**A Maldição do Livro**
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**A Maldição do Livro**
Nome: A Maldição do Livro
Autora: Lys
Casais: Cory/Lea, Dianna/Will, Rachel/Thomas, Rachel/Cory
Classificação: +15
Avisos: Violência Pesada
Gênero: Terror/Amizade/Drama
Resumo: Querido diário,
19 de março, 1862
Tudo mudou.
Eu mudei, minhas amigas mudaram, tudo mesmo.
Tudo desde que achamos aquele livro.
Laila está estranha, se afastou bastante de mim e das meninas.
Ninguém nunca conseguiu descobrir o mistério desse livro, e nem as pessoas que o encontraram.
Neste momento, estou sentada na minha cama, enrolada, o medo me dominando.
Acaba de fazer um barulho estranho na minha janela, e eu escutei um rosnado.
O mesmo daquela noite, da noite em que mataram Jenett Abrams.
Diário, aquela coisa está aqui, está atrás de mim.
O livro está guardado embaixo da cama, e eu acabei de refletir:
Jamais deveríamos ter entrado naquele sótão.
Mas antes que eu morra, irei confessar, aquele livro é amaldiçoado.
Sempre há quatro garotas, que pegam o livro, e todas morrem, nenhuma sobrevive.
É a maldição, e tem que ser feita.
OH, DIÁRIO, ELE ESTÁ AQUI!
ELE ESTÁ ME ENCARANDO! ELE ESTÁ SE APROXIMANDO!
DIÁRIO, ELE ESTÁ AQUI!
Ele...
Nunca ninguém conseguiu descobrir o fim da última página do diário de Miriam Peterson.
Autora: Lys
Casais: Cory/Lea, Dianna/Will, Rachel/Thomas, Rachel/Cory
Classificação: +15
Avisos: Violência Pesada
Gênero: Terror/Amizade/Drama
Resumo: Querido diário,
19 de março, 1862
Tudo mudou.
Eu mudei, minhas amigas mudaram, tudo mesmo.
Tudo desde que achamos aquele livro.
Laila está estranha, se afastou bastante de mim e das meninas.
Ninguém nunca conseguiu descobrir o mistério desse livro, e nem as pessoas que o encontraram.
Neste momento, estou sentada na minha cama, enrolada, o medo me dominando.
Acaba de fazer um barulho estranho na minha janela, e eu escutei um rosnado.
O mesmo daquela noite, da noite em que mataram Jenett Abrams.
Diário, aquela coisa está aqui, está atrás de mim.
O livro está guardado embaixo da cama, e eu acabei de refletir:
Jamais deveríamos ter entrado naquele sótão.
Mas antes que eu morra, irei confessar, aquele livro é amaldiçoado.
Sempre há quatro garotas, que pegam o livro, e todas morrem, nenhuma sobrevive.
É a maldição, e tem que ser feita.
OH, DIÁRIO, ELE ESTÁ AQUI!
ELE ESTÁ ME ENCARANDO! ELE ESTÁ SE APROXIMANDO!
DIÁRIO, ELE ESTÁ AQUI!
Ele...
Nunca ninguém conseguiu descobrir o fim da última página do diário de Miriam Peterson.
Última edição por Lys em Dom Ago 07, 2011 7:50 am, editado 1 vez(es)
Re: **A Maldição do Livro**
Aqui estão as(os) personagens:
Lea
Rachel
Dianna
Suzana
Will
Cory
Miriam
Thomas
(à pedido da minha amiga, Alice, eu botei o Ian como Thomas, )
Lea
Rachel
Dianna
Suzana
Will
Cory
Miriam
Thomas
(à pedido da minha amiga, Alice, eu botei o Ian como Thomas, )
Re: **A Maldição do Livro**
Lys, adorei o resumo!
Essa fic vai ser o maximo!
Quando começa ? =D
Essa fic vai ser o maximo!
Quando começa ? =D
Eloo- Admin
- Mensagens : 2414
Pontos : 9884
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Idade : 27
Localização : Nárnia :B
Re: **A Maldição do Livro**
Lys amei...
Deu medinho..
kkkkkkkk
Quando tem mais??
Deu medinho..
kkkkkkkk
Quando tem mais??
Jaque- Mensagens : 2025
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Idade : 29
Localização : Em algum lugar no mundo =P
Re: **A Maldição do Livro**
Capítulo um: O Quarteto.
ATUALMENTE, 2010
Lea ofegou baixinho.
Estava tão curiosa para saber o fim do diário!
Sentiu um reviramento estranho no estômago, ao imaginar o que deveria ter acontecido com Miriam Peterson.
Ela deu um suspiro frustrado, e se levantou da cama, colocando o diário da ancestral em cima da cama.
Isso mesmo, ancestral.
Seu nome era Lea Peterson, e ela era ancestral de Miriam Peterson. O diário de sua ancestral, Miriam, era passado para todas as mulheres da família, de geração em geração.
Já fazia um mês que Lea tinha começado a ler o diário da ancestral.
Seus pais tinham proibido ela de ler, pois ela estava ficando meio obcecada com aquilo.
Quando ouviu falar sobre o tal livro, aí é que Lea ficou mesmo curiosa.
Ela era corajosa.
Morava na mesma casa que a ancestral, e dormia no mesmo quarto que Miriam já tinha dormido.
Ninguém da família gostava de comentar sobre o livro, pelo fato de Lea ser a pessoa mais curiosa do mundo.
Voltando... Lea entrou no banheiro e se encarou no espelho, ajeitando a boina bege.
Lea tinha cabelos dourados, cheios de cachos perfeitos. Parecia um anjo.
Tinha olhos azuis, cor do oceano, e lábios vermelhos, um pouco cheios.
Usava uma jaqueta por cima da blusa preta, e um cachecol ao redor do pescoço. Usava também uma calça, não era jeans, mas era roxa escura, e uma bota até o tornozelo.
Sim, era um estilo meio punk.
Ela saiu do banheiro novamente e foi pra cozinha.
Seus pais estavam dormindo, provavelmente; era meia noite, e só tinha ela acordada naquela casa.
Ela abriu a geladeira e tirou uma caixa de leite.
Pegou um copo, e pôs um pouco de leite lá. Depois, puxou um canudo, e começou a tomar o leite.
Lea não gostava de dormir.
Fingia que dormia, mas na verdade apenas esperava que todos fossem pra suas camas, e então levantava e corria para o computador, ou para a televisão.
Seu celular tocou.
Lea parou de tomar o leite, e ergueu uma sobrancelha.
