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Morada da vingança

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Morada da vingança Empty Morada da vingança

Mensagem por Laala_* Sex Jul 15, 2011 7:54 pm

Olá pessoal Smile Passando por aqui porquee eu escrevi um livro e mais outros quatro ;s a pouco tempo.. mas vou postar só esse por enquantoo, se alguem quiser ler, lógiico.. Os capitulos são grandinhoss, mas eu prometo quee divido-os em partes para não ficar cansativo para vocês... Se alguem quiser ler, comentem! Vou deixar aqui a sinopsee, e se alguem quiser, eu post o prólogo, e assim sucessivamente... Beiijos a todos Smile

Sinopse: Lara Aguiar é uma garota de quase dezessete anos, que resolve dar uma mudada em sua vida e muda de período escolar para conhecer novas pessoas. Assim sendo, ela conhece Kemilly, que torna-se sua melhor amiga, e apaixona-se por Gabriel. Mas, com o tempo, ela descobre que Kemilly é uma meia vampira, e é covardemente separada de Gabriel, o que faz crescer dentro de ti uma enorme sede de vingança da pessoa que fez isto.. Então, ela conhece uma outra pessoa, que faz-lhe uma proposta para concretizar sua vingança que pode mudar totalmente a sua vida: SER UMA VAMPIRA!


Última edição por Laala_* em Dom Ago 07, 2011 9:02 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Miriam Salvatore Sex Jul 15, 2011 11:10 pm

OMG fiquei curiosa posta logo Laala
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Mensagem por Viic Sex Jul 15, 2011 11:55 pm

Nossa, amei essa sinopse!
mto curiosa também.
posta logo, tá?
bjs ;*
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Mensagem por Jaque Sáb Jul 16, 2011 10:57 am

Mais uma que ficou curiosa...
Quando vc vai posar???
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Mensagem por Laala_* Sáb Jul 16, 2011 2:42 pm

Olá meeninas .. Tudo bom?
Fico feliz que tenham ficado interessadas em ler .. Fico muito motivada com o apoioo de vocês, obrigada mesmoo, viu?
Bom, vou postar já a sinopse, e logo à noite ou amanhã eu postoo o primeiro capítulo Smile
Beijos!
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Mensagem por Laala_* Sáb Jul 16, 2011 3:04 pm

Prólogo

Quando me sentia tão insatisfeita com a minha vida, não tinha a consciência de que tudo estava na mais perfeita ordem, e que minhas atitudes seguintes iriam causar uma reviravolta imensa em todo o meio.
O que esse sentimento é capaz de causar em mim, o que aconteceu bem aqui dentro, que me fez crescer esse ódio e essa vontade imensa de vingança por não poder vivê-lo, sendo recíproco?
O que isso tem de tão intenso, que me fez pensar nessa situação, cogitar essa hipótese, entrar para esse mundo, largar tudo e todos, e viver sombriamente, por vingança? Valeria tão a pena assim?
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Mensagem por Claire salvatore Sáb Jul 16, 2011 3:47 pm

Ain linda, que profundo.
Own, adorei.
Vou acompanhar com toda certeza.
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Mensagem por Laala_* Sáb Jul 16, 2011 4:59 pm

Clara, linda, obrigaada Smile
Seu apoio é mt importante, mesmo!
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Mensagem por Claire salvatore Sáb Jul 16, 2011 5:12 pm

Ain floor, que isso. De nada. Falei nada mais que a verdade.
Vou ta aqui acompanhando *-*
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Mensagem por Jaque Dom Jul 17, 2011 10:07 pm

Amor amei o prologo..
Cade os capitulos??
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Mensagem por Laala_* Seg Jul 18, 2011 10:41 am

Meeninas, vou começar já a postar os capítuloos.. Olha, o primeiro capítulo é meio grande, então vou dividir, ok? para não cansar vocês Smile

Beijinhos, obrigada a quem acompanhar!
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Mensagem por Miriam Salvatore Seg Jul 18, 2011 10:57 am

Posta logo guria
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Mensagem por Laala_* Seg Jul 18, 2011 11:04 am

