Dark Era.

Dark Era.
Escrito por: Vrow Kaos.

Aquele foi o dia em que a era anterior terminou, sem nenhuma mudança no tempo atual ou mesmo na mente das pessoas mais sabias. Uma semana seria o suficiente para que uma nova época se inicie. Era uma segunda feira normal quando os acontecimentos acabaram sem com que ninguém tenha tido consciência sobre, o primeiro dia começara imediatamente sem nenhum tipo de anormalidade.

Andando normalmente em seu caminho para a escola, três amigos estavam indo nem tão felizes para a residência que brotava tédio em só ouvir a palavra sendo pronunciada. Caminhando sem pressa para a escola, totalmente calados devido o tédio semanal que crescia tão rápido a cada segundo.

A cada passo que os três alunos davam, o tempo parecia rodar mais devagar e o tédio parecia rodear eles como um escudo para qualquer distração. A garota no meio dos dois outros amigos estava percebendo que o tempo parecia estar parando lentamente e que até sentia o seu corpo se mover lentamente junto com os amigos.

“O... O que está acontecendo?” Pensara a Jovem, estranhando o acontecimento. “Tudo está ficando... tão lento...”

A jovem ia compartilhar sobre a estranha lentidão entre eles quando sentiu algo duro acertar sua cabeça, alguma coisa quente e dura, a garota sentiu o impacto passar por toda a cabeça e fazer com que a noção do tempo parecesse normal novamente e havia algo mais, ela estava sentindo algo quente e viscoso no topo de sua cabeça junto do impacto. Ela já começara a temer o pior das ocasiões quando tocou o liquido estranho e quando foi olhar o que estava em sua mão, e subitamente um grito.

- CRUZES!- Berrou a amiga em seu lado. – Eu sei que você era azarada mas nem a ponto disso!

A menina ouviu o seu amigo à esquerda entrar em uma explosão de risadas que tentava conter, a amostra do liquido viscoso quente em sua mão sobre o que caiu na sua cabeça estava bem claro, cheiroso e fresco.

Errand Yayoi, ou simplesmente Era Yayoi, era conhecida popularmente na escola e entre seus amigos como “A Senhorita do Azar”, seu histórico com a sorte não era realmente bom, pois ela era realmente azarada desde o dia em que nasceu, mas sorte o suficiente para ainda ter uma vida, como se a própria estivesse fazendo-a sofrer com a grande quantidade estupenda de azar que vive com ela.

- E com isso, mais uma história para o meu currículo de azar. – Reclamou Era para os amigos. – “Em uma plena segunda-feira normal, eu estava andando normalmente pra escola com os meus amigos quando tudo começou a ficar estranhamente lento e então, BUM! Sou bombardeada na cabeça por um pássaro vingador do mal.”

- Há ha ha ha! Wow! Realmente, “Senhorita do Azar.” O que a vossa majestade queira fazer com essa nova coroa? – Zombou o amigo que ainda ria. – Pelo menos estamos no meio do caminho da escola, dá pra você voltar andando pra casa e lavar o cabelo ou pedir pra alguma alma bondosa pra pegar a mangueira e lavar a cabeça.

- E como eu sou azarada desse jeito, eu duvido que eu consiga achar essa alma bondosa. –Adicionou a própria Era. – Toda vez que eu fico acostumada com o nível do azar atual, ele consegue evoluir ainda mais para ferrar com a minha vida.

-Essa é a vida, ou pelo menos, a SUA vida. – Comentou a amiga.

- Vamos lá, Zara, pelo menos tente aproveitar esses momentos engraçados que passamos com a Yayoi! – Exclamou rapidamente o garoto sobre o comentário de Zara. – E estamos em plena segunda feira!

Os amigos de Era realmente eram afetados pelo azar dela, mas não se preocupavam com isso pois gostavam mais da amizade que o próprio histórico deles. Zara Escarlate era uma menina bonita de cabelos louros um pouco escuros e olhos verdes profundos enquanto o amigo que ria era simplesmente um “Viva e deixe viver” chamado Rather Rorikon, ambos tinham os próprios problemas privados mas nem tanto para deixarem ser abalados pela má sorte da menina.

Com um sorriso, a menina limpou a mão suja em uma parede de uma casa inocente que estava logo ao lado, deu meia volta e começou a andar com aquilo na cabeça com os amigos.

