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Nas Asas De Um Anjo...

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Nas Asas De Um Anjo... Empty Nas Asas De Um Anjo...

Mensagem por Jess Silver Sáb Ago 20, 2011 2:49 pm

Título: Nas Asas De Um Anjo
Classificação: +16
Shipper: Jacerena <3

Sinopse:



Jace Gallehall é um anjo. Mas vive neste mundo como nós.
Dorme, alimenta-se, caminha e vive entre nós, sem que ninguém alguma vez se tenha apercebido que ele é diferente. Ele tem uma missão que nada nem ninguém pode mudar ou tentar interromper. E a sua estadia em Bloom Fall's tem um propósito: manter o bem-estar e a harmonia entre os seus cidadãos. E a vida de Jace estava a ser fácil, até agradável…
Até que, num dia como todos os outros, ele conhece Serena. E a partir desse dia, a vida dos dois nunca mais será a mesma.
Serena é uma força da natureza, uma pessoa independente, indomável, confiante das suas capacidades e disposta a tudo para alcançar os seus fins. E quando mete na cabeça uma ideia, ninguém a pára até alcançar os seus objetivos.
Mas desta vez ela encontra um obstáculo. Um obstáculo intenso, forte, atraente e deslumbrante, chamado Jace. Um obstáculo que se tornará na sua única razão para permanecer em Bloom Fall's.
E se de repente tudo aquilo em que Jace acreditava, tudo o que queria ter na vida, tivesse mudado?
Será que por um amor tão intenso como este, um anjo será capaz de desistir das suas preciosas asas e tornar-se realmente humano?


Bem, se tiverem gostado da sinopse e quiserem ler avisem, eu começo a postar!
Beijooos
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Nas Asas De Um Anjo... Empty Re: Nas Asas De Um Anjo...

Mensagem por Yukii Sáb Ago 20, 2011 3:41 pm

Gostei... quero ler *---*
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Nas Asas De Um Anjo... Empty Re: Nas Asas De Um Anjo...

Mensagem por Laala_* Sáb Ago 20, 2011 4:32 pm

Jess Smile
Preciso mesmoo dizer que adoorei ou você já sabe disso? ;s
Urgentementee postaa, viu Wink eu adoorei!
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Nas Asas De Um Anjo... Empty Re: Nas Asas De Um Anjo...

Mensagem por Jess Silver Sáb Ago 20, 2011 5:15 pm

Obrigada Yukii e Laala, pelo incentivo!!
eu vou apresentar as personagens da história:


Nas Asas De Um Anjo... Tom_Welling

Esse aí é o Jace Gallehall, o anjo da história. Ele tem 100 anos, é super giro como podem ver, e vive em Bloom Fall's há oito anos.

Nas Asas De Um Anjo... Evan-Rachel-Wood

E essa é a Serena Waverly, a protagonista da história. Ela tem 20 anos, é bem bonitinha, e vai se apaixonar pelo Jace.


Espero que tenham gostado das personagens!!
Jess Silver
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Mensagem por Jess Silver Sáb Ago 20, 2011 5:33 pm

