Sim, É Amor de Verdade
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Sim, É Amor de Verdade
Meu nome é Joannie, mas podem me chamar de Jo. Tenho dezesseis anos, e em 20 de outubro completo 17. Estudei todo o fundamental em uma escola pequena bem perto de minha casa, com uma média de cento e dez alunos em cada um dos dois turno. Mal alcançávamos os duzentos, na verdade. Era realmente muito monótono. Ano passado me mudei para uma escola longe da minha casa, com cerca de 1860 alunos, para cursar o ensino médio. Foi uma mudança realmente significativa. Comecei a fazê-lo no turno da noite, mas logo mudei-me para a tarde. Nessa época, conheci meus melhores amigos do mundo - pelo menos os melhores amigos que eu conheço pessoalmente - que eram meus colegas de sala. No princípio, eu odiava o turno da tarde, odiava a minha sala e odiava as pessoas que estudavam nela. Depois, acabei me acostumando e me enturmando, e aceitando melhor o fato de que ainda ficaria por lá por um longo tempo. Pouco tempo depois descobriria que os que menos me agradavam, no final, seriam aqueles que ficariam comigo por muito tempo, os reais amigos, os melhores que poderia ter.
Aqui onde moro há uma relação de carteirinhas de estudantes - daquelas que te dão desconto para cinema, sabem? - do Cenors, uma organização estudantil que trabalha em várias escolas da região. Essa organização manda, todos os anos, dois alunos passarem nas salas de aula do primeiro ano do ensino médio para saber quem tem interesse nas carteirinhas, bem como para a entrega das mesmas e recolhimento da taxa de fabricação. Naquele ano, os dois empregados a aparecerem na nossa sala eram alunos do segundo ano do ensino médio, no turno da manhã. Um deles era o Leandro, um rapaz muito bonito mesmo, com aquele ar bad boy e um sorriso convencido no rosto, porte físico muito bom e extremamente metido. O outro exibia um sorriso doce no rosto. Escondido em um canto, alto demais para a idade dele, sempre meigo e gentil... aquele era Ele. Danilo. Loiro, de olhos azuis, magrinho - nada daqueles garotos bombados de academia - exibia um ar de humildade que eu jamais tinha visto na minha vida. Realmente, era um tanto ofuscado pela imagem do amigo, e isso não passou despercebido por ninguém. Mas realmente não parecia importar para Danilo.
Os garotos recolheram nomes e informações sobre os interessados e se foram. Aquele era o último período de aula, e logo o sinal de saída tocaria. Quando isso aconteceu, as escadas lotaram-se de alunos lentos e cansados, e eu fiquei presa em meio àquele mar de gente.
Ao conseguir sair da escola, no pátio, estavam lá os dois rapazes.
- Oi Sora! - disseram eles, de longe, para a minha mãe, professora de história de mais da metade do ensino médio - incluindo a mim mesma.
- Oi, meus bebês. - ela respondeu, acenando. Eu ri da maneira como ela os tratava, e logo me dirigi com ela para o carro.
- Quem são aqueles, mãe? Eles foram lá pra sala hoje.
- O mais baixinho - principiou-se ela - moreno é o Leandro, e o altão de olho azul é o Danilo. São meus alunos desde que eles estavam na oitava série.
- O moreninho é beeeem bonito. - comentei, e minha mãe, ao meu lado, riu, enquanto abria o porta-malas do carro para soltar seu material dentro dele.
- Filha, acredita: aquele lá não presta para namorar. O Dan é um amor, muito querido. Agora, o Leandro... Aquele ali só serve pra ficar em festa.
Eu ri. Amava a maneira como minha mãe era liberal e aberta para esse tipo de assunto. Ela sempre fora assim, acho que por trabalhar com alunos do ensino médio, adolescentes como eu. Ela nos entendia bem, nos fazia bem... definitivamente, tinha muita sorte de tê-la como mãe.
- Nossa, mãe, quanta crueldade com o coitadinho!
- O que é? É verdade, viu? O Dan sim, daria um bom genro para mim, viu Joannie?