Capítulo 1 (Parte 1) – Um novo começo


Sou Lara Aguiar. Não tinha do que me queixar, mas eu não estava mais satisfeita com a minha vida. Eu adorava aquele período. Adorava aquelas pessoas, aqueles amigos, companheiros para todas as horas. Adorava meus professores, as matérias, enfim, tudo. Para uma aluna de 3º ano, eu parecia gostar demasiadamente da escola. Ninguém era assim.
Mas eu realmente precisava de uma mudança. Não me sentia mais feliz como antes, apesar de amar a tudo e a todos. O período de tarde era magnífico. Eu podia sair de casa com o sol brilhando, e voltar já podendo ver as estrelas, e apreciando a brisa leve que batia em meu rosto delicadamente, e espalhava meus cabelos. Mas resolvi estudar de manhã. Eu sei que sentiria uma enorme diferença, tudo seria novo, eu sairia de casa com um frio imenso e chegaria morrendo de calor, teria sono nas aulas e talvez não sentisse mais tanto gosto pelos estudos como antes, mas eu precisava realmente disso. Algo dentro de mim gritava extraordinariamente por isso.
Ao contrário da maioria das escolas, na minha escola não se conheciam as pessoas da mesma série em períodos diferentes. Sendo assim eu não conhecia ninguém do 3º ano A. Até os professores eram diferentes. Seria como se eu mudasse de escola. Eu conhecia uma menina que já havia estudado à tarde comigo, mas não sei se ela lembra bem de mim.
Eu estava aqui, nesse exato momento, me preparando para meu primeiro dia de aula. Não seria aquela coisa natural que foi desde a 2ª série. Seria tudo totalmente novo. O meu relógio agora batia em 05h30min da manhã. Minha aula começaria 06h30min. Recolhi a toalha que enxugava meus cabelos castanhos claros e longos, com seu leve toque alaranjado que me tornava um tantinho ruiva, e comecei a realmente me arrumar. Eu já havia vestido minha roupa, somente uma camiseta simples com uma calça jeans, aliás, era tudo novo agora, e era só um primeiro dia de aula. Optei por deixar meu cabelo simples, somente o penteei para trás, deixando-o que secasse naturalmente. Passei uma rápida maquiagem básica, somente pó, um blush rosa clarinho, gloss e rímel incolor. Coloquei meu all star rosa, joguei tudo muito desarrumado dentro da mochila, e desci para a cozinha.
Minha mãe, Ellen, já estava acordada, a fim de me enfiar alguma coisa goela abaixo, à força. Eu não conseguia comer de manhã, e para minha mãe, era impossível ficar até dez horas da manhã sem ingerir nada. Eu já torci a cara ao vê-la fritar uns ovos e um copo imenso de leite com chocolate em cima da mesa.
- Bom dia, minha filha. Ansiosa para o primeiro dia de manhã? – perguntou minha mãe, sorrindo.
- Sempre se há de ter expectativas, mamãe.
- Já está quase pronto o seu café. – concluiu minha mãe, apressada, antes que eu saísse sem comer.
- Mãe, você sabe que eu não consigo comer de manhã, vai me dar ânsias. – eu disse, torcendo os lábios.
- Não vai coisa nenhuma. Trate de comer. Depois você passa mal e eu vou ficar preocupada. Não vou voltar a deitar até que você coma.
Bufei, desapontada. Teria de comer e depois ficaria com dor de estômago pelo resto da manhã. Cortei o pão ao meio que minha mãe colocou em cima da mesa para mim. Não estava ruim, mas eu realmente não conseguia comer de manhã. A comida não descia, virava papa na minha boca. Tentei empurrar tudo com goladas longas de leite, a fim de dissolver aquele pão e facilitar a minha digestão. Minha mãe me analisava sem parar, checando se eu não estava dando a comida para o cachorro.
Terminei de comer, totalmente insatisfeita de ter sido forçada, dei um breve beijo em minha mãe, peguei a mochila e saí porta afora. O frio estava imenso. Rajadas de vento batiam violentamente contra meu rosto, parecendo querer me cortar. Aposto que esse tempo melhoraria de tarde. Era típico de São Paulo.
A escola não era longe da minha casa. Eu iria andando numa boa, não era muito a fim de pegar ônibus. O que acabava comigo, era que à essa hora, o céu ainda estava escuro, clareando pouco a pouco, e eu era extremamente medrosa. Se eu sentisse algo suspeito a um assalto, certamente sairia correndo.
Saí andando devagar, respirando compassivamente, tentando ser o mais normal possível. No caminho da minha casa à escola, seria necessário passar a frente de um matagal. Respirei fundo, tomando coragem de passar por ali, com as poucas luzes que iluminavam aquela rua.
Aparentemente tudo estava normal. Eu continuei andando, e até me senti mais à vontade, ao perceber que era tudo coisa da minha cabeça. Já até começava a clarear. Então, senti algo atravessar o mato, e um farfalhar de folhas. Comecei a acelerar novamente o passo, o medo voltando a mim, e continuei a ouvir o barulho de folhas, e alguns passos leves. Não pude me conter. Corri!
Enquanto eu corria, o barulho ia se distanciando, e a escola se aproximando. O medo também se esvaia, embora eu fosse ficar com medo de ir à escola sozinha nos próximos dias. Melhor eu parar de correr agora, se não iria atrair mais a atenção para mim ao chegar à escola.
