se com a letra tremida de Emma.


“Querido Petter.

Se você está lendo isso, é por que eu já cumpri com meu objetivo, e sendo assim, estou morta. Não queria deixar-te no escuro, sem explicações, mas além disso, não queria que o que eu venho passando por tanto tempo não tivesse utilidade nenhuma.

O que faço aqui é uma séria revelação. Possivelmente, você, como todos os outros fizeram, não vai acreditar em uma palavra sequer. Ninguém nunca acreditou, por que você o faria? Mas se há um último juramento que posso fazer antes do suicídio, é de que tudo que disser aqui é verídico. Não minto em nenhum momento.

John, meu pai, foi o motivo pelo qual tomei essa decisão. Lembra-se das marcas, não é? Aquelas pelas quais tanto cobrara explicações? Todas elas, cada pequena cicatriz que circunda meu corpo sem vida nesse exato momento, surgiu dele, de sua crueldade. De sua frieza.

Ele me estuprava, tio Pette. Desde que você foi embora. A primeira vez, aos nove anos, na mesma piscina que deu cabo à minha vida. E milhares de vezes depois.”



Ele pulou até o final da carta, sentindo sua garganta fechar-se conforme lia sobre aquela situação horrível à qual sua sobrinha havia se submetido por tantos anos antes.


“E, Tio Pette, não queria partir sem pedir desculpas. Por não ser forte, por não ter contado tudo desde o início. Não tenho forças para explicar-lhe, porém não poderia contar-te, por mais que quisesse.

Não se culpe, nada disso é culpa sua. Eu fui aquela nascida para sofrer.

Obrigada, Petter. Por me mostrar a felicidade antes de morrer. Por dar-me a chance de dizer que, pelo menos por alguns instantes, eu fora feliz.

Amo você, Petter. Você foi meu herói. Meu pai.

Com todo amor, aquela que não teve forças, nem coragem para seguir até o final.

Emm.”



Ele olhou para a garota gemendo ao seu lado, com os olhos já não contendo mais as lágrimas. Como ele pôde? Como aquele animal, que um dia ousou chamar de irmão, fez algo daquela magnitude com sua própria filha?

Pobre alma. Enquanto, correndo, Petter arrumava as malas para leva-la embora o mais breve possível, pensava em quantos anos ela sofrera, quanto tempo de sua juventude perdera, em sua inocência, tirada tão brevemente, e como, silenciosamente, ela vinha gritando por socorro todo aquele tempo. Não era de se admirar que aquela garota quisesse pôr fim na sua vida.

Ela achava-se fraca, porém mal sabia que era uma guerreira. Quem mais aguentaria dez anos daquela tortura, sem um ponto de paz no mundo, e permaneceria firme por tanto tempo? Quem mais conseguiria aguentar tanto tempo sem tomar uma medida drástica?

Ela não teve ninguém, pensava Petter, entre lágrimas.

A porta abriu-se. Ele não viu, mas podia ouvir. O rangido da porta, o assovio suave de John ecoando pela sala. Podia até sentir o cheiro de cigarro. Sua garganta apertou-se, e ele limpou as lágrimas com as costas das mãos.

- Fique aqui. – disse ele, passando os dedos pelo cabelo suado da sobrinha, que agora parecia ter uma leve melhora, já estava acordada.

- Você está feliz, vadiazinha? – Petter ouviu o irmão grunhir, entredentes, antes de que a porta que os separava fosse aberta.

A mão de Petter grudou-se na maçaneta por alguns instantes.

- Petter? O que você está fazendo aqui tão cedo? – perguntou John, claramente preocupado, olhando ao redor.

- Seu desgraçado. – grunhiu o mais novo, avançando para cima do irmão, pregando-lhe um soco no queixo. – QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA TRATAR EMMA DAQUELA MANEIRA?

- Ela é uma mentirosa, Petter! Não acredito que você confiou nela. – disse ele, colocando o queixo no lugar com a mão. – Aquela garota é uma maldita vadiazinha do inferno.

Outro soco veio em direção a ele, com mais força que o primeiro, e John foi atirado contra a parede às suas costas.

- EU VI AS MARCAS, SEU IMBECIL! EU VI TUDO! SABIA QUE ELA QUASE SE MATOU POR CAUSA DISSO? – Petter deu um chute nas costelas do irmão. – COMO VOCÊ PÔDE ABUSAR DE UMA CRIANÇA DE NOVE ANOS, SEU DESGRAÇADO?

As investidas foram cada vez mais fortes. Quando deu-se por si, Petter já estava sentado em cima do irmão, batendo em seu rosto tão fortemente que as marcas roxas não sairiam tão cedo. E então, prestes a dar um golpe, ele parou, deixando sua mão cair do ar.

- Por que não me mata de uma vez, seu desgraçado? – grunhiu o mais velho, cuspindo o sangue de sua boca.

- Por que eu jamais quero chegar a ter um terço da sua maldade, da sua crueldade, John. Você não é meu irmão, e nunca mais será.

Petter levantou-se e se virou, dando de cara com uma fraca Emma em pé, escorada na porta do quarto, olhando aquela cena com lágrimas nos olhos.

- Emma, eu... – disse o tio, numa tentativa de se desculpar.

- PETTER, CUIDADO! – gritou a garota, com toda voz que tinha.

A pancada surgiu ao lado da cabeça do mais novo. O candelabro da mão do mais velho caiu no chão enquanto o outro despencava.

