Sombrias reflexões
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Sombrias reflexões
gente, aqui estou de novo
fiquei tão feliz com o apoio de vcs que resolvi postar um mini-conto,
escrevi para um amigo meu que queria uma história de vampiros um pouco mais sombria.
espero q vcs gostem
bjoos ;*
----x----
fiquei tão feliz com o apoio de vcs que resolvi postar um mini-conto,
escrevi para um amigo meu que queria uma história de vampiros um pouco mais sombria.
espero q vcs gostem
bjoos ;*
----x----
Amor.
Mesmo que se viva por duzentos anos, é impossível entendê-lo. E falo por experiência própria. Uma mulher de 245 anos, cuja aparência foi congelada aos dezoito. Por mais impossível que possa parecer, essa sou eu. Acompanhar as mudanças ao meu redor com a passagem do tempo não é nenhum desafio. Mudar meu jeito de me vestir, falar, aprender novos costumes, me adaptar às evoluções na tecnologia e no próprio ser humano não é nada comparado ao vazio que a morte de Rodrigo deixou em mim. Eu tinha 180 anos, mas fui burra e cega o bastante para acreditar que conseguiria resistir ao apelo do sangue dele.
Acreditei que poderia ser como os inocentes vampiros das fantasias dos humanos. Mas hoje sei que, por mais que eu deseje o contrário, por mais que um dia talvez eu volte a desejar o contrário, essa realidade não vai mudar. A fome é intensa demais. Imagine um homem abandonado no deserto por uma semana com uma tentadora refeição à sua frente, que ele pode ver e saborear o aroma, mas não pode tocar na comida. Agora jogue um frasco de ácido no homem. Suponha que este homem não morra, apenas queime e derreta por dentro, a agonia somada à dor da tentação da comida inalcançável diante dele. Mesmo que pareça cruel, essa comparação é o mais próximo da realidade que posso chegar. Não que esteja completamente correta, já que os humanos possuem uma baixíssima tolerância à dor, mas espero ter conseguido passar uma parte do sentimento que a tortura diária provoca.
Ainda tenho alguma dificuldade em não tomar mais que o necessário, mas o medo de tirar o Rodrigo de alguém, como fiz comigo mesma, sempre fala mais alto. Mesmo que às vezes… eu talvez desse tudo para simplesmente deixar de existir. Sem fome enlouquecedora, sem a saudade que reduz minutos a opacos e incrivelmente longos segundos, sem humanos entediantes tecendo seu padrão repetitivo de atitudes e palavras, erros e acertos. Ás vezes acho que já vi o suficiente do mundo. O suficiente para não confiar meu segredo à ninguém, pelo menos. Os humanos temem o desconhecido, tentam eliminá-lo, por puro instinto de sobrevivência. Uma coisa é ler livros e ver filmes sombrios e envolventes sobre vampiros. Outra totalmente diferente seria descobrir que somos reais.
Além do mais, não é bom se apegar à uma espécie tão pouco durável. Aprendi a lição na marra. Não que eu não sinta falta de meu Rodrigo, meus parentes ou de antigos amigos, mas simplesmente me acostumei ao fato de que não tornarei a vê-los. E antes que se possa perguntar, não me sinto culpada por ter matado Rodrigo. Pelo menos não muito… Eu tentei poupá-lo. Tentei mantê-lo longe. Mas ele não me ouviu. E quando finalmente ficamos juntos, usei toda a minha força de vontade para não ceder aos meus instintos. E ele novamente não me ouviu, e forçou meu controle além do que eu podia agüentar. Estou acostumada a estar sempre no controle de tudo que faço, mesmo com relação à sede, mas a paixão tornou tudo mais intenso. Sempre me esforcei para não matar quem uso para me alimentar. E o mais irônico é que, na única vez que perdi o controle, matei quem eu mais queria proteger. O amor é vibrante e maravilhoso, o melhor sentimento que experimentei em 245 anos, e o mais perigoso também. Perfeito e maldito ao mesmo tempo. Eu o odeio por isso.
Mesmo que se viva por duzentos anos, é impossível entendê-lo. E falo por experiência própria. Uma mulher de 245 anos, cuja aparência foi congelada aos dezoito. Por mais impossível que possa parecer, essa sou eu. Acompanhar as mudanças ao meu redor com a passagem do tempo não é nenhum desafio. Mudar meu jeito de me vestir, falar, aprender novos costumes, me adaptar às evoluções na tecnologia e no próprio ser humano não é nada comparado ao vazio que a morte de Rodrigo deixou em mim. Eu tinha 180 anos, mas fui burra e cega o bastante para acreditar que conseguiria resistir ao apelo do sangue dele.