- Mãe, fica quieta! Meu Deus! - eu disse, corando, enquanto entrava no carro.
Ficamos esperando até alguns alunos saírem da frente da escola, e então minha mãe manobrou o carro e saiu pelo portão, a tempo de eu conseguir ver os dois rapazes do outro lado da rua. Leandro, aquele que me fascinara desde o início, e seu amigo altão, Danilo.
Durante duas semanas inteiras, todo o dia, lá estavam os rapazes, durante os intervalos e mesmo durante as aulas, passando de sala em sala, conversando com seus amigos, rindo... E durante essas duas semanas, uma penca de garotas rodeava eles a cada instante, fazendo de tudo por um segundo de atenção deles. Não parecia funcionar, e elas pareciam ser as únicas a não verem isso.
Na mesma época, uma agência de modelos mandou duas olheiras para a escola, a procura de algumas garotas que se encaixassem no perfil modelo para levar para uma viagem para São Paulo, para serem apresentadas às maiores agências de modelos brasileiras. Eu fui uma das escolhidas, e como filha da professora de história, a notícia espalhou-se feito virose. Em questão de cinco minutos, a escola inteira já estava sabendo que a filha da professora de história poderia se tornar uma futura modelo.
Admito que nunca quis ser modelo, nunca sonhei com passarelas nem nada disso. Realmente fora uma surpresa para alguém que, como eu, se achava a criatura mais feia do universo, odiava seu físico e parte de sua personalidade. Sim, minha auto estima não existia, nunca existiu e creio que nunca existirá. Na verdade, ela nem me faz falta. Mas logo que essa oportunidade surgiu, eu me agarrei a ela com unhas e dentes. Afinal, vai que eu gostasse da coisa?
De alguma maneira inacreditavelmente absurda, o turno da manhã também ficara sabendo da minha "seleção". Era o assunto que rodava em meio aos alunos da minha mãe.
- Sora, é verdade que tua filha vai pra São Paulo, tentar carreira de modelo? - pediu Dan para ela, assim que a vira pela primeira vez naquele dia. Era o segundo período de aula do turno da manhã, e a turma do Dan, a 205, tinha aula com a minha mãe.
- Aham, é verdade sim. Como é que você ficou sabendo?
- A galera comentou, sora. - disse ele. Mais tarde eu riria com o conhecimento de como aquilo acontecera. - Mas ela tem altura pra isso?
- Oh se tem! Se ela for um pouquinho mais alta, vai ter que namorar um poste, por que ela nunca achará namorado mais alto que ela desse jeito!
- Deixa eu ser o poste dela, sora? - disse ele, corando em seguida. Definitivamente, ele não queria mesmo ter dito aquilo.
Minha mãe riu, e ele começou a rir também.
- Se ela te quiser, eu não me oponho. - respondeu, por fim.
Quando ela chegou em casa, naquele dia, me contou sobre o ocorrido. Eu ri, mas algo me tocou naquela brincadeirinha. Sempre fui bem sentimental e muito bobinha, e aquela brincadeirinha realmente me abriu os olhos. No outro dia, quando encontrei eles na escola, meus olhos desviaram-se do Deus Grego Leandro para o Danilo. Ele era doce, meigo, e durante todo o tempo em que reparei nele, ele esteve sorrindo. Sorrisos sempre me encantaram, e o dele me encantou ainda mais.
Foram longos dois meses notando ele a cada vez que o via.
Chegaram as férias, as férias passaram, e lá estava eu, entrando pelos portões da escola, no meu primeiro dia de aula no turno da manhã, como aluna do segundo ano do ensino médio.
Foi fácil chegar aos portões da escola, reencontrar meus amigos, descobrir que estávamos, graças a minha mãe, na mesma sala e planejarmos mais da metade do ano baseados nas nossas expectativas. Foi fácil passar os três primeiros períodos de aula conversando sobre as férias e conhecendo os professores. Foi fácil chegar no intervalo e encontrar ele lá, com seus amigos, rindo. Mas de tudo, o mais fácil foi ver que algo havia mudado.