John jogou-se por cima do irmão, dando pesados socos no rosto de Petter, como se estivesse socando um saco de arroz.

- Você me paga, seu desgraçado.

De repente, Emma chamou pelo pai. E quando ele a olhou, deu de cara com a filha, nua e machucada, segurando uma arma engatilhada apontada em sua direção.

- Você vai se afastar agora. – disse ela, sem forças. – Ou eu atiro, seu desgraçado, e juro que não vou errar.

John levantou as mãos e foi afastando-se lentamente.

- Você atiraria no seu próprio pai, Emm?

- NÃO OUSE me chamar de Emm, seu monstro. Você não é meu pai, nunca foi. Afinal, eu nunca fui uma filha para você, não é?

- Largue essa arma, Emma Marie Leroy.

- Por que? – disse ela, as lágrimas violentamente correndo por seus olhos. – Por que eu deveria te obedecer? Por que escutar sua súplica, quando você jamais, uma vez sequer, considerou ouvir as minhas? Você, John Leroy, não merece meu perdão. Não merece nem ser chamado de ser humano.

Os olhos da garota baixaram do rosto do seu pai ao ferido rosto de Petter, que a olhava assustado. Logo, seus olhos retornaram a John.

- Sabe o que me impede de atirar em você agora? – disse ela, olhando para o homem à sua frente com nojo. – Eu não quero me igualar a você, seu desgraçado. Não quero me tornar o monstro que você sempre me ensinou a ser. Se eu te matasse agora, John, eu só seria o mesmo tipo de raça desgraçada que você é. E eu me recuso a me transformar em você.

Dizendo isso, ela juntou a arma ao corpo, enrolou-se em um roupão que estava em cima do sofá, ajudou Petter a levantar-se e ficou
esperando na porta, arma apontada para o pai, enquanto Pette pegava as malas que tinha arrumado para ambos. Depois, eles foram para o carro juntos, e saíram da frente da casa o mais breve possível.

E pela primeira vez em dez anos, Emma pôde sentir o calor do sol em sua pele. Sentiu-se livre, e não pôde evitar uma lágrima de rolar pelo seu rosto.

Quem sabe agora, finalmente, ela pudesse ser feliz. Feliz de verdade.

Olhou para o rosto ferido do tio, que a encarava de quando em quando, preocupado. Seriam aquelas as feições de um anjo?


~~*~~*~~*~~

Então, por hoje era isso.
Espero que tenham gostado, e desculpem-me por não ter batido o suficiente no John.
Ele ainda vai sofrer, não se preocupem.
De qualquer maneira, podem me apedrejar pelos comentários, eu nem xingo.
Obrigada por lerem, e até mais.
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Mensagem por Jaque Seg Fev 04, 2013 8:57 pm

Desculpa pelo atraso meu amor..
magina mamis, chegou em tempo (:

Odiando muito mais ainda o John.. e com nojo extremo dele.. essa ceninha certamente não deveria ter sido incentivada por mim.. '-'

Emma se matar não é bem a solução, me chame a mataremos seu pai de um modo bem torturante, lento e do modo mais sádico que vier a minha mente..
Acho que esse novo capítulo que eu postarei em alguns minutinhos lhe apetecerá, mamis. muahahahaha

Capítulo dedicado ao Corvo,[...]



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Pfvr mamis, dedico esse próximo a ti, que queria tanto ver John sofrer então! kk'


Petter SEU LINDO *-*
Como esse cara é fofo meu Deus..
Ainda bem que vc chegou a tempo de salvar a Emma >.<

Eu tenho todo direito de amar descontroladamente o Petter, não tenho? poxa, ele é muito divo *-* amo demais, apenax.
Se um dia eu achar um Petter para mim, estarei eternamente grata aos céus.

Sim tem todo o direito.. kkkkkkkkkk
Ah, quem não ficaria?? Ate eu.. ownn

Juh ja viu algo escrito por vc não ficar no minimo maravilhoso??
Pois então, nem eu..

Eu já. kk'
Aliás mamis, a parte mais romântica está a caminho, já pode soltar fogos \o/ kk'

ROMANCE EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE Muito animado
To doidinha pra ver *--------*

Obrigada por me avisa E continue avisando quando postar hehe
Esperando muito o próximo..
Não demore que eu te dou um doce XD
Amucê minha filhota..sz
Bjinhos *o*

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Amucê mais, mamis!
Beijoos =**

Imagina eu, dona daquilo tudo??
Iria ter diabetes, e não iria mais ter dentes.. kkkkkkkkkkkkk
Willy Wonka Girl.. kkkkkkkkkkkk \o/

**

Só dedicou a mim pq eu ia te deserdar.. Sad
(não comuniquei, mas tava nos planos.. kkkkkkkkkkkkkkk)
Obrigada minha linda *-------*
*Aperta as bochechas* nhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Petter, vc deveria ter batido mais..
John, agradeci pela Emm não ter te matado.. vc merece sofrer muito mais, desgraçado ¬¬
Tomare que não demore muito para que isso aconteça..
Ahhh como eu odeio esse cocozinho..


Quero o proximo ^^
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Fev 04, 2013 9:32 pm

ainda bem que eu dediquei, então. kk'
como não dedicar a quem mais queria ver o John sofrer?
ele ainda vai sofrer muito, pode ter certeza. ou acha que eu o deixaria tão feliz assim, soltinho e com dois arranhões ou três? pfvr né kk'
pode deixar mamis, logo tem mais sim (:
amucê demais, minha mamãe limda!
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Fev 11, 2013 1:02 pm

Capítulo 6
Quando chega a hora de mudar.