Capítulo 1


Serena





Olhei uma vez mais para o relógio, pendurado na parede por cima da poltrona onde o meu pai estava sentado. Por amor de Deus, porque não podia o tempo passar um pouco mais depressa?!
- Estás a ouvir o que te estou a dizer? - Repetiu o meu pai, pela milésima vez.
- Siiiiiiim. - Murmurei, cansada do seu discurso.
Ele suspirou, como se tivesse percebido que aquilo estava realmente a aborrecer-me. Depois levantou-se do cadeirão onde estava confortavelmente sentado e aproximou-se de mim.
O meu pai era tão parecido comigo que era impossível as pessoas confundirem-no com meu tio ou primo. Eu tinha muito dele em mim. Tinha herdado os seus olhos, azuis mas tão claros que se tornavam quase acinzentados. Os dele eram mais afetuosos e sensatos que os meus, segundo o que toda a gente dizia. Tinha o seu nariz reto e bonito, e o seu cabelo castanho tão claro que era quase louro, ondulado e que me chegava até meio das costas. Mas tinha herdado os lábios carnudos e belos da minha mãe, as suas sobrancelhas finas e arqueadas, as suas maçãs-do-rosto elevadas. No entanto, era na expressão do rosto que eu era mais parecida com o meu pai. Isso e na teimosia, na confiança e na coragem, segundo palavras dele.
Olhei para o meu pai e senti subitamente uma enorme vontade de o abraçar, mas contive-me. Ele era muito bem-parecido, sempre com aquele sorriso jovial, e ar de quem podia fazer tudo o que quisesse da vida. Nesse instante ele pousou as suas mãos grandes e fortes nos meus ombros, para me fazer olhar bem fundo nos seus olhos.
- Querida, sabes que é para o teu bem. E que não podia deixar-te ir sem dizer tudo isto. Espero que compreendas… que isto é apenas a preocupação do teu velho pai. - Explicou ele, com um sorriso acanhado.
- Eu sei disso. Mas não precisas de te preocupar. Eu já sei tomar conta de mim sozinha, e isto não é o fim do mundo. - Respondi, sorrindo-lhe também.
Ele encolheu os ombros e depois estiquei-me para lhe dar um beijo no rosto, antes de recuar, pegar na minha mala que estava em cima do sofá castanho, e me preparar para sair.
- Boa-sorte. - Foi tudo o que o meu pai disse.
- Obrigada. - Sorri-lhe uma última vez antes de me dirigir à porta, mas antes de sair olhei-o por cima do ombro. - Nunca te esqueças que gosto muito de ti, pai.
- Também gosto muito de ti, Senny. - Sorriu-me docemente, mas eu vi as lágrimas contidas nos seus olhos.
Não queria vê-lo chorar. Ia deixar-me deprimida. Por isso apressei-me a abrir a porta e a sair, antes que ele me fizesse desatar a chorar também. Fechei a porta da sua casa e desci do alpendre, correndo até ao meu carro, que estava estacionado em frente a ela.
Enquanto entrava, colocava o cinto de segurança e ligava o motor, pus-me a pensar no que seria do meu pai daí em diante. Quer dizer, ele era um adulto perfeitamente capaz - no auge dos seus quarenta e cinco anos, tão forte e destemido como quando tinha trinta - mas nunca tinha vivido sozinho. E agora eu estava a abandoná-lo.
«Se te metes a pensar assim nunca hás-de viver sozinha nem ter a tua própria casa. E sabes bem o quanto precisas da tua liberdade» aconselhava a minha consciência.
Ela tinha razão, aliás, as consciências têm sempre razão. Já estava na hora de eu sair dali, de casa do meu pai, e ter a minha independência.
Com as malas todas encafuadas na bagageira do carro e nos bancos de trás também, parti ao som da minha rádio preferida, e a tentar não olhar para a janela da sala, onde eu sabia que o meu pai estava a observar a minha partida.
Respirei fundo quando cheguei ao fundo da rua e entrei na estrada a sério. Já não podia voltar atrás. Já tinha tomado esta decisão há muito tempo e estava apenas na hora de a pôr em prática.
Fiz vinte anos há duas semanas atrás. Passei o aniversário numa discoteca com os meus amigos, e depois fui dormir a casa da minha melhor amiga, divertimo-nos imenso, mas ao mesmo tempo foi um marco na minha relação com eles todos. Aproveitaram o jantar para se despedirem de mim com pompa e circunstância, uma vez que dificilmente me voltariam a ver nos próximos tempos.
Seria de esperar que eu arranjasse uma casa perto daquela onde morava anteriormente, para me manter em contacto com o meu pai e os meus amigos, mas não. Eles iam ficar todos em Los Angeles e eu ia partir para bem longe, para uma terriola qualquer perdida num fim do mundo, chamada Bloom Fall's.
Onde foi que arranjei esta ideia? Pois, é o que eu já me perguntei por diversas vezes. Na verdade vi umas casas para venda na Internet, quando andava à procura, e fiquei completamente rendida às paisagens deslumbrantes daquela localidade. Comecei a fazer pesquisas - ainda não sabia que era a mais de quatrocentos quilómetros de distância da fronteira do estado onde eu vivia antes - e quanto mais lia, mais vontade tinha de visitar a zona. Por isso comprei um bilhete de avião de ida e volta, e disse ao meu pai que ia apenas dar um passeio e voltava no fim do fim-de-semana. Ele ficou super desconfiado, claro, mas nem pensou em impedir-me.
Viajei até Bloom Fall's, descobrindo que depois de se sair do aeroporto tinha de se apanhar um comboio e ainda um táxi até se chegar ao limite da tal terriola, que só tinha ligação a uma pequena cidade perto dela por meio de uma única estrada, por onde não passava quase nenhum carro.
Não deixei que as circunstâncias me desanimassem. Quando cheguei a Bloom Fall's fui ver as casas que estavam para venda, e quando encontrei aquela que considerei ser a ideal para mim, fui falar com o vendedor imobiliário da região e ele ficou verdadeiramente radiante por ter arranjado um bom negócio como aquele. Nem olhei para trás, nem quis pensar duas vezes: apaixonei-me completamente pela casa, pela paisagem que a rodeava, e decidi que era ali que queria viver durante os próximos anos da minha vida.
Por isso acertei todos os papéis e documentos que havia para tratar com o vendedor e depois de ele me certificar que estava tudo tratado, fiquei hospedada numa das duas únicas estalagens da vila, e na manhã seguinte apanhei o avião de regresso a Los Angeles.
Quando contei ao meu pai que durante aquele "pequeno passeio" tinha ido tão longe e comprara uma casa só para mim, ele ficou tão chocado e revoltado que não me falou durante dois dias. Suportei o seu amuo sem grandes preocupações. O meu pai nunca conseguia ficar muito tempo chateado comigo, e no fim acabou por voltar a falar-me, para me perguntar quando estava a pensar mudar-me para lá.
Disse-lhe que me mudaria duas semanas depois do meu aniversário. Ele não gostou nada da ideia, porque não queria que eu me fosse embora tão depressa, mas não deixei que as suas súplicas me fizessem mudar de ideias.
Ainda a pensar na conversa que tivera com o meu pai, cheguei ao aeroporto e passei pela mesma rotina de sempre de levar as malas para dentro, colocá-las na passadeira rolante, tratar do check-in e embarcar. Quando já estava sentada no meu banco de avião - felizmente era junto
à janela, por isso podia olhar para o exterior enquanto ouvia música no meu Ipod - voltei às recordações do passado.
Quando o meu pai finalmente se conformou com a realidade - menos de cinco dias antes da minha partida - começou a querer aproveitar todos os minutinhos livres que tinha para estar comigo. Passámos noites inteiras a ver filmes na televisão grande da sala, a jogar às cartas, a passear pela cidade, a ir ao cinema ou a parques só para descontrair, e conversámos tanto, mas tanto, sobre as coisas que eu iria descobrir e viver agora que ia morar sozinha, que eu já sabia todos os conselhos de cor.
O meu pai estava preocupado com a ideia de deixar a sua única filha sair de casa para ir viver tão longe dele. E se eu não tivesse gostado tanto de Bloom Fall's, o mais provável é que fizesse como as minhas amigas, e arranjasse uma casa em Los Angeles, e ficasse o resto da vida presa àquela cidade enorme e super barulhenta.
Quem é que eu estava a tentar enganar? Eu adorava Los Angeles! Adorava a confusão, o glamour, o brilho, toda aquela gente stressada para chegar a todo o lado, os holofotes, as notícias mais escaldantes… eu adorava o burburinho das grandes cidades. E isso ainda me deixava mais confusa acerca do porquê de me ir isolar numa vila em nenhures.
Mas era a minha primeira decisão séria e não ia acobardar-me e voltar atrás na minha palavra.
No entanto, pensar no meu pai, a viver sozinho… eu nem sabia se ele seria capaz de cozinhar coisas realmente comestíveis. Ao menos tinha dinheiro suficiente para ir jantar fora cinco vezes por semana. Era o que me deixava mais descansada.
A minha mãe tinha morrido quando eu tinha seis anos e tinha sido o meu pai a criar-me sozinho desde essa altura. De vez em quando ele arranjava uma ou outra namorada, mas nada que durasse muito tempo. Por isso eu tinha sido a sua maior companhia a vida toda. E quando eu começara a tornar-me mais independente, a ter o meu grupo de amigos e os meus namorados, nunca o tinha deixado muito sozinho porque sabia o quanto ele dependia de mim para viver.
Mas agora… bem, agora ele teria de arranjar-se sozinho, porque eu já tinha vinte anos e não estava disposta a continuar a viver debaixo do mesmo tecto que ele durante mais tempo. Estava farta que controlassem todos os meus movimentos. Ele não fazia por mal, eu tinha noção disso, mas às vezes tornava-se mesmo maçador.
O avião finalmente fez-se à pista. Olhei pela janela e inspirei fundo, enchendo-me de coragem. Estava na altura de começar uma nova etapa na minha vida, que eu esperava que corresse tão bem ou melhor do que tudo o que tinha acontecido até aí.