Cheguei à escola, colocando minha respiração no lugar. Pelo menos ninguém havia parado e ficado olhando demasiadamente para mim. Somente uns olharezinhos ou outros. Tentei ser o mais discreta possível, não reconhecendo nenhum rosto. A única vantagem é que eu conhecia a escola toda, afinal, estudava lá desde a 1ª série. Eu sabia milimetricamente o caminho de cada sala, cada banheiro, cada corredor.
Dirigi-me logo à secretaria. Precisava saber qual era a minha sala, e qual seriam meus horários. Entrei, e algo estava diferente lá dentro. Acho que havia trocado os balcões. A dona Dulce, que era secretária, sorriu logo para mim, reconhecendo-me.
- Olá, querida, está de manhã agora?
- Sim, dona Dulce. – sorri, delicadamente. – A senhora sabe em qual sala ficará o 3ºA?
- Hum, me deixa dar uma olhada aqui. – disse dona Dulce, remexendo em uns papéis. – Sim, você ficará na sala 8.
- Ok. Os horários serão passados na sala?
- Acredito que sim.
- Muito obrigada, dona Dulce. – sorri novamente.
- Por nada, querida. Boa sorte com o novo horário. – Dona Dulce me respondeu, simpaticamente.
Saí da secretaria. Eu sabia exatamente onde era a sala oito. Pelo menos não seria tão mico, tocasse o sinal, eu só iria para a sala, e pronto. E aí vem mais uma coisa ruim. Ainda faltavam 10 minutos até bater o sinal para o inicio das aulas, e eu ainda não podia ir para a sala.
Sentei-me em um banco do pátio, colocando minha mochila em meu colo, e mexendo rapidamente no meu celular, procurando por algum joguinho para de distrair durante esses dez minutos. Que eu soubesse, de tarde, a proibição de celulares era somente dentro da sala. Mas, antes que eu pudesse achar algum jogo interessante para ocupar meu tempo, o celular apitou por falta de bateria. Desliguei-o, e joguei-o revoltadamente dentro da mochila.
Vi algumas garotas chegando, todas se abraçando e dando gritinhos histéricos, por estarem voltando às aulas e matando as saudades. Eu somente olhava. Todas as garotas que chegavam se juntavam ao grupinho, exceto uma. Ela era média, mais ou menos do meu tamanho, talvez uns dois cm maior, com os cabelos bem pretos presos desgrenhadamente com uma presilha, mas ainda assim, era bonita. Tinha os olhos também bem pretos e intensos, e uma pele bem branca. Ela era bonita. Usava um jeans azul escuro e uma jaqueta que parecia ser da ultima moda de Paris. Uau. Estranhei que ela não se juntasse ao grupo das histéricas.
Ao contrário, a garota sentou-se no mesmo banco que eu estava, mas na ponta oposta. Bom, talvez ela fosse uma garota legal. Puxava ou não puxava assunto? Eu precisava me enturmar no período da manhã, e ela parecia uma boa opção. Virei-me um pouco de lado, decidida a falar com ela.
- Oi. – ela dirigiu a palavra a mim, na hora em que eu iria falar com ela.
- Oi. – respondi sorrindo, tentando ser simpática.
- Você é de que ano? – ela perguntou, com uma expressão serena.
- 3º, e você?
- 3º também. Somos da mesma sala. – ela sorriu. – Você é nova, ou veio do 2ºB?
- Estudo aqui desde a 1ª série. Mas sempre fui B.
- Bom, se quiser se enturmar comigo, se sinta livre. Eu sou considerada a excluída. – ela agora sorriu um pouco mais alto.
- Por quê? – perguntei, curiosa. – Uma garota tão bonita assim deveria ser uma das mais populares.
- Bom, por eu não querer ser histérica como essas patricinhas, sou considerada estranha. Eu fico na minha, faço o que tenho que fazer, e até me chamam de nerd. Alguns garotos falam comigo, mas acaba por não me dar muita atenção por eu não ser do grupo das populares. Mas eu não ligo. – disse a garota, agora não mais sorrindo.
- Bom, acho que ficar com você é uma boa opção. Não gosto muito de chamar a atenção principalmente quando não sou conhecida. – comentei.
A garota se levantou, fazendo seu cabelo mal preso se soltar. Ele brilhava preto como um céu ao luar.
- Bom, sendo assim, prazer, Kemilly Jardini. – disse a garota, estendendo a mão para mim.
- Lara Aguiar. – retribui o aperto, junto com um sorriso.
E então ouvimos o soar do sinal que daria inicio às aulas.
- É, vai começar. Vamos lá. – comentei, meio que comigo mesma, mas recebendo uma confirmação com a cabeça de Kemilly.
Levantei-me e fomos juntas até a sala. A sala 8 era grande, e tinha as cadeiras azuis claras, e duas lousas, com um mural na lateral direita. Acomodamo-nos, não muito no fundo, mas também não muito na frente, a fim de não ser considerada nem nerd nem bagunceira.
Todos se sentaram, e esperamos o professor entrar na sala. Todos estavam na expectativa para saber qual aula seria a primeira.
Então entrou um professor na sala. Ele era alto, moreno, e particularmente, um gato. Logo fiquei sabendo que ele era de matemática, pelos comentários infelizes das patricinhas.
O professor começou a falar sobre todo discurso de primeiro dia de aula, mas não tão longo dessa vez por ser 3º ano. Logo já deu seqüência com alguns exercícios. Senti alguns olhares em mim. Pelas expressões eu podia entender alguns como positivos, outros nem tantos. Kemilly somente disse para que eu não ligasse. Ela passava por isso diariamente.
Algo, repentinamente, atraiu minha atenção. Um menino, aparentemente atrasado, bateu na porta da sala, com todos seus livros e o restante do material caindo sobre seus braços, e com uma respiração ofegante de quem correu uma maratona.
- Bom dia, professor. Posso entrar? – perguntou o garoto, ainda ofegante.

