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The Ghost Of Falls School

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Mensagem por Imyan Yumgyun Seg Out 08, 2012 4:18 pm

Capitulo 1:. Falls School

Como meus pais puderam me por nesse lugar? Sei que eles não ligam para o que eu faço, se estou vivo ou não, mas eles tinham que me mandar para esse internato? Já ouvira falar dele, que era o lugar mais horripilante de todos, dizem por aí que existe um fantasma e um vampiro, que o grande clássico ‘’O fantasma da ópera’’ fora baseado naquele lugar.
Dizem os rumores, que dois garotos morreram naquele internato, e por suas almas se sentirem angustiadas, elas se esconderam entre os alunos, perturbando os jovens quando quer e quando bem entende. Os alunos morreram no quinto andar no prédio dos dormitórios, ou seja, o andar em que eu irei dormir. Pois é, meus pais, além de me colocar naquele lugar fizeram questão de ser de ultima hora, não tendo outro quarto em que eu possa me instalar. Vou ter que ficar naquele quarto, justamente onde os dois alunos morreu.
Estou parado na frente do colégio. A aura é assustadora, como era de se esperar, o céu está nublado dando pequenos trovões, os portões enferrujados rangem com o toque do segurança, que me permite entrar. O pátio em si era bem cuidado, não devo mentir, a pintura dos prédios estavam conservados. Não diria que aquele lugar era amaldiçoado.
Andei até a jovem moça que me olhava sorrindo, tentando ser hospedeira, parecia que estava acostumada com tal atmosfera que o lugar trazia.
- Você deve ser Lee Sungmin, certo?
- Sim.
- Bom seja bem vindo, venha te levarei até seu aposento.
A jovem moça, que em seu crachá mostrava que seu nome era Jessica, caminhou em minha frente, mostrando o caminho. Toda porta em que passávamos ela parava e me explicava o que era. Mostrou-me as salas de aula, apontou para uma escada dizendo que a minha ficaria no segundo andar. Saímos do primeiro prédio indo para o segundo que ela dizia serem os dormitórios. Assim que passamos pela porta pude ver alguns alunos, se juntando na soleira da porta, para ver quem acompanhara a jovem moça, ou seja, para verem quem seria o coitado que iria pro quinto andar amaldiçoado. A cada passo era uma cara de espanto, já estava ficando com medo.
Paramos na frente de um elevador que nos levaria até o meu andar, enquanto a Jessica me passava os meus horários de aulas e tudo mais. Assim que o elevador parou no andar dei um passo para frente saindo do cubículo, olhei para trás, vendo a jovem moça ainda no elevador sorrindo.
- Moça, eu não sei qual é o meu quarto. – Pedi delicadamente. A moça apenas sorriu.
- Esse é o Maximo que eu chego desse andar. Você dividirá o quarto com o único aluno que reside o andar. – Ela apontou para o final do corredor, que havia a porta. – Aquele é seu quarto. Boa sorte.
A porta do elevador se fechou me deixando sozinho naquele lugar. Tudo parecia horripilante, estava com medo de entrar, mas se eu teria um colega de quarto, que mal haveria? Um trovão ecoou pelo andar me fazendo dar um pulo assustado. Peguei minhas coisas e andei em direção á ultima. Assim que a abri, vi que tudo estava escuro, a única fonte de luz era as lâmpadas do corredor. Coloquei a cabeça dentro do quarto tentando achar um interruptor, mas nada enxergara.
- Com licença. – Pedi com a voz baixa, sentindo um vento frio bater em minhas costas.
- Quem é você?
Uma voz me fez dar um pulo, olhei para trás vendo um garoto alto, seus cabelos eram caramelados, seus lábios medianos, seus olhos negros como um mar á noite, sua pele era bem clara, que poderia desaparecer na luz. Pisquei algumas vezes para me acostumar a tal ser.
- Sou novo aqui, esse é o meu novo quarto.
O meu tom de voz sairá tão baixo, que duvidei se ele havia me escutado. Ele apenas deu de ombros abriu a porta e entrou no quarto.
- Você fica no andar de baixo. E já deixo claro, não mexa nas minhas coisas.
Assenti sem nem piscar. Como era grosseiro esse cara. Só por que deve ser mais velho que eu já acha que manda, como assim? Coloquei minha bagagem na cama de solteiro que havia no andar de baixo. Arrumei as minhas roupas no pequeno armário, vendo que meu uniforme já estava lá. Se aquela mulher não chegaria perto desse andar, então quem colocou as roupas aqui? Balancei a cabeça afastando essa linha de pensamentos e continuei a arrumar o andar de baixo do quarto, para que me sentisse mais a vontade.
Olhei para o andar de cima, vendo meio de relance que era parecido com o andar de baixo. Dei de ombros, saindo do quarto. Andei pelo corredor, esperando o elevador. Assim que cheguei no térreo, os olhares ainda eram para mim, mas agora eram acompanhados por cochichos, encolhi os ombros, e continuei andando. Passei pelo jardim, indo para o primeiro prédio. Na frente dele havia um mapa, dizia o que havia em cada andar daquele prédio. Olhei a procura da biblioteca, ela era no terceiro andar.
Apressei os passos indo em direção ás escadas que me levariam até o segundo andar. Cheguei em uma porta grande de madeira, que acima dela havia uma placa que dizia ‘’BIBLIOTECA’’. Abri-a devagar, com medo de chamar a atenção de alguém, que para o meu alivio, não chamou. O lugar era grande, várias estantes de livros, aquilo era o paraíso, só podia ser. Vi que cada estante era um gênero literário, fui a procura dos livros de terror, por mais que eu odeie esse gênero, eu queria saber se tinha algum livro que contasse a história dessa escola. Bom acho que não deve existir, mas custa nada tentar.
Procurei os livros, vendo um que chamara a atenção, ‘’O fantasma da Ópera’’, pensei mil vezes antes de pegar ele, encontrar alguma cadeira para poder ler o livro. Comecei a folear as paginas, e tudo era exatamente como os outros haviam me falado.
Antes de entrar nessa escola, pedi ajuda de meus amigos, para saber um pouco mais sobre o colégio, mas tudo o que eles sabiam era sobre essa lenda, dois alunos se matarem e suas almas ainda andarem pelos corredores. Ninguém sabia do motivo deles terem se matado, e os alunos que frequentaram a escola na época, agora são os professores. Pois é isso me chamou muito a atenção, todos os alunos que estudaram na época, eram os professores daqui, devo admitir que é professor pra caramba.
Isso me deixa assustado, por que raios eu tinha que ficar aqui? Meus pais podiam me mandar pra qualquer outro internato masculino, mas tinha que ser esse? Tenho dificuldade em fazer amigos e eles sabem muito bem disso, mas não, eles devem ter pensado ‘’vamos trollar o Sungmin’’, pois bem, conseguiram.
Estava tão concentrado no que lera, que não vi a cadeira ao meu lado ser arrastada. Só percebi que havia alguém quando esse ser tocou em meu ombro. Ele era baixinho, cabelões castanhos, com as maças do rosto bem marcadas, seus olhos pareciam simpatizantes.
- Você é o aluno novo, não é? – O garoto falava em tom baixo, já que me parecia ser proibido falar aqui.
- Sim, e você?
- Kim Ryeowook.
- Sungmin. Lee Sungmin.
- Você virou o assunto daqui.
- Por que?
- Vem, vamos conversar lá fora.
Ryeowook se levantou saindo da biblioteca, deixei o livro em cima da mesa e segui o baixinho, que andava em direção ao refeitório, onde alguns alunos tomavam café. Ele se serviu de um pedaço de bolo e café, e eu fiz o mesmo, estava com fome. Ele se sentou em uma das mesas que estava perto da janela, e eu me sentei em sua frente.
- Você deve saber da lenda que corre aqui, não é? – Disse ele, enquanto mexia no café.
- Dos dois alunos que morreram, sim.
- Então, depois que eles morreram, pra ser exato dois dias depois, os alunos alegaram ter visto a alma dos alunos. Isso deixou a maioria apavorado. Os alunos que restaram são hoje nossos professores. Evitamos perguntar o motivo, os detalhes, pois eles ficam em pânico.
- Pânico?
- Sim, é meio estranho, mas teve um aluno que criou a coragem e perguntou, o professor teve um ataque de pânico, se no dia seguinte morto.
- Alguém matou ele?
- Dizem que foram os fantasmas, que eles perturbaram o professor a ponto de fazê-lo se matar.
- E o aluno?
- É o seu colega de quarto. – Parei e pensei, bem que aquele sujeito tinha cara de ligar só pra si mesmo. – Ele é garoto mais popular daqui, ele desafia tudo que envolva a almas desses alunos, ele diz provar que é mentira.
- E se for verdade?
- Bom nada me garante. Apenas sei que quando ele e seu amigo se juntam, ninguém segura aquelas pestes.
Olhei para trás de Ryeowook, vendo que o próprio diabo aparecia. Seu andar mostrava o quanto era metido. Os alunos que antes falavam tranquilamente, se encolheram, enquanto outros mostravam admiração por tal sujeito. Continuei a fita-lo tentando imaginar se ele buscasse as almas dos jovens, para acabar com seu medo ou se era para ganhar popularidade na escola. Senti um arrepio na espinha quando ele virou o olhar para mim, até parecia que sabia o que rondava em minha mente. O garoto deu um sorriso de lado e voltou a andar, pegando alguma coisa para comer, sentando-se na mesa ao lado da minha, ficando de frente para mim. Tentei prestar atenção em Ryeowook que parecia hipnotizado com algo, segui o olhar e vi um garoto tamanho mediano cabelos negros e repicados, seu olhar era bem frio e escuro. O garoto se sentou ao lado do ser ignorante, era assim que o chamaria a partir de agora, ignorante.
- Qual é o nome deles?
- O do cabelo negro e repicado é Yesung, ninguém sabe seu nome verdadeiro, e ao lado dele, seu colega de quarto é Kyuhyun, Cho Kyuhyun.
Cho Kyuhyun, esse era o nome do garoto esnobe que divide o quarto comigo. Devo fazer uma nota mental, não devo me aproximar desse ser. Desviei meu olhar para encara-lo, vendo que ele fazia o mesmo. O seu olhar era penetrante, me dava medo, mas mesmo assim não desviei, era como se ele me quisesse ali, olhando para ele, para desvendar cada pensamento meu sobre ele.
- Quer uma dica? Fique longe dele.
Ryeowook me parecia sério, seu olhar parecia ser de um grande amigo, aquele conselho era real, era sincero, e eu faria o máximo para ficar longe daquele cara.
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Mensagem por Imyan Yumgyun Ter Out 09, 2012 1:23 pm

Capitulo 2:. Copo-de-leite.

Lembram quando eu disse que eu tentaria meu máximo em ficar longe de meu colega de quarto? Pois é não rolou.
Claro que fiquei agradeci por Ryeowook tentar me ajudar me manter fora do alcance daquele moleque, mas não deu certo, porque quando cheguei no dormitório ficamos conversando. Foi mais ou menos assim.
Depois que Ryeowook me apresentou os outros lugares da escola, o toque de recolher soou pelos corredores. Acompanhei o baixinho até seu quarto, ele deixou claro que se precisasse era para eu ir até ele. Despedi-me de meu amigo, indo para meu quarto, mas não estava com muita vontade já que o que Ryeowook me dissera me deixara um pé atrás em relação ao meu coleguinha. Depois de sair do elevador, vi que o corredor estava escuro e assustador. Comecei a entrar em pânico, não gosto nenhum pouco desse tipo de escuridão.
Não me importo que a única luz de um lugar escuro, seja relâmpagos, desde que ilumine algo, mas quando ficava escuros, igual a agora, em que preciso tatear as paredes para saber qual o caminho que devo prosseguir, me deixar em estado de pânico, tudo por culpa dela.
Não iria me lembrar agora, se não isso poderia deixar meu estado um pouco pior. Caminhei mais rápido, até que achei a parede que procurava me endireitei agora procurando a maçaneta. Assim que a achei a girei, sentindo um alivio tomar conta do meu ser ao ver que a luz do quarto estava acessa.
Adentrei no quarto fechando a porta sem fazer nenhum barulho. Um barulho no segundo andar me fez olhar diretamente, para a porta que eu achara ser o banheiro, mostrando Kyuhyun, sem camisa apenas de calça de moletom com a toalha na cabeça, sair da lá, isso confirmava o meu pensamento de que naquela porta realmente é o banheiro.
- Já que chegou, desligue a luz quando dormir. – Disse ele, com sua voz fria.
- S-Sim.
Realmente não gostara dele assim que o vi, apesar de ter uma beleza extraordinária, seu jeito frio e esnobe me deixa com raiva. Será que ele se achava o rei do colégio só por desafia as pobres almas que queriam descansar em paz? Se algo acontecer com ele, nada irá acontecer comigo certo? Pelo menos tenho que pensar assim, essas almas devem saber que eu sou inocente de tudo isso.
Peguei um pijama em meu guarda roupa, indo em direção ao banheiro. Assim que me certifiquei que a porta estava trancada pude relaxar, sentindo a água quente bater em meus músculos. Aquilo era muito bom, essa era uma sensação que eu não troco com ninguém, a sensação de se sentir leve, sem preocupações.
Estava começando a me ensaboar, quando ouço a porta, que deve ser do quarto, bater. Ele deve ter saído ou alguém entrou. Mas não me preocuparia com isso, ele deve estar indo procurar o amigo dele para tentar provar a si mesmo que fantasmas não existem. Ignorei o barulho que vinha de fora e continuei meu banho.
Quando terminei de tomar o banho, corri para a minha cama, sentindo minhas costas doerem, fizera esforço hoje, arrumar mala, descer e subi escada, eu não podia aguentar dois minutos sem encosto, quando eu deitava na cama, era fato, minhas costas doíam. Assim que minha coluna parou de doer, me virei fechando os olhos tinha que descansar pois no dia seguinte, as aulas começariam.

Eu estava sozinho, em um lugar escuro. Escuro, escuro, escuro, escuro. Sentia meu coração bater mais rápido tamanha era meu medo. Internamente, implorava por uma luz, qualquer luz que seja, tinha que ter uma, apenas para iluminar o lugar da qual eu me encontrava. Não quero ser engolido pela escuridão.
Um rosto, porém não consegui ver quem era,apareceu no meio da escuridão. Senti medo, uma pessoa sem feição aparecera em meus sonhos. Sim eu sabia que isso era um sonho, pois se fosse verdade eu sentiria o colchão em meu corpo.
- Você finalmente veio.
A voz da pessoa era rouca e lenta, ela se arrastava no meio da escuridão. Senti meu coração bater forte, mas não de medo, mas por algo que eu não poderia dizer o que era. Belisquei-me, tinha que acordar.

Acordei, sentindo a dor de meu beliscão, eu realmente havia me beliscado? Olhei para rádio relógio que havia na mesa ao lado esquerdo da cama, ele marcava 2h da manha. Suspirei aliviado ao ver que realmente era um sonho. Assim que olhei para ver ser tinha feito algum barulho que pudesse acordar meu colega de quarto, vejo o mesmo agachado de frente para minha cama, olhando para mim, com uma cara de surpreso. Quando me encontrei com seus olhos, dei um pulo do susto que havia levado, não notara sua presença.
- Te acordei?
- Você sempre faz isso? – Perguntou ele, sua voz não mudara fria e seca como sempre.
- O que?
- Se belisca? – Dei um risinho, ficara com vergonha, ele apenas suspirou. – Não acredito que deu certo.
- Hm?
- Te assusta, pensei que tinha me visto, mas me enganei.
Minha mente não acreditava naquilo, não sei era apenas intuição, algo em mim dizia para não confiar em nada no que ele diz, que ele era algo ruim, mas a minha curiosidade falara mais alto.
-Você realmente... - Começara a falar alto para chamar sua atenção, mas me arrependi quando me encontrei com seus olhos. – mexe com espíritos?
O garoto apenas sorriu voltando a andar em direção ás escadas, dei de ombros, não me importo com isso, ou pelo menos não deveria me importar. Deitei-me na cama novamente, assim que sentei na cama, um pensamento, que eu juro por tudo que me é sagrado, não era meu esse pensamento, passou pela minha mente. ‘’Não confie nele’’. Mesmo assim caí no sono, dessa vez sem pesadelos.

Acordei quando meu celular despertava, deveria ser umas 6h15min, horário que me dá certo tempo de liberdade. Levantei-me pegando meu uniforme, e indo para o banheiro para tomar banho. Assim que senti que estava cheiroso o suficiente, limpo o suficiente e acordado o suficiente, resolvi terminar de me arrumar. Passei um pouco de gel, deixando meu cabelo em um topete, como estava no dia anterior. Passei um pouco de perfume. Sim que adoro ouvir as pessoas dizerem que sou uma pessoa cheirosa.
Assim que terminei de me arrumar, peguei meu material, saindo do quarto sem me importa com a presença de Kyuhyun. Peguei o elevador, indo direto para o refeitório. Quando cheguei na porta, pude ver Ryeowook me chamando, ele segurava duas bandejas vazias.
- Estava te esperando. – disse o baixinho, mostrando seu belo sorriso.
Peguei uma das bandejas, que meu novo amigo me dera. Entrei na fila pegando um pedaço de bolo de morango e um suco de laranja. Sentamos na mesma mesa que havíamos sentado no dia anterior.
- Então como foi a primeira noite?
- Normal. – Disse dando de ombros, não iria contar á ele sobre o meu pesadelo, até por que não tenho muita confiança no baixinho.
Tomamos nosso café, tirei duvida perguntando onde seria minha sala, e fiquei feliz em saber que estudaremos na mesma. Me senti aliviado, mas meu alivio durou pouco quando Ryeowook dissera que era a sala de Kyuhyun e seu amigo que eu não tenho a mínima ideia de como se chama.
Além de dividir o quarto, eu teria que aguenta-lo na sala? Eu realmente deveria temer, pois ele sabe que eu tive um pesadelo e sabe que eu sou louco a ponto de me beliscar para acordar. E se ele contasse á todo mundo? Não, ele não é assim, ou é? Não posso baixar a guarda com ele, mesmo que não conte á ninguém.
Quando o sinal do inicio das aulas tocou, eu e Ryeowook seguimos para nossa sala. Conversávamos sobre os micos que passamos em nossas vidas, esse tipo de conversa me deixa distraído, me deixa mais calmo. Quando entrei na sala, toda a atenção foi virada para mim. Isso me deixou um pouco incomodado. Entreguei o papel que mostrava que eu era um aluno transferido, assim que o professor assinou, indicou a quinta carteira da fila do meio, ou seja, bem no meio da sala. Sentei-me tendo ao meu lado Ryeowook, que sorriu para mim.
O professor começara sua aula, que me parecia ser geografia. O professor era brincalhão, fazia parte das piadinhas dos alunos, brincava com eles, mas mantinha seu respeito, o que me fizera gostar dele. A atenção da aula foi para a porta, que foi aberta mostrando meu colega de quarto e seu amigo, eles pareciam ter chegado atrasado. Foi interessante ver o silêncio da sala, todo mundo ficou quieto de repente.
- Chegou tarde Kyuhyun. – Disse o professor
- Não dormi direito. – Todo mundo começou a cochichar, e novamente olhavam para mim, continuei a copiar a matéria do quadro, tentando ignorar todos aqueles resmungos que me pareciam indiretas.
- Bom, então, sente e preste atenção na aula. – O professor falara para chamar a atenção da turma.
Olhei para trás para ver o rosto de Kyuhyun, será que ele contaria? Será que fui eu o motivo dele não ter dormido? Assim que me virei pude encontrar seus olhos vidrados em mim. Seu rosto era bem sério, o que deixou um calafrio subir em minha espinha. Senti-me preso em seu olhar, não queria continuar a olhar para ele, mas algo me prendia em si, quando finalmente me libertei de seu olhar, o sinal do fim da aula tocara. Agora teria aguentar algumas aulas, com aquele ser, aquele olhar.
Todas as aulas se passaram rapidamente, e eu me esforcei ao Maximo para não olhar para trás, e ficar preso em seu olhar. Quando o sinal do almoço tocara, Ryeowook ficara em pé ao lado de minha carteira, me esperando. Levantei-me e caminhamos direto ao refeitório. Surpreendi-me quando novamente, Kyuhyun se se sentou à mesa atrás da nossa. Dessa vez fiz questão de ignora-lo.
- Que troca de olhares foi aquela Sungmin?
- O que? – Perguntei tentando parecer confuso.
- Todos na sala viram você e o Kyuhyun trocarem os olhares, se você quer fazer com que parem de falar contigo, vai ter que parar com isso.
- Eu não fiz nada. Esse colégio é estranho.
O assunto morreu, pois Ryeowook deve ter sentido o meu desconforto. Eu realmente não notara nenhum outro olhar a não ser o dele. Apenas o olhar dele me prendera fazendo me esquecer de que ainda tinha outras pessoas ao meu redor. Pensar nisso me deixa com medo.
Não pude segurar a vontade e curiosidade de olhar para ele. Desviei meu olhar para ver a mesa atrás de Ryeowook e dessa vez vi o amigo de Kyuhyun encarando Ryeowook de forma intensa, pude ver que algo pontiagudo em sua boca. Arregalei os olhos, como se pudesse enxergar direito, mas minha visão se tampara quando Kyuhyun beijou seu amigo. Eu fiquei cego? Kyuhyun beijou o cara no meio do refeitório? Pisquei algumas vezes para ver ser aquilo era verdade, como ele podia fazer aquilo no meio do refeitório numa hora dessas?
Quando o sinal tocou, fazendo os alunos voltarem para sala, eu puxei Ryeowook para sairmos de lá. Não ficaria ali, não quando tinha dois tarados na mesa atrás. E se aquele cara quisesse pegar o Ryeowook? Faz pouco tempo que o conheço, mas já criei um certo afeto por ele ser meu primeiro amigo que eu fiz quando cheguei nesse colégio. E tenho que dizer, como o baixinho mostrar preocupação comigo, acredito que tenho o direito de retribuir isso. E acredito que não devo deixa-lo sozinho.
- Ryeowook, você se importa, de a partir de hoje, eu buscar você no seu quarto, e te levar até o quarto?
- Por quê? – Perguntou o baixinho, com os olhos arregalados.
- Não me entenda mal, apenas gosto de sua companhia.
- Ah, tudo bem.
Senti-me aliviado, o baixinho não tinha a mente tão poluída, ele me parecia inocente, principalmente por mostrar preocupação com um garoto estranho, como eu. Realmente ele era único. Não irei desperdiçar sua amizade, mas ainda não me sinto a vontade em lhe contar sobre meu pesadelo, talvez mais alguns meses de amizade e quem sabe eu possa falar sobre isso. Se bem que algo em mim diz que em meses algo irá acontecer, não sei direito.