e aí, o que acharam disso??
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Mensagem por Laala_* Sáb Ago 20, 2011 6:20 pm

Amiiga, maravilhoso
Sem palavras para issoo..
Eu gostei da Serena, achei legal ver a perspecção dela..
A relação dela com o seu pai, todo o amor, e tambem a decisão dela de morar sozinha simplesmente pela beleza da cidade foi algo fantastico..
Embora ela receia deixar o pai, mesmo assim ela se decidiu , e foi.
Adorei ela Wink
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Mensagem por Jess Silver Sáb Ago 20, 2011 6:28 pm

Laala_* escreveu:Amiiga, maravilhoso
Sem palavras para issoo..
Eu gostei da Serena, achei legal ver a perspecção dela..
A relação dela com o seu pai, todo o amor, e tambem a decisão dela de morar sozinha simplesmente pela beleza da cidade foi algo fantastico..
Embora ela receia deixar o pai, mesmo assim ela se decidiu , e foi.
Adorei ela Wink


ohhh brigada Laala, fico muito feliz que tenha gostado!
sabe, a Serena é bastante parecida com as minhas outras personagens que você já conhece
Kiara, Kelly, Denise, Jess... elas são todas mais ou menos o mesmo género, mas esta vai-se revelar mais confiante e mais capaz de tomar decisões pela sua cabeça
esta de deixar o pai e ir morar sozinha foi apenas a primeira Wink
espero que goste tanto ou mais desta história do que gostou das outras!!
beijoos querida
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Mensagem por Jess Silver Dom Ago 21, 2011 3:14 pm

bem, eu vou postar a 2ª parte do capítulo 1, espero que gostem!!
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Mensagem por Jess Silver Dom Ago 21, 2011 3:25 pm