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Mensagem por Laala_* Seg Jul 18, 2011 11:04 am

Bom, pessoal, ai está.. mesmo divindo ficou meio grande, mas espero que não se importem muito! Smile
Beijos, e boa leitura!
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Mensagem por Geeh*-* Seg Jul 18, 2011 5:47 pm

linda.. ainda n li o 1, mis só pelo prologo e sinopse to vendo q vou amar.. assim q ler, eu comento
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Mensagem por Laala_* Seg Jul 18, 2011 5:59 pm

Tá ok Geeh, sem pressa Smile
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Mensagem por Jaque Ter Jul 19, 2011 10:08 am

Filha, eu amei esse cp...
Quem sera esse menino??
To super curiosa, posta mais.
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Mensagem por Laala_* Ter Jul 19, 2011 10:12 am

Maamis, mais de tardinha eu posto a segunda parte Smile)
Beijinhos
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Mensagem por Jaque Ter Jul 19, 2011 10:31 am

Eba..
Ta bom linda, to mt ansiosa pra saber que é esse garoto atrasado.
rsrs
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Mensagem por Miriam Salvatore Qui Jul 21, 2011 10:23 am

Uau gostei..
Posta mais ta...
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Mensagem por Laala_* Qui Jul 21, 2011 2:26 pm

...