O dia se passara de forma rápida, agora estou tomando meu segundo banho do dia, ainda tenho a tarde livre para fazer o que quiser. Como Ryeowook está dormindo, eu acho que seria uma boa eu sair para conhecer o jardim do colégio.
Assim que terminei de tomar meu banho, coloquei uma roupa confortável, e me pus a caminho do jardim. Passei por vários alunos, ignorando os comentários, isso já estava me enchendo a paciência, por que ficar falando pelas minhas costas, tá eu sei eu sou garoto que não têm sorte na vida, que foi parar em quarto de um cara estranho e tarado.
Fiquei tão preso a esse tipo de pensamento que quando me dei conta, estava parado na frente do jardim. O céu dessa vez estava limpo, um azul calmo e bonito, a vista estava bonita, o campo de flores, de tamanho médio, me deixara calmo, me senti em casa. Sentei-me no banco que havia na grama, absorvendo da pureza que aquelas flores me davam. Uma flor me chamara atenção. Como era o nome mesmo, ah copo-de-leite, uma flor linda e branca, como pode ser tão bela aquela flor? Como posso me sentir tão bobo por uma flor?
Lembro-me de quando era criança e brincava na estufa de minha mãe. Quando ela não estava eu plantava plantinhas novas, mas ela nunca notara, mas ver aquelas plantinhas crescerem me davam inspiração, elas são lindas e tem vida curta, o que me fez valorizar a minha vida.
- Você é realmente estranho. – Eu conhecia aquela voz fria e seca, Kyuhyun.
Olhei para ele surpreso, vendo que seu rosto ainda era frio, supus que ele estaria bravo com algo e eu não me candidataria a ser esculachado por algo que não fiz. Levantei-me do banco logo saindo do jardim.
- Por que, quando eu me aproximo você foge?
- Tenho medo de você. – Disse na lata, assim que senti seu olhar no meu.
- É por causa do que o baixinho falou?
- Sua aparência não ajuda muito.
- Bom, não acredite nele.
- E eu deveria confiar em você?
- Sim.
- Mas não irei.
- Por quê?
- Por que algo me diz que devo ficar longe de você, e é isso o que farei.
Virei as costas, começando a caminhar novamente, mas ele me deu uma respostas que me deixara um pouco acanhado.
- Fique longe de mim, que eu me aproximarei novamente.
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Mensagem por Imyan Yumgyun Qui Out 11, 2012 6:26 pm

Capitulo 3:. Eclipse lunar.

Saí do jardim com as palavras de Kyuhyun rodando meus pensamentos. O que ele queria de mim? Por que todo mundo fica me cercando sendo que eu sou apenas um novato, que está dividindo o quarto com um cara que gosta de atormentar almas? Deve ser por isso, deve ser por que todos estão curioso em saber como aquele cara consegue se divertir com suas traquinagens. Não irei mentir á mim mesmo, também tenho uma ponta de curiosidade em saber como ele faz para ver as pobres almas, e se era verdade tal ato, mas algo dentro de mim diz que eles fazem isso apenas para chamarem atenção.
Andei pelo colégio, vendo que aos poucos ficava escuro, tinha andar rápido se não entraria em pânico. Corri pelos corredores a procura do elevador, assim que o achei apertei o botão uma centena de vezes, olhava para os lados tendo a certeza de todo o lugar estaria iluminado. Assim que o elevador chegou entrei nele apertando botão do quinto andar, por estar ficando nervoso, não notei na musica sonolenta que tocava, ao abrir a porta corri feito louco até a porta, abrindo o quarto e ascendendo a luz, seguido por um suspiro de alivio.
Olhei em volta, vendo que não tinha de interessante em se fazer, faltava alguns minutos para o jantar, até eu teria que me manter ocupado. Peguei meu notebook, e olhei ao redor do quarto a procura de algum lugar onde pudesse me sentir mais á vontade. Notei que havia uma janela por detrás ás escadas que levavam ao segundo andar. Perto dessa janela tinha uma espécie de estofado, me parecia perfeito.
Sentei-me com o notebook em meu colo, vendo a tarde ir embora aos poucos. Assim que me conectei na internet, pude ver vários sites falando sobre o eclipse lunar que haveria esta noite. Fiquei entusiasmado com tal noticia, sempre adorei o eclipse lunar, era uma de minhas fascinações prediletas. Procurei pelos sites a hora exata, talvez devesse comer mais rápido, não gosto de perder um minuto se quer daquela maravilha celestial.
Olhei no relógio, talvez já esteja na hora do jantar. Desliguei o computador, resolvi tomar banho, já que depois de assistir o eclipse iria dormir, por ser tarde. Peguei uma muda de roupas e me dirigi ao banheiro, sentindo a delicia da água morna escorrer por meu corpo. Tentei não pensar em Kyuhyun, mas fora em vão. Seu sorriso malicioso sempre invadia meus pensamentos junto com suas palavras proferidas mais cedo, isso me deixara um tanto pensativo novamente, ele realmente queria ser meu amigo? Parece pensamento de criança, mas eu não me sentia muito confortável com ele, parece que tem uma aura ao redor dele, que diz que eu deveria ficar longe. Será que fui grosseiro com ele? Minhas palavras saíram frias demais? Por que eu deveria me preocupar com isso, seu olhar e seu jeito são duas vezes mais frios do que as palavras que eu proferi á ele.
Desliguei o chuveiro, logo me vestindo. Quando tive a certeza de que estava bem confortável, fui em direção do refeitório, encontrando alguns alunos que também falavam sobre o eclipse lunar. Sorri bobo, não era o único a gostar de tal efeito, isso deixou meu coração quente, confortável.
Cheguei ao refeitório, peguei uma bandeja preparando um belo prato, estava com fome já que passara a tarde sem comer. Era sempre assim eu comia e nunca engordava, vai entender. Encontrei-me com Ryeowook, vendo ele se sentar na mesma mesa de antes. Acredito que ele deve saber quem senta atrás dele, por isso vem aqui. Pelo menos foi o que eu pensei.
- Sungmin, ficou sabendo do eclipse?
- Sim, por isso vim mais cedo.
- Quando têm esses tipos de coisas, como chuva de meteoro, eclipse solar e lunar, fenômenos celestiais, a escola deixa os alunos irem para pátio observarem. Você vai?
- Bom, parece uma boa ideia.
Continuamos o jantar falando sobre como era festejado o eclipse solar. Achei estranho a escola comemorar os fenômeno como esses, pelo o que meu novo amigo me dissera, parece que eles servem os alunos de forma cortesia, para que nos sintamos em casa. Tudo bem os alunos gostarem disso, mas não era considerado exagerado?
Terminamos de jantar, como iria ver o eclipse com Ryeowook, nós fomos direto para o pátio, para pegar lugar, parecia que era competitivo. Sentamos na grama mesmo, vendo o céu ficar estrelado. Ryeowook saiu por um tempo e voltou com uma toalha, para que não sujássemos nossas roupas. Quando me senti confortável, eu me deito sobre a toalha tendo a perfeita visão da lua.
Aos poucos o pátio ficou cheio, vários alunos me imitaram, aproveitando da bela visão, muitos deles apenas estavam ali para festejarem, ignorando totalmente o motivo de tanta gente. Assim que a sombra de nosso planeta começara a ser projetada na lua, todos ficaram maravilhados, muitos cochichos de como era lindo e flashes de câmeras digitais, começaram a ficar bastante visíveis. Senti-me feliz em ver tanta gente reunida, mas estava ansiando quando a lua estivesse totalmente coberta pela lua, Ryeowook me dissera que aí sim a festa ia começar.
Estava tão absorto na beleza da lua, que me assustei quando senti um par de braços cercarem minha cintura. Olhei para o lado vendo um joelho, alguém estava se aproveitando de mim. Olhei para trás encontrando aqueles olhos frios novamente. Ele realmente cumpria o que falava eu me afastei e ele me segue novamente.
- O que faz aqui? – Perguntei me afastando de seu corpo, vendo seu rosto se manter frio.
- O que acha que eu vim fazer aqui?
- Me encher a paciência.
- Errado, vim ver a lua.
Bufei revirando os olhos, olhei para barraca de bebida, sentindo minha garganta se fechar, estava com sede. Me levantei indo em direção de tal barraca, peguei duas latas de suco, e voltei á toalha, vendo que Ryeowook e o amigo de Kyuhyun haviam sumido.
- Para onde Ryeowook foi? – Perguntei ao ser que olhava a lua.
- Foi dar uma voltinha.
Me senti perdido, me sentei novamente, porém ao lado de Kyuhyun, que matinha a mesma posição, como se me esperasse para que eu sentasse entre suas pernas. Estiquei um dos sucos, em sinal de respeito, e ele aceitou na hora dando um belo sorrio. Me perdi naquele sorriso, pude ver como sua pele clara destacava suas maçãs do rosto, seu sorriso era bem bonito e me parecia sincero. Quando escutei o lacre da latinha acordei de meus devaneios, vendo em como havia me perdido nele, fazendo uma nota mental de que nunca mais deveria fazer isso.
- Eu não me importo. - Olhei para Kyuhyun, se importar com o quê? – De olhar para mim.
Arregalei os olhos, sentindo o meu rosto ficar quente, abri a latinha de suco, tomando um gole da bebida que estava gelada, sentindo o calor passar. Como ele sabia que eu não quero olhar para ele? Será que eu pensei alto? Não, não me lembro de ouvir minha própria voz, mas eu não ouviria se fosse inconsciente.
Eu estava tão perdido procurando um motivo, ou tentando me lembrar em que momento que eu havia pensado em voz alta, mas apenas ouvi Kyuhyun soltando uma risada, como se estivesse divertindo com a minha preocupação. Resolvi ignora-lo, só assim poderia me concentrar na lua.
Olhei para cima vendo que mais uma parte da lua estava coberta, senti meu coração acelerar e um sorriso tomar contar de meus lábios, eu realmente nunca iria me cansar de ver a lua daquele jeito, tão bela e encantadora.
- Sungmin. – Escutei Kyuhyun me chamar. – Você não vai fugir de mim?
- Cheguei aqui primeiro.
- Então ficarei.
- Não ligo, estou aqui para ver a lua e não você.
Pude ver de relance que Kyuhyun soltou uma risada incrédula, como se não acreditasse em minhas palavras. Mas era verdade, eu iria assistir o eclipse do estofado perto da janela, lá me daria uma bela visão.
Uma bela visão, não perdi meu tempo e logo corri em direção do dormitório. Tudo bem seria realmente legal ver o eclipse com todo mundo, mas por um segundo eu me esqueci dos efeitos colaterais que ela me trazia. Eu corria tanto, que quando me dera em conta estava parado em frente do dormitório. Abri a porta e a fechei, indo em direção do estofado. Sentei-me de forma confortável, e lá estava ela, a lua coma sombra da Terra, faltava pouco para ficar totalmente submersa na sombra.
Escutei a porta do quarto ser aberta, deve ser Kyuhyun que não desgruda de mim. Mas não me importei apenas fitei a lua, deixando que nenhum pensamento me rondasse. Iria ignorar tudo que tinha a minha volta. Era assim que eu fazia quando era menor, quando meus pais me ignoravam e eu me sentia só, sempre guardando o rancor em meu coração, eu chorava no eclipse. Era assim, mesmo que o fenômeno acontecesse dentre alguns anos, era o único momento que eu derramava as lagrimas.
Por nunca chorar, nem quando me machucava, acabei por virar alvo de bullying, os grandões e mais velhos faziam de tudo para derramar uma lagrima minha, mas era impossível. Só chorava na lua cheia dos eclipses lunares. E não era simplesmente deixar as lagrima rolarem pelo meu rosto, era chorar com soluços, com tristeza, sempre com mágoa de tudo o que ocorrera durante aqueles anos, sempre me perguntando do motivo de nunca parecer normal aos olhos das outras pessoas. Sempre encontravam algo para apontar como defeito, e era esse defeito que eu tentava melhorar, mas sempre dava errado, sempre me machucava, sempre sentindo a solidão ser meu companheiro. Por mais que tivesse tido alguns colegas de classe, me sentia só, não era o suficiente, tinha algo mais, eu precisava algo mais do que amigos, mas nunca soubera o que é.
Vi que na minha frente estava Kyuhyun, com seus olhos frios, mas que mostravam certa preocupação. Não vira o tempo passar, faltavam alguns minutos para a lua ficar submersa na sombra. Não queria que ele visse meu estado emocional, fora por isso que eu correra para o quarto.
- Não irei sair. – Novamente Kyuhyun adivinhara meus pensamentos. – Por que não me deixa ficar ao seu lado?
- Por que deixaria um estranho ficar perto de mim como um maníaco?
- Mas eu não sou um estranho.
- É a primeira vez que eu te vejo.
- Mas não é para mim.
Como assim? Eu nunca o vira durante a minha vida, como ele poderia ter me visto? Logo ouvi um barulho vindo do lado fora, olhei para a lua vendo que chegara a hora. Não se demorou muito, as lagrimas vieram á tona.
- Kyuhyun saia, por favor. – Pedira vendo que os soluços já havia chego.
- Não.
O Kyuhyun realmente tinha que ser teimoso justo naquela hora?não poderia esperar mais algum tempo, tinha que ser justo no momento em que me sinto vulnerável? Mas a ação que Kyuhyun fizera me chamou a atenção. Ele me abraçou, apenas me abraçou, ele passava suas mãos em minhas costas e a outra em meu cabelo. Pude sentir seus dedos longos eram gelados, como se não tivessem vida, seu coração, eu não sentia, mas nada me importava. Apenas senti mais lagrimas e mais soluços vindo, e aquela fora mais uma vez em que eu chorava tudo o que havia guardado durante todos esses anos. Meus pais dizendo apenas para que eu estudasse, que não prestasse atenção em mais nada, meus amigos apenas tirando proveito do que eu tinha de bens, como dinheiro, celular CDs etc, tudo o que havia guardado eu chorava, noites e noites tentara chorar, sentindo meu coração pear, mas uma lágrima se quer caíram. Agora que eu estava abraçado a um estranho que diz já ter me visto, eu derramava tanta lágrima que poderia encher um rio.
Apesar dos gritos em comemoração do lado fora, tudo o que eu ouvia era os meus soluços, mas não havia visto que eu me agarrara a camiseta de Kyuhyun, como se fosse ele de quem eu precisava, no momento até poderia ser, mas acredito que não é dele que eu preciso para acabar com a escuridão e solidão em meu peito.

Não percebera quando havia caído no sono, apenas vi que estava em minha cama e que o meu celular despertava, avisando que eu tinha que acordar pois havia aula. Balancei a cabeça tendo nenhuma recordação da noite anterior. Sem tentar puxar alguma lembrança, fui ao guarda roupa, peguei a minha roupa e fui ao banheiro. Tomei meu banho como se nada tivesse acontecido, mas eu sentia meu rosto estar inchado por causa das lagrimas. Quando terminei de me arrumar fui ao refeitório, não vi Ryeowook, por isso optei por não comer, não ficaria ali sozinho.
Fui direto para a sala de aula, vendo que meu amigo já estava lá. Fingi que não tinha o visto e me sentei no meu lugar, logo ouvi a cadeira ao meu lado ser arrastada, era Ryeowook.
- Minnie, me desculpa por ter desaparecido ontem. – Disse ele enquanto ficava surpreso pelo meu apelido, já que era a primeira vez que alguém me dera um.
- Wookie, fique tranquilo, você deve ter seus motivos. – vi que o baixinho sorriu quando escutou o apelido que eu dera a ele,.
- Na verdade tem algo que eu quero contar. – Ele se aproximou de mim, para que ninguém além de mim escutasse o que estava prestes á dizes. – Yesung me chamou para sair.
- Como é que é?
- Isso mesmo, nos finais de semana os alunos estão livres para verem seus familiares e saírem para se divertirem, então ele me convidou para irmos ao cinema.
- Wookie, você gosta dele? – Perguntei pasmo, vendo o rosto de meu amigo ficar totalmente corado. Não me aguentei e o abracei. – Fico feliz por você, Wookie.
- Ah Minnie, você não têm noção do quanto isso me faz feliz.
Um pigarrear nos fez separar, novamente, aqueles olhos frios, aigoo ele tinha que mudar seu jeito de ver as pessoas. Mas além da frieza pude ver que algo o incomodava, mas não pude saber o que, já que não leio mentes como ele.
- Se o Minnie e o Wookie me dão licença, eu acabei de acordar, e não quero ver isso.
Vi Wookie encolher os ombros, Kyuhyun deveria saber que seu amigo convidou o baixinho para sair, então deveria estar feliz por isso. Pelo menos é o que eu penso, mas vendo o jeito de que ele é, não duvido que os dois queiram apenas brincar com o coração de Ryeowook, se eles fizerem isso, eu juro por tudo que me és sagrado, que acabarei com a raça deles, chamando tudo quanto pai de santo.
- Se não quer ver feche os olhos, não obrigamos você á olhar.
Sei que minhas palavras soaram frias, mas de pensar na ideia dele brincando com o baixinho me deixara um pouco irritado. Virei-me para frente vendo que o professor já estava na sala. Olhei de relance para Wookie, que me agradeceu, me sinto bem aqui, apesar desse lugar ter uma aura e alguns alunos meio abusados, o colégio não é um lugar totalmente chato ou bagunçado. Prestei atenção na aula do professor, quando um papel dobrado caiu em minha mesa.
‘’Depois da aula, quero conversar com você.
- Kyuhyun’’
De repente as lembranças da noite anterior vieram em tona, do jeito como o abraçara, do jeito que chorava, de como ele tentava amenizar meus sentimentos. Será que ele iria falar sobre isso? Iria usar meus sentimentos contra mim, só por causa da respostas que eu lhe dera mais cedo? Não, não poderia ser assim, mas mesmo que fosse iria deixar de lado. Ryeowook é uma pessoa que eu sinto sua amizade ser verdadeira, então não teria problema em ver Kyuhyun usar o meu segredo contra mim.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Sáb Out 27, 2012 10:59 am

Capitulo 4:. Casa de madeira



Na hora do almoço fiquei sozinho, estava esperando Kyuhyun, que mais cedo me pedira para se encontrar comigo. Estava nervoso, não com raiva, mas ansioso. Batia os pés no chão de tão impaciente que estava ficando. Olhava para os lado procurando por ele, estava perdendo meu almoço, sendo que só comeria á noite.

Logo vi sua silhueta se aproximando de mim, seu rosto era sério, acho que nossa conversa não irá ser das melhores, nem mesmo acredito que um de nós irá sair bufando, talvez os dois. Kyuhyun se aproximou de mim, pegando em meu braço me puxando para o jardim, onde a concentração de alunos era menor. Quando ele sentiu que estávamos sozinho os suficiente para conversarmos, ele soltou um suspiro logo começando a questionar.

- Mal faz uma semana que chegou e já fica de intimidade com os outros? – Franzi o cenho, tentando adivinhar o motivo de seu temperamento.

- O que?

- Já deu um apelido para aquele baixinho, mas eu, que já te vi antes, nem sequer oi me dá.

- Você me ajudou em alguma coisa?

- Ontem á noite, acredito eu.