Quem ligaria pra sua casa a essa hora da noite?
Deu de ombros, colocou o leite em cima da mesa, e atendeu.
- Alô?
- Amiga, precisamos conversar – disse uma voz do outro lado da linha.
Lea deixou escapar uma risadinha.
- O que foi, Rachel?
- Eu tava olhando meu twitter, e sabe o que o Thomas twitou? Que ele tá solteiro! Será que eu tenho alguma chance com ele?
Lea rolou os olhos pra cima.
- Francamente, Rachel Parker, você me liga há essa hora só pra dizer isso? – tinha sarcasmo em sua voz.
- Oh, baby, desculpe. Mas como eu sei que você não dorme...
Lea engasgou.
- Rachel!
Escutou-se a risada da garota pelo telefone.
- Ah, qual é, Lea-D, todo mundo sabe disso. Claro... Com exceção dos seus pais...
- E nunca podem saber – disse Lea sombria. – Se eles souberem... Adeus, TV, PC, e livros... E NÃO ME CHAMA MAIS DE LEA-D!
Rachel riu de novo.
- Ai, ai, Lea-D, como você me diverte... Mas sério... Acha que eu e o Thomas temos chances?
Lea suspirou. Rachel era mesmo um teste de paciência.
- Não sei, Rach. Se ele acabou de terminar com a Nina, então acho que é cedo demais pra você se empolgar. Ele passou a vida toda -, literalmente – namorando uma só garota... Precisa de um tempo sozinho, entende?
Rachel suspirou.
- É... Acho que entendo. Já passei por isso quando terminei com o James. Okay, vou dormir. ‘Noite, Lea-D.
Lea deu um sorriso torto.
- ‘Noite, Rach.
A amiga desligou o celular, e Lea guardou-o no bolso da calça.
Pegou seu leite novamente, e se encaminhou pra TV, ligando-a com a mão livre.
Sentou-se no sofá, colocando as pernas em cima da mesinha, e assistiu o programa Chaves, até amanhecer.
-------*********----------------------**************--------------**********--
- Bom dia, mãe, pai – disse Lea dando um beijo na testa dos pais.
- Bom dia, filha – disse Margareth. – Dormiu bem?
Lea retesou por um minuto, e depois riu levemente.
- Sim... E vocês?
- Também...
- Se você chama de dormir sua esposa ficar lhe chutando a noite toda... – murmurou seu pai pra ele mesmo, enquanto passava manteiga no seu pão.
- Harold! – repreendeu Margareth, corando.
- Eu não disse nada... AI! – ele recebeu um tapa no pescoço, da esposa.
Lea olhou de um pra o outro, rindo discretamente.
Ela tinha os pais mais doidos da face da terra.
- Bem, discutam a vontade. Estou indo pra escola. – Lea agarrou a mochila com mais força ainda, e se despediu dos pais.
Ela saiu de casa, rindo, e ajeitando a jaqueta jeans.
Acenou, e o ônibus da escola parou.
Ela deu um sorriso, e entrou, indo se sentar ao lado de Dianna, que estava sentada em um dos bancos vazios.
- Hey, Di – falou dando um beijo na bochecha da amiga.
- Fala aí, Lea-D – disse Dianna marota.
Lea fechou a cara.
Odiava esse apelido mais do que tudo na vida.
- Quantas vezes vou ter que repetir que odeio esse apelido? – ela perguntou bufando, e se afundando na cadeira.
Dianna deu um sorriso amarelo.
Lea vislumbrou quando a amiga se levantou e caminhou em direção ao namorado, Will, que tinha acabado de entrar.
Lea girou os olhos, enquanto os dois compartilhavam um beijo de bom dia.
Ela puxou Will para se sentar com elas, e ele acenou na direção de Lea.
Will era muito bonito.
Tinha os cabelos loiros, um pouco grandes, e olhos de um azul intenso, daqueles que te deixam sonhando por horas.
Ele tinha uma cara enorme de surfista do Havaí, ou das Bahamas.
Lea acabou cedendo.
- Oi, William.
Ele bagunçou o cabelo dela, rindo, fazendo-a dar um tapa no braço dele.
- William! Meu cabelo não!
Dianna riu.
É, eles se amavam. Pareciam irmão e irmã brigando.
Terminou que Lea bagunçou o cabelo loiro dele todo, soltando um “HÁ!” por mais de meia hora.
Dianna não conseguia não rir com aqueles dois.
Sentiu um afeto enorme quando o viu abraça-la, fazendo-a tentar se soltar dos braços dele.
O ônibus finalmente chegou na escola.
- Vamos, Lea-D, amor – disse William chamando as duas.
Lea rosnou, e foi andando pisando firme da frente, escutando as risadas de Dianna e William.
De longe, ela viu Rachel e Suzana conversando.
- Hey, Rach, Sue – disse Lea abraçando-as.,
Suzana realmente se chamava Suzana, mas Lea chamava-a de Sue, porque não tinha conseguido encontrar algum outro apelido que combinasse com a loira de olhos castanhos.
Dianna e Rachel eram as únicas morenas do grupo.
Dianna tinha cabelos pretos, lábios cheios, olhos escuros, e pele bronzeada. Ela era diferente. Porque ela era latina.
Já, Rachel era diferente. Tinha cabelos castanho escuro, cacheados, e era bem branquinha, ao contrário de Dianna. Seus olhos eram de uma cor mel viciante.
Suzana era loira, alta, de olhos castanhos, e os cabelos eram perfeitamente enrolados.
- Lea-D – murmurou Rachel. – Cory está te chamando.
Lea se virou, e viu o amigo Cory caminhando na direção delas.
Cory era alto, muito alto. Poderiam confundi-lo com um poste.
- Hey, Lea, por favor, me diga que você fez o dever de História – ele falou, prestes a se ajoelhar.
Lea ficou pálida, e sentiu o sangue gelar.
- cocozinho! – murmurou, ganhando um olhar reprovador de Dianna, e um aprovador de Suzana.
- Acho que isso é um não – ele se lamentou.
- Não acredito, Lea-D! – exclamou Dianna colocando as mãos na cintura, fazendo Lea corar. – Ele pediu esse dever há três semanas. Você e o Cory deveriam se envergonhar!
- Meu amor, você tem que parar de ser tão certinha – disse Will se aproximando dela, com cara de pidão.
Dianna arregalou os olhos na direção dele.
- Você também, William Gomes?! – ela falou, fuzilando-o com o olhar.
Ele olhou pra baixo, envergonhado.