Nós nos encarávamos constantemente, e durante dois meses, tudo o que fazíamos nos intervalos era esbarrarmos um no outro, nos encontrarmos encarando um ao outro... E eu, boba como sempre, me iludi de começo, pensando que aquilo podia evoluir à uma amizade, e depois mais do que isso. O problema é que o tempo foi passando, e aquilo que era apenas um encanto passou a fortificar-se dentro de mim. Logo, percebi que estava, de maneira ridícula e infantil, loucamente apaixonada por alguém com quem nunca havia trocado uma só palavra. Me senti o ser mais idiota da face da terra. Tudo me lembrava ele, ele não saia da minha cabeça, eu me pegava olhando as fotos dele... Logo me descobri salvando fotos dele no meu computador e sabendo de detalhes sobre a vida dele: os horários de ensaio da banda dele, o tipo de música favorito, os melhores amigos... e ao mesmo passo em que ele se colocava na minha vida cada vez mais, parecia que o Danilo nem sabia que eu existia. Era uma troca um tanto injusta.
Agora você deve estar pensando: Joannie, é coisa de adolescente, você está mentindo para si mesma, não é possível amar alguém sem nunca ter falado com essa pessoa... Se me falassem disso um ano atrás, eu realmente concordaria com vocês com todas as minhas forças. Mas até algo tão surreal quanto isso acontecer com você, você jamais acreditará. Aconteceu comigo. Vocês podem não acreditar, mas aconteceu. E antes que digam, não é amor como o amor platônico que as crianças tem por seus ídolos no mundo da música, por um personagem de desenho animado ou por um super-herói. Eu realmente o amava, mais do que amei qualquer outro cara em minha vida. E amar assim é pior do que não amar, pior que amar alguém que você conhece, pior que amar alguém que está a milhares de quilômetros de você... isso tudo por que ele está tão perto, mas tão perto, que você é capaz de sentir seu perfume, de ouvir sua voz, e sente aquele impulso de se jogar em seus braços... e mesmo assim tem que ser forte, tem que olhar para frente e fingir que não está ai, que está tudo bem, por que se você tem medo de se jogar nos braços dele, dizer tudo o que sente e o perder para sempre. Se isso acontecer, você fica fadado a ver ele com outra pessoa nos braços, sabendo que ele sabe o que você sente, e sentindo que perdeu uma coisa tão importante para você sem que ela ao menos tenha sido sua.
Hoje eu vivo meus dias, um após o outro, fingindo que nada acontece. Se sua pergunta é essa: "Joannie, você continua amando o Danilo?" a resposta é, definitivamente e sem dúvida nenhuma "Sim, continuo.". Fazem exatos quatro meses que eu continuo nessa tarefa árdua, de amar alguém que nem faz ideia de minha existência. Fazem quatro longos meses que meu coração se despedaça lentamente, em pequenas partes, por que é tudo o que eu consigo fazer, enquanto o olho caminhando com os amigos, de mãos dadas com alguma menina ou algo do gênero. Fazem quatro meses, os quatro meses mais complicados que eu já vivi, que eu me sinto o ser mais idiota do universo, por que ainda acho que é impossível amar alguém com quem você nunca falou, e mesmo assim, o amo.
O fato é que, de fato, eu tentei. Puxei papo no face, esbarrei, fiz amigos em comum... nada adiantou. Só me sinto fracassada por ter feito de tudo e nada ter valido um mínimo a tentativa.
Mas, quem sabe, não era para ser, não é? Ou, talvez, o futuro me aguarde? Até lá eu sofro, choro, sinto dor no coração, e continuo ouvindo todos me dizendo que eu sou maluca, e que o que sinto não é real. A primeira parte até pode ser verdade. A segunda nunca foi tão falsa.
Então, gente, essa é mais uma one. Na verdade, a mais significativa de todas as minhas ones.