- Eu disse para sair, você é que quis ficar.

- Ta bom, o que eu quero dizer é que, eu quero ficar a próximo de você, mas não me deixa. Agora quando se trata do baixinho desmilinguido, até apelido você dá a ele.

- Se quer virar meu amigo, então pare de com isso. Tudo bem você já ter me visto, mas eu não sei quem você é. E não estou a fim de mexer com almas que devem estar descansando em paz.

- É por causa disso? – Perguntou Kyuhyun incrédulo. – Se tivesse me falado antes…

- Que, que ouvira dizer que você e seu amiguinho ficam perturbando as pobres almas dos antigos estudantes? Não obrigado.

- Quem perturba quem – Resmungou ele, pensando que eu não havia lhe escutado. – Tá, então que tal começarmos do zero?

- Você tem problema.

- Eu sei então amigos?

Kyuhyun estendeu sua mão para que eu a apertasse, como se aquele aperto de mão fosse selo de nossa futura amizade. Parei para pensar um pouco, mas minha mão se movera sozinha á sua, como se fosse um imã. Kyuhyun dera um sorriso tão belo que eu esquecera como expirar.

Ele saiu primeiro dizendo que tinha algumas coisas para se resolver, eu então fui para o refeitório, já que me faltava alguns minutos, antes das aulas começarem. Entrava no local, quando Ryeowook puxara meu braço, me levando até nossa mesa, onde tinha duas bandejas.

- Peguei para você.

Sorri em agradecimento, enquanto comia ouvira meu amigo dizer o quão ansioso estava pelo encontro que teria no dia seguinte, que não fazia ideia de como se vestir, em qual lgar iria e o que fazer para deixar Yesung interessado em si. Senti-me feliz por saber que mesmo tendo lendas e passado obescuros a escola podia deixar seus estudantes confortáveis em suas relações pessoais. Queria poder ver meus pais, mas eles estariam viajando á negócios, então não teria quem ver. Ficar aqui no final de semana deve ser a coisa mais chata e entediante, mas acho que explorar um pouco a escola não me seria uma má ideia.

O sinal tocou, fazendo os alunos se dirigirem para suas salas. Durante o resto das aulas, prestei atenção no que os professores diziam, já que era o único jeito de fazer o tempo passar. Mas ás vezes sentia algo queimando em minhas costas, como se alguém olhasse para mim. Ficara me perguntando se seria Kyuhyun, já que das outras vezes fizera assim. Aproveitei que o professor passava matéria no quadro e olhei para trás, rindo de meu pensamento que estava certo. Kyuhyun realmente olhava para mim, mas dessa vez sorria quando encontrou meu olhar sobre o seu. Devolvi o sorriso fazendo o dele aumentar, como se tivesse ficado feliz em saber que eu estava de bem com ele.

As aulas terminaram, deixando os alunos correrem para seus dormitórios, alguns pegavam as malas e se encontravam com os parentes com quem passariam o final de semana. Fui para o quarto, tentando arranjar algo para se fazer. O elevador demorava para vir, resolvi subir as escadas. Quando cheguei no meu andar vi que uma faxineira estava dentro do elevador olhando fixamente para a porta de meu quarto. Pigarreei chamando a atenção da senhora, que acordara do transe.

- Precisa de ajuda com algo? – Perguntei sendo educado.

- Garoto, você é daquele quarto. – Perguntara a senhora apontando para a porta de meu quarto.

- Sim.

- Então, não gosto muito de ir lá, então tudo bem se eu pedir á você que faça a faxina.

- Tudo bem, não tenho nada a fazer.

Aproximei-me da senhora, pegando a vassoura o rodo, um balde de água com produto de limpeza misturado e um pano. Olhei em volta e vi que a poeira começara a ficar grossa nos cantos do quarto, realmente precisava de uma faxina. Joguei minha mochila para dentro do guarda roupa, troquei de roupa colocando uma que pudesse sujar. Ergui as cobertas que se encostavam ao chão. Primeiro passei a vassoura pelo chão, peguei uma pá pegando a poeira e jogando em um saco plástico preto. Depois de passar a vassoura no andar de baixo, me agachei pegando o pano que estava mergulhado no baldo. Torci-o tirando o excesso de água, estendendo no rodo, logo passando ele pelo chão. Ao ver que o pano ficara sujo, me assustei, a quanto tempo não passam pano aqui? Assustei-me novamente quando a porta fora aberta mostrando Kyuhyun.

- Cuidado onde pisa, o chão está molhado. – O alertei.

- Por que não deixa a faxineira limpar? – Perguntou ele.

- Ela não quis se aproximar daqui. Quer que eu limpe o andar de cima?

- Não. Assim que você terminar, me passe os baldes, eu mesmo limpo.

Senti-me aliviado, pois não teria que limpar degrau por degrau, já que ele deve fazer isso. Kyuhyun subiu as escadas ficando no andar de cima, esperando eu terminar. Estava ficando entediado quando Kyuhyun ligou o rádio com uma musica animadora. Senti que minha energia havia voltado, ficara animado com o som da musica. Continuei a passar o pano por todo o chão, debaixo da cama, no banheiro do andar de baixo, próximo aos pés do guarda roupa. Assim que terminei de passar o pano no chão, resolvi passar na minha mesa, tirei os meus livros meu notebook, passando outro pano molhado na superfície da mesa. Quando terminei resolvi lavar o banheiro. Mas para poder fazer isso eu precisaria da vassoura, e Kyuhyun ainda não tinha varrido o chão. Ouvi um barulho vindo da escada, vendo que o mesmo descia as escadas pegando a vassoura, já passando pelas escadas e no segundo andar. Era como se ele tivesse lido minha mente.

Fiquei esperando Kyuhyun terminar de varrer o segundo andar, enquanto isso eu arrumei minha mesa, até que sentisse que ela ficara perfeitamente limpa. Kyuhyun me entregara a vassoura já pegando um dos panos molhados e o rodo, subindo novamente as escadas. Peguei o balde e mergulhei a vassoura nele, logo esfregando a vassoura nas paredes, esfreguei tudo, logo depois passando um pano no Box. Passei o pano na pia e no lado externo da privada. Pude ver que atrás da pia, tinha uma vassourinha, peguei um pouco do produto de limpeza que havia no balde e joguei dentro da patente, assim passando a vassourinha dentro esfregando e limpando dentro. Quando senti que estava limpo dei descarga. Pronto agora sim estava tudo limpo.

Sai do banheiro, o cheiro dos produtos de limpeza estavam me deixando tonto, avisei á Kyuhyun que iria sair um pouco, me pondo a caminhar pelos corredores. Apertei o botão do elevador tendo a sorte que ele estava em nosso andar. Adentrei nele prestando a atenção no pequeno mapa dos andares da escola que havia grudado em uma das paredes do cubículo. Uma zona do lado de fora do prédio, ficava perto do jardim, me chamara a atenção, pois estava escrito ‘’Zona Proibida’’. Fiquei curioso em saber do porque ela ser proibida será que teria alguém vigiando aquele lugar? Acho que não, eles devem contar histórias de terror aos alunos relacionando os estudantes que morreram, só para mantê-los longe.

Quando o elevador parou mostrando que havia chego no andar desejado, eu corri para fora. Cheguei perto do jardim, procurando por algum caminho que fosse que me levasse á zona proibida. Mas não achava nada. Vi que havia uma espécie de parede coberta por musgos e trepadeiras. Aproximei-me mais, afastando alguns arbustos, encontrando um buraco grande, dava para uma pessoa passar. Agachei-me e engatinhei, vi uma casa de madeira, ela parecia abandonada, continuei a engatinhar até sentir que já havia passado pelo buraco com sucesso. Caminhei até a casa, pisando em folhas secas, reparando que ao seu redor havia muitas arvores de galhos secos, parecia outono, sendo que estávamos na primavera.

Caminhei até a varanda ouvindo a madeira ranger sob meus pés. Abri a porta com delicadeza, procurando por um interruptor, já que estava começando á escurecer. Liguei a luz, vendo que tudo dentro da casa era bem mobiliado, todos os moveis combinavam com a casa, a mesa que ficava no centro da sala, por exemplo, era de madeira. O sofá parecia ser de couro, tinha uma TV LCD, tinha uma escada que provavelmente levava á um segundo andar e uma cozinha atrás dela. Ouvi um barulho, sentindo um vulto correr, dei um passo para trás sentindo os pelos do meu corpo de eriçarem.

- Olá, têm alguém aí? – Perguntei.

Aproximei-me mais da mesa em que havia a TV, vendo que não tinha nenhuma camada de pó, alguém estava lá, se não estaria tão limpo assim. Novamente um vulto se passara em minha frente, senti meu sangue correr rápido de pura adrenalina. Virei meu corpo em direção que tal vulto havia passado, vendo um canto da sala estar escuro. Aproximei-me, curvando meu corpo para enxergar melhor. Vi um par de olhos vermelhos vivos, mas não senti medo. Estiquei minha mão, como se tentasse afastar a escuridão daquele canto, para que pudesse enxergar melhor.

Os olhos ficaram ferozes, será que seria um lobo rosnando para mim? Ainda assim tentei me aproximar mais, dessa vez fui devagar, para não assustar o que estivesse escondido.

- Não tenha medo, sou amigo. – Disse com a voz suave, tentando por confiança naquele ser desconhecido.

Os olhos vermelhos desapareceram na escuridão, logo senti alguns dedos segurarem minhas mãos de forma suave e delicada mostrando que ainda estava com medo de mim. Por ter dedo acredito que seja alguém, mas de olhos vermelhos? Será que os meninos daqui usam lentes de contato? Fechei minha mão segurando os dedos, me agachei demonstrando um sorriso, puxei de vagarosamente a minha mão, vendo um pequeno menino, cabelos castanhos escuros, bochechas fofas e grandes, os olhos que antes estavam vermelhos vivos agora eram negros. Ele olhava em meus olhos procurando por confiança.

Não senti medo daquele garoto, ele parecia ser novo, deveria ter o quê, uns dez anos de idade mais ou menos. Mesmo assim, ele abrira a boca, mostrando as presas. O que era ele?

- V-V-Vampiro? – Perguntei, mas o garoto não fechava a boca, seus olhos novamente mudaram de cor, um vermelho bem intenso. - Não irei te machucar.

O pequeno garoto pareceu ter me entendido, pois se acalmara, correndo em direção da cozinha, abriu a geladeira tirando uma bolsa com uma etiqueta enorme escrita ‘O’, arregalei os olhos ao perceber que era sangue, o garotinho pegou a bolsa de sangue e tomou tudo o que havia dentro, quando terminou, ele limpou a boca com as costas da mão, jogando o pacote no baldinho, que me parecera um lixo. Ele novamente se aproximou de mim.

Senti um aperto no peito, será que ele se sentia sozinho. Não senti medo ao ver suas presas, apesar de ser totalmente incomum encontrar um vampiro, mas baseado na história de minha escola, nada mais me surpreendera, já que todos os alunos evitavam chegar perto do andar em que eu e Kyuhyun ocupávamos.

Dessa vez quem estendeu a mão fora ele, parecia um convite, caso que eu o aceitasse viveria se o rejeitasse morreria. Mesmo sem pensar segurei sua mão dando um sorriso á ele, queria saber mais sobre a lenda da escola, que me parecia verdadeiro, mas sinto que tem algo por trás da morte dos dois estudantes.

O pequeno menino me puxara para a sala, me fazendo sentar no sofá de couro, ele logo se sentou do meu lado curioso por algo. Percebi que em seu pescoço havia um colar, no colar havia um morcego com algo escrito.

- Henry. – Olhei para o garotinho que agora sorria. – Esse é seu nome?

O menino nada falara apenas assentiu mostrando seu belo sorriso. Que sorriso que ele tinha, eram brancos os dentes todos certinhos, mas suas bochechas o deixavam mais fofo ainda.

- Sou Sungmin, aluno novo. – Respirei fundo, vendo que ele não falaria nada. – Então, você que fez aquele buraco?

Henry saíra do sofá, correu até o segundo andar, não demorou muito e logo desceu, com uma caneta e um papel. Fiquei curioso com o que ele iria fazer, então apenas o fitei, vendo que ele escrevia em uma caligrafia perfeita.

‘’- Não, foi o Kyunnie’’ – Fora o que escrevera no papel, parei para pensar quem seria o tal de Kyunnie, Henry deve ter percebido meu desentendimento e voltou a escrever. – ‘’Cho Kyuhyun’’.

Arregalei os olhos ao ver que o meu colega de quarto sabia da presença de um vampiro, deve ser por isso que todos na escola devem ficar longe dele, ele sabe onde um vampiro de esconde, sendo que ele poderia ser um dos estudantes mortos, mas o que aconteceria caso, todos soubessem, sobre Henry? Acho que irá ser melhor se eu ficar quieto, Henry me parecera muito assustado, os alunos poderiam judiar dele, ou evita-lo mais ainda.

Agora eu tinha um segredo, e uma curiosidade imensa, quem era Cho Kyuhyun, quero saber mais dele e de seus motivos em manter esse segredo mesmo que isso signifique perder sua dignidade de colegial. E também estava curioso mais sobre aquele ser sobrenatural que estava sentado ao meu lado, com um sorriso doce nos lábios. Ele não faria mal a ninguém, isso eu sentia, mas quem faria mal á Henry.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Seg Nov 12, 2012 2:28 pm

Capitulo 5 - Livro

Ter Henry na minha frente me fez pensar se eu estava agindo de forma certa. Ele é uma criatura sobrenatural, mas uma parte de mim acreditava que ele era apenas um menino que gosta de beber sangue e que odeia sair no sol. É muito improvável que criaturas como vampiros existam, é muito improvável, mas o que pensar quando tinha uma á sua frente? Devo dizer que medo não é umas das emoções que estou sentindo agora, muito bem pelo contrário, me sinto á vontade á sua presença.

Uma das coisas que me perturbam desde que começara a conversar com Henry era o motivo dele não falar, nem se quer um ‘’ah’’ ele fala, tudo escrito no pedaço de papel, será que ele quer esbanjar que sua caligrafia é a mais bela de todos os tempos? Não, não seria isso. Bem não importa o qual motivo, apenas sei que ele é uma criatura muito boa e compreensível, pois não me perguntara se estava com medo de si. A conversa estava boa, Henry me perguntara o motivo de ter mudado de escola, e eu contava tudo a ele sem temer algo. A porta de madeira rangeu com a entrada de Kyuhyun, que ao me ver deixou o olhar frio de lado mostrando surpresa. Ele dava passos lentos até estar próximo ao sofá em que eu e Henry estávamos, apontou o dedo em minha direção, tentando dizer alguma coisa.

- O que faz aqui?

- Conversando com Henry. – Disse dando de ombros, enquanto Kyuhyun se vira para o vampiro dando-lhe um olhar reprovador, o que fizera o pequeno se encolher atrás de mim.

- Como achou esse lugar? Não era para alguém ficar sabendo.

- Oras, pare de ser chato quem esconde o que aqui. E pare de ficar olhando feio pro menino.

- Menino? Você sabe o que ele é?

Olhei para Henry, puxando o corpo do mais novo próximo ao meu, pousando sua cabeça em meu peito, tampando seus ouvidos para que não escutasse as besteiras que Kyuhyun provavelmente iria falar.

- Não fala assim dele.

- Tá e não está com medo?

- Medo do quê, ele me morder? Não nem um pouco.

- Você realmente é estranho.

Ignorei Kyuhyun passando a dar atenção á Henry que me olhava admirado, acho que ele sentiu a minha sinceridade. Passei os dedos nos cabelos acastanhado do menor, em um gesto de carinho, ele não se demorou em fechar os olhos, como se tivesse dormindo ou apenas aproveitando do meu toque. Deitei sua cabeça em meu colo deixando-o deitado de forma mais confortável. Kyuhyun olhava tudo de forma incrédula, desistiu de tentar argumentar alguma coisa e resolveu ir á cozinha, abrindo a geladeira vendo alguma coisa.

- Não conte a ninguém, Sungmin.

- Sobre Henry? Nem que me matem.

- Por que está sendo tão generoso? – Era bom de mais para ser verdade, o olhar frio, ou melhor, congelante de Kyuhyun se voltara ao rosto, deixando-me envergonhado, parecia que ele olhava-me a alma, e isso não é legal.

- Com Henry? Gostei dele, menino bonzinho me entende e ele me parecia solitário, quero fazer companhia para ele.

- Não acredito que esse pirralho fez isso. – Dizia Kyuhyun como se o pequeno tivesse feito algo de errado e ele não aprovasse. – É só virar as costas que ele apronta. Sungmin vai embora, depois a gente conversa.

Kyuhyun puxara a mão que mexia nos cabelos de Henry ,de forma brusca fazendo o mais novo acordar rapidamente. Kyuhyun fez força para me levantar do sofá, mas Henry soltara em cima dele, fazendo-o cair no chão. Henry parecia um cachorro, pois rosnava como se Kyuhyun tivesse mexido em seu osso. Peguei na cintura de Henry fazendo-o se sentar novamente. Assim que Kyuhyun se levantou Henry me abraçou de forma possessiva, só então eu havia entendido que ele ficara ofendido em ver Kyuhyun me tirando de seu lado. Envolvi Henry em um abraço de agradecimento, era a primeira vez que alguém demonstrava ciúmes dessa forma.

- Isso não é ciúme, é possessão mesmo. – Dissera Kyuhyun como se lesse os meus pensamentos.

Ignorei-o e olhei para o relógio em meu pulso, já estava tarde da noite tinha que descansar, e como amanha é sábado eu poderia vir aqui mais cedo para passar o dia com o vampiro. Virei-me para Henry, olhei em seus olhos puxando a sua mão, entrelacei nossos mindinhos.

- Henry, eu tenho que ir dormir, tem algumas coisas a fazer, eu prometo – Disse fazendo no mindinho. – que amanhã eu venho passar o dia com você. Tudo bem?

Henry me pareceu chateado, mas quando mencionei que no dia seguinte passaríamos a tarde toda juntos ele sorrira. Não ressiti á ele, dei-lhe um beijo na testa desejando-lhe uma boa noite. Kyuhyun que estava sentado olhando-nos apenas me fitou de forma repulsiva, ignorei seu olhar e sai da casa de madeira.

Caminhei pelo pequeno jardim que mais cedo me parecera assustador e logo me agachei para passar pelo buraco de tijolos. Antes de sair por completo olhei pelos lados para ver se tinha gente por perto, mas como não tinha saí rápido, indo correndo para dentro do primeiro prédio, á procura da biblioteca.

Como já estava escuro as luminárias penduradas nas paredes do corredor era a minha única fonte de luz. Apesar de ter visto, pela primeira vez, um vampiro eu ainda tinha medo do escuro. Isso não me era normal, como posso ficar calmo em frente a um menino que sua única fonte de alimentação é sangue, principalmente humano, mas quando está presente em um lugar totalmente obscuro ser o meu maior pânico? Nossa eu realmente sou estranho, nisso Kyuhyun estava certo.

Os corredores me pareciam menores, cheguei rapidamente á biblioteca que para a minha sorte estava aberta. Fui em direção dos livros em que provavelmente teriam algum relato sobre o passado da escola. Tem que estar relacionado com vampiros, dedilhei livro por livro a procura de algum que fizesse sentido ao que eu procurava. Um livro negro sem nenhum símbolo, apenas escrito em branco ‘’The ghost of Falls School’’, só poderia ser esse, têm o nome da escola nele, junto com ghost que segundo o meu entendimento de inglês significa fantasma. O fantasma da Falls School.

Peguei o livro e fui em direção da bibliotecária que anotou meu nome, turma, e o nome do livro. Ela fez pouco caso do livro que eu havia pego o que me deixou triste, será que ele era apenas uma história para assustar crianças? Mesmo assim iria ler, pois me parecia intrigante. Sai da biblioteca a fui direto para meu quarto pelo caminho mais iluminado, como tudo estava silencioso fiquei com um pés atrás, não iria aparecer nenhuma alma da pior aparência atrás de mim, nem um zumbi querendo comer meu cérebro certo?

Peguei o elevador, não me demorei em entrar ao meu quarto quando a maquina abriu as portas. Corri até a porta, fechando-a assim que entrei, olhei para o segundo andar tentando ver se meu colega de quarto estaria presente, mas como estava escuro ou ele deve estar dormindo ou fazendo companhia para Henry. Tentei não pensar em Kyuhyun e me direcionei até minha cômoda, deixei o livro e logo peguei meu pijama, fui para o banheiro tomar um bom banho para relaxar.

A água quente, como sempre, levara embora todas as minhas preocupações, todos os meus choques, principalmente a de ver um vampiro em minha frente, se fora ralo a baixo. A única cois a que ficara em meu ser era a curiosidade sobre aquele livro. A sua capa simples negra com escrita branca deixara um ar misterioso, aquelas paginas deveriam ter algo escondido e eu tenho que ler pelo menos três capítulos. Terminei o banho, colocando meu pijama, assim que abri a porta do banheiro eu corri para a cômoda, pegando livro e me sentando confortavelmente na cama, logo abrindo o livro para ler seu conteúdo.