- É que... Sabe...
- Sei nada! – ela cruzou os braços. – Nada de ir pra minha casa hoje!
- Ah, não, Di-di, foi sem intenção... – ele choramingou, tentando se aproximar, mas ela não permitiu.
- Di-di? – repetiu Rachel rindo.
Dianna fuzilou a amiga com o olhar também.
- Agora você sabe o que eu passo – disse Lea estufando o peito.
- Cala a boca, Lea-D – disse Dianna.
- Espera aí – Cory fez um olhar de intriga. – O que ele vai fazer na sua casa?
Dianna corou fortemente, fazendo as amigas rirem, maliciosamente.
- Ah, seus bandos de mente suja! – ela exclamou. – Não é nada do que vocês estão pensando... Vocês não prestam!
O sinal tocou, e todos se lamentaram, com exceção de Dianna.
- Aulas... – murmurou Dianna com um brilho no olhar.
- Sério – disse Suzana. – Ainda acho que estávamos drogadas quando você entrou no nosso grupo...
Will e Cory se despediram delas, indo pra aulas de Educação Física.
E as quatro se abraçaram, indo juntas pra a aula de história.
O quarteto quase perfeito: Lea-D, Sue, Di-di, e Rach.
ATUALMENTE, 2010
Lea ofegou baixinho.
Estava tão curiosa para saber o fim do diário!
Sentiu um reviramento estranho no estômago, ao imaginar o que deveria ter acontecido com Miriam Peterson.
Ela deu um suspiro frustrado, e se levantou da cama, colocando o diário da ancestral em cima da cama.
Isso mesmo, ancestral.
Seu nome era Lea Peterson, e ela era ancestral de Miriam Peterson. O diário de sua ancestral, Miriam, era passado para todas as mulheres da família, de geração em geração.
Já fazia um mês que Lea tinha começado a ler o diário da ancestral.
Seus pais tinham proibido ela de ler, pois ela estava ficando meio obcecada com aquilo.
Quando ouviu falar sobre o tal livro, aí é que Lea ficou mesmo curiosa.
Ela era corajosa.
Morava na mesma casa que a ancestral, e dormia no mesmo quarto que Miriam já tinha dormido.
Ninguém da família gostava de comentar sobre o livro, pelo fato de Lea ser a pessoa mais curiosa do mundo.
Voltando... Lea entrou no banheiro e se encarou no espelho, ajeitando a boina bege.
Lea tinha cabelos dourados, cheios de cachos perfeitos. Parecia um anjo.
Tinha olhos azuis, cor do oceano, e lábios vermelhos, um pouco cheios.
Usava uma jaqueta por cima da blusa preta, e um cachecol ao redor do pescoço. Usava também uma calça, não era jeans, mas era roxa escura, e uma bota até o tornozelo.
Sim, era um estilo meio punk.
Ela saiu do banheiro novamente e foi pra cozinha.
Seus pais estavam dormindo, provavelmente; era meia noite, e só tinha ela acordada naquela casa.
Ela abriu a geladeira e tirou uma caixa de leite.
Pegou um copo, e pôs um pouco de leite lá. Depois, puxou um canudo, e começou a tomar o leite.
Lea não gostava de dormir.
Fingia que dormia, mas na verdade apenas esperava que todos fossem pra suas camas, e então levantava e corria para o computador, ou para a televisão.
Seu celular tocou.
Lea parou de tomar o leite, e ergueu uma sobrancelha.
Quem ligaria pra sua casa a essa hora da noite?
Deu de ombros, colocou o leite em cima da mesa, e atendeu.
- Alô?
- Amiga, precisamos conversar – disse uma voz do outro lado da linha.
Lea deixou escapar uma risadinha.
- O que foi, Rachel?
- Eu tava olhando meu twitter, e sabe o que o Thomas twitou? Que ele tá solteiro! Será que eu tenho alguma chance com ele?
Lea rolou os olhos pra cima.
- Francamente, Rachel Parker, você me liga há essa hora só pra dizer isso? – tinha sarcasmo em sua voz.
- Oh, baby, desculpe. Mas como eu sei que você não dorme...
Lea engasgou.
- Rachel!
Escutou-se a risada da garota pelo telefone.
- Ah, qual é, Lea-D, todo mundo sabe disso. Claro... Com exceção dos seus pais...
- E nunca podem saber – disse Lea sombria. – Se eles souberem... Adeus, TV, PC, e livros... E NÃO ME CHAMA MAIS DE LEA-D!
Rachel riu de novo.
- Ai, ai, Lea-D, como você me diverte... Mas sério... Acha que eu e o Thomas temos chances?
Lea suspirou. Rachel era mesmo um teste de paciência.
- Não sei, Rach. Se ele acabou de terminar com a Nina, então acho que é cedo demais pra você se empolgar. Ele passou a vida toda -, literalmente – namorando uma só garota... Precisa de um tempo sozinho, entende?
Rachel suspirou.
- É... Acho que entendo. Já passei por isso quando terminei com o James. Okay, vou dormir. ‘Noite, Lea-D.
Lea deu um sorriso torto.
- ‘Noite, Rach.
A amiga desligou o celular, e Lea guardou-o no bolso da calça.
Pegou seu leite novamente, e se encaminhou pra TV, ligando-a com a mão livre.
Sentou-se no sofá, colocando as pernas em cima da mesinha, e assistiu o programa Chaves, até amanhecer.
-------*********----------------------**************--------------**********--
- Bom dia, mãe, pai – disse Lea dando um beijo na testa dos pais.
- Bom dia, filha – disse Margareth. – Dormiu bem?
Lea retesou por um minuto, e depois riu levemente.
- Sim... E vocês?
- Também...
- Se você chama de dormir sua esposa ficar lhe chutando a noite toda... – murmurou seu pai pra ele mesmo, enquanto passava manteiga no seu pão.
- Harold! – repreendeu Margareth, corando.
- Eu não disse nada... AI! – ele recebeu um tapa no pescoço, da esposa.
Lea olhou de um pra o outro, rindo discretamente.
Ela tinha os pais mais doidos da face da terra.
- Bem, discutam a vontade. Estou indo pra escola. – Lea agarrou a mochila com mais força ainda, e se despediu dos pais.
Ela saiu de casa, rindo, e ajeitando a jaqueta jeans.
Acenou, e o ônibus da escola parou.
Ela deu um sorriso, e entrou, indo se sentar ao lado de Dianna, que estava sentada em um dos bancos vazios.
- Hey, Di – falou dando um beijo na bochecha da amiga.