Petter olhou para a sobrinha no banco de trás do carro. Encolhida e serenamente dormindo, nem parecia ter sido agredida a tão pouco tempo. Aquela imagem em nada se assemelhava à imagem da garota que, uma hora antes, apontara uma arma para a cabeça do pai.

Emma respirava tão suavemente que parecia jamais ter sofrido. O tio parou o carro em frente ao hotel e pegou-a no colo, levando-a nos braços até a parte de dentro do polido estabelecimento.

Duas horas depois, a morena acordou, encarando um teto branco que ela jamais havia visto antes.

- Petter. – ela chamou, sentando-se na cama, assustada, temendo ter sido tudo um sonho.

Estava sozinha no quarto. Uma TV velha, um ventilador de teto, frigobar, guarda-roupas antigos estampando as paredes poluídas visualmente, o colchão macio da única cama do ambiente. Duas portas, que ela presumiu levarem ao banheiro e ao corredor. Só poderia estar em um hotel. Sozinha no quarto.

Imaginou toda a cena. Visualizou-a. Era mais do que claro que as cicatrizes e o passado da garota afugentaram o tio dela. Aquele corpo horrível e marcado com o qual Petter se deparara, o mesmo que apontava uma arma para seu próprio pai, fora demais para ele.

Pette havia partido. Ele a deixara, como qualquer outra pessoa. Justamente ele, que por um segundo, ela pensou ser um anjo.

No fim do dia, assustada e sem escapatória, ela voltaria para seu pai e sofreria as consequências. Com sorte, ele a mataria.

Não pôde deixar de sentir as lágrimas correndo por seu rosto. Sentia-se traída, abandonada. Como ele pôde dar a ela esperanças? Como pôde iludi-la daquela maneira? Fazê-la pensar que não estava mais sozinha?

A porta abriu-se, e ela se escondeu por detrás dos lençóis. Por um segundo, pensara que Petter havia desistido e entregue à John sua localização. Porém a figura que passou pela porta entreaberta a fez achar-se a pessoa mais tola do mundo.

Olhando para seu tio a passar pela porta, carregado de sacolas plásticas, ficou tudo claro demais. Como ela pôde, por pelo menos um instante, pensar que ele havia lhe abandonado?

- Emma, já acordou? – ele disse, encarando-a sorridente. Depois, seu sorriso sumiu. – Ah, meu bem, o que foi?

Ele correu de encontro à garota, e seus braços envolveram o corpo frágil da garota, tentando aplacar o que quer que a fizesse sofrer.

O moreno não podia ver, mas agora as lágrimas emolduravam um sorriso sincero no rosto de Emma.

- Está tudo bem, Pette. Está tudo muito bem. – e dessa vez, pela primeira vez na vida, ela estava sendo sincera.

~~*~~

O baque só veio duas horas depois, quando o torpor e a euforia já haviam, ambos, partido.

Ela tinha que voltar! Por um segundo, soube exatamente que tinha que voltar para seu pai. Ela deixou aquele lugar com tanta felicidade que nem percebeu que deixava Lisa nas garras de seu pai.

- Por que nunca fugiu, Emm? Por que nunca saiu daquela casa? Você podia, já é maior de idade. – Petter perguntou, dando uma mordida em um cookie.

Estava na hora de contar o motivo que a prendera durante tanto tempo naquela casa, o motivo pelo qual ela precisava voltar o mais rápido possível.

Mesmo que aquilo provavelmente a matasse.

- Meu pai tem uma filha mais nova que eu. Lisa. Sua mãe faleceu, e ela agora mora com a sua avó. O problema é que essa mesma avó disse claramente que a garota poderia ir morar com o pai, se quisesse.

As lágrimas já começavam a rolar pelo rosto de Emma novamente. Por que deixou-se acreditar na felicidade, afinal?

- Se ele convidá-la, ela irá morar com ele. Quando tentei fugir, John disse que faria com Lisa o mesmo que fazia comigo. Lis tem apenas dez anos, eu não posso permitir que isso aconteça. Não posso permitir que ele abuse dela também. – fez uma pausa. – Tenho que voltar, Pette.

- NÃO. – disse Petter, determinado. – Não vou te deixar voltar para lá. De maneira alguma!

- Mas Pette! – disse ela, as lágrimas machucando seu rosto ferido. – Eu não posso submeter Lisa a esse sofrimento! Jamais me perdoaria!

- Você não vai voltar para casa. Eu não vou permitir.

~~*~~

Em alguns minutos, eles já estavam na delegacia, abrindo uma denuncia contra o pai da garota. Ela mostrou-lhes as marcas, fez uma bateria de exames, colheu amostras de DNA. Todo aquele procedimento que Emma sempre sonhou fazer, mas que agora parecia-lhe inútil.

Quem acreditaria nela, mesmo com todos os ferimentos e cicatrizes?

Depois de terem sido tomadas todas as medidas necessárias com relação à ela, Emma foi liberada, e os policiais deslocaram-se até a casa de John. Assim, tão rápido quanto possível. E ao chegarem lá, viram o que temiam ver: o homem estava prestes a abusar sexualmente te uma garota loirinha de dez anos. Na piscina da casa.