Cada pagina era interessante, o livro parece ter sido escrito por um antigo aluno, algum estudante bom em literatura que estudou na época do ocorrido. A história rodava em um aluno novo, que gosta de investigar acontecimentos sobrenaturais, principalmente nesse colégio. Ele procurou pelos livros da biblioteca algo que se relacionasse á uma história de fantasia. Senti nostálgico, isso tudo havia acontecido comigo, ou era apenas minha impressão? Continuei a ler o livro vendo que o personagem havia encontrado uma criatura das sombras em uma pequena casa de madeira, onde antigamente uma servente na escola morava. Como a casa era abandonada a besta usara como casa, ficando longe da concentração de alunos e da luz, apenas esperando aquele que lhe criou voltar um dia para mostra-lhe da vida obscura e seus caprichos.

Quando o aluno encontrou um livro que lhe chamasse atenção se pos a ler, vendo que o mesmo falava de que entre as portas longas do primeiro prédio, havia uma que dentro dela poderia ter uma estante, que como nos filmes de terror, ao mexer em um livro a estante se levantaria mostrando um lance de escadas, que levavam ao um andar subterrâneo.

Fiquei surpreso ao ver tamanha coincidência. Realmente existia uma casa de madeira abandonada e uma criatura das sombras vivia lá, que era Henry o vampiro que julgara ser inofensivo, mas seria verdade que ele esperava alguém, ou melhor, seu dono para poder lhe dar a vida obscura como realmente é. Que eu saiba as únicas coisas que um vampiro faz é beber sangue de humanos, sendo que alguns, por criarem laços com os humanos, tomavam sangue de quem assustasse seus ‘’amigos’’, ou coisa do tipo. Mas em relação á sala secreta, que fora assim que resolvera chama-la, era novidade para mim, nunca ouvira um rumor sobre tal sala.

A porta do quarto foi aberta mostrando a figura de Kyuhyun, ele me olhara de forma estranha, como se estivesse bravo com o ocorrido de mais cedo. Tirei os cobertores de cima de mim e me aproximei da escadaria, quem melhor do que ele para sanar as minhas duvidas?

- Kyuhyun, - Ele se vira para me encara, pude ver que estava cansado, mas a minha curiosidade não me daria sossego. – Você sabe alguma sobre uma sala secreta no primeiro prédio?

Kyuhyun olhou de relance para o livro em minhas mãos, assim que leu o titulo revirou os olhos, já se apoiando no corrimão da escada.

- Não acredito que mesmo morto ele me enche o saco. – Kyuhyun sussurrara, mas fingi não ter escutado, afinal poderia usar isso mais tarde. – Não têm nada que precise saber.

Kyuhyun me deu as costas subindo as escadas, como o meu nível de aegyo sempre fora elevado, resolvi usa-lo agora para arrancar alguma coisa dele. Deixei meu rosto de uma forma que ele provavelmente não iria resistir, espreitei os olhos como se fosse chorar a qualquer momento.

- Kyunnie. – O apelido feito de ultima hora fizera sucesso, já que ele me olhara de forma espantada ao ouvir seu apelido, assim que nossos olhos se encontraram a mesma frieza de sempre me rodava, mas pude ver que ele se contralava para não fazer algo já que seus punhos estavam cerrados. – Você não vai contar mesmo Kyunnie?

- 1, 2, 3... Ah dane-se. – Ele suspirou, descendo as escadas já me puxando para a minha cama. Ele se sentou na cadeira de minha cômoda, e eu me sentei na cama, esperando ele começar a falar. - É o seguinte, a sala secreta é chamada assim justamente para que nenhum enxerido vá entrar nela. Fim da história.

Kyuhyun se levantara, me deixando incrédulo, para impedir que saísse, puxei a sua camisa, o fazendo cair em cima de mim, deixando nossos rostos alguns milímetros de distancia, senti meu coração bater rapidamente, seus olhos foram diretos para a minha boca, um calor passou pelo meu rosto, que agora deve estar bem vermelho. Kyuhyun pigarreou e se sentou na cama, fiz o mesmo tentando amenizar os batimentos acelerados de meu coração.

- Bom, vou dizer tudo o que sei e já deixo claro que não é pra ir lá fuçar heim. – Assenti e ele continuou. – Bom a sala é atualmente o escritório das pedagogas, a estante de fato se levanta quando um livro é removido, e segue uma escadaria, mas o que se encontra lá embaixo é nada mais e nada menos do que um estoque. – Arregalei os olhos incrédulos, estoque? – Lá temos todo o estoque da cozinha, tem um freezer para guardar os frios, têm algumas janelas que dão uma boa iluminação para as pequenas plantações do diretor. É isso.

Kyuhyun de levantou indo para sua cama no segundo andar. Fiquei ainda processando a história que Kyuhyun havia me contado o que eu realmente não acreditara. Que história ridícula era aquela, ele realmente acha que eu vou cair nessa de estoque? Continuei a ler o livro vendo que a versão do mesmo era mais interessante.

O que o livro dizia era que depois dos lances de escadas, além de escuridão o que se encontrava era dois túmulos, onde os corpos de ambos os alunos mortos no quinto andar do segundo prédio, ou seja, meu atual quarto. O livro contava como o personagem desceu as escadas para poder ver a identidade dos alunos, pois parecia que no subterrâneo havia a todos os arquivos que eram relacionados com ambos os alunos.

Fechei o livro assim que senti meus olhos pesarem, guardei o livro em minha bolsa, amanha iria conversar com Henry sobre isso, acho que ele irá me dizer algumas coisas. Apaguei a luz e me pus a dormir, tentando esquecer qualquer assunto que se voltasse ao livro que havia pegado na biblioteca.



Novamente estava no escuro com aquele rapaz de que o rosto me era desconhecido, sua voz era bem grossa, o que não me deixara reconhecer.

- Fique longe de mim. – Dizia o homem autoritário. – Estou sendo bonzinho em não te perturbar, então faça o mesmo Sungmin.



Acordei sentindo meu rosto ficar suado, como na ultima vez Kyuhyun estava ao meu lado me olhando seriamente, por que quando eu tenho um pesadelo com aquele homem estranho, eu acordava com Kyuhyun me encarando, sou tão patético assim quando tenho pesadelos?

- Você nem imagina o quão patético é.

- Tá certo, eu tenho que ir para um psicólogo, estou ficando louco ou você sempre sabe o que eu penso?

- Você nunca percebeu que falas seus pensamentos?

- Não, não falo em voz alta.

- Você é quem sabe.

Olhei para o relógio, vendo que já estava na hora do café da manha. Tomei um banho rápido me embelezando todo. Quando sai do banheiro vi a porta do quarto se fechando, Kyuhyun já saíra, aproveitando que estaria sozinho me pus a pensar, se o que eu havia sonhado fosse algo da minha imaginação então... Ah nessas horas eu odeio a minha curiosidade. Estava com vontade de ver o que havia depois dos lances de escada. Em quem acreditaria? Na história ridícula de meu colega de quarto, sobre ter estoques de mantimentos, ou sobre o livro cujo autor parece estar morto, dizendo que os túmulos dos alunos mortos mais seus arquivos estavam lá, esperando para que eu fosse lê-los para desvendar o mistério. Sentira-me como o personagem do livro, e era exatamente isso o que eu faria. Iria seguir cada passo que o livro mostra, mas primeiro iria pegar algumas informações com Henry, já que ele deve ser a besta que está esperando pelo seu criador.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Qua Nov 14, 2012 3:51 pm

Capitulo 6 - Sala Secreta

Sai correndo de meu quarto indo em direção do refeitório, estava tão ansioso pelo dia que iria passar, que gostaria que o anoitecer chegasse rapidamente. Á noite iria ao escritório das pedagogas ver qual é a verdade por detrás da porta ‘’secreta’’. Apesar de ter que ir no meio da noite, ou seja no escuro, eu tinha aquela necessidade de desvendar o mistério. Sei que o que Kyuhyun me dissera noite anterior poderia fazer sentido, mas para os alunos, para mim aquilo era ridículo, eu conheci um vampiro então essa história de estoque realmente parece boba.

Cheguei no refeitório que me parecia vazio, alguns alunos devem ter ido ontem para suas casas. Achei o Wookie sentado em nossa mesa sozinho, comendo ás pressas. Passei pelo Buffet e peguei algumas frutas cortadas mais um suco de manga. Andei até meu amigo, vendo que se assustara comigo. Dei um sorriso torto, ver Ryeowook retribuir o sorriso pôde notar o quão nervoso ele estava com seu encontro.

Tudo bem, faz pouco tempo que eu havia chego aqui, mas não dá para não notar o quão apaixonado o meu amigo está, e temo dizer que isso me deixa muito feliz.

- Coma devagar, se não vai se engasgar. – Falei.

- Desculpa, é que eu ainda tenho que ir à cidade comprar uma roupa para hoje.

- Você parece uma garota.

- Hahaha muito engraçado. – Wookie desviou o olhar para a minha mochila. – Aonde vai?

- Conhecer os arredores do colégio, fiquei curioso sobre aqui.

- Tenha cuidado heim, ouvi dizer que tem um maníaco aí por fora.

- Se o maníaco for o Kyuhyun, então não me será novidade.

Tomamos nossos cafés em uma harmonia, uma paz que me parecia tão boa, sempre é assim quando estou próximo á ele, Ryeowook tira minhas preocupações fazendo-me relaxar, ele me lembra da água quente de um chuveiro. Wookie me deixou sozinho, indo para o centro da cidade ver a roupa para seu encontro. Aproveitei que a concentração dos alunos que ficaram no colégio, era pouca e me pus a ir ao jardim. Caminhei de forma calma e pacifica, não do mesmo jeito que correra para ir ao refeitório, os alunos devem ter pensado que eu era um esfomeado ou coisa do tipo.

Assim que cheguei no jardim, fui direto para os arbustos e trepadeiras onde escondia-se o buraco, me agachei jogando minha mochila primeira, engatinhei pelo buraco, me levantando enquanto limpava meus joelhos e a minha bolsa. Caminhei até a casa batendo o pé para tirar a sujeira já que no dia anterior a casa estava impecavelmente limpa.

- Henry, cheguei – anunciei, vendo o pequeno vindo em minha direção e pulando em meu colo.

Ele me se aconchegava em meu peito, provavelmente feliz por me ver cumprido a promessa. Quando o mais novo terminou de fazer sua saudação, me levantei indo para a cozinha dele. Tinha que por um pouco das besteiras que havia trazido. Kyuhyun me dera no amanhecer, ele deu alguns pacotes de salgadinhos, que havia comprado na cantina e que não havia visto que eram os mesmo era do sabor que odiava então me deu. Peguei os salgadinhos e coloquei em cima da bancada. Enquanto tirava as besteiras da mochila, encontrei o livro da capa negra. Senti-me relutante, mas eu precisava fazer aquilo. Com o livro em mãos, fui até a sala, sentei ao lado de Henry que assistia a um programa de televisão já com o caderno e a caneta em mãos.

- Henry. – Chamei-lhe a atenção e ele prontamente olhou para o livro, fazendo uma cara de que não gostara. – Você conhece o autor desse livro?

Henry pegara a folha de papel e já escrevia algo nela, logo me mostrando.

- ‘’Ele era um dos estudantes daqui. Mas ele morreu depois de escrever esse livro’’.

- Morreu do que?

- ‘’Não sei. Mas dizem que tudo o que está escrito ai é mentira. ’’

- Não acho que seja mentira.

- ‘’Por que não?’’.

- Tudo o que o personagem viveu pelo menos no inicio da história, é parecida com o que eu vi.

Henry arregalou os olhos, logo pegando o livro de minhas mãos, folheando as primeiras paginas. Leu os dois primeiros capítulos de forma rápida, o que me deixara espantado, depois de ler pegou a caneta e o papel escrevendo algo.

- ‘’Você é aluno novo, viu uma criatura das sombras que vive em uma casa de madeira, ou seja, eu. Você realmente parece o personagem. O Kyunnie sabe disso?

- Kyuhyun? Apenas perguntei sobre a sala secreta, mas ele mentiu. Acho que não sabe de nada.

Henry engoliu em seco, seu rosto parecia assustado, ele olhava para a janela como se chamasse alguém, mas nada acontecia, cheguei a me perguntar se estava tudo bem com ele, mas fiquei quieto, não sabia se ele estava irritado com algo ou não. Henry logo voltou ao sofá, pegando a caneta e o papel novamente se pondo a escrever.

- ‘’Você pretende ver essa sala?’’

- Sim, depois que eu sair daqui, durante a noite.

- ‘’Kyunnie me disse que tens medo de escuro. Quer que eu te acompanhe?’’

Senti-me muito feliz em saber que o mais novo queria vir comigo para me proteger, mas eu estava espantado em saber que Kyuhyun lhe contara sobre meu medo. Mas do jeito ele falou dá impressão de que é só apagar a luz que o bicho papão viria me pegar, sendo que meu medo é maior do que isso. Kyuhyun não tem o direito de sair contado para a escola toda sobre meus medos, isso... É imperdoável, eu juro que ser o ver novamente quebro a cara dele em dois.

- Está tudo bem em você sair?

-‘’Se for a noite não vejo problemas. Mas têm uma coisa que me incomoda.’’

- O que?

-‘’Posso te chamar de Hyung?’’

- Pode.

Sorri ao ver que Henry estava se sentindo a vontade em minha presença. Ele parecia jovem, se ele fosse humano realmente o daria dez anos de idade, queria perguntar mas acredito que seja falta de educação, por isso mantive minha curiosidade longe, não queria estragar a aura divertida que fora crescendo entre nós.

Henry soltava seu sorriso a cada cena engraçada do desenho que se passava na televisão, sem perceber eu estava rindo junto com ele, como poderia ser tão contagioso o seu sorriso? Ficara rindo com o pequeno até ouvir minha barriga reclamar, olhei no relógio em meu pulso que marca meio dia, fiquei surpreso em ver que o tempo realmente se passara rapidamente.

Henry me puxou pelo braço até a cozinha mostrando que em sua geladeira havia comida, como legumes, verduras, frutas algumas sacolas com carne dentro, duas jarras de suco que me pareciam naturais. Olhei para o mais novo que escrevia apressadamente.

- ‘’Kyunnie comprou tudo isso ontem, depois que você saiu. ’’

Kyuhyun comprou tudo isso para um vampiro que mora sozinho? Ele comprou isso para ele mesmo ou então porque sabia que eu almoçaria aqui. Mas que ideia besta Sungmin é claro que ele sabe, ele estava presente na hora em que prometi á Henry que passaria o dia aqui. Ri da minha falta de atenção, quando Henry novamente erguia o caderno fazendo uma cara de pidão.

- ‘’Hyung, me ensina a cozinhar?’’

- Ensinarei tudo o que sei.

Henry abrira um grande sorriso, botando o caderno na mesa e voltando a atenção em mim. Lavei minhas mãos sendo seguido pelo meu dongsaeng, que repetia tudo o que eu fazia. Peguei um milho em conserva que havia em um dos armários, juntamente com ervilha. Mostrei como se abria a pequena lata, sem se cortar, deixando o liquido que havia dentro escorrer, deixando apenas metade.

Vi que na geladeira havia presunto, e mostrei e Henry como cortar o presunto em cubinhos, tendo o cuidado de não deixa-lo cortar o dedo. Depois de cortar, ensinei a ele como fazer arroz, indo etapa por etapa, como lavar, como colocar o alho no fundo da panela, esperando o tempo certo em se colocar o arroz, a quantia certa de sal a se por, a colocar água e esperar que o arroz a absorvesse colocando mais água em seguida, para depois colocar o milho a ervilha, o presunto.

Perguntei-lhe se tinha mais alguma coisa que quisesse no arroz, e ele disse que sempre gostou de pizza, não poderia por uma pizza ali, mas tentaria fazer o gosto aparecer. Perguntei se ele tinha alguma vasilha grande, Henry logo pegou uma de vidro grosso de forma oval. Despejei o arroz dentro, logo pegando o queijo, colocando em cima do arroz. Ensinei-lhe a cortas azeitonas, mas Henry só sabia comê-las, tirando risos de mim. Jogamos as azeitonas em cima do queijo. Dessa vez pedi a Henry que cortasse o tomate, do mesmo jeito em que lhe ensinara a cortar o presunto.

Fiquei olhando o pequeno trabalhar, todos seus movimentos com a faca eram cuidadosos, e sem dizer na perfeição, parecia que ele dançava com a lâmina, fiquei impressionado com Henry. Depois que ele terminou espalhamos o mesmo em cima do queijo, ao lado das azeitonas, jogando por cima um orégano. Colocamos dentro do forno, olhando o queijo derreter, sentindo o grandioso cheiro delicioso que tomava conta da cozinha. Quando o queijo ficou derretido por completo, tiramos a vasilha, levando para a sala. E logo estávamos desfrutando de um belo almoço.

Esperei Henry provar, ele pegou um pouco do arroz levando-o até a boca. Mastigou por um tempo degustando, logo pegou o caderno em mãos e se pôs a escrever.

- ‘’Hyung está uma delicia, com certeza essa é a melhor refeição humana que eu já provei’’.

Parei para pensar um pouco, se ele era vampiro e necessitava de sangue, como ele sentira gosto da comida. Eu havia esquecido disso por completo enquanto cozinhávamos.

- Henry, você sente o gosto da comida?

- ‘’Sinto gosto, mas ela não mata a fome. Só fico satisfeito quando tomar sangue. ’’

Apesar desse pequeno detalhe, eu fiquei impressionado com Henry. Ele parecia saber cozinhar, tinha talento para isso,já que para cortar um presunto e tomate, abrir latas, e tudo mais ele parecia estar em uma fase de concentração não humana. Ele poderia ser chef de cozinha, é claro que ele precisaria de algum tempo de estudo, mas com certeza seria um dos melhores.

Parei de pensar no assunto e comecei a comer, vendo que Henry tinha razão, estava muito bom e com o sabor de pizza que ele desejara antes. Comemos em silêncio apenas aproveitando da comida saborosa que havias preparado. O que sobrara guardamos em um pote dentro da geladeira, logo lavando tudo o que havia sujado. Mas como era de esperar, começamos uma guerra de sabão, Henry tinha detergente na cara na camisa, e eu também, riamos da aparência do outro até que a barriga doesse.

Durante a tarde fizemos várias brincadeiras, como guerra de travesseiros, jogar vídeo game, jogo de tabuleiro, tudo que pudesse nos distrair e dar risada. Mas no momento em que olhara para o relógio vira que já era sete horas da noite, e novamente a barriga implorava por comida, já que não comemos nada durante a tarde.

Esquentamos do arroz, que havia feito na manha, e comemos. Logo Henry fora tomar banho, se preparar para a nossa aventura noturna. Enquanto ele se arrumava eu organizava o que precisaríamos, como lanterna, o livro, e a câmera digital.

Não se demorou muito e logo passávamos pelo buraco para ir em direção do primeiro prédio, na parte dos fundos, onde se encontravam a sala da pedagoga. Caminhamos pelo jardim tomando cuidado em não deixar algum aluno nos ver, poderia ser perigoso tanto para mim quanto para Henry.

Caminhamos até a porta dos fundos, abrimo-la passando pelo corredor escuro. Senti minhas mãos tremerem, mas passou assim que Henry, segurando minhas mãos, ligou a lanterna. O corredor pareceu-me maior. Procuramos pela sala, passando por várias portas, encontrando ela na sala da direita. Olhei com cuidado para o teto procurando por câmeras de segurança, vendo nenhuma era instalada ali.

Henry abriu a porta rapidamente, entramos sem fazer barulho. Assim que passei pela porta eu a fechei para ninguém pudesse suspeitar que alguém estivesse ali dentro. Caminhei pela sala, vendo que havia apenas uma estante de livros. Olhei para Henry que logo entendera o recado. Começamos a mexer nos livros, um de cada vez eu do lado direito e Henry do esquerdo. O livro de capa azul claro sem titulo, que estava no lado de Henry fez com que a estante se destrancasse, indo apenas um pouco pela frente.

Pude sentir o vento gélido vindo por detrás da pequena fenda escura. Juntamente com Henry empurramos a estante para a esquerda, estava sentindo o suor escorrer pelo meu rosto, pois a madeira era pesada demais, mesmo com a força de Henry. Quando vimos que havíamos empurrado o suficiente para que possamos passar, pegamos as lanternas indo na frente, pois o mais curioso era eu.

Passei a lanterna no chão vendo que havia vários degraus, que provavelmente desciam em espiral. Desci degrau por degrau tateando a mão na parede, tendo o cuidado de não cair. Quando fizemos a curva da escada, pude ver o termino da mesma, senti meus pelos eriçarem e um nervosismo tomar conta de mim, era agora, a hora da verdade.