- Fala aí, Lea-D – disse Dianna marota.
Lea fechou a cara.
Odiava esse apelido mais do que tudo na vida.
- Quantas vezes vou ter que repetir que odeio esse apelido? – ela perguntou bufando, e se afundando na cadeira.
Dianna deu um sorriso amarelo.
Lea vislumbrou quando a amiga se levantou e caminhou em direção ao namorado, Will, que tinha acabado de entrar.
Lea girou os olhos, enquanto os dois compartilhavam um beijo de bom dia.
Ela puxou Will para se sentar com elas, e ele acenou na direção de Lea.
Will era muito bonito.
Tinha os cabelos loiros, um pouco grandes, e olhos de um azul intenso, daqueles que te deixam sonhando por horas.
Ele tinha uma cara enorme de surfista do Havaí, ou das Bahamas.
Lea acabou cedendo.
- Oi, William.
Ele bagunçou o cabelo dela, rindo, fazendo-a dar um tapa no braço dele.
- William! Meu cabelo não!
Dianna riu.
É, eles se amavam. Pareciam irmão e irmã brigando.
Terminou que Lea bagunçou o cabelo loiro dele todo, soltando um “HÁ!” por mais de meia hora.
Dianna não conseguia não rir com aqueles dois.
Sentiu um afeto enorme quando o viu abraça-la, fazendo-a tentar se soltar dos braços dele.
O ônibus finalmente chegou na escola.
- Vamos, Lea-D, amor – disse William chamando as duas.
Lea rosnou, e foi andando pisando firme da frente, escutando as risadas de Dianna e William.
De longe, ela viu Rachel e Suzana conversando.
- Hey, Rach, Sue – disse Lea abraçando-as.,
Suzana realmente se chamava Suzana, mas Lea chamava-a de Sue, porque não tinha conseguido encontrar algum outro apelido que combinasse com a loira de olhos castanhos.
Dianna e Rachel eram as únicas morenas do grupo.
Dianna tinha cabelos pretos, lábios cheios, olhos escuros, e pele bronzeada. Ela era diferente. Porque ela era latina.
Já, Rachel era diferente. Tinha cabelos castanho escuro, cacheados, e era bem branquinha, ao contrário de Dianna. Seus olhos eram de uma cor mel viciante.
Suzana era loira, alta, de olhos castanhos, e os cabelos eram perfeitamente enrolados.
- Lea-D – murmurou Rachel. – Cory está te chamando.
Lea se virou, e viu o amigo Cory caminhando na direção delas.
Cory era alto, muito alto. Poderiam confundi-lo com um poste.
- Hey, Lea, por favor, me diga que você fez o dever de História – ele falou, prestes a se ajoelhar.
Lea ficou pálida, e sentiu o sangue gelar.
- cocozinho! – murmurou, ganhando um olhar reprovador de Dianna, e um aprovador de Suzana.
- Acho que isso é um não – ele se lamentou.
- Não acredito, Lea-D! – exclamou Dianna colocando as mãos na cintura, fazendo Lea corar. – Ele pediu esse dever há três semanas. Você e o Cory deveriam se envergonhar!
- Meu amor, você tem que parar de ser tão certinha – disse Will se aproximando dela, com cara de pidão.
Dianna arregalou os olhos na direção dele.
- Você também, William Gomes?! – ela falou, fuzilando-o com o olhar.
Ele olhou pra baixo, envergonhado.
- É que... Sabe...
- Sei nada! – ela cruzou os braços. – Nada de ir pra minha casa hoje!
- Ah, não, Di-di, foi sem intenção... – ele choramingou, tentando se aproximar, mas ela não permitiu.
- Di-di? – repetiu Rachel rindo.
Dianna fuzilou a amiga com o olhar também.
- Agora você sabe o que eu passo – disse Lea estufando o peito.
- Cala a boca, Lea-D – disse Dianna.
- Espera aí – Cory fez um olhar de intriga. – O que ele vai fazer na sua casa?
Dianna corou fortemente, fazendo as amigas rirem, maliciosamente.
- Ah, seus bandos de mente suja! – ela exclamou. – Não é nada do que vocês estão pensando... Vocês não prestam!
O sinal tocou, e todos se lamentaram, com exceção de Dianna.
- Aulas... – murmurou Dianna com um brilho no olhar.
- Sério – disse Suzana. – Ainda acho que estávamos drogadas quando você entrou no nosso grupo...
Will e Cory se despediram delas, indo pra aulas de Educação Física.
E as quatro se abraçaram, indo juntas pra a aula de história.
O quarteto quase perfeito: Lea-D, Sue, Di-di, e Rach.
Re: **A Maldição do Livro**
Lys capitulo perfeito!!
Quando tem mais?
(:
Quando tem mais?
(:
Eloo- Admin
- Mensagens : 2414
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Idade : 27
Localização : Nárnia :B
Re: **A Maldição do Livro**
Olá,Para manter um maior organização no Fórum pedimos para que coloque sua Fanfic se esteja "Em Andamento" "Parada" ou "Terminada".
Isso é apenas para que futuros leitores(tanto como os atuais)compreendam como está o funcionamento de sua Historia.
Obrigada.
Isso é apenas para que futuros leitores(tanto como os atuais)compreendam como está o funcionamento de sua Historia.
Obrigada.
Nanda- Admin
- Mensagens : 1014
Pontos : 9268
Data de inscrição : 13/07/2011
Idade : 27
Localização : S.H.I.E.L.D
Re: **A Maldição do Livro**
Capítulo dois: O Livro.
Lea desligou o telefone.
Tinha sentido uma enorme dor de cabeça durante o primeiro e o segundo horário.
Mas ela não ligava pra isso.
Enquanto esperava o carro de seus pais chegarem, ela tirou o diário de Miriam da mochila.
O diário mais parecia um livro, pela grossura.
Lea folheou-o, sem nada pra fazer, e caiu algum papel entre suas pernas.
Ela franziu o cenho e o pegou.
Tinha a foto de uma mulher de cabelos negros, usando um vestido de época verde, segurando um livro preto.
A foto estava meio manchada, mas dava pra ver o nome: Miriam Peterson, 1862.
Lea sorriu.
Miriam devia ser, de fato, muito bonita.
Escutou passos se aproximando, e se virou.
Cory vinha em sua direção.
- Oi, Lea – ele se sentou ao seu lado.
- Oi, Cory.
Ele notou a foto em sua mão, e se inclinou melhor, pra ver quem era.
- Nossa! – ele exclamou. – Essa mulher é muito bonita. Já está morta?