Não, definitivamente, não é a melhor one que eu já escrevi. Provavelmente seja a pior. Mas não importa, por que é a mais importante para mim. Isso por que, simplesmente, Joannie sou eu. Ou eu sou Joannie...
o fato é que essa não é a história de Joannie e Danilo, mas minha e do loiro de olhos azuis que motiva todos os meus textos. e acreditem, eu não menti em uma só palavra.
O que vocês acabaram de ler é um relato EXATO e VERÍDICO sobre como eu passei a amar o loiro de olhos azuis, e sobre como esse amor me afeta a cada dia. é tudo o que eu passo, é tudo o que eu vivo.
Sou eu. a minha história contada através de Jo e Dan. exatamente como aconteceu.
Os nomes foram alterados, para preservar minha integridade.
enfim... espero que tenham gostado.
beijoos
Aqui onde moro há uma relação de carteirinhas de estudantes - daquelas que te dão desconto para cinema, sabem? - do Cenors, uma organização estudantil que trabalha em várias escolas da região. Essa organização manda, todos os anos, dois alunos passarem nas salas de aula do primeiro ano do ensino médio para saber quem tem interesse nas carteirinhas, bem como para a entrega das mesmas e recolhimento da taxa de fabricação. Naquele ano, os dois empregados a aparecerem na nossa sala eram alunos do segundo ano do ensino médio, no turno da manhã. Um deles era o Leandro, um rapaz muito bonito mesmo, com aquele ar bad boy e um sorriso convencido no rosto, porte físico muito bom e extremamente metido. O outro exibia um sorriso doce no rosto. Escondido em um canto, alto demais para a idade dele, sempre meigo e gentil... aquele era Ele. Danilo. Loiro, de olhos azuis, magrinho - nada daqueles garotos bombados de academia - exibia um ar de humildade que eu jamais tinha visto na minha vida. Realmente, era um tanto ofuscado pela imagem do amigo, e isso não passou despercebido por ninguém. Mas realmente não parecia importar para Danilo.
Os garotos recolheram nomes e informações sobre os interessados e se foram. Aquele era o último período de aula, e logo o sinal de saída tocaria. Quando isso aconteceu, as escadas lotaram-se de alunos lentos e cansados, e eu fiquei presa em meio àquele mar de gente.
Ao conseguir sair da escola, no pátio, estavam lá os dois rapazes.
- Oi Sora! - disseram eles, de longe, para a minha mãe, professora de história de mais da metade do ensino médio - incluindo a mim mesma.
- Oi, meus bebês. - ela respondeu, acenando. Eu ri da maneira como ela os tratava, e logo me dirigi com ela para o carro.
- Quem são aqueles, mãe? Eles foram lá pra sala hoje.
- O mais baixinho - principiou-se ela - moreno é o Leandro, e o altão de olho azul é o Danilo. São meus alunos desde que eles estavam na oitava série.
- O moreninho é beeeem bonito. - comentei, e minha mãe, ao meu lado, riu, enquanto abria o porta-malas do carro para soltar seu material dentro dele.
- Filha, acredita: aquele lá não presta para namorar. O Dan é um amor, muito querido. Agora, o Leandro... Aquele ali só serve pra ficar em festa.
Eu ri. Amava a maneira como minha mãe era liberal e aberta para esse tipo de assunto. Ela sempre fora assim, acho que por trabalhar com alunos do ensino médio, adolescentes como eu. Ela nos entendia bem, nos fazia bem... definitivamente, tinha muita sorte de tê-la como mãe.
- Nossa, mãe, quanta crueldade com o coitadinho!
- O que é? É verdade, viu? O Dan sim, daria um bom genro para mim, viu Joannie?
- Mãe, fica quieta! Meu Deus! - eu disse, corando, enquanto entrava no carro.
Ficamos esperando até alguns alunos saírem da frente da escola, e então minha mãe manobrou o carro e saiu pelo portão, a tempo de eu conseguir ver os dois rapazes do outro lado da rua. Leandro, aquele que me fascinara desde o início, e seu amigo altão, Danilo.