Ele era bonito. Seu cabelo era bonito... Bom, algo nele me chamou a atenção. Talvez ele fosse uma boa pessoa e essa atenção fosse a mesma coisa que senti quando vi Kemilly.
- Entra, Gabriel. Atrasado no primeiro dia de aula, em. – respondeu o professor, dando uma risada de lado, tentando parecer descontraído.
Gabriel entrou, e sentou-se em uma carteira ao meu lado, a única que estava vazia a essas horas. Acomodou-se, colocando seus materiais na carteira, e parecendo tentar uniformizar a sua respiração. Parei de olhá-lo e continuei prestando atenção nas aulas.
As aulas pareceram passar rápido. Ou era porque as matérias eram só revisões do ano passado, e eu já sabia fazer grande parte, então eu me distrai no tempo que tive. No intervalo das aulas, fiquei com Kemilly, conversei sobre o período de tarde e ela falou um pouco sobre a vida dela. Já combinamos que os trabalhos em dupla ficariam por nossa conta. Descobri também que Kemilly morava algumas ruas depois da minha, ali perto do matagal. O estranho é que eu nunca vi nenhuma casa por aquelas ruas... Devia ser uma ou duas ruas atrás. Talvez eu tivesse a oportunidade de conhecê-las.
Senti alguns olhares e cochichos de alguns meninos em mim, inclusive o tal Gabriel. Não esbocei reação, afinal, se eles queriam me conhecer, que viessem falar comigo. Ou eram tão covardes assim?
- Parece que eles gostaram de você. – comentou Kemilly, apontando discretamente para o grupo de meninos.
- Como assim? Gostaram de mim? – perguntei, meio gaguejando.
- Você é novidade. Eles sempre gostam de novidades. Não dou mais um dia para que venham te bajular. – Kemilly disse, virando-se para uma barra de chocolate que estava comendo.
- Quem é aquele? Dos cabelos pretos e bagunçados e olhos pretos? – perguntei, desinteressada. Somente estranhava a forma como ele estava a olhar para mim.
- Ah, aquele é Gabriel Duarte. Ele é até que legal, mas às vezes bagunça de mais nas aulas. Ele acaba indo mal nos estudos por isso, e se prejudicando. Mas não deixa de ser uma boa pessoa. – respondeu Kemilly, parecendo não ter aversão nenhuma a Gabriel.
Eu olhei para Gabriel e para os outros garotos. Eles pareciam ser o grupinho popular da sala, daqueles que zoam dos outros e praticam bullying. Eu particularmente não gostava muito disso, mas também não tinha nenhuma conclusão certa para eles, pois não os conhecia.
- Gostou dele? – perguntou Kemilly, parecendo ler algo dentro de mim que nem eu decifraria.
- Não. – respondi prontamente. – Bom, parece ser um cara legal. Mas nada especial. Só perguntei particularmente dele porque ele chegou atrasado ao primeiro dia de aula.
- Típico. – respondeu Kemilly rapidamente. – Tem um grupinho que nunca entra na primeira aula. Quero ver como vão fazer vestibular ano que vem.
Voltei a comer a minha barra de cereal, tentando parecer camuflada no meio de todas as pessoas, e prestar atenção no que Kemilly estava dizendo.
- Você gosta de algum? – continuei puxando assunto com Kemilly. – Afinal, qual o nome de cada um?
Havia mais quatro além de Gabriel.
- Bom, gostar para ter algum relacionamento, não. Mas em questão, esses são legais. – Kemilly deu mais uma mordida no chocolate, e começou a listar os garotos, apontando disfarçadamente. – O loiro, é David. Ele é bem legal, mas é muito de zuação, às vezes irrita um pouco. Ao seu lado, de cabelo castanho, está Rafael. Eu o adoro. Ele é muito amigo e também muito carinhoso. É jogador artilheiro do time de futebol da escola. O próximo, André. É particularmente o que eu menos gosto. Ele é falso, e influencia os meninos para serem idiotas com os outros, como ele é. Por ultimo, Michael. Ele não fala muito comigo, mas sempre que fala costuma ser simpático.
Eu somente assenti com a cabeça, concordando ter entendido e marcado cada um com a descrição de Kemilly. O tempo passou que eu nem percebi, e então o sinal de saída tocou.
- Bom, acho que podemos ir embora juntas. Pena que não somos vizinhas. Assim, você terá que andar metade do caminho sozinha. – Kemilly sugeriu, e sorriu delicadamente para mim, como desculpas por não me acompanhar até em casa.
- Sem problemas algum. Qualquer dia desses, você pode ir à minha casa se quiser.
- Eu vou adorar! – Kemilly concordou.
Saímos andando, e conversando uniformemente. Rapidamente, havia chegado à estrada do matagal, que levava a casa de Kemilly. Fiquei a observar, e realmente havia uma rua atrás, que deveria levar à casa dela. Cheguei a minha casa, cansada do meu primeiro dia e morrendo de sono, por estar desacostumada a acordar cedo. Abri rapidamente a porta, e tudo estava nos conformes. Minha mãe havia ido trabalhar, e na geladeira havia um bilhete, dizendo que meu almoço estava na mesa. Pude sentir o cheiro de comida assim que reparei que era o meu almoço, e meu estômago roncou. Subi correndo para o quarto, joguei minha mochila com tudo em cima da cama, louca para dormir, mas antes, iria almoçar. Podia ouvir meu estômago gritando, e o cheiro de bife com batatas fritas estava me chamando.
Desci até a cozinha, e engoli o prato em dez minutos, tempo Recorde. Dirigi-me ao banheiro, escovei os dentes rapidamente, e subi para o quarto, com a intenção de dormir. Arrumei os cobertores, e deitei, mesmo de calça jeans e camiseta. Assim que deitei em minha cama, o sono pareceu se esvair. Girei de um lado para o outro umas repetidas dez vezes, tentando entender onde fora parar meu querido sono, até que desisti de dormir.
Abri meu guarda roupa à procura do meu Ipod, liguei-o, e coloquei em minha musica preferida, Firework, da Kate Perry, que já era a primeira da lista. Coloquei os fones no ouvido, o Ipod no bolso do jeans, e fui até a garagem. Peguei minha bicicleta preta com adesivos de borboletinhas rosa, e saí a pedalar pela rua.
O tempo a essa hora do dia já estava mais apreciável. Um sol brilhava um tantinho forte, mas ainda havia vento e brisa, deixando assim o dia agradável. Eu sentia a leve brisa bater em mim enquanto pedalava, e eu continuava cantarolando minha música preferida. Não sei se alto de mais, por estar com o fone nos ouvidos.
Pedalei mais, e mais, e mais, dando a volta na rua, e já estava chegando a uma rua que eu nem conhecia. A música me embalou tanto, que comecei a nem perceber mais que estava pedalando. Em uma tentativa de dar à volta na esquina, acabei sendo meramente atingida por um carro.
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Mensagem por Jaque Qui Jul 21, 2011 10:29 pm