~~*~~

Mais tarde, Emma recebeu uma ligação: seu pai havia sido pego em flagrante, e estava preso. pelo menos temporariamente. A felicidade tomou seu corpo por completo, e ela pulou nos braços do tio, gritando e rindo como jamais havia feito antes. Tudo estava acabado, pelo menos por hora.

- Emm, isso é maravilhoso! – respondeu Petter, sorrindo para a garota em lágrimas que envolvia seu pescoço com os braços. – Fico muito feliz mesmo em saber que aquele animal terá o que merece!

Ele a abraçou mais forte, apertando-a contra seu peito. Os risos cessaram. De repente, estavam ambos concentrados na respiração um do outro. Perdidos um no outro, em cada pequena reação do corpo daquele a quem se abraçava.

Petter olhou para o relógio e decidiu que era hora de dar um pouco de descanso para a garota que ainda o abraçava.

- Emma, acho que você deveria dormir um pouco. Foi um longo dia, nada mais merecido que isso.

Ela olhou para a cama de casal em seu quarto. A única cama.

- E onde você vai dormir, Pette?

- Peguei um quarto separado para mim, logo aqui ao lado. Achei que quisesse um pouco de privacidade. – ele disse, estendendo-lhe um cartão-chave. – Isso aqui é do meu quarto, qualquer coisa que precisar, é só me pedir.

O homem deu um beijo em sua testa e virou-se, caminhando e direção à porta.

- Pegue um dos cartões-chave do meu quarto também, Pette. – falou Emma, fazendo-o virar-se e pegar um cartão de cima da bancada do ambiente.

Ele afastou-se e, antes de fechar a porta, olhou docemente para a sobrinha.

- Durma bem, meu anjo.

- Durma bem, Pette. Eu te amo.

Ele sorriu e fechou a porta atrás de si, deixando Emma sozinha e sentindo-se desprotegida.

Eram três da manhã, e a garota ainda não conseguia dormir. Ligar a TV não ajudara, ler também não. Nem chá ou ouvir Smile dúzias de vezes havia surtido qualquer utilidade.

Então Emma levantou-se e, enrolada em seu robe, saiu de seu quarto e entrou na porta vizinha.

Petter dormia suavemente, envolto em uma nebulosa nuvem de calma.

Ela deitou-se ao seu lado, por cima das cobertas, como tantas vezes antes ele mesmo fizera para acalmá-la. Então ajeitou-se confortavelmente, colocando a cabeça no peito de Pette e cantarolando, de leve, a música que havia se tornado o símbolo dos dois. E adormeceu.

Ao contrário do que previa, não teve nenhum pesadelo.

~~*~~

- Bom dia, Emm. – disse o homem, os longos cabelos castanhos a pousarem em seu peito.

Durante a noite, Petter não sabia como, a garota fora parar em sua cama. Por cima das cobertas, sem contato direto com seu corpo, apenas sentindo a respiração dele.

Era para estar espantado. Não estava.

Emma passou as mãos no rosto, finalmente parecendo acordar. Resmungou duas ou três palavras e abriu os grandes olhos castanhos, encarando o tio, sorrindo.

- O melhor dia, Petter. O melhor em muitos anos.

Petter sorriu de volta, levantando-se mais animado naquela manhã. Afinal, as marcas e os ferimentos não mais se repetiriam, não é?

- Quer café? – pediu, alegremente, erguendo sua própria xícara.

- Não, obrigada. Não estou com fome. – disse ela, levantando-se saltitante. – Estou com vontade de sair gritando no meio da rua, cantando, sentindo o sol no meu rosto. – agora Emma já rondava o tio, pulando. – Vontade de viver hoje tudo que antes não vivi.

- E eu pretendo te fazer viver tudo isso. – disse Petter, tomando um gole de café. – Mas tinha planejado algo um pouco diferente para hoje, de qualquer maneira.

Emma sentou-se na cama, sorrindo como uma criança em dia de Natal. Nunca estivera tão alegre em toda sua vida!

- E o que você estava planejando, Pette? Vamos, pode ir falando! Não me deixe curiosa!

- A não ser que queira morar num hotel para o resto da vida, estive pensando em visitarmos alguns apartamentos para alugar na cidade que quiser. Sabe, um lugarzinho só para nós dois, para recomeçarmos, fazermos tudo de novo... vivermos.

O coração de Emma saltitava de maneira incontrolável. A ideia de morar sozinha com Petter, aquele que fora uma benção em sua vida, em um apartamento alugado em uma cidade completamente diferente... não podia imaginar nada melhor que aquilo.


Petter deu mais um gole em seu café e soltou a xícara, passando as mãos pela camisa cinza e pelo calção azul marinho que vestira para dormir. Ficou observando a garota, esperando uma reação qualquer.

- Eu vou amar! – disse ela, pulando nos braços do seu anjo.

Finalmente, ela teria um lugar para chamar de lar. E ao lado de Petter, parecia até que ela merecia pelo menos uma parte daquela felicidade toda.

Passara-se o temporal. E Petter era o primeiro raio do sol que iluminaria sua vida.


~~*~~*~~*~~

E era isso! Mais um capítulo para vocês
agora a história começa a mudar demais, espero que não se importem e que não prejudique seu julgamento sobre o livro, mas de qualquer maneira, sintam-se livres para queixarem-se nos comentários.
Beijoos, e logo tem mais.
Obrigada por lerem e comentarem. =**
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por LittleA Qua Fev 13, 2013 1:34 pm

Estou a adorar!! Continua assim!!

Nem acredito que o aquele monstro foi preso Smile grande alivio !!