Capitulo 1 - 2ª Parte


* * *



- Muito bem menina, não posso ir mais longe que isto, e também já está suficientemente perto. - Indicou-me o taxista.
Assenti e tirei a carteira para fora da mala para lhe pagar. Ele já me dera uma grande ajuda em me trazer até aqui.
Depois de sair do avião, tinha levado a minha bagagem toda até à estação de comboios mais próxima e apanhara aquele que me traria até o mais perto possível de Bloom Fall's. Daí fora para a praça de táxis, onde apanhara este, que me tinha trazido até praticamente à entrada da vila. Eu estava-lhe grata por não me ter deixado no princípio desta estrada pequena e isolada, porque de certeza que ninguém me daria boleia, até porque eu ainda não vira passar um único carro.
- Obrigada. - Agradeci-lhe, depois de ter pago o transporte e de ele ter tirado a minha bagagem da mala do seu carro.
- Tenha um resto de bom-dia menina. - Desejou-me, antes de entrar de novo no táxi.
Fiquei a vê-lo afastar-se pela rua fora até sair do meu campo de visão, e depois inspirei fundo aquele ar puro e tão característico do campo. Olhei à minha volta, observando a paisagem.
À minha frente tinha uma espécie de portão de entrada da aldeia, que tinha gravado no ferro as palavras "Bem-vindo a Bloom Fall's". Mesmo típico, pensei, enquanto pegava nas minhas várias malas e malões e começava a arrastá-los para dentro dos limites da vila.
Mas para lá do grande portão de entrada não havia mais nada. Apenas a estrada, que continuava até se perder de vista, e bosque cerrado de ambos os lados, sem nenhuma casa, loja ou posto de vigia à vista. Eu já estava à espera daquilo, por isso continuei a andar, durante mais de um quilómetro, até encontrar o desvio que me levava para o "centro" da vila. Era onde se localizava a maioria das casas, lojas e centros de convívio. As outras casas de habitação ficavam mais afastadas da praça principal, e algumas estavam mesmo muito isoladas, mas pelo menos havia um autocarro que percorria toda a zona, indo da casa mais afastada até à do outro extremo, para garantir que as pessoas que não tinham carro conseguiam chegar a todo o lado.
Quando cheguei ao centro de Bloom Fall's, apressei-me a ir até ao escritório do vendedor imobiliário que tinha tratado da papelada da minha casa. Assim que me viu entrar pela sua porta adentro, levantou-se da cadeira onde estava sentado e praticamente correu na minha direção, e não se podia ter mostrado mais entusiasmado.
- Menina Waverly! Estamos muito contentes por ter vindo morar connosco! - Cumprimentou-me, dando-me um aperto de mão bastante entusiástico.
- Obrigada… também estou contente por vir para cá.
- Ainda bem. Tenho a certeza que vai adorar viver aqui connosco. Chegou há muito tempo?
- Não, aliás, vim logo direta para aqui quando cheguei. Agora o que estou mesmo a precisar é de ir para a minha casa. - Comentei, com um sorriso cansado.
- Pois, com certeza, com certeza… bem, aqui está a sua chave. Quer que a acompanhe lá ou prefere ir sozinha? - Perguntou, enquanto me entregava um porta-chaves, com duas chaves lá presas, uma maior que outra.
- Não se preocupe, eu já sei o caminho. Então… até qualquer dia. - Despedi-me, enquanto me dirigia à saída.
- Até qualquer dia! - Despediu-se ele, com um aceno alegre.
Fiquei com a ideia que este simpático homem estava mesmo na profissão certa. Parecia feliz por ver as pessoas comprarem as suas casas, começarem as suas vidas. Saí da agência imobiliária, pegando novamente em toda a minha bagagem, e dirigi-me à minha nova casa.
A minha habitação ficava a cerca de meio quilómetro do centro da aldeia, onde se juntavam todas as lojas, a zona comercial mais agitada, e eu tinha escolhido uma das maiores casas, por isso ficava mais isolada do resto da vila. Quando parei à frente dela, senti um sorriso a desenhar-se nos meus lábios. Era mesmo fantástica.
Tinha um alpendre em madeira a toda a volta, com balaustrada e corrimão igualmente em madeira, e subia-se até lá por três degraus não muito largos. Na parte da frente da casa o alpendre era tão largo que daria para colocar uma mesinha e umas cadeiras em madeira, e talvez até uma rede para eu me deitar e descontrair nas tardes de Verão. Ainda não tinha comprado essas coisas, mas não demoraria até as arranjar.
A porta principal da casa era grandiosa, em madeira escura, e decorada com hera que rodeava o arco da porta. A hera tinha pequenas flores brancas a decorar. Avancei até à entrada, meti a chave que o agente imobiliário me dera na porta, e abri-a.
Esta moveu-se para trás com um ranger próprio das casas que já não são usadas há muito tempo. Lá dentro estava tudo escuro e bafiento, porque segundo o que me tinham dito, ninguém vivia ali há mais de sete anos. À minha frente estendia-se um longo corredor, com tecto e chão em madeira clara e paredes pintadas de um suave tom de creme pastel. Não havia absolutamente nada de decoração - nem mesas de entrada, nem quadros nas paredes, nem sequer candeeiros no tecto. Apenas aquele corredor inicial, grande e cheio de teias de aranha e pó.
Avancei por ele, pensando em como teria de dar uma limpeza geral na casa. Havia apenas duas portas no corredor: a primeira dava para a pequena casa de banho do piso inferior. Entrei lá para ver o seu estado. Era mesmo pequena - só tinha espaço para uma cabina de duche, a sanita, o lavatório e um polibã, além do espelho de rosto, colocado por cima do lavatório. A casa de banho estava ligeiramente menos suja e abandonada que o resto da casa.
A outra porta dava acesso à maior das divisões da casa: uma sala de estar/sala de jantar/cozinha. Estava tudo junto, sendo que a zona da cozinha ficava na outra ponta da divisão, e era separada da sala de estar e sala de jantar por um longo balcão de pedra, onde se podia preparar os alimentos. A zona da cozinha era pequena mas eu também não estava habituada a cozinhas muito grandes, por isso aquela servia na perfeição. Tinha um frigorífico bem equipado - eu já tinha encomendado os electrodomésticos para a cozinha e as casas de banho, para pelo menos conseguir sobreviver quando me mudasse para cá - além de um fogão, forno, bancadas em pedra e armários de madeira, e até um microondas. Tinha tudo o que precisava.
Do outro lado do balcão que separava a cozinha do resto havia uma grande mesa de jantar, também em madeira e com quatro cadeiras no mesmo material, sobre um soalho de madeira clara. E o resto da sala estava vazio, com exceção da enorme lareira, embutida na parede do fundo. Ao olhar para ela da primeira vez, pensei logo em como seria bom colocar um televisor plasma por cima da lareira e um grande sofá em frente, para no Inverno poder ver um bom filme enroscada numa manta de lã e aquecida pelo fogo que crepitaria na lareira. Era uma visão deliciosamente tentadora, e eu tinha a certeza que acabaria por se concretizar.
Como ainda não havia televisão nem sofás, a sala estava vazia. Parecia uma divisão enorme, e o eco que fazia era horrível, mas à parte disso estava tudo bem.
Voltando ao corredor inicial, subi pelo pequeno lance de escadas, que dava acesso ao piso de cima. Lá havia outro corredor, desta vez mais estreito, com outras três portas. Duas delas davam para quartos - completamente vazios, sem rigorosamente mobília nenhuma - e a outra para uma casa de banho maior que a do piso de baixo, e esta também já estava equipada, até com uma grande banheira de pedra branca, daquelas onde nos podemos deitar a ouvir música e a descontrair num belo banho de espuma. Mais uma visão fantástica que me seduzira ao ponto de comprar a esplendorosa banheira, mesmo que me chegasse um duche como o da outra casa de banho.
Havia ainda um sótão, que ainda estava mais sujo e cheio de teias de aranha que as outras divisões, e onde não me apetecia ir agora, mas ao qual se tinha acesso por uma portinhola no tecto do corredor dos quartos. Quando vim ver a casa a primeira vez tinha perguntado ao agente imobiliário do que se tratava aquele quadrado que sobressaía no tecto no corredor.
- É a abertura para o sótão, menina. - Explicou-me ele.
Por isso eu pedi para o ir ver. O agente, com um longo suspiro, esticou-se para puxar a pega do tal quadrado, e este cedeu e foi descendo, revelando uma escada que nos dava acesso ao sótão. Subi a escada pouco segura, com o agente imobiliário a seguir-me, e entrámos no sótão.
Não era muito grande, e estava tão empoeirado que eu desatei automaticamente a tossir. Não tinha janelas nem nenhuma fonte de iluminação, e tal como as outras divisões, também estava vazio. Mas comecei logo a pensar se não poderia torná-lo numa espécie de escritório, ou então num quarto de arrumações… ou coisa parecida.
Ainda de olhar pregado no quadrado que sobressaía do tecto do corredor, o sorriso aumentou na minha cara. Era a minha casa. Era enorme, realmente melhor do que eu pensara que conseguiria arranjar para a minha primeira casa de solteira. Claro que para a comprar tinha gasto todas as minhas poupanças, e o meu pai também ajudara com uma grande quantia, mas valia a pena.
Eu ia adorar viver ali. Desci as escadas até ao piso inferior, saí para o exterior e fechei a porta. Levando as chaves de casa comigo, comecei a andar em direção à vila.
Estava na hora de comprar detergente, esfregões, vassouras, esfregonas e inseticidas. Tinha de dar uma limpeza geral na casa e torná-la num lugar habitável. E depois começaria a procurar os móveis. Havia um pequeno supermercado na praça principal, que basicamente vendia um pouco de tudo, e ainda uma loja de móveis onde eu poderia comprar a cama, os armários, os roupeiros, sofás e estantes para os livros.
Com um sorriso na cara, dinheiro no bolso e cheia de confiança, atravessei a distância que separava o meu novo lar do centro de Bloom Fall's, com a certeza que esse dia era um início marcante na minha vida de adulta independente.
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Mensagem por Laala_* Dom Ago 21, 2011 4:26 pm