- Vocês não precisam me seguir na minha casa, eu vou faltar na escola hoje e com o conhecimento do meu azar, vou perder uma coisa horrivelmente importante. Podem ir pra escola que eu vou ficar em casa me arrependendo disso.

Eles sabiam que ela estava correta, quem não teria mais conhecimento do azar de Errand Yayoi do que ela mesma? Seguindo a sugestão dela, foram para a escola normalmente enquanto Era voltava pra casa sentindo o vento gelado da manhã no cabelo molhado da substancia cheirosa.

No meio (do meio) do caminho pra volta para casa, uma sensação esquisita tomou a cabeça de Era novamente como antes com o efeito (matrix) de lentidão. A sensação que começou na cabeça pareceu se locomover para as costas, ela sentiu como se as costas estivessem queimando como uma vez que ela havia esquecido de passar bloqueador solar e ficou com as costas inteiras torradas, mas desta vez a sensação da queimadura era interna.

“Ugh! Eu não sabia que droga de pássaro fazia isso nas pessoas! Mas devem ser porque eles NÃO FAZEM!” Pensara ela tão rapidamente quanto ela podia correr e tentar ignorar a queimadura intensa nas costas. A dor vinda das costas ficou motivando ela a correr mais rápido para a casa, para ver se havia alguma coisa para terminar com a dor e provavelmente o cheiro no cabelo.

Uma das regras que ela aprendeu da pior forma foi que ela nunca deveria nem pensar como tudo podia piorar quando tudo já foi tacado contra ela, mas já foi tarde demais pois uma fração da consciência dela pensara uma pequena frase que sempre foi a campainha para a casa do desastre. “Pelo menos, isso não poderia ficar pior.”

E foi assim como o primeiro dia começou para o começo de uma nova era.

- O JAQUE! – Exclamou Era com toda a força assim que chegara a o portão de casa, enquanto tentava se acalmar um pouco para pegar as chaves e destrancar a porta. – EU TÔ PRECISANDO DE AJUDA E DE REMEDIOS! RÁPIDO!

Ao ouvir os berros meio desesperados da menina no portão, uma adolescente de cabelos castanhos mais ou menos mais velha que Errand apareceu com uma cara de exclamação e interrogativa e ajudou a pobre garota desesperada e exausta a entrar em casa e a deixou deitada no sofá enquanto corria para procurar por alguma coisa pra ajudar a coitada.

- PORQUE ISSO TEM QUE DOER?! – Berrou novamente Era, ela nunca foi uma pessoa que aturou a dor, um simples corte de papel faria a coitada entrar em modo de drama extremo por apenas um simples e inútil corte.

Mesmo com a grande dor na parte das costas, ela conseguia ver a Jaqueline Duarte correndo por aí com uma pomada contra dor, ela sabia que Jaqueline ia berrar com ela para retirar a camisa para passar a (droga da) pomada na área que provavelmente estaria doendo.

Quando a Jaqueline aparece na sala novamente com a pomada, a dor havia desaparecido do nada totalmente assim como havia chegado. Errand Yayoi começou a encarar Jaqueline Duarte, ela realmente não sabia o que dizer após berrar feito uma garotinha (Ding dong! É a ironia!) com a dor que queimava dentro de si.

“Ah, azar! Como eu te odeio.” Pensou ela furiosamente consigo mesma. E sem mais nenhum som, ela se levantou e foi tomar um banho enquanto Jaqueline já ligava pra escola avisando que ela não vai poder ir.

Errand, alem de ser “A Senhora do Azar”, tinha estranhos gostos. Adorava coisas amargas e um banho bem gelado no meio de noite fria, sem falar que sempre dormia com a jaqueta favorita e levava o relógio da mãe junto com ela em qualquer santo lugar.

Após o banho, Era não realmente deu atenção aos acontecimentos estranhos do dia, ela também sabia que quando a mãe chegasse em casa e ver a filha fazendo nada e em perfeito estado iria realmente sair ruim para o lado ela. Para tentar evitar o perigo que certamente estaria à espera dela, Era começou a estudar.

Como ela já esperava, alguns materiais estavam sumidos da mochila dela por má sorte, ela começava a revirar a mochila como fazia todo dia para achar os objetos quando a campainha começou a tocar.

“Meh.” Pensou ela quando foi ver quem era. “Deve ser mais um vendedor a domicilio ou qualquer coisa similar.”