Lea fechou a cara e olhou pro amigo, como se ele tivesse acabado de dizer “Ganhei um ursinho do papai noel”.
- Cory, se esta foto foi tirada em 1862, quantos anos acha que ela deve ter? – perguntou com toda a paciência possível.
- Bem, ela deve ter uns... Ah, entendi – ele corou e olhou pro chão.
Lea suspirou.
- Desculpe, Cory. Não devia ter sido tão grossa...
- Tudo bem – ele deu um sorriso torto.
Lea se aproximou dele, e fez um carinho no rosto dele.
Não soube porque estava fazendo aquilo, mas foi dominada pela vontade de fazer.
Ele fechou os olhos, cedendo ao toque.
Lea observou o rosto dele melhor.
Cory deu um pequeno sorriso.
Ela riu, e o beijou na testa.
- Você tem um perfume bom – ele murmurou assim que seu nariz saiu do pescoço dela.
Lea corou um pouco.
- O-obrigada... Eu acho...
Uma buzina foi escutada.
Lea se virou, esperançosa que fosse seu pai, mas era uma jovem ruiva, pose de brasileira, olhos pretos. Dava pra ver pelo vidro do carro.
- Quem é? – perguntou Lea pra Cory, que sorria abobado.
- É a minha amiga, Claire. – ele se levantou. – Lea, eu tenho que ir, te vejo amanhã.
Lea deu um sorriso não muito alegre.
Observou Cory entrar no carro da garota, e dar um beijo na bochecha dela.
Ele nunca fez isso comigo, pensou Lea.
Logo sacudiu a cabeça.
Deus amado, era apenas Cory, certo?
Voltou a observar a foto, tentando parar de pensar na cena que presenciara, e notou melhor o livro que Miriam segurava.
Toupeira!
Xingou-se mentalmente.
Aquele era o livro que Miriam tinha falado no diário.
Mas o que será que tinha acontecido com ele?
Ela se levantou, andando de um lado pro outro, e quando seu pai chegou, ela foi correndo lá pra dentro.
Fitou a foto discretamente, implorando para que seu pai não visse.
Tinha que descobrir o paradeiro daquele livro.
Então tomou uma decisão.
- Pai... – ela chamou.
- Sim, filha? – ele disse, sem tirar os olhos da estrada.
- Você e a mamãe poderiam passar o final de semana fora, não é? Irem passar um tempo com a tia Aline. Faz tempo que não a visitam...
- É uma boa idéia filha... – ele murmurou estranhamente. – Realmente, estamos precisando de um tempo, por causa daquele clima horrível desde que contei pra sua mãe que fui despedido... Mas por que você sugeriu?
Lea sorriu, aquele sorriso.
- Bem, pai, eu estava pretendendo fazer uma ‘faxina’ na casa, sabe? E acho que ela tem que estar vazia...
Harold olhou pra filha, um sorriso daqueles, como se ele estivesse orgulhoso.
- Esse é minha filha – falou, voltando o olhar para a estrada.
- Ah, mas tem uma coisa...
- Lá vem! – ele falou rendendo uma mão pro alto, e suspirando, cansado.
Lea permitiu-se rir um pouco, e disse:
- Bem, pai... Eu apenas queria chamar a Rachel, a Suzana, e a Dianna pra me ajudar, pra eu não ficar sozinha... – ela tentou, um pouco apreensiva.
- Bem, podemos chamar a Sra. Jefferson pra te ajudar – o pai alertou.
Lea fechou a cara.
Não gostava nem um pouco da Sra. Jefferson.
Aquela velha era muito estranha. Às vezes Lea tinha a impressão que, enquanto arrumava seu quarto, a Sra. Jefferson observava pela janela, como se estivesse tentando encontrar alguma coisa.
Alguma coisa!
Lea quase cuspiu a própria garganta pra fora.
- O que foi filha? – perguntou Harold bruscamente.
- Er... Nada – ela jogou o corpo pra trás, recostando-se no banco do carro. – Só... Acho que ela não é uma boa opção... Por favor, pai, prometo que não vamos fazer nada demais...
Harold suspirou, vencido.
- Okay, okay, falarei com sua mãe sobre isso.
Lea teria abraçado o pai, caso eles não estivessem dentro de um carro.
--------------------********************---------------------***********-*-----
Como anteriormente era quinta feira, logo o fim de semana tinha chegado, e Harold e Margareth tinha viajado pra fazenda da tia Aline.
Lea observou o carro dos pais ganhar velocidade na estrada, e soltou um suspiro pesado.
Era o primeiro fim de semana, no ano, que ficava sem os pais.
Na mesma hora, ela viu Cory e a tal Claire andando, rindo, nas ruas.
Lea sentiu um reviramento estranho no estômago, e fechou a porta.
Ver Cory com aquela garota não lhe fazia bem.
Caminhou em direção à cozinha, e agarrou o celular com a mão, discando o número de Rachel.
- Hey, Rach. – falou assim que a amiga atendeu.
- Hey, Lea-D. – era Rachel, com certeza. – Seus pais já foram?
- Sim, sim já. – disse Lea ajeitando uma mecha de cabelo, que caía teimosamente nos seus olhos. – Se quiser vir, você já pode.
- Okay, Lea-D. Já chego aí. Vou avisar à Dianna, e à Sue. Beijos estalados.
E desligou.
Lea guardou o aparelho no bolso do short jeans, e se jogou no sofá.
Ligou a TV, e estava passando um clipe da banda Paramore, na MTV.
Lea amava essa banda, mais que tudo no mundo.
Estava passando a música, “The Only Exception”, era realmente uma música encantadora.
Toda vez que a escutava, Lea se lembrava de John.
John tinha sido seu primeiro namorado. Ele tinha olhos azuis intensos, mais intensos que os de Will, e cabelos negros.
John e Lea eram um casal muito apaixonado, de 2007 até 2009.
No fim de 2009, eles tiveram uma briga, por causa dos ciúmes doentios do garoto, e ela acabou dando um tapa nele.
Ela acabou se arrependendo, mas ele não perdoou, e aquele foi o fim da picada. O namoro acabou também.
Desde então, John se transferiu pra a outra escola, Further Education, no Upper East Side.
Diferente de Lea, que morava ali mesmo, na Inglaterra.
Logo, a campainha tocou.
Lea piscou os olhos, e se levantou.
Assim que abriu a porta, Dianna, Rachel, e Suzana pularam em cima dela, num enorme abraço.