Filha como vc faz isso comigo??
Cade o resto?
Bem eu vejo coisas boas nesse atropelamento,kkkkkkkkk
Ou talvez não =/
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Mensagem por Miriam Salvatore Qui Jul 21, 2011 10:31 pm

affraid
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Mensagem por Laala_* Sex Jul 22, 2011 10:27 am

Boom meninas, de início será uma coisa "boa" siim Smile

Logo logo vocês verão Smile
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Mensagem por Laala_* Sex Jul 22, 2011 6:28 pm

Capítulo 2 - Conhecendo

O motorista do carro buzinou e ainda xingou-me de desatenta. No susto, caí no chão e deixei minha bicicleta rolar longe. Podia sentir um arranhado no cotovelo e um suposto rasgo na calça jeans na parte do joelho. Ardia. Meus braços e pernas doíam. Em particular o braço e perna esquerda, que foi do lado que eu caí, doíam demais, quase que fazendo retorcer-me. Fiquei de olhos fechados por uma fração de segundo sem conseguir abri-los devido ao sol, e sem conseguir levantar com os membros machucados.
Ouvi passos de alguém correndo em minha direção. Abri um meio olho, levantando um pouco o braço direito para tapar o sol, e pude ver um garoto, alto, com os cabelos pretos brilhando ao sol, e olhando preocupadamente para mim.
- Você está bem? – o garoto perguntou. – Eu vi o seu tombo, foi feio.
- Meu lado esquerdo dói. Braço e perna. – conclui. – Não consigo levantar sozinha.
- Sente doer o pescoço, consegue mexer a sua cabeça?
- Sim, consigo. – confirmei.
- Ok, então posso te levantar.
O garoto me apoiou-se a ele, levantando-me, com cuidado. Parecia que todos os meus ossos saíam do lugar, e meu corpo inteiro doía. O lado esquerdo estava insuportável. Eu não conseguia ficar em pé.
- Acho que quebrei meu braço e perna esquerdos, estão doendo de mais, não estou agüentando. – resmunguei.
- Tudo bem, já percebi que isso se trata de colo.
O garoto pegou-me no colo, parecendo nem fazer esforço, e só neste momento consegui olhar seu rosto perfeitamente. Sorriso bonito, olhos pretos, cabelo bagunçado, pele branca... Gabriel.
- Boa maneira de nos conhecermos, não acha, Lara? – perguntou Gabriel.
- Me desculpa, só percebi que era você agora. Não estava enxergando nada devido ao sol nos meus olhos. – desculpei-me. – Como sabe meu nome?
- Você é novidade. Novidades são anunciadas antes mesmo de chegares. Eu percebi que era você assim que saí na garagem com Rafael e vi alguém passando de bicicleta na rua, cantando... Bom, praticamente gritando uma musica da Kate Perry.
Gabriel caminhava pela rua comigo no colo, e eu sentia somente o balançar de seus braços enquanto caminhava. Eu corei pelo seu comentário. Agora havia certeza de que eu estava cantando alto. Resolvi não comentar sobre meu mico.
- Para onde está me levando? – perguntei.
- Posto médico, ué.
- E a minha bicicleta? – eu a adorava. Ficaria muito triste se a perdesse.
- Ah, Rafael já a pegou.
- Quem é Rafael? – perguntei. – O que estuda conosco?
- Sim, ele é meu primo. – concordou Gabriel com um sorriso. – Como sabe nossos nomes?
- Kemilly me falou. Ela está me ajudando a se enturmar pela sala.
- A Kemmy é legal. Só acho que ela é muito na dela. - comentou Gabriel.
- Eu gostei muito dela. Tornou-se já minha melhor amiga.
Já conseguíamos avistar o posto médico, só não sei quanto tempo teria de esperar ali para ser atendida.
- O posto médico é bem ali. Meu tio é ortopedista então acho que ele poderá ajudar. Tem algum numero que eu consiga falar com sua mãe, ou seu pai? – perguntou Gabriel.
- Tem sim. Só não sei se poderão vir até aqui agora. Eles trabalham um tanto longe daqui.
- Vamos dar um jeito. Mas, por agora, vamos cuidar desses ossos. – Gabriel disse, olhando para minha postura totalmente trouxa em seu colo. – Sabia que eu pretendo ser ortopedista?
- Que bom. É uma profissão brilhante. – disse, tentando ser simpática.
Chegamos ao posto médico, e para minha satisfação não estava cheio. Na recepção, haviam umas cinco pessoas sentadas, algumas com uma cara mal e outras parecendo ser acompanhantes. De primeiro, todos olharam para mim, por estar chegando carregada de colo. Gabriel acomodou-me em uma das cadeiras da recepção, que pareciam uma daquelas recepções de banco.
- Espera só um minutinho, que eu vou resolver o teu problema.