Jess amoor..
Cada dia que passa eu estou amando mais a Serena..
Espero que eu goste tanto assim do Jace, também Wink
Mas que viajem ela teve de dar para chegar em sua nova moradia, nãoo ? Coitadinha, deve estar morta de cansaço e ainda tem que faxinar a casa toda para poder obter um ambiente limpo ;s Mas vale a pena, achei a casa dela totalmente linda e acolhedora, embora ainda esteja sem mobília.. Imagina quando estiver!!
Pode tratar de fazer uma descrição detalhada da casa com a mobília, viu dona Jess!
Estou amando a historia, como todas as outras...
E me diz aqui que historia é esse de excluir a tua conta do forum diarios do vampiro, e excluir todos os teus topicos ???
Laala_*
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Mensagem por Jess Silver Dom Ago 21, 2011 4:32 pm

Laala_* escreveu:Jess amoor..
Cada dia que passa eu estou amando mais a Serena..
Espero que eu goste tanto assim do Jace, também Wink
Mas que viajem ela teve de dar para chegar em sua nova moradia, nãoo ? Coitadinha, deve estar morta de cansaço e ainda tem que faxinar a casa toda para poder obter um ambiente limpo ;s Mas vale a pena, achei a casa dela totalmente linda e acolhedora, embora ainda esteja sem mobília.. Imagina quando estiver!!
Pode tratar de fazer uma descrição detalhada da casa com a mobília, viu dona Jess!
Estou amando a historia, como todas as outras...
E me diz aqui que historia é esse de excluir a tua conta do forum diarios do vampiro, e excluir todos os teus topicos ???

Beem Laala, ainda bem que gostou!! fico muito feliz
sim a casa da Serena é linda, eu quero uma assim quando for morar sozinha rsrrsrs
e com mobília vai ficar melhor ainda
e quanto ao Jace, ahh você vai amar ele, quando ele começar a narrar
que é já no proximo cap
voce vai adorar ver as coisas da prespetiva dele!
beijooos querida Smile
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Mensagem por Yukii Dom Ago 21, 2011 8:12 pm

Bom... vou dar a minha dica padrão, já disse isso pra um monte de gente aqui kkk
Espaçamento é tudo em um texto, ele que da uma forma chamativa, então quanto mais organizado melhor vai ser a leitura. fica mais bonito e o leitor pensa que ta melhor (meu professor de lpt sempre diz isso kkk)

É isso eu vou ler agora, mais basicamente é isso, divida em partes porque textos grandes tender a ser chatos. *---*


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Mensagem por Laala_* Dom Ago 21, 2011 8:28 pm

Yukii escreveu:Bom... vou dar a minha dica padrão, já disse isso pra um monte de gente aqui kkk
Espaçamento é tudo em um texto, ele que da uma forma chamativa, então quanto mais organizado melhor vai ser a leitura. fica mais bonito e o leitor pensa que ta melhor (meu professor de lpt sempre diz isso kkk)

É isso eu vou ler agora, mais basicamente é isso, divida em partes porque textos grandes tender a ser chatos. *---*



Pode fazer sentido, Yuki, mas eu, particularmente, não deixo de ler história alguma por ter ou não espaçamento..
E outra, textos grandes tendem a ser chatos, e com espaçamento eles ficam maiores ainda ; ) Digo isso por experiencia própria, pois eu mesmo vejo algumas vezes aqueles caps enormes cheios de espaçamentos e eles parecem ficar muito maiores.
Em uma avaliação crítica, tudo bem, seria essencial um espaçamento. Mas isto aqui é um fórum, não um TTC.
Mas cada um tem a sua opinião, claro . Agora depende da Jess.
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Nas Asas De Um Anjo... Empty Re: Nas Asas De Um Anjo...