Ela finalmente tem alguem que a ajuda e eles ficam realmente fofos juntos... Parece-me que ainda há muito para vir Very Happy

Beijinho fico à espera do próximo ;D
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por JuhSalvatore Qui Fev 14, 2013 6:04 pm

LittleA escreveu:Estou a adorar!! Continua assim!!

Nem acredito que o aquele monstro foi preso Smile grande alivio !!

Ela finalmente tem alguem que a ajuda e eles ficam realmente fofos juntos... Parece-me que ainda há muito para vir Very Happy

Beijinho fico à espera do próximo ;D
Que bom que está gostando, more! *-*

Todos odeiam o John... por que será? kk' tá, parei.

Sinceramente, Petter na vida da Emma foi um anjo, de verdade. Ela deveria ser eternamente grata a ele, só acho. ^^

Logo logo tem mais, prometo. Beijoos e obrigada por ler e comentar. =**
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por Giovanna Salvatore Ter Fev 19, 2013 4:02 pm

OHMEUDEUS, JUH, QUE FIC MAIS PERFEITA!
Meww, tá louco, tu escreve muito bem.
Aquela cena do estupro foi realmente muito forte, e tu escreveste-a bem pakas.
Cara, continua assim ó. Fã eterna aqui õ/
Bjxxs

PS: Quando tem mais?
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Mensagem por JuhSalvatore Ter Fev 19, 2013 4:16 pm

Giovanna Salvatore escreveu:OHMEUDEUS, JUH, QUE FIC MAIS PERFEITA!
Meww, tá louco, tu escreve muito bem.
Aquela cena do estupro foi realmente muito forte, e tu escreveste-a bem pakas.
Cara, continua assim ó. Fã eterna aqui õ/
Bjxxs

PS: Quando tem mais?

Que bom que gostou, more! *-* Nossa, que honra! Fico feliz em saber que agrado! ^^
Aquela cena foi, provavelmente, o maior desafio da minha vida. kk' é bom saber que você gostou dela! *-*
Nossa, que honra! Uma fã ~tendo infarte de felicidade~ sério, muito obrigada mesmo, viu?

Agorinha mesmo to postando mais para vc, okay?

Beijoos, e obrigada mesmo mesmo por ler e comentar. *----*
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por JuhSalvatore Ter Fev 19, 2013 4:26 pm

Quero começar esse capítulo dedicando-o novamente à minha mãe e eterno apoio, Jaque.
Você sempre quis que isso acontecesse, e no fundo, espero não ter decepcionado você por não ter especificado exatamente a cena, mas de qualquer maneira, espero que goste do que há por vir.
Aliás, falando em esperar, ESPERO MESMO, DO FUNDO DO MEU SER, que o que quer que venha a acontecer daqui por diante não os tire do meu livro. Portanto, se não gostarem de coisa qualquer, sintam-se completamente a vontade para falar pelos comentários ou, se caso quiserem manter só entre nós, por MP. Estarei sempre a disposição para receber críticas e sugestões.

Beijoos, e boa leitura a todos vocês.

~~*~~*~~*~~

Capítulo 7
Boas-vindas ao amanhã.

John sentou-se na cela, na única cama vaga do local. Estava sozinho naquele momento, já que recusara-se a almoçar, coisa que todos os outros faziam naquele exato momento.

Deitou-se, sentido os buracos do fino colchão torturando suas costas. Será que merecia tudo aquilo? Era mesmo para tanto?

Afinal, a filha era dele. Até onde sabia, podia fazer o que bem entendesse, mesmo sabendo que era crime. Ela merecia aquilo, de qualquer maneira!

A verdade era que jamais havia considerado a hipótese de ir para a prisão. Se o tivesse feito, talvez não se permitisse ferir tanto a garota. Seriam menos provas contra ele, menos coisas com as quais se preocupar.

Mais cedo, havia conversado com seu advogado, que lhe negara qualquer chance de pedir uma condicional nos próximos dias. Teria que permanecer naquele lugar imundo e nojento, com gente que não merecia sua companhia, pagando por algo que ele nem mesmo achara errado. O que havia de justo naquilo, afinal?

Ouviu um barulho no corredor, um tumulto. Os presos voltavam do almoço. Ótimo, hora de conhecer seus companheiros de quarto.

Um homem alto e parrudo, Ted, e seu comparsa com cara de macaco, Finn, foram os primeiros dois a entrarem no local.

- Hey Finn, olha só! Não é esse o rapaz que abusava da filha? Nosso novo parceiro de quarto?

Finn sorriu, mostrando os dentes em falta. Era maldoso, cruel. Aproximou-se de John, levantou-o pela camisa e passou o dedo calejado pelo rosto do homem.

- Ora, vejam só! Um estuprador. Estuprador de CRIANÇAS. Você sabe o que eu acho desse tipo de gente, não sabe, Ted? – disse o detento, ainda sem tirar os olhos de John.

- Claro que sei, Finn. E eu sei o que faremos para dar as boas vindas a esse homem. Fazê-lo sentir como as coisas funcionam por aqui.

Naquela noite, os dois abusaram de John, assim como ele fazia com a filha. Horas e mais horas de tortura, enquanto era violentado física, moral e sexualmente.

Quando amanheceu e eles finalmente deixaram o corpo judiado no chão, jogado, o Sr. Leroy se sentia um lixo.