- Oi, Girls – disse Lea rindo, e se afastando delas, gentilmente.
- E então... O que iremos fazer? – perguntou Suzana já com cara de quem estava morrendo de vontade de escutar “Barbra Stranseid”.
- Com certeza, Lea não nos chamou aqui pra escutar Funny Girl, Certo, Lea? – perguntou Dianna, recendo um olhar fuzilante de Suzana.
- Iremos assistir... Hã, algum seriado? – perguntou Rachel esperançosa.
- Não – disse Lea.
- Então o quê?
- Vocês... Vão me ajudar a arrumar a casa – disse Lea sorridente.
As meninas se entreolharam, com cara de “ela tá brincando, né?”
- Poxa, Lea-D, deixei de colorir meu cabelo pra vir aqui, pensando que poderíamos ouvir ela, ou Patti Lupone, ou Whitney Houston...
- Tá, Sue, você já deixou claro que gosta de musicais – disse Dianna com seu jeito ‘latina’ de ser. – Sério, Lea-D, pra que você quer arrumar a casa?
- Eu vou contar – disse Lea. – Mas vocês tem que prometer que não vão contar à ninguém.
- Certo – disse Rachel, ansiosa, se jogando no sofá junto com as outras.
E então Lea contou à elas sobre a história aterrorizante sobre Miriam Peterson.
Suzana soltava gritinhos de medo, algumas vezes, enquanto Dianna tinha a pose de “eu sou a única madura aqui, vocês são frescas, não conheço vocês”; Rachel estava meio hesitante sobre o que pensar.
- Bem, Lea-D, acho que isso é meio estranho – disse Rachel, sinceramente. – E se esse livro conter alguma coisa do tipo, demoníaca? Eu não quero ficar endemoniada.
- Vocês são frescas! – disse Dianna com a cara madura. – Isso não existe... Tudo bem, admito que tem algumas coisas que são, mas eu acho que esse livro deve ser só uma lenda, sabem? Isso aconteceu lá pro século 19, dois séculos atrás! Francamente!
- Eu vou fazer uma caça ao livro – disse Lea com um sorriso maroto. – Quem está dentro?
Dianna e Suzana colocaram suas mãos juntas às de Lea, mas Rachel continuou hesitante.
- Vamos lá, Rach, vai ser legal – disse Suzana empolgada.
- Isso mesmo – Dianna deu um sorriso malvado. – A não ser que você queira começar a ser chamada de A-Rach.
Rachel deu um sorriso assustado, e juntou a mão à das amigas.
Dianna e Lea compartilharam uma risada, e logo todas começaram a tão esperada caçada.
Depois de mais de meia hora procurando, Lea se jogou no chão.
Suas costas doíam muito, e seu pescoço parecia a ponto de quebrar a qualquer momento.
- DIANNA! SUZANA! LEA! ENCONTREI! – gritou a voz de Rachel, lá do sótão.
Lea deu um pulo, e fez uma carreira enorme em direção ao sótão.
Quando chegou, viu Dianna e Suzana parecendo ansiosas, e Rachel segurando um livro empoeirado na mão.
- Onde você o encontrou? – perguntou Lea com o coração acelerado da adrenalina.
- Eu estava mexendo aqui, e encontrei uma caixa – ela indicou uma caixa com pequenos enfeites, e um nome enorme “MIRIAM PETERSON, 1862” e bem abaixo, com uma fita adesiva, tinha escrito “NÃO ABRA!”.
Lea pegou o livro da mão de Rachel.
Era realmente um livro com aparência velha.
Parecia ser um livro que foi feito nos primeiros séculos do mundo.
- O que será que tem aqui dentro? – perguntou Suzana tocando o livro com a ponta da unha.
- Eu não tenho idéia – disse Lea sem sequer piscar.
Lea olhou para Rachel, e notou que suas pernas tremiam sem parar.
- Calma, Rach – disse Lea preocupada.
- Isso é muito perturbador – disse Rachel se afastando. – Eu não tenho uma boa idéia sobre isso, Lea... É melhor você não abrir...
- Pára de ser medrosa, A-Rach – disse Dianna sombria. – É só um livro empoeirado... Se quiserem, leio pra vocês, com certeza deve ser legal.
- Então vamos abrir – disse Suzana.
Lea olhou pra Rachel. A amiga, realmente, não parecia bem, pois o suor pingava em sua testa.
Lea acabou dando de ombros.
E então, abriu o livro.
Tinham várias letras de uma linguagem nem um pouco inglesa.
Com certeza, aquilo devia ser latim, ou grego...
- Okay, isso eu não leio – disse Dianna observando as palavras. - Acho que esse livro não tá com nada – ela pegou o livro nas mãos e fez uma careta.
Lea deu um suspiro, decepcionada.
Tinha ficado muito empolgada em saber o que poderia haver no livro, e dava em nada.
- Okay – Lea pegou o livro e o folheou, mas tudo que recebeu foi poeira voando no seu rosto. – Vou guardar. Podemos assistir A Casa de Cera, já que ficamos em clima de terror.
As meninas deram gritinhos, aprovando.
Mas Rachel estava muito estranha, não parecia bem.
- Você está okay, Rach? – perguntou Lea se aproximando da amiga.
Rachel pareceu despertar de um transe.
- Ah... Sim, claro, eu... Eu só me assustei um pouco – e deu um risinho amarelo.
Lea deu uma batidinha no braço da morena, e elas foram assistir o filme.
Lea desligou o telefone.
Tinha sentido uma enorme dor de cabeça durante o primeiro e o segundo horário.
Mas ela não ligava pra isso.
Enquanto esperava o carro de seus pais chegarem, ela tirou o diário de Miriam da mochila.
O diário mais parecia um livro, pela grossura.
Lea folheou-o, sem nada pra fazer, e caiu algum papel entre suas pernas.
Ela franziu o cenho e o pegou.
Tinha a foto de uma mulher de cabelos negros, usando um vestido de época verde, segurando um livro preto.
A foto estava meio manchada, mas dava pra ver o nome: Miriam Peterson, 1862.
Lea sorriu.
Miriam devia ser, de fato, muito bonita.
Escutou passos se aproximando, e se virou.
Cory vinha em sua direção.
- Oi, Lea – ele se sentou ao seu lado.
- Oi, Cory.
Ele notou a foto em sua mão, e se inclinou melhor, pra ver quem era.
- Nossa! – ele exclamou. – Essa mulher é muito bonita. Já está morta?
Lea fechou a cara e olhou pro amigo, como se ele tivesse acabado de dizer “Ganhei um ursinho do papai noel”.