Mensagem por Yukii Seg Ago 22, 2011 2:10 am

Sim claro com espaço fica maior, porem fica mais organizado... A dimensão que tenho é a minha tela e na minha opinião é muito melhor ler vários pequenos textos do que um monstro... imagina descer a pagina e cair em um mar de letrinhas kkkk

Bom mudando o foco da conversa, vamos pro que realmente interessa. A fic õ/

Eu fiquei impressionada, na verdade esse texto me surpreendeu. Seu vocabulário é impecável digno de livro... Tanto, que no começo eu suspeitei que tu é de Portugal kkk

Confesso que não sabia o verdadeiro significado de muitas palavras que você usou (alem de velha é burra) Verdade, se isso fosse um livro eu riscava ele todinho Smile

A história ta show, timing perfeito.
Bem, é realmente uma leve introdução. E as descrições estão muito confusas. Não precisa expor taaaantos detalhes. No demais, tá ótimo, estou gostando bastante.
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Mensagem por Laala_* Seg Ago 22, 2011 4:16 pm

Confesso que não sabia o verdadeiro significado de muitas palavras que você usou (alem de velha é burra) Verdade, se isso fosse um livro eu riscava ele todinho

No começo eu tbem me atrapalhava um pouco, Yuki, mas me apaixonei tnt pelas histórias da Jess que aprendi todinho o vocabulário de portugal ; )
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Mensagem por Jess Silver Seg Ago 22, 2011 5:03 pm

oieee galera
vou responder a seus comentários o mais detalhadamente que consiga (nao se zanga Yukii kkkk)
vamos começar por voce...
bem, eu concordo que ha gente que prefere ler textos com espaçamento, na minha opiniao nao gosto mt de ver e é por isso que nao escrevo desse jeito, talvez fosse melhor pra voces mas pra mim... nao sei, nao gosto mt rsrrs me desculpa
no entanto fico feliz que ainda assim tenha lido tudinho (deve tê-lo cansado, mas fico bem feliz que o tenha feito rsrrs) e gostado! e quanto à descrição das personagens... é, eu por vezes exagero um pouco, mas é porque pretendo que voces vejam tudo como eu vejo, e tenham uma boa prespetiva de tudo, entendeu? mas prometo que vou tentar ser menos maçadora
obrigada pelo elogio do vocabulário, e eu sou mesmo de Portugal nem nunca fui no Brasil, nos comments eu falo assim mas é porque estou mt habituada a foruns brasileiros e me envolvi de certo jeito com a vossa lingua, mas pra escrever realmente assim é muito mais complicado, daí que o faça mesmo em portugues europeu
espero que continue gostando da história!!


Laala meu anjo, sempre me apoiando *-*
espero que continue gostando também viu??
a proxima parte vem já já aí Smile
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Mensagem por Jess Silver Seg Ago 22, 2011 5:15 pm

Bem, como no próximo capítulo aparece uma personagem nova, e que será muito importante para a história, está na hora de a apresentar. Esta é a Josie Wellscott:

Nas Asas De Um Anjo... Cinema-Megan-Fox

Nas Asas De Um Anjo... Megan-Fox-t02

e a seguir vem o capítulo ^^
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Mensagem por Jess Silver Seg Ago 22, 2011 5:22 pm