Um sinal de exclamação substitui a fala de Era quando viu os amigos no portão, esperando que ela possa abrir o mesmo.

- Então, Senhorita do Azar. – Disse Rather. – Seu currículo de azar perfeito está com um furo chamado Sorte! Ou mera coincidência.

- Parece que a prova que ia ter hoje (E que você provavelmente esqueceu.) foi adiada para semana que vem e o diretor da escola esqueceu-se de avisar que hoje não ia ter aula.

Parecia um milagre para Errand Yayoi, “Sorte” parecia não existir no mundo dela e que aquilo pareceu ser uma mera e simples coincidência como o amigo dela sugeriu, mas a felicidade em saber que foi sortuda pelo menos uma vez na vida foi grande demais para ela conter e demonstrou um grande sorriso.

A cara dos amigos dela claramente mostrava que estavam pensando e refletindo sobre a felicidade obvia de Era, era meio raro ver ela tão feliz assim, pois os amigos a viam como uma pessoa normal e estranhamente feliz por estar sorrindo maior parte do tempo com uma cara meio falsa.

Mesmo com tanta felicidade fluindo sobre a face dela, a jovem percebeu os amigos murmurando algo para eles mesmos enquanto a encaravam de uma forma morta e tanto surpresa, aquela atmosfera estava morrendo rapidamente quando um som característico de água pingando no chão frio começou a ser recitada perto deles.

Os ouvidos logo detectaram a origem do som e rapidamente os olhos estavam a ver o que causara o mesmo, um liquido vermelho escarlate escorria da perna de Era assim como o mesmo caia e pingava da jaqueta, causando uma pequena poça de sangue.

O som exclamativo saltou da boca dos três imediatamente ao notar aquilo, a camisa branca e nova de Era estava encharcada de sangue nas costas e a jaqueta ficou com um tom belo de vermelho escuro. Rather estava totalmente chocado enquanto Zara deu um salto desesperado para traz.

De repente, a jaqueta se partiu em dois e foi jogada para os dois cantos da sala junto com um som horrível de carne e ossos sendo estraçalhados e um tom de camiseta sendo rasgado brutalmente, mais sangue, um pouco de carne e algo que possa se chamar de ossos se espalhou grotescamente pelo lugar, aquele espetáculo horrível de ossos estalando e novos membros crescendo nas costas da amiga em total desespero foram seguidos pelos gritos de agonia da mesma, cheios de dor e medo.

A pele de Era ficara mais pálida, devido o medo e o sangue sendo sugado pelas asas que estalavam cheias de vida. Gritar era a única coisa que ela podia fazer naquela situação que não tinha o mínimo controle sobre. Não tendo mais forças para gritar ou ficar de pé, a jovem ensangüentada cai de joelhos para a poça de sangue e carne no chão, sentindo finalmente o poder de controlar as asas junto com um formigamento mortal, ela tenta continuar consciente.

Zara estava caída no chão com a face distorcida pelo medo e Rather, com um pedaço de carne grudado na cara e sem palavras ou até mesmo de sinal de vida, continuava em pé com as pernas totalmente tremendo, ambos estavam sujos de sangue que foi jorrado em todo o lugar.

Um novo tipo de desespero entrou na cabeça de Era quando tentava ficar de pé, sem muito sangue restando pelo corpo ela mal conseguia se mantiver viva. A necessidade de sangue em sua cabeça fez com que a jovem começasse a produzir algo transparente e totalmente negro que envolveu e começou a absorver todo o sangue fresco que foi jogado fora disponível, o tão rápido que a estranha aura absorveu o sangue voltou diretamente para a menina, mas mesmo com aquela quantidade de sangue restaurada as asas haviam roubado parte significante do liquido que o coração bombardeava.

Enquanto o show de mágica acontecia na sala, Jaqueline estava no lado de fora da casa explicando para os vizinhos, e a policia, que foi um acidente com o nível do volume de um filme de terror e gore, tentando acalmar o povo que estava assustado com os berros.

Exausta com os acontecimentos, Era conseguiu dar uma ultima olhada nos amigos antes de desmaiar, eles pareciam estatuas de tão assustados com aquilo tudo e um tanto surpresos também. Zara logo começa a chorar de medo, enquanto Rather finalmente cai no chão assim que ele finamente consegue tempo para pensar. As novas e enormes asas cobrem o corpo da jovem para evitar o frio que começara a fazer rapidamente naquela manhã fresca de segunda feira.