Acomodei-me na cadeira, apoiando minha perna esquerda esticada em outra cadeira ao meu lado e não mexendo nem um pouco do meu braço esquerdo. Esperei por cerca de uns cinco minutos, e Gabriel já retornava.
- Vamos? – perguntou-me, abrindo um brilhante sorriso.
- Mas, já... – gaguejei.
- Sim, já falei com o meu tio, ele vai te atender agora mesmo.
Antes que eu pudesse checar se eu conseguia andar por mim mesma ele me pegou no colo, segurando-me facilmente como me trouxe até aqui. Gabriel era alto, tinha um corpo bonito, proporcional à sua altura, e eu me sentiria uma anã ao lado dele se estivesse em pé.
Andamos por um corredor extenso, onde só ouvíamos barulhos de maquinas de hospital, e poucos enfermeiros rondando de um lado a outro. Entramos em uma sala, que não era nem muito grande nem muito pequena, e o tio de Gabriel já esperava por mim, sentado atrás de sua mesa, remexendo em uns papéis. Ele era até bonito. Tinha os cabelos castanhos claros, os olhos meio esverdeados e um sorriso colgate, mas já tinha uns traços que o deixavam a mercê de um médico. Olhei então para o seu dedo e ali brilhava uma imensa aliança dourada. Sim, melhor eu me aquietar.
- Aqui está ela, tio Robert.
- Oh, aqui está. O que houve contigo, garota? – perguntou-me o médico, com um sorriso divertido.
- Ah, ela caiu de bicicleta na rua e amassou todo o lado esquerdo. – Gabriel respondeu por mim.
- Teremos de examinar isso daí. Não consegue mexer-se bem, consegue?
- Não. – respondi de prontidão.
- Ok. Seu nome?
- Lara Aguiar.
- Idade?
- Dezesseis.
Ele anotava meus dados em uns papéis, e Gabriel somente olhava tudo sentado em uma cadeira. A dor estava aumentando agora e eu precisava de uma solução para isso instantaneamente.
O médico pegou-me ao colo e colocou-me em uma maca branca, daquelas que se deitam os doentes para examiná-los. Esticou minha perna, fez alguns movimentos que por sinal doeram muito e fez o mesmo com o meu braço. Por fim, chegou ao diagnóstico de que eu fraturei o osso do braço e trinquei o da perna, enfim, teria de engessar em cima e embaixo.
- Gabriel, ligaste para os pais dela? – perguntou o Dr. Pedro.
- Sim, a mãe dela já está avisada. – concordou Gabriel.
O Dr. Pedro começou então a engessar a minha perna. Antes disso aplicou duas injeções na perna e braço esquerdos. Por fim, terminei toda branca de gesso e imobilizada. Teria de andar de muleta por alguns dias. E agora, como iria para casa?
- Você mora muito longe daqui? – perguntou o Dr.
- Não, não, é logo ali.
- Eu a levo. – ofereceu Gabriel.
- De colo? – perguntou o Doutor, arregalando os olhos.
- Eu a trouxe assim.
- Eu vou andando, com as muletas. Não é longe, e eu já consigo me locomover, pouco, mas consigo. – conclui.
- Eu te acompanho. – finalizou Gabriel.
- Se é assim, tudo certo, podem ir. Se precisar de algo, podem passar aqui. Lara, não esqueça, não molhe o gesso, tome cuidado com movimentos bruscos e não faça esforços. Daqui quinze dias, pode passar aqui com os seus pais para vermos como estarão os gessos, e então eu te recomendarei uma fisioterapia.
- Tudo bem. – concordei.
Acenei para o doutor, e saí, juntamente com Gabriel. Eu andava com dificuldade apoiada nas muletas, mas ele me ajudava, dando-me todo o apoio, e o meu peso caía sobre ele.
O caminho até em casa pareceu bem mais longo do que sempre era. O que me deixou mais animada foi que Gabriel sempre estava a puxar assunto e não deixava buracos na conversa nunca. Assim, não percebi muito o tempo passar nem o incômodo das muletas. O sol já estava indo embora, e estava na hora do crepúsculo. A paisagem era muito bonita, daquelas que se pinta em quadros para decoração.
Cheguei a casa, abri lentamente o portão, com dificuldade por dor no braço engessado, e Gabriel parou em frente à garagem.
- Quer entrar? – perguntei, como se isso fosse óbvio.
- Se não for te causar nenhum problema...
- Imagina, minha mãe já está quase chegando. E por falar nisso ela vai querer saber quem foi o meu salvador. – sorri amarelo.
Gabriel somente deu um sorriso, e entrou. Dirigimo-nos para a sala de estar, e Gabriel se sentou. Eu sentei-me junto a ele, cansada.
- Quer alguma coisa, uma água, deve ter alguma coisa para comer aqui também.
- Não precisa. Você esta cansada.