Durante duas semanas inteiras, todo o dia, lá estavam os rapazes, durante os intervalos e mesmo durante as aulas, passando de sala em sala, conversando com seus amigos, rindo... E durante essas duas semanas, uma penca de garotas rodeava eles a cada instante, fazendo de tudo por um segundo de atenção deles. Não parecia funcionar, e elas pareciam ser as únicas a não verem isso.
Na mesma época, uma agência de modelos mandou duas olheiras para a escola, a procura de algumas garotas que se encaixassem no perfil modelo para levar para uma viagem para São Paulo, para serem apresentadas às maiores agências de modelos brasileiras. Eu fui uma das escolhidas, e como filha da professora de história, a notícia espalhou-se feito virose. Em questão de cinco minutos, a escola inteira já estava sabendo que a filha da professora de história poderia se tornar uma futura modelo.
Admito que nunca quis ser modelo, nunca sonhei com passarelas nem nada disso. Realmente fora uma surpresa para alguém que, como eu, se achava a criatura mais feia do universo, odiava seu físico e parte de sua personalidade. Sim, minha auto estima não existia, nunca existiu e creio que nunca existirá. Na verdade, ela nem me faz falta. Mas logo que essa oportunidade surgiu, eu me agarrei a ela com unhas e dentes. Afinal, vai que eu gostasse da coisa?
De alguma maneira inacreditavelmente absurda, o turno da manhã também ficara sabendo da minha "seleção". Era o assunto que rodava em meio aos alunos da minha mãe.
- Sora, é verdade que tua filha vai pra São Paulo, tentar carreira de modelo? - pediu Dan para ela, assim que a vira pela primeira vez naquele dia. Era o segundo período de aula do turno da manhã, e a turma do Dan, a 205, tinha aula com a minha mãe.
- Aham, é verdade sim. Como é que você ficou sabendo?
- A galera comentou, sora. - disse ele. Mais tarde eu riria com o conhecimento de como aquilo acontecera. - Mas ela tem altura pra isso?
- Oh se tem! Se ela for um pouquinho mais alta, vai ter que namorar um poste, por que ela nunca achará namorado mais alto que ela desse jeito!
- Deixa eu ser o poste dela, sora? - disse ele, corando em seguida. Definitivamente, ele não queria mesmo ter dito aquilo.
Minha mãe riu, e ele começou a rir também.
- Se ela te quiser, eu não me oponho. - respondeu, por fim.
Quando ela chegou em casa, naquele dia, me contou sobre o ocorrido. Eu ri, mas algo me tocou naquela brincadeirinha. Sempre fui bem sentimental e muito bobinha, e aquela brincadeirinha realmente me abriu os olhos. No outro dia, quando encontrei eles na escola, meus olhos desviaram-se do Deus Grego Leandro para o Danilo. Ele era doce, meigo, e durante todo o tempo em que reparei nele, ele esteve sorrindo. Sorrisos sempre me encantaram, e o dele me encantou ainda mais.
Foram longos dois meses notando ele a cada vez que o via.
Chegaram as férias, as férias passaram, e lá estava eu, entrando pelos portões da escola, no meu primeiro dia de aula no turno da manhã, como aluna do segundo ano do ensino médio.
Foi fácil chegar aos portões da escola, reencontrar meus amigos, descobrir que estávamos, graças a minha mãe, na mesma sala e planejarmos mais da metade do ano baseados nas nossas expectativas. Foi fácil passar os três primeiros períodos de aula conversando sobre as férias e conhecendo os professores. Foi fácil chegar no intervalo e encontrar ele lá, com seus amigos, rindo. Mas de tudo, o mais fácil foi ver que algo havia mudado.