Aquele momento se repetiu por mais duas noites seguidas, e também durante a tarde, um de cada vez. E foram esses momentos que o fizeram abrir uma queixa contra ambos junto à segurança do presídio.

- Bem, é isso que eles fazem com pedófilos e pervertidos aqui no presídio, meu caro. Você virou a nova mocinha da cela, meus parabéns! E agradeça por eles ainda não terem convidados os parceiros das outras celas para a festinha, meu caro.

- VOCÊ NÃO VAI FAZER NADA?

- Não. Vou levar suas queixas para meus superiores, mas não vou pôr o dedo meu para defender alguém que estuprou a própria filha durante dez anos. Não vou mesmo! – concluiu o policial, jogando-o para fora de sua sala.

E pela primeira vez na vida, John estava sozinho e sem ajuda. Sem ninguém para acreditar em suas palavras e lhe apoiar.

Pela primeira vez na vida, ele estava no lugar de Emma.

~~*~~

Dois dias depois, Emma recebeu um telefonema. Seu pai havia sido morto dentro do presídio. Aparentemente, os presos abusaram dele e depois o espancaram até a morte. E surpreendendo-se consigo mesma, a morena não se sentiu bem com aquela situação. Nem vingada ou justiçada, apenas... vazia. Não se sentiu mal pela morte dele, mas também não teve a satisfação que sempre sonhou ter.

Fora realizado um velório simples, com poucas pessoas, caixão lacrado. Aparentemente, o homem estava ferido demais. E Emma nem fazia questão de ver o rosto de seu pai uma vez mais.

Petter a abraçou durante todo o velório, e também durante o enterro.

Assim que enterro acabou, ambos foram visitar mais um apartamento, para decidir se ficavam com ele ou não.

No fim do dia, já estavam levando suas roupas e pertences para o apartamento que os dois acabavam de alugar.

- É perfeito! – disse a garota, se jogando no sofá e colocando os pés em cima da mesinha de centro. – Simplesmente maravilhoso!

- Nem é tão fabuloso assim, Emm. É só um apartamento. – disse Petter, sentando-se ao lado da garota com dois copos de cerveja na mão. – Mas admito que é bem legal mesmo.

- Legal? – disse ela, indignada, olhando diretamente para o homem. – É perfeito!

Ele riu. Era divertido ver o brilho nos olhos da menina que, por tanto tempo, desejou apenas ter um lar.

- Tenho outra notícia, Emm.

A garota sentou-se, colocando a perna por baixo do corpo e ficando frente a frente com o tio, curiosa. Deu um gole na cerveja.

- Consegui um emprego. Para nós dois. Numa agência fotográfica.

A garota sorriu, abraçando Petter o mais forte que podia.

- Obrigada, Pette. Você é simplesmente a melhor coisa que aconteceu na minha vida desde a mamãe. E eu não sei o que seria de mim sem você... bem, provavelmente eu estaria morta nesse momento.

Ele sorriu. Era tão fácil sorrir quando se estava com aquela menina sofrida... era um anjo.

- Emm... como você está? Sabe, com esse negócio do seu pai.

- Eu o perdoei, tio. Por cada pequena atitude dele. Jamais vou esquecer, sei disso. Porém não adianta ficar me amargurando pelas cicatrizes no meu corpo. Elas não sairão mais, de qualquer maneira.

Petter passou o dedo por uma fina cicatriz no braço da sobrinha, que corria por uma grande extensão.

- Você é linda, Emma Marie. Essas cicatrizes só te deixam mais linda ainda. Por dentro e por fora.

Uma lágrima escorreu pelo canto do olho da garota.

Petter riu, passando o dedo pela lágrima, enxugando-a.

- Para com isso, garota. Você vai acabar com as suas lágrimas antes que possa chorar no seu casamento desse jeito!

Ficaram horas conversando na sala clara e iluminada e tomando cerveja, comemorando a nova aquisição. Depois, eles foram dormir. E pela primeira vez, Emma sentiu-se segura em dormir sozinha. Estava em paz naquele lugar. Era só dela.

Dela, e é claro, de Pette.

~~*~~

Quando Petter acordou, Emma estava no banheiro, vomitando. Correu até lá e segurou os cabelos da garota.

- O que foi, Emm?

- Eu não sei... a vizinha de baixo deveria estar fritando ovo, e eu senti o cheiro e enjoei.

O homem a levantou no colo e carregou-a para o sofá, deitando-a confortavelmente.

- Fica aqui, eu vou chamar um médico.

- Não precisa, Petter, eu já estou melhor! – tentou convencer a garota.

Mas ela não parecia melhor. O moreno encarou-a, como que demonstrando que não acreditava, e correu até o quarto para buscar o celular.

Enquanto baterias de exames eram feitas, Petter pediu licença para a garota e fora acertar alguns detalhes do apartamento e do novo emprego, bem como comprar condimentos para abastecer a despensa do novo lar. Quando telefonou para Emma pedindo se precisava busca-la, a morena disse que já estava em casa.

A notícia veio como uma bomba, desolando Emma de uma maneira inimaginável. Se preparou de todas as maneiras possíveis para contar a Petter que seu futuro estava arruinado. Nada foi suficiente.

- Olá, minha Miss Sunshine. – disse ele, entrando pela porta, abarrotado de compras. Via a garota sentada em sua cama, mexendo em alguma coisa. Soltou as compras na mesa. – Então, o que aconteceu?

Aproximou-se do quarto e viu que ela chorava. Sentou-se ao seu lado, tentando entender o que acontecia.