Bufei uma vez olhando para ele com cara de desdém, levantei cambaleando, quase caí, por sinal, fui até a cozinha, enchi dois copos com refrigerante e coloquei algumas bolachas de chocolate em um potinho. Voltei até a sala, e coloquei tudo na mesinha de centro.
Gabriel parecia mesmo estar com fome, pois comeu as bolachas sem nem sequer pensar.
- Bom, achei que você ia gostar se eu resgatasse isso... - disse Gabriel, tirando um objeto prateado do bolso. Era o meu Ipod.
Eu fiquei tão feliz como uma criança que ganha um ovo de chocolate, e isso reluzia em meus olhos. Eu achei mesmo que havia perdido o meu Ipod na queda. Minha felicidade foi tanta, que eu abracei-o sem ao menos pensar no que estava fazendo, e o meu braço esquerdo engessado reclamou de dor.
- Ai. – exclamei, afastando-me.
Gabriel somente riu, tentando abafar a risada com a mão. Então ouvi um barulho de chaves a abrir a porta. Olhei no relógio e este marcava 19 horas. Minha mãe estava chegando do serviço agora e com certeza iria surtar quando visse os meus gessos.
- Lara Aguiar de Freitas, o que aconteceu a você? Fiquei tão preocupada, minha filha. – minha mãe parecia nem ver Gabriel, mas em uma fração de segundos, olhou para ele e sorriu gentilmente. – Obrigada, Gabriel, por tratar tão bem da minha filha... Não sei o que seria dela sem a sua ajuda e do teu tio.
- Não há de que, meu tio avisou que se precisares, estará lá em seu consultório e que daqui uns dias já podem retornar lá com a Lara para remover os gessos.
Minha mãe ficou mais um tempo perguntando e exclamando sobre o que havia acontecido comigo e como eu consegui cair de bicicleta tão seriamente, e empanturrou Gabriel de comida. Ele conversou um pouco, e então decidiu que estava tarde e precisava ir embora.
Eu levei-o até o portão com dificuldade e pendurada nas muletas, dei um breve beijo rápido em seu rosto, e ele se foi. Voltei para a sala, e liguei a televisão, a procurar pelo meu programa favorito.
- Gostei do garoto, Lara. – minha mãe comentou.
- Sim, ele é bem gentil. – concordei. – E é um bom amigo.
- Somente amigo?
- Claro que sim. – olhei emburrada para minha mãe.
Ela estendeu as mãos para o alto, como quem se rende de algo, e foi para a cozinha preparar o jantar.


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