Nós nos encarávamos constantemente, e durante dois meses, tudo o que fazíamos nos intervalos era esbarrarmos um no outro, nos encontrarmos encarando um ao outro... E eu, boba como sempre, me iludi de começo, pensando que aquilo podia evoluir à uma amizade, e depois mais do que isso. O problema é que o tempo foi passando, e aquilo que era apenas um encanto passou a fortificar-se dentro de mim. Logo, percebi que estava, de maneira ridícula e infantil, loucamente apaixonada por alguém com quem nunca havia trocado uma só palavra. Me senti o ser mais idiota da face da terra. Tudo me lembrava ele, ele não saia da minha cabeça, eu me pegava olhando as fotos dele... Logo me descobri salvando fotos dele no meu computador e sabendo de detalhes sobre a vida dele: os horários de ensaio da banda dele, o tipo de música favorito, os melhores amigos... e ao mesmo passo em que ele se colocava na minha vida cada vez mais, parecia que o Danilo nem sabia que eu existia. Era uma troca um tanto injusta.
Agora você deve estar pensando: Joannie, é coisa de adolescente, você está mentindo para si mesma, não é possível amar alguém sem nunca ter falado com essa pessoa... Se me falassem disso um ano atrás, eu realmente concordaria com vocês com todas as minhas forças. Mas até algo tão surreal quanto isso acontecer com você, você jamais acreditará. Aconteceu comigo. Vocês podem não acreditar, mas aconteceu. E antes que digam, não é amor como o amor platônico que as crianças tem por seus ídolos no mundo da música, por um personagem de desenho animado ou por um super-herói. Eu realmente o amava, mais do que amei qualquer outro cara em minha vida. E amar assim é pior do que não amar, pior que amar alguém que você conhece, pior que amar alguém que está a milhares de quilômetros de você... isso tudo por que ele está tão perto, mas tão perto, que você é capaz de sentir seu perfume, de ouvir sua voz, e sente aquele impulso de se jogar em seus braços... e mesmo assim tem que ser forte, tem que olhar para frente e fingir que não está ai, que está tudo bem, por que se você tem medo de se jogar nos braços dele, dizer tudo o que sente e o perder para sempre. Se isso acontecer, você fica fadado a ver ele com outra pessoa nos braços, sabendo que ele sabe o que você sente, e sentindo que perdeu uma coisa tão importante para você sem que ela ao menos tenha sido sua.
Hoje eu vivo meus dias, um após o outro, fingindo que nada acontece. Se sua pergunta é essa: "Joannie, você continua amando o Danilo?" a resposta é, definitivamente e sem dúvida nenhuma "Sim, continuo.". Fazem exatos quatro meses que eu continuo nessa tarefa árdua, de amar alguém que nem faz ideia de minha existência. Fazem quatro longos meses que meu coração se despedaça lentamente, em pequenas partes, por que é tudo o que eu consigo fazer, enquanto o olho caminhando com os amigos, de mãos dadas com alguma menina ou algo do gênero. Fazem quatro meses, os quatro meses mais complicados que eu já vivi, que eu me sinto o ser mais idiota do universo, por que ainda acho que é impossível amar alguém com quem você nunca falou, e mesmo assim, o amo.
O fato é que, de fato, eu tentei. Puxei papo no face, esbarrei, fiz amigos em comum... nada adiantou. Só me sinto fracassada por ter feito de tudo e nada ter valido um mínimo a tentativa.
Mas, quem sabe, não era para ser, não é? Ou, talvez, o futuro me aguarde? Até lá eu sofro, choro, sinto dor no coração, e continuo ouvindo todos me dizendo que eu sou maluca, e que o que sinto não é real. A primeira parte até pode ser verdade. A segunda nunca foi tão falsa.
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Então, gente, essa é mais uma one. Na verdade, a mais significativa de todas as minhas ones.
Não, definitivamente, não é a melhor one que eu já escrevi. Provavelmente seja a pior. Mas não importa, por que é a mais importante para mim. Isso por que, simplesmente, Joannie sou eu. Ou eu sou Joannie...
o fato é que essa não é a história de Joannie e Danilo, mas minha e do loiro de olhos azuis que motiva todos os meus textos. e acreditem, eu não menti em uma só palavra.
O que vocês acabaram de ler é um relato EXATO e VERÍDICO sobre como eu passei a amar o loiro de olhos azuis, e sobre como esse amor me afeta a cada dia. é tudo o que eu passo, é tudo o que eu vivo.