- Ah, Pette. – disse ela, entre lágrimas, a mão em cima da barriga, protetoramente.

Então ele entendeu do que se tratava. O objeto nas mãos da garota era um sapatinho de bebê. Branco.

Por um segundo, o mundo dos dois desabou na mesma velocidade.

- Meu Deus, Emm! – disse ele, abraçando-a e cobrindo a barriga da jovem com sua mão. – Ah, eu sinto muito!

Ela chorava copiosamente, molhando a camisa de Petter. O que seria dela com um filho? Tinha apenas 19 anos, e a criança não teria nem sequer um pai! Por que aquilo tinha que acontecer justamente com ela?

- Eu não sei o que fazer, Pette! Estou perdida! É uma criança!

- Você... – disse ele, meio gaguejando. – Não pretende abortar, pretende?

- Não, meu Deus! É só uma criança! Eu não... não posso fazer isso.

Ele a abraçou de novo, deixando as lágrimas correrem livremente por sua camisa. Durou quase 30 minutos, e quando cessou, os dois não tinham nada a dizer.

- Vamos passar por isso juntos, Emma. Eu e você. Você vai ver, te prometo.

E a garota ficou lá, com uma mão acima do útero e outra mexendo no par de sapatinhos brancos. A primeira materialização da criança que estava por vir. De seu filho ou sua filha. O bebê que nasceria sem um pai.

O que ela iria fazer? O que podia fazer?

~~*~~

E lá estava Emm, sentada no sofá, enrolada em um cobertor, com um chá quente de morango em mãos. A futura mãe, aquela que carregaria um filho de seu próprio pai durante nove longos meses. Uma criança que, apesar de tudo, ela sabia amar.

Ficou imaginando qual seria sua aparência quando a barriga começasse a crescer. Imaginou também como seria aquele bebezinho que dela sairia, e torcia para que não puxasse ao pai.

Bem que poderia ter os olhos do tio, os mesmos olhos que tinham a sua avó, quando ainda viva. Seria uma linda criança, disso ela tinha certeza.

O medo a invadiu ao pensar em duas coisas muito simples: ela não conseguiria ir para a faculdade, nem sair com as amigas e aproveitar o restinho de juventude que ainda tinha. Estudou em casa durante a vida toda, e era frustrante saber que, agora que poderia ter colegas de faculdade com quem sair, não os teria pois o destino tinha posto uma criança em seu ventre. E a segunda coisa, que a apavorava ainda mais, era o fato de crianças fruto de pais de mesma família costumavam nascer com problemas. Como faria caso o bebê nascesse doente? Como sobreviveria ao fato de que seu filhinho, ou sua filhinha, tivesse algo que impedisse a vida normal que ela tanto o desejava?

E quando pedissem para a criança quem era seu pai, o que diria? Teria Emma coragem suficiente para contar para o filho tudo o que acontecera com ela em sua juventude, contar-lhe que seu nascimento fora um acidente?

Nesse momento, as lágrimas escorreriam por seus olhos, porém isso não aconteceu. Talvez já tivessem secado, ela tivesse chorado tudo o que havia para se chorar. Ficou, ao invés disso, encarando o vácuo, o espaço vazio do chão à sua frente, pensando em como sua vida mudara completamente de um dia para o outro.

No dia anterior, estivera contente por finalmente ter a vida que tanto desejou, por morar com um cara legal e que não a abusaria e por, enfim, poder ter a vida que qualquer jovem tinha, desde a faculdade até o emprego dos sonhos.

Petter ofereceu-se para cancelar a vaga de emprego da garota, já que agora estava grávida e precisaria de alguns cuidados especiais. Emma rejeitou. Não queria parar toda sua vida pela criança que ainda nem respirava em seu interior. Afinal, grávidas trabalhavam o tempo todo, por que ela não? Queria ter uma vida normal, nada mais justo do que ser uma gestante normal.

- Tudo bem, meu anjo? – perguntou Petter, preocupado com o bem estar da nova “doente” da casa.

- Aham. – ela respondeu, de maneira fraca. - Só estava pensando. Sobre com quem a criança se pareceria, e como seria seu futuro.

- E...?

- E cheguei à conclusão de que quero que essa criança tenha seus olhos. Os olhos de um anjo da guarda.

O homem sorriu, sentando-se ao seu lado e passando um braço pelos ombros da garota, enquanto a outra mão acariciava a barriga que nem crescera ainda.

- Vou ser, provavelmente, o tio-avô mais coruja de toda história.

- Tio-avô? Credo, Petter! Você está ficando velho, hein?

- Fala a garota que vai ser mamãe. – disse ele, rindo e fazendo-a rir junto. – Pensando em nomes?

- Eu pensei em Chloe, ou Meredith se for menina. Se for menino, Victor ou Ash. Mas são só as primeiras ideias, só no papel. No fim, sei que não será nenhum desses. – ela fez uma pausa, olhando para o próprio ventre. – Confusa e indecisa do jeito que eu sou...

Petter a encarou, confuso. Como podia estar agindo tão bem com um baque daqueles? Era realmente única a maneira como ela falava sobre aquela criança, como se fosse uma benção em sua vida. Era lindo, quem sabe até inspirador.

E lá estava a linda mulher em que ela se tornara, acariciando a barriga ainda não crescida de maneira insistente, por cima do pijama branco, os ombros cobertos por um cobertor de onça e os cabelos negros soltos. Jamais havia visto aquela garota, de doces 19 anos, sendo uma mulher tão madura.