Acreditei que poderia ser como os inocentes vampiros das fantasias dos humanos. Mas hoje sei que, por mais que eu deseje o contrário, por mais que um dia talvez eu volte a desejar o contrário, essa realidade não vai mudar. A fome é intensa demais. Imagine um homem abandonado no deserto por uma semana com uma tentadora refeição à sua frente, que ele pode ver e saborear o aroma, mas não pode tocar na comida. Agora jogue um frasco de ácido no homem. Suponha que este homem não morra, apenas queime e derreta por dentro, a agonia somada à dor da tentação da comida inalcançável diante dele. Mesmo que pareça cruel, essa comparação é o mais próximo da realidade que posso chegar. Não que esteja completamente correta, já que os humanos possuem uma baixíssima tolerância à dor, mas espero ter conseguido passar uma parte do sentimento que a tortura diária provoca.
Ainda tenho alguma dificuldade em não tomar mais que o necessário, mas o medo de tirar o Rodrigo de alguém, como fiz comigo mesma, sempre fala mais alto. Mesmo que às vezes… eu talvez desse tudo para simplesmente deixar de existir. Sem fome enlouquecedora, sem a saudade que reduz minutos a opacos e incrivelmente longos segundos, sem humanos entediantes tecendo seu padrão repetitivo de atitudes e palavras, erros e acertos. Ás vezes acho que já vi o suficiente do mundo. O suficiente para não confiar meu segredo à ninguém, pelo menos. Os humanos temem o desconhecido, tentam eliminá-lo, por puro instinto de sobrevivência. Uma coisa é ler livros e ver filmes sombrios e envolventes sobre vampiros. Outra totalmente diferente seria descobrir que somos reais.
Além do mais, não é bom se apegar à uma espécie tão pouco durável. Aprendi a lição na marra. Não que eu não sinta falta de meu Rodrigo, meus parentes ou de antigos amigos, mas simplesmente me acostumei ao fato de que não tornarei a vê-los. E antes que se possa perguntar, não me sinto culpada por ter matado Rodrigo. Pelo menos não muito… Eu tentei poupá-lo. Tentei mantê-lo longe. Mas ele não me ouviu. E quando finalmente ficamos juntos, usei toda a minha força de vontade para não ceder aos meus instintos. E ele novamente não me ouviu, e forçou meu controle além do que eu podia agüentar. Estou acostumada a estar sempre no controle de tudo que faço, mesmo com relação à sede, mas a paixão tornou tudo mais intenso. Sempre me esforcei para não matar quem uso para me alimentar. E o mais irônico é que, na única vez que perdi o controle, matei quem eu mais queria proteger. O amor é vibrante e maravilhoso, o melhor sentimento que experimentei em 245 anos, e o mais perigoso também. Perfeito e maldito ao mesmo tempo. Eu o odeio por isso.
Viic- Mensagens : 903
Pontos : 6798
Data de inscrição : 15/07/2011
Re: Sombrias reflexões
Viic quatro letras: A-M-E-I
Muito bom! Dá uma peninha da vampira... mas mesmo assim eu amei.
É bom ter uma perspectiva diferente dos vampiros. Mais sombria...
Muito bom! Dá uma peninha da vampira... mas mesmo assim eu amei.
É bom ter uma perspectiva diferente dos vampiros. Mais sombria...
Última edição por Anne em Seg Set 26, 2011 10:50 pm, editado 1 vez(es)
Re: Sombrias reflexões
awnnnnn
que perfeição, Viic!
mto bom mesmo!
mto fof, e tão real...
vc usou os vampiros pra explicar o que muita gente leva anos pra entender...
amei demais!
vc tem mto talento, amr!
que perfeição, Viic!
mto bom mesmo!
mto fof, e tão real...
vc usou os vampiros pra explicar o que muita gente leva anos pra entender...
amei demais!
vc tem mto talento, amr!
Re: Sombrias reflexões
E como sempre .. Lá vem a Atrasada!!
Desculpa Mamis .. não tinha vista essa sua One !!
hehehe..
Oq eu posso falar:
Eu adoreiiiii .. Sério ficou MUITO bom, mostro os vampiros q agente Tanto ama de um jeito diferente do de costume, e do mesmo jeito ficou PERFECT !!
Já faleii q vc escreve MUITOO bem ?? *Concerteza já .. Mas vdd nunca é D+*
Mamis escreve muitoooo Bem!! Não tem como não amar suas fic's !!! #Fataçooo
Desculpa Mamis .. não tinha vista essa sua One !!
hehehe..
Oq eu posso falar:
Eu adoreiiiii .. Sério ficou MUITO bom, mostro os vampiros q agente Tanto ama de um jeito diferente do de costume, e do mesmo jeito ficou PERFECT !!
Já faleii q vc escreve MUITOO bem ?? *Concerteza já .. Mas vdd nunca é D+*
Mamis escreve muitoooo Bem!! Não tem como não amar suas fic's !!! #Fataçooo
GaBiii- Mensagens : 1508
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