- Cory, se esta foto foi tirada em 1862, quantos anos acha que ela deve ter? – perguntou com toda a paciência possível.
- Bem, ela deve ter uns... Ah, entendi – ele corou e olhou pro chão.
Lea suspirou.
- Desculpe, Cory. Não devia ter sido tão grossa...
- Tudo bem – ele deu um sorriso torto.
Lea se aproximou dele, e fez um carinho no rosto dele.
Não soube porque estava fazendo aquilo, mas foi dominada pela vontade de fazer.
Ele fechou os olhos, cedendo ao toque.
Lea observou o rosto dele melhor.
Cory deu um pequeno sorriso.
Ela riu, e o beijou na testa.
- Você tem um perfume bom – ele murmurou assim que seu nariz saiu do pescoço dela.
Lea corou um pouco.
- O-obrigada... Eu acho...
Uma buzina foi escutada.
Lea se virou, esperançosa que fosse seu pai, mas era uma jovem ruiva, pose de brasileira, olhos pretos. Dava pra ver pelo vidro do carro.
- Quem é? – perguntou Lea pra Cory, que sorria abobado.
- É a minha amiga, Claire. – ele se levantou. – Lea, eu tenho que ir, te vejo amanhã.
Lea deu um sorriso não muito alegre.
Observou Cory entrar no carro da garota, e dar um beijo na bochecha dela.
Ele nunca fez isso comigo, pensou Lea.
Logo sacudiu a cabeça.
Deus amado, era apenas Cory, certo?
Voltou a observar a foto, tentando parar de pensar na cena que presenciara, e notou melhor o livro que Miriam segurava.
Toupeira!
Xingou-se mentalmente.
Aquele era o livro que Miriam tinha falado no diário.
Mas o que será que tinha acontecido com ele?
Ela se levantou, andando de um lado pro outro, e quando seu pai chegou, ela foi correndo lá pra dentro.
Fitou a foto discretamente, implorando para que seu pai não visse.
Tinha que descobrir o paradeiro daquele livro.
Então tomou uma decisão.
- Pai... – ela chamou.
- Sim, filha? – ele disse, sem tirar os olhos da estrada.
- Você e a mamãe poderiam passar o final de semana fora, não é? Irem passar um tempo com a tia Aline. Faz tempo que não a visitam...
- É uma boa idéia filha... – ele murmurou estranhamente. – Realmente, estamos precisando de um tempo, por causa daquele clima horrível desde que contei pra sua mãe que fui despedido... Mas por que você sugeriu?
Lea sorriu, aquele sorriso.
- Bem, pai, eu estava pretendendo fazer uma ‘faxina’ na casa, sabe? E acho que ela tem que estar vazia...
Harold olhou pra filha, um sorriso daqueles, como se ele estivesse orgulhoso.
- Esse é minha filha – falou, voltando o olhar para a estrada.
- Ah, mas tem uma coisa...
- Lá vem! – ele falou rendendo uma mão pro alto, e suspirando, cansado.
Lea permitiu-se rir um pouco, e disse:
- Bem, pai... Eu apenas queria chamar a Rachel, a Suzana, e a Dianna pra me ajudar, pra eu não ficar sozinha... – ela tentou, um pouco apreensiva.
- Bem, podemos chamar a Sra. Jefferson pra te ajudar – o pai alertou.
Lea fechou a cara.
Não gostava nem um pouco da Sra. Jefferson.
Aquela velha era muito estranha. Às vezes Lea tinha a impressão que, enquanto arrumava seu quarto, a Sra. Jefferson observava pela janela, como se estivesse tentando encontrar alguma coisa.
Alguma coisa!
Lea quase cuspiu a própria garganta pra fora.
- O que foi filha? – perguntou Harold bruscamente.
- Er... Nada – ela jogou o corpo pra trás, recostando-se no banco do carro. – Só... Acho que ela não é uma boa opção... Por favor, pai, prometo que não vamos fazer nada demais...
Harold suspirou, vencido.
- Okay, okay, falarei com sua mãe sobre isso.
Lea teria abraçado o pai, caso eles não estivessem dentro de um carro.
--------------------********************---------------------***********-*-----
Como anteriormente era quinta feira, logo o fim de semana tinha chegado, e Harold e Margareth tinha viajado pra fazenda da tia Aline.
Lea observou o carro dos pais ganhar velocidade na estrada, e soltou um suspiro pesado.
Era o primeiro fim de semana, no ano, que ficava sem os pais.
Na mesma hora, ela viu Cory e a tal Claire andando, rindo, nas ruas.
Lea sentiu um reviramento estranho no estômago, e fechou a porta.
Ver Cory com aquela garota não lhe fazia bem.
Caminhou em direção à cozinha, e agarrou o celular com a mão, discando o número de Rachel.
- Hey, Rach. – falou assim que a amiga atendeu.
- Hey, Lea-D. – era Rachel, com certeza. – Seus pais já foram?
- Sim, sim já. – disse Lea ajeitando uma mecha de cabelo, que caía teimosamente nos seus olhos. – Se quiser vir, você já pode.
- Okay, Lea-D. Já chego aí. Vou avisar à Dianna, e à Sue. Beijos estalados.
E desligou.
Lea guardou o aparelho no bolso do short jeans, e se jogou no sofá.
Ligou a TV, e estava passando um clipe da banda Paramore, na MTV.
Lea amava essa banda, mais que tudo no mundo.
Estava passando a música, “The Only Exception”, era realmente uma música encantadora.
Toda vez que a escutava, Lea se lembrava de John.
John tinha sido seu primeiro namorado. Ele tinha olhos azuis intensos, mais intensos que os de Will, e cabelos negros.
John e Lea eram um casal muito apaixonado, de 2007 até 2009.
No fim de 2009, eles tiveram uma briga, por causa dos ciúmes doentios do garoto, e ela acabou dando um tapa nele.
Ela acabou se arrependendo, mas ele não perdoou, e aquele foi o fim da picada. O namoro acabou também.
Desde então, John se transferiu pra a outra escola, Further Education, no Upper East Side.
Diferente de Lea, que morava ali mesmo, na Inglaterra.
Logo, a campainha tocou.
Lea piscou os olhos, e se levantou.
Assim que abriu a porta, Dianna, Rachel, e Suzana pularam em cima dela, num enorme abraço.
- Oi, Girls – disse Lea rindo, e se afastando delas, gentilmente.
- E então... O que iremos fazer? – perguntou Suzana já com cara de quem estava morrendo de vontade de escutar “Barbra Stranseid”.