Vi que o lugar não era tão escuro assim, porém era claro, apenas iluminado com a luz fraca da lua. Passei a lanterna pelo centro da pequena sala, vendo duas elevações no centro. Parei ao lado de uma delas, com Henry ao meu lado, pude perceber que a elevação era de pedra e que havia algo escrito nela.

Passei os dedos afastando a poeira, vendo que tinha uma identificação. Arregalei os olhos, sabia que tinha algo errado com aquela pessoa, ele não me parecia confiável, mas o que tudo aquilo significava, porque ele mentira para mim?

- Henry, isso são túmulos, esse é o tumulo de Cho Kyuhyun.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Sex Nov 16, 2012 7:51 am

Capitulo 7 - Sala Secreta Parte 1

Ficara espantado ao ver o tumulo com o nome de Kyuhyun, mas tentei imaginar se não era algum parente dele que morrera ali, por isso ele não vê repugnância em morar no quinto andar. Deve ser esse o motivo de ele não querer que eu viesse aqui, para não atrapalhar a sua família. Parecia aceitável essa desculpa, mas não passava de mentira. Sei que têm algo a mais escondido ali, se ao meu lado tenho um vampiro, nada mais me surpreende nessa vida.

Ficara curioso em saber de quem pertencia o outro tumulo, Henry mexia na única estante que havia naquele lugar, e a mesma estava cheia de papéis, separados em anos, cada ano é um arquivo. Deixara isso para depois, pois estava curioso em saber á quem pertencia o outro tumulo.

Fazendo o mesmo com o anterior, tirei a poeira, vendo o nome ‘’Kim JongWoon’’, não conheço o nome, então me viro para Henry que me estendia um dos arquivos. Peguei a primeira que na frente dizia ‘’Cho Kyuhyun’’, abri ela me deparando com a foto 3x4 de Kyuhyun. Seus cabelos eram um pouco maiores e negros igualmente á seus olhos frios, sua pele era bem clarinha o que chamava minha atenção. Olhei para a ficha em si vendo que realmente era ele, aquele ser que dividi o quarto comigo, é um dos alunos mortos á mais de vinte anos. Aproximei-me da estante, procurando pela pasta de 1990, onde provavelmente teve o ocorrido. Queria saber do motivo de ele ter morrido. Peguei a pasta com o nome dele e abri vendo que nos arquivos tinha alguns papéis de jornais, descrevendo o ocorrido da época.

‘’Os alunos Cho Kyuhyun (17) e Kim JongWoon (18) foram encontrados mortos na manha do sábado (14). Seus corpos foram encontrados pela zeladora, que imediatamente ligou para a policia.

Não se sabe a causa das mortes, sendo a única pista no pescoço de Kim JongWoon marcas de caninos.

Após o relato da morte dos alunos, a diretora criou uma sala secreta na ala de pedagogia, enterrando os corpos dos alunos. Duas semanas depois a mesma zeladora pedira demissão ao sofrer alucinações dos alunos, como vê-los em pé no quinto.

A diretora fechou o quinto andar do segundo prédio com as intenções de não deixar seus alunos assustados.’’

Me encostei na parede tentando absorver todas aquelas informações obtidas. Kyuhyun era um dos alunos novos. Isso é muito chocante. Estiquei minha mão vendo que a mesma tremia, como se eu fosse um covarde. Respirei fundo, o que não dera muito certo, ainda sentia minha mão tremer. Meus pés bambeavam, não me deixando andar. Queria sair Dalí, quero ficar longe de tudo isso, mas meus pés não se moviam, algo me prendia ali. Respirei fundo lembrando que ainda não descobrira o outro aluno.

Com toda a força que pude reunir, caminhei até a estante, peguei o outro arquivo com o nome do estranho. Abri a pasta, encontrando a foto de Yesung. Fechei os olhos sentindo meu coração bater rapidamente. Meu amigo, posso afirmar ser meu melhor amigo, Ryeowook está apaixonado por um morto. E nesse exato momento indo á um encontro com ele. Senti meu estomago embrulhar, o suor escorria pelo meu rosto deixando claro que era informação de mais.

Henry me pegou no colo de forma heroica, como se eu tivesse o peso de uma pena. Pegou as mochilas e logo caminhou para fora daquela sala escura. Não aguentei, queria dormir, queria de um momento de descanso, pois precisaria de energia para continuar. Sabia que ao acordar a minha curiosidade clamaria por mais informação, pois sempre fui assim, curioso. Encostei a cabeça no ombro de Henry, fechando os olhos me permitindo descansar.



Acordei com o vento soprando em meu rosto, mostrando que já era de manha. Olhei para o lado, e pude ver que estava deitado em uma cama. Olhei para a porta que dava a vista da sala da casa de Henry. Suspirei aliviado, menos mal, não conseguiria encarar Kyuhyun por um tempo.

Cocei a cabeça me levantando, fui ao banheiro lavando o rosto. Fui para a sala, vendo que tudo estava escuro, as cortinas estavam fechadas bloqueando a luz que o sol trazia. Henry assistia televisão com um pacote de sangue em mãos, pude ver que o pequeno usava pijama azul com bolinhas brancas, ele dava risada baixa, se controlando para não exagerar. Ele fungou algo no ar logo se virando para mim. Terminou de tomar o liquido grosso em suas mãos, logo abrindo um sorriso.

- Hyung.

Me surpreendera ao ouvir a voz do pequeno. Nunca imaginaria que ele falasse, apenas pensei na hipótese de ele ter nascido mudo.

- Você fala.

- Ah, é uma história longa.

Olhei no relógio, vendo que era nove horas da manha, e como era domingo não teria nada de interessante em se fazer. Também não sentia vontade em voltar para o dormitório, mesmo querendo saber se meu amigo estava bem, mas apenas sentia um frio na espinha ao pensar em quem estaria ao seu lado.

- Tenho tempo.

- Você está bem hyung?

- Claro. – Sorri ao ver Henry fazer uma cara de preocupado.

Me aproximei dele, vendo que o mais novo se preparava para contar o que sabia, a conversa seria longa, isso já dera para ser visto.

- No livro é citado que um vampiro espera por seu dono. Eu realmente espero alguém, sendo que essa pessoa é a única que pode escutar minha voz.

- E porque está falando comigo?

- Para falar a verdade, eu escolho quem vai ser a pessoa, não tem que ser necessariamente o meu criador, mas alguém que eu sinta que me faça companhia. E eu senti confiança em você, principalmente ontem a noite.

- Henry, isso foi muito emocionante. – Disse fazendo o Maximo para não chorar.

Poderia parecer bobagem, mas era real aquela história. O livro dizia que o vampiro têm dois lados, um que do mal que mata as pessoas friamente, apenas se importando com sua sobrevivência própria, e o lado do bem, que era caso de Henry, onde os vampiros, queiram viver entre os humanos de forma que acabe com seu tédio. Porém eles se sentem sozinhos, por isso esperam por seu dono de boca calada. Apenas esperando aquele que o criou para poder aproveitar da vida. Mas Henry sabe que seu dono iria demorar a chegar, por isso depositou suas esperanças em mim, e me senti muito honrado em me tornar importante para o pequeno, que de olhar eu sentia a minha solidão nele.

- E sobre ontem, você sabia sobre os dois? – Perguntei á ele.

- Bom, sabia que tinha algo diferente neles, mas nunca cheguei perto do JongWoon, ele é estranho, mas Kyuhyun têm um cheiro diferente.

- Defina diferente.

- O JongWoon têm cheiro de morte, um cheiro de ferro, não sei como explicar. Mas o Kyunnie cheira a enxofre.

Parei para pensar. Kyuhyun sendo um dos alunos mortos deve ter passado por algum tipo de ritual. Alguém, ou humano, trouxe ele á vida em base á um ritual que se usa o enxofre. Sendo isso o motivo do cheiro que Henry descrevera.

Depois dessa descoberta faz sentido que ele sempre descobre o que penso. Eu sabia que não falava alto o que pensava, era ele que lia. Se eu me afastar de Kyuhyun provavelmente irá ler meus pensamentos para saber o motivo de meu afastamento. Então o que eu deveria fazer para mantê-lo longe até que confirmasse tudo o que sei? Tenho apenas que parar de pensar, mas como se minha mente apenas me pergunta qual seria a próxima descoberta?

Fiquei pensando tanto que me esquecera de Henry, que já desistira de tentar falar comigo. Levantei-me indo para a cozinha, preparei algo para comer e logo fui tomar um banho, colocando uma roupa de Henry, que por incrível que pareça coube certinho em mim. Estava saindo do banho e me deparei com Kyuhyun me olhando incrédulo, logo os flashes da noite passada se passaram em um instante. Ele leria se eu continuasse desse jeito, resolvi criar uma fantasia para despista-lo. Parei de pensar e me aproximei de Kyuhyun com um sorriso no rosto, enquanto esfregava a toalha nos meus cabelos molhados.

- Bom dia Kyuhyun. – Disse vendo que o mesmo me olhava de cima a baixo com um olhar incrédulo.

- Posso saber por que está usando as roupas de Henry?

Fiquei quieto um tempo, sentindo meu rosto ficar quente. Kyuhyun me olhara de forma fria e penetrante, seria agora que ele iria invadir meus pensamentos. Criei uma fantasia em que eu e Henry passamos a noite juntos de forma sexual. Tentei imaginar o melhor que pude, gemidos suor, tudo nos mínimos detalhes. Tentara imaginar tudo para que parecesse de forma real, uma forma tão real que Kyuhyun pudesse acreditar.

Pude ver que a minha ideia dera certa, ao ver o olhar de Kyuhyun se baixar lentamente,ele juntou as mãos de forma nervosa, como se tivesse ficado arrependido de ter feito algo. Ele olhava para Henry que encolhia os ombros. O olhar de Kyuhyun fora de constrangedor para raivoso, ele olhava Henry de forma quente, com raiva, fazendo o mais novo sair correndo do sofá até mim, me abraçando pela cintura, escondendo seu rosto em minhas costas. Para dar mais realidade á situação, abracei Henry de forma calorosa, que deixou Kyuhyun sentar no sofá de forma grossa, como se fosse o dono da casa.

- Aconteceu alguma coisa? – Perguntei tentando fingir desentendimento.

- Nada. – Bufou Kyuhyun.

Tentei andar mas Henry não deixava, com ele em minha cintura, fiz força para caminhar até a cozinha indo preparar algo para o almoço. Perguntei se Kyuhyun ficaria para almoçar, recebendo em resposta um sim gritado e rouca. Conseguira deixa-lo com raiva com algo, não sei se dera certo, mas ao ver suas ações, julgaria que sim.

Coloquei Henry em minha frente depositando um beijo em sua testa, dando-lhe um sorriso de confiança, pedindo silenciosamente para que ele confiasse em mim, recebi um sorriso da parte do pequeno, que me abraçara mais forte.

Eu e Henry cozinhamos novamente, dessa vez fizemos panquecas recheadas com carne. Fizemos da melhor forma possível e também em grande quantidade, resultando muitas risadas e coisas para serem lavadas depois. Enquanto cozinhávamos Kyuhyun apenas nos olhava da sala, sentia seu olhar em mim, mas Henry sempre me chamara a atenção para que não me queimasse ou algo do gênero.

Não demoramos e logo botamos os pratos na mesa e comemos. Kyuhyun nos olhava, em cada mordida na panqueca que tinha enrolada a carne. Ele nos olhava de forma intensa, me deixando incomodado. Eu precisaria ser mais especifico em minha linha de pensamentos, deveria pensar em algo que o deixasse mais calmo? Senti meu coração vibrar em resposta, sim eu teria que pensar em algo que o deixasse feliz.

Tentei imaginar Kyuhyun sorrindo, em como gostaria de vê-lo sorrir do que ver a face carrancuda de que estava atualmente. Vendo que estava dando certo ele me olhara intensivamente, e logo um sorriso, do qual havia imaginado brotou em seus lábios. Para cortar o clima Henry depositara sua mão em cima da minha, vendo o sorriso de Kyuhyun desaparecer.

O clima pelo resto do almoço fora assim, de forma pesada. Nada deixava a atmosfera mais leve e divertida. Depois do almoço Henry fora dormir, ele não havia pregados os olhos pensando na hipótese de eu ter um pesadelo e precisar de algo que me acalmasse. Enquanto ele dormia me sentei no sofá dando continuidade ao meu livro. Kyuhyun assistia televisão em silêncio, tanto para não acordar Henry quanto para atrapalhar a minha concentração.

‘’Depois de ver o que havia naquele lugar, ficara espantado ao ver os rostos conhecidos. Não queria acreditar que aquelas pessoas estavam mortas, sendo que mais cedo havia conversado com eles, juntamente ao um grupo de estudantes.

Mas não poderia parar por aí, sabia que ainda eles escondiam muitos segredos, que havia muita coisa a ser esclarecida. Como, por exemplo, a pergunta que não se cala, como foi que aqueles estudantes havia morrido?

Por acaso deveria voltar á sala secreta? Não, aqueles papeis me foram inúteis, não deixaram nada comprovado, a não ser a morte dos dois serem de conhecimento publico. Então quem os matou, porque deixariam tais marcas em seus corpos?’’

O livro descrevia tudo o que eu havia passado, mas uma parte me chamara atenção. A única coisa sobre marcas nos corpos, fora o que estava escrito em um dos artigos dos jornais, que falavam sobre marcas de dentes, os caninos, mas estavam no corpo de Yesung, nada relatava quanto ao outro corpo.

Olhei para o lado, procurando algum machucado ou cicatriz visível em seu corpo, mas a única parte expostas eram seus braços e pescoço, e nem se quer pelo ele tinha. Tentei afastar os pensamentos, para que o mesmo não soubesse o que eu tramava. Abaixei o livro, tentando imaginar algo como desculpa para o que eu fosse perguntar. Quando terminei de formular tudo, olhei para Kyuhyun.

- Ei, Kyuhyun. – Ele se demorou para olhar para mim, parecia entretido no que se passava na televisão. – Você têm alguma marca no corpo?

- Por que quer saber?

- O Henry têm uma marca, e quando perguntei ele disse que tinha sido feita quando resolveram jogar futebol e quebraram a janela, ele me disse que você também se machucou.

Kyuhyun olhara para mim de forma intensa, não ele não caiu na minha desculpa. Henry nunca me contara tal história, muito menos havia algum sinal em seu corpo, e vendo que Kyuhyun conhece o mais novo a mais tempo que eu, ele deve ter percebido que eu mentira para ele, ou que Henry havia contado alguma besteira, tentando se gabar.

- Tenho uma na barriga.

Ele se levantou, logo levantou a camisa mostrando a cicatriz em sua barriga. Ela parecia recente, pois estava inchada e bem vermelha. Queria tocar, e não segurei a vontade, toquei ela com a ponta dos dedos, de forma leve que não o machucasse. Olhei para Kyuhyun que me olhava friamente, percebi que havia agido de forma imprudente. Me recompus no sofá, ficando com a coluna ereta, e olhar baixo mostrando vergonha.

- Desculpa. – Foi o que eu murmurei para ele.

- Não tem problema.

Kyuhyun sentou-se novamente no sofá, porém perto de mim. Pude sentir meu coração batendo rapidamente e descompassada mente, coloquei a mão no peito, sentindo o coração bater. Respirei fundo por algum tempo, vendo que minha respiração estava tremula, estiquei meus dedos que tremiam levemente. O vento jogou as cortinas deixando a brisa fria passar pela sala, senti o aroma de enxofre invadir minhas narinas, olhei para Kyuhyun que me olhava de forma fria e curiosa.

Tentei desviar de seu olhar, mas ele erguera meu queixo com sua mão esquerda, deixando nosso rostos próximos. Os seus olhos negros, me penetravam a alma de jeito perturbador, me senti inofensivo, como um cachorro sem dono fugindo da carroçinha. Pude ver que seus olhos se variavam entre meus olhos e minha boca. Senti meu coração bater mais forte, uma sensação que jamais sentira em toda a minha vida.

- Nunca mais faça isso.

Foram as únicas palavras de Kyuhyun, antes de tomar meus lábios para si de forma possessiva. Ele começou com um beijo leve e carinhoso, como se quisesse apenas tirar uma duvida. Me afastei dele com um empurrão, cobrindo a minha boca, minha respiração falhava, junto com meu coração. Corri ao quarto de Henry, sem me importar em acordar o pequeno, apenas peguei minhas coisas e sai da casa de madeira, indo em direção do segundo prédio. Prescisava tirar ele de meus pensamentos, e acalmar as preocupações de meu coração. Sendo uma delas em saber como meu amigo estava.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Sáb Nov 17, 2012 9:19 am

Capitulo 7 - Segredos Parte 2

Andava pelos corredores com certa pressa. Ainda com a mão em meus lábios não acreditando no que acontecera mais cedo. Ainda posso sentir a maciez de seus lábios fazendo pressão sobre os meus. A forma de como reagira ao seu toque foram surpreendentes para mim. Meu coração batendo rapidamente, pensar em mais nada, e ainda mais o desejo de querer mais. Não, não poderia continuar com aquilo, fiz bem em me afastar, ele poderia ter jogado um feitiço em mim, se é que isso fosse possível.

Me dei conta de que estava parado em frente a porta do quarto de meu amigo Ryeowook, não se demorou para a minha preocupação me afligir. Sabia que de que Yesung estava morto, mas não sabia como andava. Claro que com os pés, obvio, mas ele seria um fantasma, ou algo do tipo?

Criei coragem e bati na porta de madeira. No meu segundo toque a porta foi aberta, mostrando meu amigo baixinho, com os olhos surpresos. Pela suas vestes, pude perceber que não fazia muito tempo que havia acordado.

- Minnie, entre. – Disse o baixinho me dando passagem para adentrar em seu quarto.

- Com licença. Eu queria saber como foi seu encontro.

- Ah, - Wookie, baixou a cabeça, escondendo o tom rosado de seu rosto. – Tenho uma coisa a te perguntar, sobre isso.

Sentei em sua cama, e esperei a pergunta dele, algo dentro de mim sabia o que ele iria perguntar, ou pelo menos, esperava que ele perguntasse.

- Você já sabia? – Perguntou ele em tom de voz baixo, me aproximei dele tentando escutar melhor.

- Do que?

- Que o Yesung é um vampiro?

Arregalei os olhos surpreso. Sabia que estava morto, mas não que era um vampiro. Além de Henry a escola tinha outro ser sobrenatural, dessa vez escondido entre seus alunos. Não posso me esquecer de que Kyuhyun também é um desses seres, porém ainda me é indefinido. Poderia até cogitar a ideia dele ser outro vampiro, mas como isso explica o fato de ele sair no sol? Já havia reparado que Yesung sempre anda nas sombras, nunca pisou em locais onde o sol pegava, apenas nas sombras, mas na época havia pensando que ele não gostava do sol, pois tinha alergia ou algo do tipo. Agora sei que sua alergia pode lhe trazer a morte, ou algo do tipo. Nunca se sabe qual dessas lendas são verdadeiras.

- Irei ser sincero, contigo Wookie, pois você é meu único amigo.

Contei á Ryeowook tudo o que havia passado desde a minha entrada na escola. Sobre como Kyuhyun agia sob minha presença, sobre Henry, sobre o livro que pegara na biblioteca, sobre a descoberta, e tudo mais que lhe podia contar, até mesmo sobre o beijo que Kyuhyun me dera. Posso afirmar que senti um peso sair de minhas costas, guardar tamanho segredos é de certa forma cansativo, apenas me faz sentir solitário, como se fosse o único humano á ter que guardar esse segredo. Mas agora tinha Ryeowook que escutara tudo de forma compreensiva e sem me interromper.

- Uau, sabia que tinha algo estranho nesse colégio. – Disse ele por fim.

- E agora eu não pretendo me encontrar com Kyuhyun.

- Mas vocês são colegas de quarto. Como poderá não vê-lo?

- Não sei, darei um jeito, mas acredito que ele pensa muita besteira sobre mim.

- Você dormindo com um vampiro que morreu aos dez anos de idade? Claro que ele pensaria.

Continuamos a conversar, porém sobre seu encontro. Ryeowook me contava sobre como Yesung lhe fora gentil o suficiente em lhe contar o que realmente era, e de quão apaixonado estava. Me senti como uma garota que suspira ao ver um conto de fadas, mas aquilo não era um livro de princesa e finais felizes, era a minha terrível e horripilante realidade. Conheço dois vampiros, e um ser morto que julgo a ser um zumbi, já que não sei qual é a sua espécie, e não pretendo me formar, só se for em detetive, já que me intrometi em assuntos que não me diziam a respeito.

A porta foi aberta mostrando a figura de Yesung, que me olhara friamente, mas seu olhar mais quente, o de Kyuhyun eu me sentia da Antártica. Ele entrou no quarto, dando um beijo em Ryeowook e me encarou.

- Ele sabe, ele realmente sabe.

- Imaginei, o vi saindo da sala da pedagoga junto com Henry na noite passada. – Disse ele com sua voz fria.