Sou eu. a minha história contada através de Jo e Dan. exatamente como aconteceu.
Os nomes foram alterados, para preservar minha integridade.
enfim... espero que tenham gostado.
beijoos
Re: Sim, É Amor de Verdade
Nossa Juh, amei!História realmente encantadora. O que sem dúvida alguma gostei mais, foi saber que isso é verídico, que aconteceu com vc. È bom ler algo escrito com o coração, é bom saber que a pessoa que escreveu passou ou passa por aquilo, o realismo em que é colocado nos faz nos colocar no lugar da personagem. Isso que aconteceu com vc já aconteceu comigo, e isso é mais um motivo pra eu ter amado essa história! Bem...espero que vc consiga "o loiro de olhos azuis" para acabar com esssa angustia que como vc mesma disse te afeta a cada dia. Mas ás vezes como vc afirmou "não é pra ser" que foi o que aconteceu comigo, mas vamos deixar o futuro se encarrgar de mudar a ordem dos fatos, não é mesmo? Mas acima de tudo lhe desejo felicidades. Bjosss e parabéns pela fic maravilhosa!
Luly_layla- Mensagens : 494
Pontos : 5462
Data de inscrição : 28/02/2012
Idade : 28
Localização : Nerverland
Re: Sim, É Amor de Verdade
que bom que gostou, amora!Luly_layla escreveu:Nossa Juh, amei!História realmente encantadora. O que sem dúvida alguma gostei mais, foi saber que isso é verídico, que aconteceu com vc. È bom ler algo escrito com o coração, é bom saber que a pessoa que escreveu passou ou passa por aquilo, o realismo em que é colocado nos faz nos colocar no lugar da personagem. Isso que aconteceu com vc já aconteceu comigo, e isso é mais um motivo pra eu ter amado essa história! Bem...espero que vc consiga "o loiro de olhos azuis" para acabar com esssa angustia que como vc mesma disse te afeta a cada dia. Mas ás vezes como vc afirmou "não é pra ser" que foi o que aconteceu comigo, mas vamos deixar o futuro se encarrgar de mudar a ordem dos fatos, não é mesmo? Mas acima de tudo lhe desejo felicidades. Bjosss e parabéns pela fic maravilhosa!
sim sim, o que se escreve com o coração nos passa um sentimento de... sei lá, compreensão?
sério que passou por isso? que peninha, amora. mas pelo menos você superou, né... espero que eu consiga superar bem quando isso não der certo - por que eu não tenho fé nenhuma de que vá funcionar.
awnnn, obrigada amora! pra vc tbm, viu?
obrigada por ler! fico feliz que vc tenha gostado *-*
beijoos.
Re: Sim, É Amor de Verdade
Vou chorar agora,a gente se nega acreditar quando ler uma historia dessas, sabe que é verídico então ... faz lembrar todos os amores e desamores que já passaram por nossas vidas.O que não é legal mas é engraçado ao mesmo tempo.
Bom minha linda, levanta a cabeça se não a coroa cai né !
E vai por mim quando isso tudo passar, você vai se lembrar e vai falar ,que cocozinho eu tinha na cabeça (experiencia própria xD )
Mas,adorei ver todo esse sentimento, toda essa magia em suas palavras,ficou surpreendentemente perfeito.
Bom minha linda, levanta a cabeça se não a coroa cai né !
E vai por mim quando isso tudo passar, você vai se lembrar e vai falar ,que cocozinho eu tinha na cabeça (experiencia própria xD )
Mas,adorei ver todo esse sentimento, toda essa magia em suas palavras,ficou surpreendentemente perfeito.
Laiila- Mensagens : 53
Pontos : 4609
Data de inscrição : 29/07/2012
Idade : 30
Re: Sim, É Amor de Verdade
néee? ninguém acredita em algo do gênero até passar por isso.Laiila escreveu:Vou chorar agora,a gente se nega acreditar quando ler uma historia dessas, sabe que é verídico então ... faz lembrar todos os amores e desamores que já passaram por nossas vidas.O que não é legal mas é engraçado ao mesmo tempo.