Capítulo 2


Jace





O dia ainda mal ia a meio, mas o burburinho já era tanto que me despertava a atenção. O que se estaria a passar afinal, para provocar tantos mexericos?
Abri os olhos e olhei em meu redor. O café estava invulgarmente cheio de gente. Era normal que algumas senhoras ali fossem tomar o pequeno-almoço, para pôr a conversa em dia, e até alguns homens que ali iam comer antes de começarem as suas atividades diárias. Eu conhecia cada uma das pessoas que ali estava dentro. Aliás, conhecia toda a gente em Bloom Fall's.
- Vais querer mais alguma coisa, Jace querido? Tens a certeza que já não tens fome? - Perguntou Mrs. Baker, sorridente e simpática, como sempre a tratar-me com um toque maternal.
Ela e o marido eram os proprietários do café. Eu vinha sempre ali tomar as minhas refeições, não por não saber cozinhar (porque até me desenrascava bem) mas porque era mais prático e porque assim podia integrar-me melhor, ir conhecendo melhor as pessoas. Afinal era por isso que eu tinha sido destacado para viver aqui.
- Não, Mrs. Baker, obrigado pela oferta. Estou bem assim. - Agradeci com um sorriso leve.
- Pronto rapaz, mas se quiseres alguma coisa chama. - Disse ela, virando-me costas para tratar da louça suja no lava-louça do café.
Mrs. Baker era uma mulher de quarenta e poucos anos, baixa e rechonchuda, mas tão bondosa e caridosa com toda a gente que era impossível não simpatizar com ela. Além de que era uma ótima cozinheira. Há praticamente oito anos que eu comia sempre no seu café e não tinha razão de queixa.
Nesse instante Josie entrou no café. Dirigiu-se imediatamente para o balcão e subiu para um dos bancos altos ao lado do meu.
- Boa-tarde a todos! - Cumprimentou toda a gente que ali estava com um largo sorriso, daqueles do tipo Colgate.
- Sê bem aparecida, Josie. - Sorri-lhe docemente.
- Olá Jace! Então, já almoçaste?
- Sim, hoje estava com fome mais cedo que o normal. - Respondi, piscando o olho para Mrs. Baker.
- Ah, tudo bem… - Disse Josie, lançando o seu longo cabelo negro por cima do ombro.
Josie era uma das poucas beldades solteiras em Bloom Falls, e era simplesmente deslumbrante. Mesmo para os da minha raça, que não foram criados para reparar na beleza física humana nem para sentir luxúria e desejo pelas mulheres, ficavam encadeados pela sensualidade de Josie.
Ela era alta, super elegante, com umas longas pernas, umas curvas apetitosas, um peito generoso e uma cara que deixava qualquer homem (solteiros e não só) a babar-se para ela. Tinha um longo cabelo negro, quase liso, apenas com algumas ondulações leves, que lhe chegava até à altura dos cotovelos, umas belas sobrancelhas do mesmo tom e uns potentes olhos verdes-claros, que nos faziam lembrar nas folhas das árvores banhadas pela luz do Sol em pleno Verão. Os seus carnudos e sensuais lábios estavam sempre impecavelmente pintados com aquele tom de vermelho cereja.
Para completar aquele conjunto, Josie vestia-se muito bem, e andava sempre bonita, o que ainda chamava mais as atenções. Nesse dia trazia uns calções brancos curtinhos, uma camisa de manga curta aos quadradinhos cinzentos e brancos com um decote pronunciado, e umas sandálias de salto alto agulha também brancas. Estava linda, como de costume.
Sorte dela que eu nunca pensaria em ter nada com uma humana, e que só olhava para ela como amiga, quase uma irmã.
- Já soubeste das últimas, Jace? - Perguntou Josie, enquanto pedia a sua habitual Coca-Cola e a salada de frango.
- Não… o que aconteceu?
- Oh, temos uma nova vizinha! Chama-se Serena, e acabou de chegar à vila. Já foi buscar a chave da sua nova casa e foi para lá agora. - Comentou Josie alegremente.
Aquilo era interessante… uma nova moradora em Bloom Fall's? Passei os olhos pelo café dos Baker. Então era por isso que toda a gente estava tão agitada. Deviam estar todos a falar de Serena. Eu ainda nem tinha ouvido falar dela. Como seria ela? E o que a traria a esta vila tão isolada do resto do mundo? Ninguém se mudava para cá desde que eu viera viver para aqui, há oito anos atrás.
- Em que estás a pensar? - Inquiriu Josie, bebendo pela palhinha um gole da sua Coca-Cola.
- Em nada de especial. - Mostrei-lhe um sorriso fácil, a ver se a distraía do assunto.
Claro que isso não aconteceu.
- Estás interessado nela? Olha que a rapariga é nova e pelo que ouvi dizer é bem bonita. Porque não vais lá falar com ela? Sabes… dar-lhe as boas-vindas à aldeia. - Provocou Josie, piscando-me o olho.
Não deixei que o meu sorriso se abalasse.
- Talvez mais tarde…
- Francamente Jace, tu estás cá há tanto tempo e nunca te vi interessado em nenhuma das raparigas de cá! Afinal qual é o problema? Será que nenhuma de nós é suficientemente boa para ti?
- Não é isso. Vocês são todas lindas, incluindo tu, e sabes bem disso. - Comentei, mostrando-lhe um sorriso que sabia que a deixaria satisfeita.
Bem dito bem feito; Josie ajeitou-se no banco e até corou um pouco, continuando a comer o seu almoço.
- Então faz-te a ela antes que outro qualquer aproveite a ocasião. - Murmurou, antes de levar uma garfada de salada à boca.
- Pronto, está bem, mas só para te fazer a vontade. - Respondi.
Desci do banco alto, deixando o pagamento em cima do balcão para Mrs. Baker.
- Já vais, Jace? - Perguntou a nossa anfitriã.
- Sim, ele vai ver da nossa nova vizinha. Sabes como é… dar-lhe as boas-vindas. - Riu-se Josie, com ar conspiratório.
- Assim mesmo querido! Já está na altura de arranjares uma mulher à tua altura. - Sorriu Mrs. Baker, que olhava para mim como uma mãe deliciada por ver o filho com a sua futura esposa.
Tive de me controlar para não revirar os olhos enquanto me inclinava para beijar Josie na testa. Não as culpava por terem conversas destas, nem por me tentarem juntar a todas as raparigas solteiras em Bloom Fall's.
Elas não sabiam o que eu verdadeiramente era. Ninguém sabia.
- Até logo. Tenham um bom dia. - Despedi-me, enquanto saía do café para a rua.
Estava uma temperatura amena, bastante agradável, mesmo sendo meio-dia. Havia gente a andar de um lado para o outro, a maioria a pé mas também alguns miúdos que passavam de bicicletas e triciclos, e ouvia-se o som dos motores de alguns carros ao longe também. Era apenas um dia normalíssimo na nossa vila.
À medida que percorria a praça principal fui recebendo os "boa-tarde Jace" ou os "olá Jace!" de toda a gente, que eu retribuía sem esquecer ninguém. Era assim que eu me sentia bem: no meio deles, dos meus vizinhos, vendo que eles estavam bem e tentando tornar as vidas deles um pouco melhores. Claro que eles não desconfiavam que a maioria das coisas boas e dos acessos de sorte que tinham na vida eram por minha causa. Mas até era melhor que nem soubessem… iriam certamente passar-se da cabeça se soubessem que tinham alguém como eu a viver entre eles.
E agora esta nova moradora de Bloom Fall's… como é que Josie dissera que ela se chamava? Ah sim, Serena. Belo nome. Seria tão calma e pacífica como o nome indicava, ou revelaria uma grande surpresa?
Para onde quer que eu olhasse via pessoas a cochichar sobre ela, a perguntar-se o que ela teria na cabeça para se mudar para aqui, e outros assuntos diversos mas sempre relacionados com ela. Parecia que, apesar de ter acabado de chegar, Serena já causara sensação.
A melhor maneira de descobrir alguma coisa sobre ela era, antes de falar com a própria, falar com quem lhe vendera a casa.
Cortei caminho pela rua 27, em direção à agência imobiliária de Mr. Cook. Quando cheguei em frente à porta envidraçada, espreitei para o interior e vi-o sentado na sua cadeira em frente à secretária, reclinado para trás e com os pés sobre o tampo da mesa, com os olhos meio fechados como se estivesse a apreciar qualquer coisa, ou então a sonhar acordado. Ainda pensei em deixá-lo estar sossegado, e talvez voltar mais tarde, mas quando me preparava para dar meia-volta e ir embora, ele abriu os olhos e quase mandou um salto na cadeira quando me viu ali à porta.
- Jace! - Exclamou, enquanto saltava da cadeira abaixo e me vinha abrir a porta.
- Boa-tarde Mr. Cook.
- Em que posso ser-te útil rapaz? - Perguntou, enfiando as mãos nos bolsos das algibeiras.
Mr. Cook tinha mais ou menos cinquenta anos, mas era bem-parecido e tinha uma determinação incrível a alcançar os seus objetivos. Tinha ficado em dívida comigo quando, no Inverno de há dois anos, eu salvara o seu filho mais novo de cair ao poço dos Bermann. Desde essa altura que Mr. Cook e a mulher faziam tudo e mais alguma coisa para me agradecer por ter feito aquilo.
Mas eu nunca pedia recompensas. Não era à espera disso que fazia as boas ações. Fazia-o porque precisava disso para sobreviver. Precisava de saber que tinha feito algo útil na vida de alguém. E sentira-me tão em paz e tão bem quando salvara Tony do poço, que nem me preocupava com as recompensas e os eternos agradecimentos dos pais.
- Ouvi dizer que temos uma nova vizinha… foi o senhor que lhe vendeu a casa, não foi?
- Sim sim! A rapariga parece ser simpática, mas é muito nova… nenhuma das nossas meninas com aquela idade já moram sozinhas, a menos que já estejam casadas. - Explicou Mr. Cook, com um ar divertido enquanto me apresentava "a peça".
- Hummm… mas quantos anos ao certo é que ela tem?
- Vinte! Feitos há duas semanas. Mas é mesmo bonita, Jace, tens de dar uma olhadela nela.
Tossiquei um pouco e Mr. Cook riu-se. Outro casamenteiro.
- De onde é que ela veio?
- Los Angeles! Imagine-se só, vem de uma cidade grande e tão agitada e decide vir encafuar-se aqui! Claro que a nossa vila é linda e tem paisagens deslumbrantes, mas não terá certamente os luxos a que ela foi habituada. - Respondeu o meu informador, antes de tirar o maço de cigarros do bolso das calças.
- Estou a ver… bem, ela poderá ter sentido necessidade de mudar de ares. Talvez a vida não lhe estivesse a correr bem lá em Los Angeles… vamos fazer votos para que seja mais feliz aqui.
- Com certeza…
- Pronto, não lhe roubo mais tempo. Tenho outro assunto para tratar… tenha uma boa-tarde, Mr. Cook.
- Obrigado rapaz, tu também, tu também. - Respondeu, antes de voltar para a sua secretária atafulhada de papéis.
Percorri a rua enquanto me afastava da agência imobiliária, a pensar se aquilo seria uma boa ideia.
Talvez devesse apenas deixar Serena sossegada, a ambientar-se à vila, a arranjar as coisas na sua casa. Ela não parecia uma ameaça à paz na nossa vila. Tinha vinte anos - provavelmente decidira que precisava da sua privacidade e afastara-se da casa dos pais. Não havia mal nenhum nisso.
Enquanto me dirigia para minha casa, comecei a recordar as coisas que me tinham acontecido no passado, até me fixar em Bloom Fall's…
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Mensagem por Laala_* Seg Ago 22, 2011 5:52 pm