- Com certeza, Lea não nos chamou aqui pra escutar Funny Girl, Certo, Lea? – perguntou Dianna, recendo um olhar fuzilante de Suzana.
- Iremos assistir... Hã, algum seriado? – perguntou Rachel esperançosa.
- Não – disse Lea.
- Então o quê?
- Vocês... Vão me ajudar a arrumar a casa – disse Lea sorridente.
As meninas se entreolharam, com cara de “ela tá brincando, né?”
- Poxa, Lea-D, deixei de colorir meu cabelo pra vir aqui, pensando que poderíamos ouvir ela, ou Patti Lupone, ou Whitney Houston...
- Tá, Sue, você já deixou claro que gosta de musicais – disse Dianna com seu jeito ‘latina’ de ser. – Sério, Lea-D, pra que você quer arrumar a casa?
- Eu vou contar – disse Lea. – Mas vocês tem que prometer que não vão contar à ninguém.
- Certo – disse Rachel, ansiosa, se jogando no sofá junto com as outras.
E então Lea contou à elas sobre a história aterrorizante sobre Miriam Peterson.
Suzana soltava gritinhos de medo, algumas vezes, enquanto Dianna tinha a pose de “eu sou a única madura aqui, vocês são frescas, não conheço vocês”; Rachel estava meio hesitante sobre o que pensar.
- Bem, Lea-D, acho que isso é meio estranho – disse Rachel, sinceramente. – E se esse livro conter alguma coisa do tipo, demoníaca? Eu não quero ficar endemoniada.
- Vocês são frescas! – disse Dianna com a cara madura. – Isso não existe... Tudo bem, admito que tem algumas coisas que são, mas eu acho que esse livro deve ser só uma lenda, sabem? Isso aconteceu lá pro século 19, dois séculos atrás! Francamente!
- Eu vou fazer uma caça ao livro – disse Lea com um sorriso maroto. – Quem está dentro?
Dianna e Suzana colocaram suas mãos juntas às de Lea, mas Rachel continuou hesitante.
- Vamos lá, Rach, vai ser legal – disse Suzana empolgada.
- Isso mesmo – Dianna deu um sorriso malvado. – A não ser que você queira começar a ser chamada de A-Rach.
Rachel deu um sorriso assustado, e juntou a mão à das amigas.
Dianna e Lea compartilharam uma risada, e logo todas começaram a tão esperada caçada.
Depois de mais de meia hora procurando, Lea se jogou no chão.
Suas costas doíam muito, e seu pescoço parecia a ponto de quebrar a qualquer momento.
- DIANNA! SUZANA! LEA! ENCONTREI! – gritou a voz de Rachel, lá do sótão.
Lea deu um pulo, e fez uma carreira enorme em direção ao sótão.
Quando chegou, viu Dianna e Suzana parecendo ansiosas, e Rachel segurando um livro empoeirado na mão.
- Onde você o encontrou? – perguntou Lea com o coração acelerado da adrenalina.
- Eu estava mexendo aqui, e encontrei uma caixa – ela indicou uma caixa com pequenos enfeites, e um nome enorme “MIRIAM PETERSON, 1862” e bem abaixo, com uma fita adesiva, tinha escrito “NÃO ABRA!”.
Lea pegou o livro da mão de Rachel.
Era realmente um livro com aparência velha.
Parecia ser um livro que foi feito nos primeiros séculos do mundo.
- O que será que tem aqui dentro? – perguntou Suzana tocando o livro com a ponta da unha.
- Eu não tenho idéia – disse Lea sem sequer piscar.
Lea olhou para Rachel, e notou que suas pernas tremiam sem parar.
- Calma, Rach – disse Lea preocupada.
- Isso é muito perturbador – disse Rachel se afastando. – Eu não tenho uma boa idéia sobre isso, Lea... É melhor você não abrir...
- Pára de ser medrosa, A-Rach – disse Dianna sombria. – É só um livro empoeirado... Se quiserem, leio pra vocês, com certeza deve ser legal.
- Então vamos abrir – disse Suzana.
Lea olhou pra Rachel. A amiga, realmente, não parecia bem, pois o suor pingava em sua testa.
Lea acabou dando de ombros.
E então, abriu o livro.
Tinham várias letras de uma linguagem nem um pouco inglesa.
Com certeza, aquilo devia ser latim, ou grego...
- Okay, isso eu não leio – disse Dianna observando as palavras. - Acho que esse livro não tá com nada – ela pegou o livro nas mãos e fez uma careta.
Lea deu um suspiro, decepcionada.
Tinha ficado muito empolgada em saber o que poderia haver no livro, e dava em nada.
- Okay – Lea pegou o livro e o folheou, mas tudo que recebeu foi poeira voando no seu rosto. – Vou guardar. Podemos assistir A Casa de Cera, já que ficamos em clima de terror.
As meninas deram gritinhos, aprovando.
Mas Rachel estava muito estranha, não parecia bem.
- Você está okay, Rach? – perguntou Lea se aproximando da amiga.
Rachel pareceu despertar de um transe.
- Ah... Sim, claro, eu... Eu só me assustei um pouco – e deu um risinho amarelo.
Lea deu uma batidinha no braço da morena, e elas foram assistir o filme.
Re: **A Maldição do Livro**
Não to só brincando, vi essa imagem e não poderia deixar de postar kkk... acabei de ler o prologo e achei bem legal ;p
Dei uma passada de olho nos textos e acho que ta um pouco confuso, podia tentar separar as coisas porque textos grandes tendem a ser chatos '-'
Estou comentando sem ler porque é 2:30 da manhã e to com muito sono pra assimilar kkk
Amanhã (hoje) eu volto aqui pra comentar de verdade
Beeeijos :**
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Re: **A Maldição do Livro**
Acho que faltou um pouco de timing na história, provavelmente é porque tem muito personagem junto, tendeu quatro conversando ao mesmo tempo fica difícil saber quem é quem. Como eu já disse antes poderia separar em parágrafos ou diminuir os capítulos.
Isso foi o que eu notei, tirando isso gostei da história (até agora só li o primeiro), e das descrições, você escreve muito bem õ/
Beijos :***
Isso foi o que eu notei, tirando isso gostei da história (até agora só li o primeiro), e das descrições, você escreve muito bem õ/
Beijos :***
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Re: **A Maldição do Livro**
Lys, amei o capitulo!!!
Muito bom.
Quando tem mais?
(:
Muito bom.
Quando tem mais?
(:
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