- Bom, vou deixa-los sozinhos e vou voltar ao quarto.

- Você pode encontra-lo lá, se for.

- Então irei á qualquer outro lugar onde possa terminar de ler o livro e terminar de bancar o detetive.

Saí do quarto, deixando os dois sozinhos. Andei até o primeiro prédio, procurando pela biblioteca, lá seria um lugar onde Kyuhyun provavelmente iria passar muito tédio. Ele não gosta de ler, disso eu tenho certeza, já que nossos professores pediam livros para interpretássemos, Kyuhyun olhava para a capa dos livros e já bocejara.

Abri a porta, vendo que tinha alguns alunos sentados nas mesas. Escolhi uma mesa afastada, precisava de privacidade para a minha leitura. Tinha uma vaga, ela era de canto, e ninguém se sentava perto. Afastei a cadeira me sentando, já abrindo o livro onde havia parado.

‘’Andei pelos corredores da escola, ouvindo vozes que não me eram familiares. Olhava para trás e nada via, apenas acelerei o passo. O corredor frio e escuro me trazia uma aura assustadora, principalmente por estar sozinho.

Passara por várias portas, mas nada de encontrar a que eu procurava me pus a pensar desde quando a sala de laboratório era tão longe?

Como os alunos puderam ter passado por aquele lugar semanas antes de morrerem? Ouvira boatos de que o laboratório não era mais usado, por ter assombração de outros alunos que morreram depois de fazer certos rituais satânicos. Dizem alguns alunos de que os corredores são amaldiçoados por almas impertinentes, que se recusam a ir para outro lugar, como paraíso ou inferno.

Realmente era assustador passar por aqui, não havia um sinal de luz que não seja a fina luz branca da lua cheia. Escutar passos e carteiras se arrastando são coisas fora de questão. Mas alguns gritos, sim isso poderia ser escutado. Como a escola poderia ter tal lugar? Penso que por mais que demolissem e fizessem algo diferente as almas iriam buscar por vingança. Mas por quê? Não faço a mínima ideia.

A porta já estava aberta, entrei nela, encontrando as mesas retangulares com azulejos brancos e quadrados, com algumas ampolas, frascos com líquidos e potes com algum espécime morto como cobras morcegos. Na parede á minha esquerda havia uma estante com diversos crânios, cavalo, cachorro, gato é até mesmo humano. Ao redor das mesas havia algumas prateleiras, com bonecos de anatomia humana, o quadro negro continha algumas equações resolvidas.

Olhando para a sala, não poderia afirmar que aquele lugar fora abandonado á alguns anos atrás. Mas sim que fora usado alguns momentos antes de minha chegada. Aproximei-me da mesa que continha os líquidos nos frasco, encostando de leve, sentindo que estava fria e grossa. Peguei o frasco para cheirar, sentindo o aroma de enxofre misturado com água. O cheiro era forte, por isso o afastara rapidamente.

Uma voz vinda do corredor me fizera lembrar de que provavelmente não estaria sozinho, meu amigo havia me avisado para não ir aquele lugar, mas ignorara por causa de aguça curiosidade, deveria escuta-lo de vez em quando, pelo menos agora que sabia sobre sua verdadeira identidade. ’’

Levei um susto quando a porta da biblioteca fora fechada com a força do vento. Pousei minha mão em meu peito, sentindo meu coração batendo acelerado. Olhei em volta vendo que os alunos já haviam saído, olhei de relance para o relógio, que já mostrava 4h da tarde.

Agora que estava sozinho, gostaria de saber se era a verdade de que mais alunos haviam morrido antes de Kyuhyun e Yesung. Poderia pensar na ideia de perguntar ao vampiro, mas me parece que ele não gosta muito de mim, e provavelmente ele deve estar com Ryeowook, não seria legal atrapalha-los. Poderia perguntar á Henry, mas e se Kyuhyun ainda estiver lá?

Ainda tem essa questão, Kyuhyun. Só de pensar em seu nome a cena do beijo me vem a cabeça. Mas acredito que não custaria nada em pergunta-lhe, já que ele quer tamanha intimidade comigo. Não, não seria legal, não seria honesto de minha parte seduzir um adolescente morto, apenas para saber se mais alguém havia morrido.

Balancei a cabeça em negação, peguei o livro e saí em direção da casa de Henry, sei que Kyuhyun não ficaria muito tempo lá, pelo menos é o que eu espero que tenha acontecido, ele ter saído. Atravessei o jardim, já me agachando sobre o chão, vendo a casa de Henry.

Passei pela porta recebendo um abraço de meu pequeno. Ele me olhara choroso, aposto que Kyuhyun lhe dera uma bronca por causa de meus pensamentos insanos de mais cedo, mas aquilo foi uma situação de emergência, não queria que ele soubesse sobre o que havia feito noite passada, nem sobre minhas descobertas, mesmo que se relacionem com ele.

- Hyung, você não faz ideia do quanto tive que ouvir daquele chato do Kyunnie.

- Imagino sim, e pode apostar que não pretendo olhar a cara dele por um bom tempo.

- Por que, hyung?

- Ele me beijou. – Henry fizera uma cara de espanto seguido por uma de raiva, ele fechou os punhos, deixando suas presas de fora, e seus olhos vermelhos, seu rosto ficara branco como a neve ressaltando as veias negras.

- Eu nunca vou perdoar ele por ter feito isso contigo, hyung. Você está proibido de ver ele.

- Sim senhor. – Respondi sorrindo. – Agora se acalme que eu vim aqui te perguntar algumas coisas.

Henry relaxou a já me puxou para dentro de casa. Me sentei no sofá e Henry se sentou em minha frente ansioso para as minhas perguntas.

- Algum aluno morreu antes do Kyuhyun e de Yesung?

- Ah sim, havia me esquecido disso, eu ia te contar mas o Kyunnie meio que atrapalhou.

- Hoje de manha?

- Sim. Bom vou contar então. – Henry ajeitara sua cabeça em meu colo para que ficasse confortável para me contar a história, acariciei seus cabelos numa forma de segurança, para que ele não sentisse medo em me contar. – Antes da morte de Kyuhyun e de Yesung, teve sim algumas mortes. Na época fazer rituais satânicos era algo proibido aqui na escola. E sabe como são os jovens, sempre gostam de fazer coisas proibidas.

- Não faço coisas proibidas.

- Você me imaginou com você fazendo...

- Tá bom já entendi, continue.

- Bom alguns alunos, se juntaram em grupo dizendo que era mentira, que não existia tal coisa, por isso pegaram uma noite de sexta feira trezes, justamente , para fazerem o ritual. O diretor da época ficou sabendo e expulsou os alunos, sendo que os mesmo morreram dois dias depois. Na sexta feira treze seguinte mais um grupo foi fazer o ritual, dessa vez foram as meninas. Elas fizeram o ritual na sala de laboratório, que agora é desativado. Como anteriormente, elas foram expulsas e dois dias depois mortas.

‘’Rola boatos, que suas almas, por se sentirem solitárias e com raiva de algo continuam a vagar pelo colégio, mais precisamente o andar do laboratório. Ele fica no terceiro andar do primeiro prédio. Ele era a única sala a residir aquele andar. Depois da morte desses alunos, alguns estudantes que usavam o laboratório disseram que viram o espírito dos colegas, por isso o diretor desativou a sala e o corredor. Hoje em dia é estritamente proibida a entrada dos alunos.’’

- Você sabe o que estou pensando? – Perguntei, depois de imaginar as cenas.

- Aposto que quer entrar lá para saber.

- Também, mas acredito que isso não nada a ver com a morte de Kyuhyun e Yesung.

- Por que?

- Se não a escola estaria fechada como mal assombrada. Como pode ocorrer tais lendas e os alunos continuarem a estudar aqui sem se quer ter um pingo de medo?

- Apesar das lendas o nível de ensino daqui é elevado. Você sabe disso, por isso os pais ignoram qualquer rumor ruim que tenha, desde que seus filhos se tornem prodígios, está tudo bem.

- E outra, Hoje fiquei sabendo que Yesung é um vampiro, por acaso ele é o dono que você espera?

Henry se sentara em um pulo, me olhando surpreso. Fora o que eu realmente pensei. Além de andar somente nas sombras, Yesung evita de passar perto do jardim.

- Ah, mais segredos sendo descobertos por Lee Sungmin. Sim ele foi quem me mordeu, mas fui mordido porque eu pedi. Na época eu estava apegado á ele, não queria soltá-lo de forma nenhuma. Yesung ficou chateado e bravo, na época em que ele morrera descobri que ele havia sido transformado em vampiro, e que Kyuhyun era diferente.

- Diferente como?

- Não irei tirar a graça da história, você tem uma curiosidade em tanto, por isso não te contarei. Então, eu descobri e implorei á ele que me mordesse, queria ficar para sempre com ele. Mas no final ele me botou aqui e disse que voltaria. Fiquei aqui todos esses nãos e apenas senti seu cheiro nada mais. Só Kyuhyun cuidou de mim durante todo esse tempo.

- Nossa Henry, não sabia que havia passado por tudo isso. – Disse dando um abraço no pequeno.

- Por isso eu gosto de você Minnie, você gosta de proteger as pessoas e têm uma curiosidade incrível. Cuidarei de você do mesmo jeito que cuida de mim.

Sorri ao ver que o pequena tinha tamanha confiança em mim. Pensara uma vez se ele não achava que eu estava ao seu lado por puro interesse, mas Henry sabia que não. Fiquei conversando com ele mais um pouco e logo voltei para o dormitório, mais cedo ou mais tarde teria que me encontrar com Kyuhyun.



Quando o elevador deu sinal de que havia chego a meu andar, senti minhas mãos tremerem junto com meu coração, estava ansioso, e não sabia por que. Andei em passos longos, diminuindo a distancia entre eu e a porta. Girei a maçaneta, vendo que Kyuhyun estava sentado na janela abaixo da escada. Olhava fixamente para o lado de fora. Engoli em seco, tentando ignorar sua presença e fazer de conta de que ele não tinha me visto nem eu o visto. Dera passos normais para a minha cama, guardando o livro debaixo do travesseiro, e logo me deitando na cama.

- Por que faz isso comigo Sungmin? – Disse ele com uma voz rouca e trêmula.

- O que eu fiz?

- Por que imagina besteiras, apenas para me esconder algo?

- Por acaso lê pensamentos?

- Você sabe que sim. – Tremi, ele sabia, não Henry não devia ter contado á ele. Era isso que ele queria que eu pensasse que fora pego. Tentei esvair o pensamento, colocando qualquer outra coisa em mente.

- Não sei sobre o que está falando.

- Sungmin, desde que te vira, senti algo por você, vê-lo aqui, no mesmo quarto que eu, me deixara atordoado. Agora todos esses sentimentos se foram, apenas me pergunto do porque me queres longe de você.

- Kyuhyun essa é a primeira vez que te vejo. Não te conheço de nenhum outro lugar. Não posso corresponder teus sentimentos. Desculpe-me.

Kyuhyun se levantara vindo em minha direção, ficara de frente comigo olhando fixamente para meus olhos não me permitindo pensar em mais nada a não ser a situação atual. Ele fora devagarosamente se deitando sobre mim, já podia sentir o colchão em minhas costas e seu halito fresco em minha face. Seu rosto fora se aproximando do meu de forma devagar, todos seus movimentos eram lentos, queria aproveitar aquilo, sei que ele queria.

A distância entre nós fora cortada por ele, que logo selara meus lábios graciosamente. Novamente seu gosto entrar em minha mente, como da ultima vez. Ele queria aprofundar o beijo, eu queria afasta-lo, mas não tinha forças para tal ato. Demorara demais em tentar repudia-lo, pois havia deixando invadir minha boca. Sua língua explorava toda a minha boca, como se quisesse memorizar cada canto de minha boca.

Pude sentir que seu beijo não era agressivo, como seu olhar frio. Muito bem pelo contrário, sentia necessidade de sentir mais dele, mas não sabia me controlar. Não sabia como parar, estava se tornando vicioso para mim, percebera isso agora que estava circundando sua cintura, tentando aproximar ele mais, como um pedido silencioso de quer queria ir além daquilo.

Seu beijo doce e suave, como poderia me deixar de tal forma? Para que precisava de ar? Como ele poderia me fazer sentir desse jeito, como se seu beijo fosse a única forma de me sentir vivo? Lembrar-me de seu gosto era a única forma de sentir meu coração batendo rapidamente, de sentir minha respiração se ofegar. E agora novamente provara de seus lábios, dessa vez que tinha culpa, pois pedira por mais, eu deixara claro que não queria vê-lo, no final das contas, estou deitado em minha cama com ele em cima de mim, me dando um beijo.

Afastamos-nos por falta de ar, ele me olhara carinhosamente, alisava meu rosto com seus dedos longos de gelados. Seus olhos me transmitiam paz, uma paz que nunca pudera imaginar. Sem se quer ter percebido entrelacei seus dedos com os meus, Kyuhyun levou minha mão até seu peito, onde nenhum batimento cardíaco era notado. Lembrei-me do fato de que acabara de beijar um ser morto, que não sabia o que havia acontecido depois de sua morte, ele era um fantasma, um vampiro, um zumbi? Não sabia, apenas sentia a necessidade de sentir seus lábios.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Dom Nov 18, 2012 9:01 am

Capitulo 8 - Laboratório

Ficamos no olhando por um tempo, tentando absorver todas aquelas emoções que se tornaram presentes durante nosso beijo. Não sabia o que estava fazendo, estava fora de mim. Isso é errado, não posso fazer isso. Soltei a minha mão da dele, pousando o dorso das mãos em meus lábios, virei meu rosto para o lado fechando os olhos para voltar á realidade. Kyuhyun não se afastara, pois não sentira nenhum movimento seu.

Pensei em como ele poderia agir daquela forma comigo, como ele podia me deixar nesse estado? Sem eu ter percebi eu tinha puxado ele para acabar com aquela distancia, e agora ele deve estar pensando que eu gostara do que acabara de acontecer. Parei para pensar mais. Como eu me sentia em relação á isso. Eu realmente precisaria sentir de seus lábios? Ele sentia o mesmo que eu? Provavelmente não, ele está morto, não têm batimentos cardíacos, e está preso aqui por algum motivo, se eu desse de cabeça nesses sentimentos, iria me machucar, pois uma hora ele teria de partir definitivamente, e eu ficaria só apenas me lembrando de nossos momentos. É realmente seria mais fácil deixar ele longe de mim, antes que tudo desse errado.

Abri os olhos, e encontrei aquele par de olhos frios novamente. Ele me analisava de forma critica, podia sentir que ele não havia gostado do que eu acabara de pensar. Mas antes que eu pudesse dizer algo, ele tomou novamente meus lábios, dessa vez em um breve selar.

- Não fale nada, não pense em nada, apenas curta o momento.

Não tinha o que dizer. Realmente, uma parte de mim queria mais dele, mas meu outro lado ainda me batucava dizendo para sair da li o mais rápido o possível. Apenas fiquei quieto, queria saber o que ele faria a seguir, o que me surpreendera. Kyuhyun apenas acariciava meu rosto de forma leve e delicada, me fazendo esquecer do mundo que me rodeia, e de todos esse seus mistérios, apenas me focando no quão gelado eram seus dedos, e acolhedor que eram seus olhos, apesar de ter aquela camada de frieza.

Me pusera a pensar em como fora uma presa fácil. Ele queria que isso acontecesse e que caíra em sua armadilha. Se o que Kyuhyun queria era diversão, então eu ele, talvez, tenha acreditado que comigo seria uma montanha russa. Tenho que lhe mostrar que não é isso, que eu não quero ser apenas mais um.

- Não será. – Resmungou ele, lendo mais um vez meus pensamentos.

- É privacidade. – Disse vendo que minha voz falhara, me deixando constrangido por parecer tão fraco.

- Você é adorável desse jeito.

Senti meu rosto ficar vermelho, era assim que eu reagira com suas palavras, ele sempre me deixa desconcertado com apenas um suspiro. Como pode ele ter tanto poder sobre mim, sendo que faz pouco tempo que nos conhecemos? Acabo de passar meu primeiro final de semana nesse colégio e já ganhara um beijo, e possivelmente um bando de espíritos querendo correr atrás de mim, pois minha curiosidade Dara sinal de vida.

Sim, eu iria ver o tal corredor, quero ver se existe tal coisa, e não iria contar á ninguém, iria sozinho, mas não á noite, e sim de manha. Para isso precisaria faltar aula, mas qual dia seria perfeito para isso? Talvez amanhã? É poderia ser, amanha de manha daria um jeito de sair mais cedo do dormitório e entrar no corredor no período de aulas, por mais que eu fosse pego por um dos professores a minha curiosidade se calaria, pelo menos até que o próximo local assombrado viesse.

Voltei a realidade quando vi Kyuhyun deitar a cabeça em meu peito, minha mão que estava estendida pelo colchão, era serpenteada pelos dedos dele, que se entrelaçaram com os meus. Sorri ao ver nossas mãos abraçadas, como se fossem uma só. Realmente tinha caído em sua armadilha, mas era uma armadilha que não queria me soltar. Posso afirmar que gosto de Kyuhyun.

- Fica comigo. – Disse ele por fim quebrando o silêncio.

- Ficarei.

Kyuhyun ergueu seu olhar para me encarar, pude ver um brilho em seu olhar, ele realmente estava falando sério. Ele ficou sentado em cima de mim, puxando meus braços para ficar na mesma posição que ele. Assim puxou meu rosto e selara meus lábios de forma possessiva. Não devo mentir que aquela entra para a minha lista de melhores sensações. Retribui seu beijo, pedindo passagem para sentir sua boca, que logo fora atendida. Nossas línguas travaram uma guerra por espaço, mas ao mesmo tempo tudo era maravilhoso. Puxei a barra de sua camisa, fazendo seu corpo ficar próximo ao meu, pelo menos é o que eu queria pensar, sendo que eu sentia certo desconforto em minhas calças.

Tirei sua camisa, vendo seu peito branco e fino, porém delicado e provocante. Ele fizera o mesmo comigo, tamborilando os dedos em meu abdome. Sentia um calafrio se passar em minha espinha, como sempre reagira aos seus toques. Kyuhyun fora beijando meu pescoço descendo seus lábios, formando uma trilha em minha barriga. Ele chegara perto do botão de minha calça jeans, me deixando na pura excitação. Queria sentir mais, como todo jovem quer sentir quando se chega a esse ponto. Kyuhyun abrira a minha calça, tirando-a de meu corpo, jogando a peça em um canto qualquer do quarto. Fiz o mesmo com a sua deixando nós dois apenas com nossas boxer, já podia sentir o que iria acontecer, e não fora diferente do que imaginara. Cada penetrada, cada gemido, cada gota de suor fora de fato uma das sensações mais deliciosas que já havia sentindo. Seu corpo dançando sobre o meu, gemer seu nome baixinho, com certeza ultrapassara a minha ideia de como seria a minha primeira vez, que sempre imaginara que seria com uma mulher e nesse caso foi com um homem e ainda por cima, morto.

Kyuhyun fora gentil comigo, pude sentir isso, cada toque seu era como uma pena caindo levemente na água. Por mais que ouvisse comentário de que doeria, nunca imaginei que essa dor poderia ser tão prazerosa. Realmente fora uma experiência muito boa. Kyuhyun não desgrudou seu corpo do meu em nenhum momento, nem se quer falava coisas que poderia me deixar constrangido, muito bem pelo contrário, ele me abraçava, me invadia, me beijava com sentimentos, sentimentos que eu nunca senti antes. Agora que estávamos mergulhados em nossos fluidos, descansávamos ofegantes sobre a cama, espaço entre nossos corpos, simplesmente não existia. Kyuhyun apenas acariciava meus cabelos, e os cheirava, suas pernas estavam entrelaçadas com as minhas, enquanto eu estava totalmente submisso á ele.

- Sungmin, eu te falei. Fique longe de mim que eu te seguirei.

- Não duvidarei de você.

- Você não faz ideia do quanto esperei por esse momento. – Disse ele escondendo seu rosto nos fios negros de meus cabelos, enquanto eu escondia meu rosto em seu pescoço nu.

- Quanto tempo?

- 5 anos, desde a primeira vez em que te vira.

- O que você sente por mim Kyuhyun? – Era uma pergunta que nunca se calava em minha mente, para mim fazer aquilo seria apenas com a pessoa da qual já teria uma certa confiança. Mas e ele? O que ele sentia por mim? Era um sentimento do qual seria digno de minha atenção?

- Um sentimento que nunca senti antes. Eu te amo Lee Sungmin.