Jess linda, aqui estou eu!
Bom, vamos lá!
Serena já virou novidade pela cidadezinha heeiin ' rsrsrs
Gostei da Josie, achei-a bem simpatiica, e não se gaba por ser tão linda.
Adorei o ponto de vista do Jace... Muito pacifico e acolhedor...
Muito bom da parte dele ter ido saber da Serena heein ' rsrs aii tem.
E agora ele vai à casa dela?? OMG, agora pronto!
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Nas Asas De Um Anjo... Empty Re: Nas Asas De Um Anjo...

Mensagem por Laala_* Seg Ago 22, 2011 5:53 pm

Jess amor, dá uma passadinha la na minha resenhaa, vê se tuu aprova Wink
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Mensagem por Jess Silver Ter Ago 23, 2011 8:19 am

:
: COMUNICADO::

bem gente, quem sentir minha falta nos próximos dias, terá aqui a explicação do meu "sumiço" kkk
é que é assim: minha net em casa é uma m*****, porque tem um limite que nós pudemos usar por mês, e normalmente como eu venho todos os dias imensas vezes, acabo por gastar tudo o que está disponível antes do fim do mês. é o que se vai passar este tbm, infelizmente
já recebi o anuncio que já gastei 90% do plafon, e isso já foi há 3 dias, entao entre hoje e amanha a net deve mesmo acabar, e aí eu nao puderei mesmo vir aqui ao forum!
por favor nao se preocupem, dia 1 de Setembro eu volto logo ta bom??
beijoos a todos e peço desculpa pelo incómodo!
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Mensagem por Jess Silver Ter Ago 23, 2011 10:26 am

Bem, esta na hora de eu anunciar as músicas da Banda Sonora desse livro. algumas das músicas que aqui estão aparecem mesmo ao longo da história, outras apenas ficam bem para ouvir enquanto lêem os capítulos, e mesmo que em algumas a letra nao corresponda muito bem à historia, eu gosto tanto delas que decidi incluí-las. Portanto aqui vai:

Banda Sonora de "Nas Asas De Um Anjo"


Letters from the sky - Civil Twilight
Innocence - Avril Lavigne
My Heart - Paramore
A Modern Myth - 30 Seconds to Mars
Super hero - The Pretty Reckless
Wherever You Will Go - The Calling
Beautiful Love - The Afters
Don't Cry - Guns n' Roses
I Don't Wanna Know - Dr. John
Sweet Child O' Mine - Guns N' Roses
Iris - Goo Goo Dolls
My Obsession - Cinema Bizarre
Hero - Enrique Iglesias
The Messenger - Linkin Park
Angels - Robbie Williams
Shadow of the Day - Linkin Park

espero que gostem, e se tiverem sugestões também podem apresentá-las Wink
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Mensagem por Jess Silver Ter Ago 23, 2011 11:56 am

Bem, quando quiserem ler mais uma parte do cap do Jace digam e eu posto Wink
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Mensagem por Laala_* Ter Ago 23, 2011 2:16 pm

Jeess, eu queeroo \o
voocê sabee mt bem dissoo!
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Mensagem por Yukii Ter Ago 23, 2011 2:38 pm

Banda Sonora de "Nas Asas De Um Anjo"
Adorei esse idéia ;p
Nunca tinha pensado nisso...
Ainda não li a "Jace"... mais ainda vou ler to sem tempo D:

Beeeijos :**
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