Aquela criança estava realmente mudando Emma por dentro. E quem sabe fosse um mecanismo de defesa, uma maneira de garantir que ela esqueceria o passado e seria para os filhos tudo aquilo que o pai não fora para ela. Uma atitude realmente linda.

- Tens realmente certeza de que quer que essa criança nasça, Emma? – ele não pode deixar de perguntar, mas o tom de voz foi tão doce que pareceu como uma canção de ninar.

- Absoluta. Vai nascer e ir direto para meus braços. Minha benção.


~~*~~*~~*~~

E era isso gente!
E então, o que acharam? Podem dar pedradas, chutes, espancar, morder, dançar a ragatanga... os comments estão aí por isso!
Sintam-se bem a vontade, mesmo. Juro que não me sentirei ofendida em momento algum.

Espero que tenham gostado.
Beijoos, até a próxima e obrigado por lerem e comentarem. =**
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Da Maneira Errada - Página 2 Empty Re: Da Maneira Errada

Mensagem por Giovanna Salvatore Ter Fev 19, 2013 4:31 pm

JuhSalvatore escreveu:
Giovanna Salvatore escreveu:OHMEUDEUS, JUH, QUE FIC MAIS PERFEITA!
Meww, tá louco, tu escreve muito bem.
Aquela cena do estupro foi realmente muito forte, e tu escreveste-a bem pakas.
Cara, continua assim ó. Fã eterna aqui õ/
Bjxxs

PS: Quando tem mais?

Que bom que gostou, more! *-* Nossa, que honra! Fico feliz em saber que agrado! ^^
Aquela cena foi, provavelmente, o maior desafio da minha vida. kk' é bom saber que você gostou dela! *-*
Nossa, que honra! Uma fã ~tendo infarte de felicidade~ sério, muito obrigada mesmo, viu?

Agorinha mesmo to postando mais para vc, okay?

Beijoos, e obrigada mesmo mesmo por ler e comentar. *----*

E tem como não gostar?
Eu imagino o desafio. Tipo, eu também escrevo (não tão bem assim, claro) e sei como é difícil escrever cena assim
De nada linda. Obrigada você por escrever assim *--*

Ownn, pra mim? Muito animado
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Mensagem por JuhSalvatore Ter Fev 19, 2013 4:35 pm

Giovanna Salvatore escreveu:
JuhSalvatore escreveu:
Giovanna Salvatore escreveu:OHMEUDEUS, JUH, QUE FIC MAIS PERFEITA!
Meww, tá louco, tu escreve muito bem.
Aquela cena do estupro foi realmente muito forte, e tu escreveste-a bem pakas.
Cara, continua assim ó. Fã eterna aqui õ/
Bjxxs

PS: Quando tem mais?

Que bom que gostou, more! *-* Nossa, que honra! Fico feliz em saber que agrado! ^^
Aquela cena foi, provavelmente, o maior desafio da minha vida. kk' é bom saber que você gostou dela! *-*
Nossa, que honra! Uma fã ~tendo infarte de felicidade~ sério, muito obrigada mesmo, viu?

Agorinha mesmo to postando mais para vc, okay?

Beijoos, e obrigada mesmo mesmo por ler e comentar. *----*

E tem como não gostar?
Eu imagino o desafio. Tipo, eu também escrevo (não tão bem assim, claro) e sei como é difícil escrever cena assim
De nada linda. Obrigada você por escrever assim *--*

Ownn, pra mim? Muito animado

É uma coisa bem complicada, mesmo por que não pode ficar algo pesado ao ponto de ninguém mais ler né. kk'
magina, nem tem o que agradecer!

e postei aí, só por que você pediu *-* have fun, baby. kk'
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Mensagem por Giovanna Salvatore Ter Fev 19, 2013 4:41 pm

JuhSalvatore escreveu:
Giovanna Salvatore escreveu:
JuhSalvatore escreveu:
Giovanna Salvatore escreveu:OHMEUDEUS, JUH, QUE FIC MAIS PERFEITA!
Meww, tá louco, tu escreve muito bem.
Aquela cena do estupro foi realmente muito forte, e tu escreveste-a bem pakas.
Cara, continua assim ó. Fã eterna aqui õ/
Bjxxs

PS: Quando tem mais?

Que bom que gostou, more! *-* Nossa, que honra! Fico feliz em saber que agrado! ^^
Aquela cena foi, provavelmente, o maior desafio da minha vida. kk' é bom saber que você gostou dela! *-*
Nossa, que honra! Uma fã ~tendo infarte de felicidade~ sério, muito obrigada mesmo, viu?

Agorinha mesmo to postando mais para vc, okay?

Beijoos, e obrigada mesmo mesmo por ler e comentar. *----*

E tem como não gostar?
Eu imagino o desafio. Tipo, eu também escrevo (não tão bem assim, claro) e sei como é difícil escrever cena assim
De nada linda. Obrigada você por escrever assim *--*

Ownn, pra mim? Muito animado

É uma coisa bem complicada, mesmo por que não pode ficar algo pesado ao ponto de ninguém mais ler né. kk'
magina, nem tem o que agradecer!

e postei aí, só por que você pediu *-* have fun, baby. kk'

É, é q nem uma cena mais caliente. Não pode ficar muito pesada pq tem menor de idade lendo (tipo eu u.u)

Ownn, já vou ler, só espera um pouco pq eu sou lenta '-'
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