Senti meu coração acelerar os batimentos, novamente aquela sensação boa, de ansiedade e nervosismo. Como ele poderia dizer tais palavras com tamanha certeza? Eu sentira o mesmo? Juro que gosto dele, mas gostar é diferente de amar, que é diferente de paixão. Tanto paixão quanto gostar são emoções momentâneas, enquanto o amor dura, para todo o sempre. Posso admitir que sua companhia é boa, sua voz melodioso em meus ouvidos, seu jeito frio e arrogante me dá nos nervos, me deixando com vontade de saber qual o motivo de tal frieza, para depois dar-lhe a cura. Sim eu gosto dele, mas não sei o quanto, tudo isso é novo para mim, porém sinto a necessidade de lhe dar uma resposta. Dependendo do que lhe falar, ele poderá se afastar de mim, me deixando com a solidão e a ilusão. Se lhe dissesse que correspondo a seus sentimentos, ele ficara feliz, mas eu não, pois estou confuso quanto a isso.

- Não precisa me responder. Apenas fique ao meu lado que será suficiente.

- Já disse que meus pensamentos é privacidade.

- Não, eles são apenas o segredo de minha mágica.

- Kyuhyun, você ficou bravo quando eu soube o que havia acontecido com você?

- Não, pois você apenas sabe que eu estou morto, mais nada. E não lhe contar, sei que gosta de investigar as coisas. Por isso acredito que será mais divertido se você fizer por conta própria.

Sorri ao ver o tamanho de sua confiança em mim. Ele soube através de Henry, disso não tenho duvida, o mais novo sente medo de Kyuhyun, por isso quando eu saí ele deve ter feito o pequeno falar.

- Tive medo. – Disse Kyuhyun quebrando minha linha de raciocínio.

- Do que?

- Tive medo de que assim que soubesse sobre mim, você fugisse que nunca mais quisesse olhar em meus olhos. Fico muito contente em saber que estás comigo.

- Fico feliz, que no fundo você seja esse rapaz doce.

- Apenas com você.

Novamente ficamos trocando caricias. Sei que meus sentimentos irão crescer e que no final eu irei me machucar. Mas não posso evitar, me odeio por ter caído em sua armadilha de forma tão fácil. Mas mesmo assim as sensações que ele me traz é algo que eu não irei trocar por nada, daria a minha vida, para que todo sempre sentisse isso.



Acordara cedo dessa vez, Kyuhyun fora para a sua cama, depois que eu caí no sono. Agora são 6h, hora perfeita para sair. Tomei um banho rápido, colocando o uniforme. Peguei minha bolsa mais o livro, e sai do quarto rumando para o primeiro prédio. Olhei em volta vendo que a concentração de alunos era pequena, apertei o passo, passando pelo primeiro andar, que era a biblioteca, refeitório, salas dos professores. Subi as escadas indo para o corredor dos primeiros anos, subi mais um lance de escadas indo para as salas dos segundos anos, e mais um lance de escadas que eram dos terceiros. O próximo andar seria dos grupos de aulas extracurriculares, como dança, teatros, canto, esportes. No final do andar tinha mais um lance de escadas que no primeiro degrau havia uma corrente impedindo a minha entrada.

Na corrente havia uma placa de ‘’Não ultrapasse’’, que fora ignorada por mim. Pulei a corrente, subindo o primeiro degrau, me apoiando na parede. Precisaria esperar, queria saber se realmente existia algum tipo de espírito, e para isso teria quer ser depois que o sinal tocasse, para não confundir com os murmúrios dos alunos. Como havia chego cedo, me sentei no degrau e continuei a ler o livro, para saber o que fazer caso visse alguém.

‘’Olhei para a porta lá estava eles. Um garoto que deveria ter dezessete anos, estava com o rosto pálido, os olhos totalmente negros e seus cabelos desgrenhados. Seu rosto era aterrorizante, mas nada fez apenas sorriu e veio em minha direção. Comecei a correr indo para a porta dos fundo do laboratório, quebrando tudo quanto era frasco enquanto pulava as mesas que tinha em meu caminho. Cada passo meu mais perto aquele garoto ficava de mim, abri a maçaneta dando de cara com uma garota de cabelos lisos, pele branca e olhos negros como o do outro fantasma. Um grito de pavor se entalara em minha garganta, mas nenhum som era proferido.

Cai no chão, já vendo que a minha morte seria agora. Porém nada aconteceu, os fantasmas me olhavam seriamente, um deles mexeu o nariz como se fossem um cão farejador. Ao sentirem um cheiro, eles se afastaram. Quando em vi livres deles, puxei minha jaqueta, tentando sentir o aroma que teria feito aqueles fantasmas irem embora. Era cheiro de meu amigo fantasma. Aquele amigo que mais cedo me abraçara como um ato de proteção, seu cheiro ficara impregnado em minhas roupas. Meu amigo fantasma me ajudara, mais uma vez. ’’

Ouvira o sinal bater avisando que a aula começaria. Guardei o livro em minha mochila, e me pus de pé. Bufei, pois não tinha um amigo fantasma que havia me abraçado deixando seu cheiro em mim, teria que morrer se fosse o caso. Comecei a subir as escadas, que me mostravam um longo corredor em seu final. O corredor era extenso e estava claro, o que me deixara mais aliviado.

Comecei a andar em passos lentos, tentando absorver algum tipo de som vindo do além. Olhei á minha volta, vendo que algumas portas estavam abertas, mostrando salas escuras e destruídas. Ouvi uma risada, parecida com a de uma criança divertida. Olhei para trás, mas nada via, voltei a andar novamente, tendo a risada rondando em minha cabeça. A cada passo olhava ao meu redor procurando por alguma presença, mas nada vendo.

Mais uma vez a risada ecoara pelo corredor, olhei para frente vendo o laboratório com a porta fechada. Girei a maçaneta vendo que a mesma estava destrancada. Entrei no laboratório que era do mesmo jeito que fora descrevido no livro, as mesas retangulares, os espécimes guardados em pote em conserva, as anatomias humanas, até mesmo o frasco contendo uma mistura. Aproximei-me do frasco sentindo o cheiro de enxofre com água, realmente era forte o cheiro, o mesmo cheiro forte que Kyuhyun exalava. Coloquei o frasco na mesa, ouvindo a risada novamente ecoar pela sala. Olhei para a porta, deixando meu corpo virar também, mas nada encontrara, ao me voltar novamente para o frasco, dera de cara com um garoto pequeno com o rosto pálido e olhos negros, seus cabelos estavam para cima em forma de topete, sua roupa era branca rasgada e suja de sangue.

Dei um jeito de engolir meu grito e me pus a correr para fora da sala. Exatamente como no livro o fantasmas se aproximava mais de mim enquanto eu corria. Dessa vez corri para as escadas onde anteriormente subia. Mas quando cheguei perto da escada uma garotinha surgira, ela estava deitada no chão, com uma poça de sangue ao seu redor. Não dera tempo de parar de correr, acabei tropeçando em seu corpo caindo escada abaixo, sentindo minhas costas doerem e latejarem, uma dor maior veio ao sentir meu rosto batendo em algo solido.

Ficara tonto com a queda, vi que ainda estava no primeiro lance de escadas, que para chegar ao corredor de salas de aulas extracurriculares, teria que descer o segundo lance. Mas estava fraco, senti algo escorrer em minha testa, passei os dedos, vendo que era sangue, tentei me levantar mas tudo doía. O pânico tomou conta de mim quando vira o menino se aproximar novamente de mim com uma faca em mãos, a faca estava sujo de sangue, e ele sorria para mim.

- Mais um para a coleção. – Dissera o menino.

Meu coração batia rapidamente, não tinha mais nada a fazer. Meu corpo doía, principalmente a cabeça, não tinha forças para me levantar e sair correndo. A visão do menino fora ficando embaçada, e então a escuridão tomou conta de tudo.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Ter Nov 20, 2012 1:30 pm

Capitulo 9 - Pesadelo

Recobrei a minha consciência, tendo minha visão totalmente embaçada. Um vulto estava em cima de mim me dando um pequeno susto, mas assim que minha visão voltou ao normal, vi que era apenas Kyuhyun, que me olhava preocupado.

- Graças a Deus! – Exclamou ele depois de me ver acordado.

Tentei me sentar, mas a pontada em minha cabeça me fizera desequilibrar. Kyuhyun me apoiou ajudando-me a sentar direito. Olhei em volta e pude ver que estava em meu quarto e apenas ele estava lá dentro.

- O que aconteceu?

- COMO VOCÊ PODE IR PARA AQUELE LUGAR E AINDA MAIS SOZINHO?- Gritou Kyuhyun me deixando assustado.

- Calma, Kyuhyun....

- CALMA NADA, VOCÊ EM DEIXOU ASSUSTADO.

Kyuhyun saiu do quarto quando a porta fora aberta mostrando Yesung. Kyuhyun deixou a porta bater com tudo mostrando sua indignação. Olhei para Yesung que estava com as mãos no bolso, e se sentava na cadeira que havia ao lado de minha cama.

- Você nos deu um baita susto. Demorei um bom tempo acalmando o Wookie. – Disse ele com suavidade na voz.

- Não me lembro do que aconteceu.

- Hum, você está querendo dizer que não se lembra de nada depois que desmaiou? – Assenti depois de vasculhar minha memória. – Bom, então vou te contar o que aconteceu. Kyuhyun foi para o refeitório como um cavalo atrás de você, estava te procurando em tudo quanto é canto, mas não te encontrou. Corremos para a casa de Henry, pelo menos eu não entrei, mais ao que parece o vampirinho disse sobre a sua curiosidade em relação ao laboratório, depois disso Kyuhyun correu para lá e te encontramos desmaiado com um baita corte na testa. Eu fiquei com o Wookie nos corredores de baixo, pois não sou idiota de deixa-lo subir para aquele lugar. Wookie quase desmaiou quando viu Kyuhyun descendo as escadas com você no colo desacordado. Desde então você está aqui dormindo e o Kyunnie arrancando os cabelos.

- Desculpa pelo transtorno.

- Não é para mim que você tem que se desculpar.

Yesung se levantou deixando-me sozinho no quarto, parei para refletir as palavras dele. Kyuhyun não havia visto aquele menino, e será que era aquele fantasma, quem havia feito a brincadeira e morrido? A porta novamente fora aberta mostrando a figura de Kyuhyun. Ele não olhara para mim, apenas subiu para o segundo andar ficando quieto lá. Suspirei, Kyuhyun não deve estar nas melhores condições emocionais para receber um pedido de desculpas, provavelmente levarei uma bronca.

Olhei para a cômoda vendo que a minha mochila estava lá, me levantei ignorando as dores procurando pelo livro. Cavouquei pela mochila atrás do dito livro, mas não o achara logo Kyuhyun surgiu ao meu lado com o livro em mãos.

- Irei devolver esse livro a biblioteca.

- Kyuhyun me devolve!

- Sungmin, sei o conteúdo de cor e salteado, sei muito bem do que se trata ele. Por que raios você está agindo como o personagem?

- Não é da sua conta.

- Sungmin!

- Kyuhyun! Você fica todo bravinho, e ainda quer descontar em mim?

- Estou bravinho por sua causa. Você acha que esse livro é de pura mentira?

- Acho.

Kyuhyun deixou o livro sobre a cômoda e se sentou ao meu lado. Abraçando-me de forma possessiva. Em seus braços pude ver que ele sentia medo, mas não sabia de quê.

- Eu sou real. É só disso que você precisa saber.

- Kyuhyun. – Sussurrei, sendo que ele se afastou segurando meu rosto com ambas às mãos, me dando um beijo simples, como se aquilo fosse prova de tudo isso era real.

- Sungmin, nunca mais faça isso, entendeu?

- Uhum. – Não conseguia falar. Apenas sentia o quão preocupado ele havia ficado, e isso me deixou de certo modo, constrangido. Baixei a cabeça sentindo a vergonha se possa de meu rosto. Mas Kyuhyun a levantou, dando-me mais um beijo.

Kyuhyun me deitara na cama, logo se juntando a mim, colando nossos corpos. Ele alisava a minha testa onde deveria ter o machucado. Seus olhos estavam tristes, tristes e solitários, não queria olhar aqueles olhos, esses tipos de sentimentos não combinam com ele. Para afastar a tristeza de si, eu o abracei escondendo meu rosto na curva de seu pescoço inalando seu doce perfume de baunilha. Não sentia cheiro de enxofre nele, apenas o doce perfume de baunilha. Kyuhyun me abraçara pousando sua cabeça na minha, seus braços rondaram meu corpo, deixando nossos corpos mais colados do que possível.

Mais uma vez ele me tinha em seus braços, um abraço sem luxuria, apenas um toque de proteção. Murmurei um ‘’desculpa’’, e pude sentir que ele sorria, apertei seu corpo mais uma vez, provando para mim mesmo de que aquilo não era um sonho, de que era verdade, Kyuhyun estava ali me abraçando de forma carinhosa. Afastamos nossos corpos, podendo fitar o rosto um do outro.

- Por que quis ir lá? – Perguntou ele, sem ter raiva em sua voz.

- Estava curioso. Muita gente morreu nesse colégio, antes de você, seus espíritos correm por aqui, porém os alunos agem de forma normal.

- Por que não me falou?

- Sei que não deixaria.

- Não confia em mim?

- Nenhum um pouco.

- Nossa essa doeu. – Disse ele colocando um pouco de humor em suas palavras me fazendo rir. – Pode confiar, já faz muito em ficar ao meu lado e receber de meus carinhos. Farei qualquer coisa por ti.

- Ah. – Disse ao me lembrar da cena que vira em um dos meus primeiros dias de aula. – Porque beijou Yesung no refeitório?

- Que? – Disse ele com uma cara surpresa, mas logo suavizou quando se lembrara do fato. – Ah, porque ele estava imaginando besteiras, ele acabou mostrando as presas e você viu, por isso não tive outro jeito que não fosse beija-lo.

- Quer dizer que seu primeiro beijo foi com ele?

- Sim.

Afastei-me dele, sentindo uma certa repulsa. Tudo bem o meu primeiro beijo foi com Kyuhyun e eu ficaria bem feliz que ele tivesse dito que o dele foi comigo também, e se fosse com uma garota eu também não me importaria, mas com o Yesung? E ainda mais em uma situação daquelas? Não vou mentir, tenho medo daquele menino, ele sempre está com uma cara de ‘’vou te matar’’.Tudo teria perdoa-lo dessa vez.

- Não pense besteiras.

- Desculpa, mas a única coisa que posso imaginar é besteira.

- Sei, principalmente com o Henry.

- Não posso mentir, fiquei com vontade. – Kyuhyun arregalara os olhos, fazendo uma careta de desgosto, ri com sua reação, puxando seu rosto para perto do meu. – Mas a minha primeira vez foi contigo, então se sinta honrado.

- Sentirei.

Beijamos-nos mais uma vez, mas foi Kyuhyun que separou antes, ele se levantou pegou a sua mala e saiu, me deixando sozinho atordoado. O que dera nele? Não se demorou e a porta foi aberta mostrando o pequeno Wookie, que ao me ver correu me abraçando. Olhei para frente vendo que Yesung nos olhava de forma fria como se fosse me matar a qualquer momento.

- Ah, como você me deixou preocupado. – Disse ele olhando a ferida em minha testa.

- Desculpa.

- Tudo bem, mas deu tudo certo entre e você e o Kyuhyun?

- Ryeowook, como você ficou sabendo disso? – Perguntei assustado, não fazia nem doze horas que eu deixara claro que gostava de Kyuhyun e isso já se tornou noticia?

- São rumores, de que você e o Kyuhyun estão em uma relação. Mas pelo o que vejo é verdade.

- E você estragou um dos momentos.

- Faz parte.

Conversamos por mais um tempo, contei o que havia visto no andar do laboratório e do pavor que havia sentido. Ryeowook já tremia de tamanho era seu medo Yesung se aproximou do baixinho lhe abraçando, fazendo o mesmo parar de tremer. Continuei a contar, dizendo tudo o que pensara, e que tamanha era a semelhança com o livro que estava lendo.

- É, já ouvi dizer sobre ele, mas isso é algo entre você e o Kyuhyun.

Os dois foram embora me deixando na duvida, Kyuhyun conhecia o autor do livro? Tinha tantas perguntas para serem respondidas. Larguei esses pensamentos, tentando arrumar um jeito de voltar ao laboratório. Kyuhyun não vai gostar nem um pouco disso, mas a minha curiosidade é tanta, que não consigo me conter. Deitei-me na cama, fechando os olhos, relaxando a mente, deixando que nada pudesse estragar a paz que sentia. Queria apenas descansar, assuntos mais sérios seriam resolvidos mais tarde. Agora tudo o que queria é acabar com a dor de cabeça.



Acordei sentindo um vento gelado bater contra meu rosto. Com dificuldade, abri meus olhos vendo um vulto em minha frente. Parecia ser pequeno demais para ser Kyuhyun, já que ele era mais alto que eu. Minha visão se acostumou com a pouca claridade, encontrando aquele par de olhos negros, vestimenta branca e faca na mão. O garoto que me perseguira no laboratório, estava me olhando com um sorriso lascivo no rosto. Senti meu coração fraquejar uma batida, arregalei os olhos levando o susto de ver aquele ser em meu quarto. Sentei-me, tentando canalizar minhas forças para as penas, assim podendo correr o mais rápido que podia para a porta.

O garoto ainda me perseguia, eu olhava para trás vendo que como de manha ele ainda podia me alcançar, por mais rápido eu corresse. Virei para frente, ignorando a chance de pegar o elevador, iria demorar muito. Corri para as escadas de emergência, abrindo a porta sem me importa em fecha-la, apenas corria. Tomei cuidado ao descer os degraus, para que não caísse e torcesse o tornozelo. Olhei para trás vendo que o garoto não corria, mas andava devagar, porém estava perto de mim. Acelerei o passo, abrindo a porta que dava para o térreo do segundo prédio. Empurrei alguns alunos, que me falaram mal e logo uma gritaria se apossou pelo local. Gritos de pânicos, todos viam o fantasma então não poderia dizer que isso é um sonho ou de minha imaginação. Corri para o primeiro prédio, subi as escadas até chegar ao quarto andar. Pulei as correntes, assim subindo as escadas de dois em dois, corri para o laboratório, fechando a porta atrás de mim. Sem sentir qualquer proteção, tentei pegar uma cadeira, uma mesa, peguei tudo quanto objeto para botar de contra a porta, não permitindo a entrada do garoto fantasma.

Ainda sim não me sentia seguro, o ar entrava e saia de meus pulmões de forma agitada, meu coração batia aceleradamente. Senti o ar ficar pesado em minhas costas, virei minha cabeça de vagarosamente, vendo que na janela, do lado de fora, o menino surgia com a faca em mãos. Soltei um grito estampando o meu pavor. Não tinha por onde ir, era aquele o meu final. O garoto passou pela janela andando pela sala em minha direção. Seu sorriso aumentava ainda mais, me deixando nervoso.

- Venha ser mais um Sungmin.

A voz do garoto era doce, como o de uma criança, mas não cairia em seu jogo. Ele andava em minha direção já erguendo a faca para me acertar um golpe, que me mataria. Andei alguns passos para trás, sentindo um dos balcões em minhas costas, não tinha escapatória, seria agora. Fechei meus olhos sentindo o terror tomar conta de mim.

A porta do laboratório se abriu com força, abri meus olhos vendo a figura de Kyuhyun. Sorri para ele, sentindo-me aliviado. Kyuhyun chegou perto de mim, como se nada tivesse na sala, procurei pelo pequeno garoto, vendo que o mesmo tinha ido embora. Suspirei aliviado, encontrando os olhos frios de Kyuhyun.



Era apenas um sonho, repeti a mim mesmo, depois de acordar com o chacoalho de Kyuhyun. Estava tendo o pesadelo de que o menino corria atrás de mim, me levando novamente para o laboratório, onde poderia ficar a sós comigo, podendo me matar. Kyuhyun havia entrado no quarto, me fazendo acordar. Novamente seus olhos negros e preocupados me deixaram envergonhados, porque eu tinha que dar tanto trabalho á ele?

Sentia o suor escorrer em minha pele, o soluços preso em minha garganta me incomodava. Ao ver Kyuhyun em minha frente, o abracei, tentando acalmar o coração que batia freneticamente.

- Está tudo bem, foi só um sonho. – Dizia Kyuhyun enquanto passava as mãos em meus cabelos me acalmando.

Ele fizera menção de que me soltaria, mas o puxei de volta, deixando meu rosto afogar em seu peito. Sentindo seu cheiro, seu corpo fora uma prova de que aquilo realmente fora um sonho. Não tinha com o que me preocupar. Não tinha.

- Pronto Sungmin, já passou.

Kyuhyun conseguira se livrar de mim, me fazendo fita-lo. Ele enxugara o meu suor, logo se levantando indo em direção de meu guarda roupa. Pegou meu pijama mais uma cueca minha e levou até o banheiro do segundo andar. Fiquei fitando ele, imaginando o que ele estava fazendo. Não demorou muito e ele logo desceu, chegou perto de mim esticando sua mão, para que a pegasse.

- Tome um banho e relaxe. – Disse ele.

- Não acho que consiga sozinho.