Bom minha linda, levanta a cabeça se não a coroa cai né !
E vai por mim quando isso tudo passar, você vai se lembrar e vai falar ,que cocozinho eu tinha na cabeça (experiencia própria xD )
Mas,adorei ver todo esse sentimento, toda essa magia em suas palavras,ficou surpreendentemente perfeito.
pode deixar, baixar a cabeça nunca! a gente caminha, segue sempre em frente e é feliz, independente de tudo mais.
ahh, eu sei que vou. é sempre assim né, kk'
que bom que gostou, amora! fico meeega feliz mesmo!
obrigada por ler, viu?
Re: Sim, É Amor de Verdade
Ahh Amei essa One, serio, de verdade. e só em saber que é a sua historia eu amo mais ainda.
E sem duvida dá até pra ver o quanto vc ama esse loiro dos olhos azuis.
Você escreveu tão bem, expreçou tanto seus sentimentos que ficou bem mais que perfeito. ísso siim éé um amor e tanto em?
-Passei por muitas na vida, amei um menino por tres anos, e namorei que ele esse tempo todo, mais... Quem pode dizer algo sobre o futuro néé? Nada é pra sempre, e muito menos eu e ele. No fim eu que sai magoada!
Mais como a Laiila disse: Bom minha linda, levanta a cabeça se não a coroa cai né !
e é isso ai, não se preocupe que o que tiver de ser seráá. e eu torço por você ~Sempre~ um dia ele vai notar a garota maravilhosa que você éé. Isso eu garanto #
E sem duvida dá até pra ver o quanto vc ama esse loiro dos olhos azuis.
Você escreveu tão bem, expreçou tanto seus sentimentos que ficou bem mais que perfeito. ísso siim éé um amor e tanto em?
-Passei por muitas na vida, amei um menino por tres anos, e namorei que ele esse tempo todo, mais... Quem pode dizer algo sobre o futuro néé? Nada é pra sempre, e muito menos eu e ele. No fim eu que sai magoada!
Mais como a Laiila disse: Bom minha linda, levanta a cabeça se não a coroa cai né !
e é isso ai, não se preocupe que o que tiver de ser seráá. e eu torço por você ~Sempre~ um dia ele vai notar a garota maravilhosa que você éé. Isso eu garanto #
LuanaNunees- Mensagens : 767
Pontos : 6032
Data de inscrição : 13/11/2011
Idade : 28
Localização : Europa
Re: Sim, É Amor de Verdade
que bom que gostou, amora! *-* fico mega feliz mesmo.LuanaNunees escreveu:Ahh Amei essa One, serio, de verdade. e só em saber que é a sua historia eu amo mais ainda.
E sem duvida dá até pra ver o quanto vc ama esse loiro dos olhos azuis.
Você escreveu tão bem, expreçou tanto seus sentimentos que ficou bem mais que perfeito. ísso siim éé um amor e tanto em?
-Passei por muitas na vida, amei um menino por tres anos, e namorei que ele esse tempo todo, mais... Quem pode dizer algo sobre o futuro néé? Nada é pra sempre, e muito menos eu e ele. No fim eu que sai magoada!
Mais como a Laiila disse: Bom minha linda, levanta a cabeça se não a coroa cai né !
e é isso ai, não se preocupe que o que tiver de ser seráá. e eu torço por você ~Sempre~ um dia ele vai notar a garota maravilhosa que você éé. Isso eu garanto #
infelizmente eu amo ele sim. =P é um saco, olha... vou te contar.
é tenso, pq sempre quem sai ferido é a gente né... fazer oq, o bom é sorrir, acima de tudo isso.
awnnn, sua linda! te mereço em minha vida? *-* mtmtmtmt obrigada mesmo!
e se não for tbm, o importante é que eu tenho vocês pra me fazer feliz!
beijoos, e obrigada por, novamente, marcar presença na minha one. *-*
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