Estava sendo verdadeiro, não havia malicia em minhas palavras. Pensar em ficar sozinho poderia me deixar louco, como se fosse um convite para que o garoto fantasmas viesse a minha procura para me matar. Não, a minha vergonha em mostrar meu corpo para Kyuhyun, mesmo ele já tendo visto, era menor do que meu atual medo em ser pego pelo garoto.

Kyuhyun entendera-me, ele segurou minha mão me levando até o banheiro do segundo andar. Ao entrar pude ver o que tinha de diferente. Ao invés de um chuveiro havia uma banheira. Agora sim a besteira foi feita. Tirei minhas roupas, entrando na banheira que estava cheia até a metade. Kyuhyun se despiu sentando-se atrás de mim, me deixando entre suas pernas.

Senti algo em mim florescer, como se uma dose de hormônios passava pelas minhas veias em alta velocidade. A banheira, agora totalmente cheia, mantinha a água quente, me deixando mais a vontade. Kyuhyun circulou os braços em minha cintura, fazendo-me sentir algo queimar entre minhas pernas. Baixei o olhar e senti a vergonhar em ficar excitado com apenas um toque dele. Kyuhyun sentindo a minha desconfortação soltou uma risada leve, logo sua mão puxou minha cabeça para trás, erguendo meu queixo, onde um beijo seu fora depositado.

Seu beijo quente e acolhedor me fizera esquecer o medo que antes sentia. Os braços de Kyuhyun contornaram meu corpo, fazendo caricias, fiz o mesmo sentindo toda sua pele macia em meus dedos, seus cabelos finos e brilhantes, eram uma perdição. Seus lábios doces como mel, se tornaram meu vicio.

Sem saber como, Kyuhyun conseguira me botar em seu colo, deixando nosso peitos colados, pude sentir o quanto seu corpo precisava do meu, e sorri por dentro. Fiz questão de lhe fazer o que pedira, já que ele fizera muito em ficar ao meu lado afastando o medo e se preocupando comigo. Sempre me sentirei agradecido á ele.

Esse era o meu jeito de agradecer, eu o agradecia com o gesto que lhe dá prazer. Senti Kyuhyun acariciar minhas coxas, seus lábios contornarem meu pescoço, descendo até minha barriga. Como ele me deixa louco. Pude ver que ele queria mais do que aquilo e o fiz, deixei-o invadir-me da forma que mais achara possível.

Dor eu não sentia, apenas prazer e amor. O prazer que qualquer pessoa sentiria e o amor que seus toques carinhosos e cuidadosos me deixavam á loucura. Posso dizer que Kyuhyun foi o primeiro com quem fiz isso, e se depender de mim seria o único. Não consigo imaginar fazer tal coisa com outra pessoa que não seja ele.

Kyuhyun me invadia de forma carinhosa, se quer seu corpo se afastava do meu, em nenhum momento ele me levou para longe si. Ele chegara ao seu ápice, acompanhado por mim. Suados em uma banheira, onde eu deveria tomar um simples banho, agora nós dois apenas respirávamos ofegantes. Ele me botara em seu colo novamente, dessa vez apenas acariciando meus cabelos e meu rosto, ele olhava-me de forma carinhosa parecia admirado.

O banho não se demorou por muito tempo, eu sai, deixando-o sozinho, e logo coloquei meu pijama. Desci as escadas encontrando uma bandeja com comiga na cômoda ao lado de minha cama. Na bandeja havia uma carta, que parecia ter sido escrita por Yesung, ele sabia que estávamos ocupados e apenas deixara a bandeja ali.

Esperei por Kyuhyun que me acompanhou no jantar, a aura era tão boa que nada podia nos abalar. Sentia que aquele momento podia durar para sempre. Depois de comer, me deitei na cama, com a companhia de Kyuhyun, que se deitara de frente comigo. Entrelaçamos nossas mãos, e fechamos os olhos, apenas sentindo a presença um do outro. Com ele ali ao meu lado, não sentia medo, sentia que nenhum pesadelo poderia me atingir. Com esse pensamento, fechei os olhos torcendo para sonhar com aquele que estava me sentindo apaixonado.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Qua Nov 21, 2012 3:30 pm

Capitulo 10 - Ilusão

Acordei ao ouvir o som irritante do alarme, hoje teria que ir para a aula. Tateei a cama a procura de Kyuhyun, mas nada encontrara, abri meus olhos, depois de tanto esforço, vendo que ele não estava lá. Sentei-me na cama, olhando ao meu redor, mas nem se quer encontrara sua sombra. Suspirei derrotado, me levantando até o guarda roupa, peguei meu uniforme indo para o banheiro fazer minha higiene matinal.

A água morna fazia-me acordar e relaxar, como um preparamento psicológico para o dia que estava por vir. Arrumei-me da melhor forma que podia, mesmo não sentindo a necessidade de fazê-lo. Sai do banheiro olhando para o segundo andar, mas nenhum som da banheira era ouvido. Dei de ombros, pegando meu material e indo direto para o elevador.

Ao sair do cubículo, tive que desviar de alguns alunos, que paravam para conversar enquanto me fitavam, ele olhavam para mim dos pés á cabeça e logo chegava perto do ouvidos dos colegas para contar algo. Baixei a cabeça e encolhi meus ombros, apressei o passo para mais rápido chegar ao refeitório.

Cheguei ao local, já encontrando o aceno de Ryeowook, me chamando para sentar com ele. Andei até meu amigo, deixando minha bolsa no colo, enquanto sentava na cadeira que ficava de frente á ele.

- Virou assunto da escola. – Disse ele enquanto me oferecia um pedaço de maçã.

- Não entendo do por que. – Disse ao aceitar a fruta, mordendo um pedaço.

- Kyuhyun. Ele passou com você no colo ontem, pelo colégio inteiro.

Continuei a comer, tentando ignorar os olhares que me eram direcionados, para a minha sorte o sinal do inicio das aulas tocara, fazendo com que todos ali fossem para suas respectivas salas. Eu e Wookie, pegamos nosso material e subimos as escadas lentamente, não estávamos com muita vontade de ir para a aula, mas eu já havia perdido matéria e isso não seria muito legal. Entramos na sala, dei graças á Deus, por ninguém cochichar nem me olhar torto, apenas me ignorando. Fui direto para o meu lugar notando que Kyuhyun ainda não havia chego.

A primeira aula havia se passado rapidamente, eu estava tão concentrado na matéria, que levara um susto quando a porta foi aberta. Olhei para trás vendo que era Kyuhyun, seus olhos e jeito estavam frios de novo, ele não me olhou nem sorriu para mim, o que me deixara frustrado. Mas conhecendo um pouco ele, posso afirmar que ele não gostou nem um pouco dos rumores sobre nós. Sei que os rumores são verdadeiros, mas acredito que Kyuhyun seria o tipo de pessoa que odeia intromissão em certos assuntos, principalmente assuntos pessoais. Lembro-me quando ele me contara uma mentira ridícula para que eu não chegasse perto de seu tumulo, com certeza era uma prova de que ele odeia esse tipo de intromissão.

Virei-me para frente continuando a prestar atenção na aula, sei que eu ele não iria falar comigo aqui na escola, e que viria para cima de mim apenas quando estivéssemos á sós, por isso eu o ignorarei. Não quero ser apenas um brinquedo, entendo que ele não goste do jeito que os outros alunos pensam sobre nós, mas não vejo nenhuma mentira. Então o que custaria assumir? Acho que não seria tão ruim, até pelo o que vejo, alguns deles não se importam tanto assim conosco.

E assim foram as primeiras aulas, eu controlando a minha vontade de olhar para ele, e tentando prestar atenção na aula. O sinal tocou, e para não cair na tentação de seus olhos frios, puxei Ryeowook para o refeitório. Sentamos na nossa mesa de costume, nada falei sobre meu desconforto, mas Wookie entendera isso em meu olhar, pois começara a contar sobre seu primeiro ano na escola. Eu estava completamente absorto em sua história, que fiquei me perguntando o motivo de meu amigo parar de falar e olhar para algo atrás de mim.

Olhei para os lados vendo que os alunos olhavam em minha direção, fiquei me perguntando se havia alguma comida em meu rosto, mas nada senti. Apenas segui o olhar de Ryeowook, me virei vendo Kyuhyun e Yesung, que nos fitavam com uma cara não muito boa. Kyuhyun se aproximou de mim, puxou meu queixo, depositando um selar em meus lábios. Seria mentira se eu dissesse que não fiquei surpreso, pois ele acabara de me beijar no meio do refeitório cheio. Senti o meu rosto arder de vergonha, mas Kyuhyun nunca ajuda. Ele se sentou ao meu lado segurando a minha mão. Ele olhou para mim esboçando um sorriso, fiquei apenas fitando ele perguntando a mim mesmo o que se passa na cabeça daquele ser. Uma hora está de mau humor depois vem todo amoroso. Era realmente como havia imaginado.

- Bom dia Minnie. – Disse ele me tirando de meus pensamentos.

- Quem é você e o que fez com o Kyuhyun.

- Nossa só porque eu não estava ao seu lado hoje de manha?

Franzi o cenho, não era Kyuhyun. Ele nunca falaria uma besteira dessas, ele sabe muito bem que eu odeio quando tiram vantagem de mim por ter feito algo. Sim nós ficamos juntos a noite inteira e ao acordar ele não estava lá, agora eu encontro ele sendo sarcástico, por imaginar onde ele estaria? Como posso dizer de uma maneira melhor. Kyuhyun nunca se importa, ou pelo menos nunca o fez sob minha presença, com o fato de que eu ficaria preocupado com ele, pois ele sabe que eu não me importo com ele, morto Kyuhyun já está então fico totalmente tranquilo em relação á seus sumiços, mas tirar sarro de tal coisa, não é de seu feitio.

Olhei para Yesung, ele apenas me olhara de forma fria, como de costume. Ryeowook me direcionou um olhar, de medo, pude ver que Yesung também não está em suas melhores condições. Olhei novamente para Kyuhyun, vendo que ele apenas me encara. Respirei fundo e me levantei.

- Kyuhyun, venha comigo.

- Tudo bem.

Ele também se levantou, o direcionei até o jardim, olhei para os lados vendo que não havia ninguém perto. Fui até o buraco do muro que dava até a casa de Henry. Agachei-me e me arrastei já chamando por Henry, claro que ele não sairia de casa, mas provavelmente acordaria. Puxei o pulso de Kyuhyun levando até a porta da casa, mas ele parou de andar, não entrando dentro de casa. Olhei para ele vendo que seu olhar era frio e preocupado. Como suspeitei.

Abri a porta vendo que Henry já estava a minha espera. Fiz sinal de que cheirasse Kyuhyun, e ele o fez. Ele farejou de forma discreta. Logo seus olhos ficaram vermelha, sua pele branca com as veias negras se destacando. Henry me puxara para perto de si, me fazendo entrar em sua casa. Kyuhyun apenas olhara tudo aquilo, e logo depois sorriu sarcástico.

- Fora esperto Sungmin, em chamar seu cachorrinho para me farejar. – Disse ele,sua voz estava diferente, mais grossa.

- Posso dizer que Kyuhyun não têm muita formalidade em acordar antes de mim, até porque ele não dorme.

- Ah então fui pego, por ter essa falha. Peço desculpas, da próxima vez farei perfeitamente.

- Não terá uma próxima vez. – Henry saltara de encontro com Kyuhyun , ou pelo menos, um fantasma que se passara por ele.

O que antes se parecia com Kyuhyun agora parecia voltar á sua aparência natural. Era um garoto, que se estivesse vivo teria cerca de 17 anos. Seus cabelos eram negros, e seus olhos eram parecidos com o do menino do laboratório. Fora então que eu entendi. Aquele era o aluno que havia morrido no laboratório por fazer o ritual satânico. Aquele garotinho de antes deveria ser um espírito qualquer que ficara preso lá por acaso. Para me fazer voltar lá ele usara a forma de Kyuhyun. Uma boa ideia, porém com as falhas em relação ao comportamento de Kyuhyun.

Henry, investia golpes, mas o fantasma o bloqueava. O pequeno tentou cravar as presas no inimigo mas não conseguira. Olhei para trás, correndo para a cozinha, peguei qualquer objeto que fosse, e voltei, vendo que os dois haviam desaparecido.

Dei um passo para frente, saindo da casa. Olhei por todos os lados, mas nada encontrara. Saí do terreno de Henry, voltando ao jardim da escola. Olhei para os lados julgando que o sinal havia batido. Corri pelo campo, indo em direção do primeiro prédio, subi as quatro escadas, chegando ao quinto andar, onde o laboratório se encontrava.

Dessa vez ninguém veio me recepcionar, nem se quer presença de espectro eu sentia ali. Continuei a andar em direção da sala desativada de laboratório, abri a porta, vendo Henry deitado na mesa desacordado. Corri em direção do pequeno deixando o objeto cair. Chacoalhei o corpo de Henry, em pedido de que acordasse, mas nenhum movimento se quer ele fazia.

Logo o rosto do garoto fantasma, tomou conta da face de Henry, me fazendo recuar. Havia caído em uma armadilha, de novo. Tentei procurar algo que pudesse usar para me proteger, mas nada encontrara. Estava encurralado, pois as portas haviam se fechado sozinha. Essa seria a parte em que Kyuhyun deveria aparecer heroicamente, me salvando, mas duvida que isso aconteça.

Tentei correr pela sala, jogando as carteiras, frascos, mas nada adiantara. O espírito do garoto corria atrás de mim, quase me alcançando. Gritei por Kyuhyun, por ajuda, mas nada de diferente acontecia. Me belisquei tendo a prova de que aquilo era real e não um sonho. Perto da mesa em que eu me enconstava, tinha um frasco com um liquido azul, joguei o liquido no rosto do garoto, que recuara. Pude notar que saia fumaça de seu rosto, o garoto tirou a mão da face mostrando que o havia naquele frasco queimara sua face. Até poderia tentar achar um jeito de procurar por mais daqueles frascos, mas o garoto era impertinente, não desistia um segundo se quer de tentar me atacar. Corri pela sala, chegando perto da porta, conseguindo abri-la, corri pelos corredores escuros, que do nada havia espantado a luz do dia. Vi que no final do corredor havia uma porta, tentei abri-la mas não conseguira, olhei para trás vendo que o garoto tinha em suas mãos a mesma faca banhada em sangue. Pus mais força na porta, abrindo-a e de lá encontrei Kyuhyun e Henry. Soltei um suspiro aliviado, e entrei no armário, fechando a porta atrás de mim.

Sentei no chão desamarrando as cordas de Kyuhyun e de Henry, que logo me abraçaram.

- Disse para não vir aqui. – Disse Kyuhyun.

- Você é um ser morto, e se deixa ser sequestrado. Não tive outra escolha a não ser vir.

A porta do armaria fora quebrada, a madeira caia em cima de nós quando entrara em contato com a faca. O garoto, enfiou a mão dentro do buraco que havia feito na porta, mexendo na maçaneta. A porta se abriu e assim Kyuhyun pegou um pote, jogando um liquido no fantasma. O garoto como da vez anterior, recuara colocando a mão em seu rosto, tentando conter a queimadura.

Henry me puxara e logo nós três saímos de lá. Chegamos no fim da escadaria que dava para o quinto andar, e Kyuhyun parar jogando o restante do liquido do pote, nos degraus. Continuamos a descer as escadas deixando o quinto andar para trás. Nada mais nos seguia, mas mesmo assim corríamos feitos loucos para a casa de Henry.

Ao chegarmos lá, senti um alivio imenso. Sentei-me no sofá, tentando descansar um pouco e acalmar os batimentos cardíacos.

- O que era aquela água? – Perguntei ofegante.

- Água benta. Foi isso que eles usaram para me pegar. – Disse Kyuhyun.

- Onde eles acharam?

- Naquele armaria em que estávamos, é o único local onde eles não pisam, por ter um estoque de água benta. Usei um pouco nas escadas, assim eles não podem mais sair de lá.

- Uau, de novo – Gritou Henry sentindo a adrenalina nas veias.

Suspirei aliviado em perceber que os fantasmas do laboratório não viriam mais a nossa procura. Sentei-me no sofá, e logo Kyuhyun se sentou ao meu lado, apoiando as pernas em meu colo, Henry apoiara a cabeça em meu ombro, já caindo no sono, já que se acostumara a dormir durante o dia.

- Fora fantástico hoje Sungmin, mas como percebeu que não era eu?

- Primeiro me chamou de Minnie, segundo porque não estava ao meu lado quando acordei.

- Esse é o meu garoto.

Sorri em ver que aquele sim, era o Kyuhyun que conhecia. Tudo pode voltar ao normal, ou pelo menos é isso que eu devo pensar. Mas aquele livro que havia pego na biblioteca provavelmente teria mais lugar para me mostrar e xeretar. Mais tarde iria ler mais um capitulo do livro, e tentar descobrir, quem é Cho Kyuhyun, e porque ele morreu.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Qui Nov 22, 2012 10:26 am

Capitulo 11 - Termino

- O QUÊ?

Gritara Kyuhyun ao saber que o fantasma que anteriormente havia se passado por ele, me beijara no meio do refeitório. Eu contara tudo o que havia acontecido desde que acordara sem a sua presença. Contara de como havia percebido as falhas do fantasma, mas a principal parte que deixara Kyuhyun chocado, fora exatamente a do beijo.

Não sei se fico feliz ou triste, pois consegui entender todos os motivos, por detrás de seu grito. A primeira hipótese, seria de que ficara com ciúmes, de que não gosta nem um pouco a ideia de alguém tocar em mim, que não seja ele. A segunda seria que nosso relacionamento está totalmente explicito, agora todos sabem, ou pelos menos pensam, que eu e Kyuhyun somos um casal. A terceira seria a...

- Sungmin, não é isso que você está pensando. – Disse ele, depois de ficar alguns momentos em silêncio.

- Meus pensamentos são de minha privacidade.

- Sei disso, mas não é isso. Sungmin eu não sinto isso.

- Não vejo outro motivo para tal negação.

- Não estou negando, mas vocês sabe como odeio gente intrometida em meus assuntos pessoais.

- Uma hora ou outra, todos ficariam sabendo.

- Faria o possível para esconder isso dos outros.

- Ou seja, tens vergonha de mim.

Sim, pensara na possibilidade de Kyuhyun ter vergonha de admitir ás pessoas de que tem sentimentos por mim. Sei disso, pois os senti em suas palavras quando sussurradas, eu senti que ele realmente se importa comigo. Para mim, estava tudo certo, não teríamos que esconder, poderíamos agir normalmente, para Kyuhyun isso era uma ponte de corda, preste a se arrebentar. Entendo que se nosso relacionamento fosse de conhecido dos outros alunos, provavelmente iriam se aproximar de Kyuhyun, assim descobrindo seus segredos, pensando desse jeito, é claro que teríamos que manter nosso segredo. Mas agora a besteira está feita, o que custa então continuar, não vejo motivos, para ele recusar tal ideia.

- Sungmin, pensa comigo, você também saíra afetado nessa história. Eu já tenho dor de cabeça demais com você, imagine com o resto do colégio.

Respirei fundo, baixando a cabeça. Eu dou dor de cabeça para um cara com quem dormi duas vezes e ainda por cima é morto. Agora me senti ofendido. Só por causa de minha curiosidade sem fim eu estou lhe dando dor de cabeça. Porque ele nunca me falou isso, assim eu parava de lhe atormentar, faria o que fosse possível para que eu aquietasse tal mania.

- Não, Minnie, não foi isso o que eu quis dizer.

- Entendi tudo bem então. Negaremos o fato de que estamos juntos.

Dei o melhor sorriso para lhe mostrar de que estava tudo bem. Para encerrar o assunto, andei até minha cômoda, iniciando as tarefas que os professores haviam pedido. Tentei ocupar minha mente, para que não fosse invadida. Pude ver de canto, que Kyuhyun estava relutante com algo, mas agora meu orgulho fora ferido.

Gostaria que ele tivesse me dito que o fato de investigar sobre sua morte era uma dificuldade para ele. Assim tomaria mais cuidado, tentando não o envolver. Mas nada disso acontecera, Kyuhyun ficara quieto em seu canto e nunca me proibira de fazer algum ato. Então para mim, ele não se sentia ofendido nem nada do gênero. Mas parece que fora um engano meu.

Continuei com as lições de casa, faltava uma hora para o jantar. Mesmo assim resolvera ir ao refeitório, deixando Kyuhyun sozinho no quarto. Caminhei pelo corredor ás pressas, com medo da escuridão. Peguei o elevador, parando no térreo, já caminhando para o refeitório. A porta estava fechada, como imaginara, resolvi dar uma caminhada pelo jardim da escola. Caminhei pensando na pequena discussão de mais cedo, entendia o lado dele, entendia perfeitamente, mas mesmo assim meu orgulho ficara ferido e meu ânimo para baixo.

Quando me dei conta estava encarando a pequena flor copo-de-leite, que ainda me parecia a mais bela de todas as flores. Como antes, olhar para suas pétalas brancas, me trazia uma harmonia que não trocaria. Sentei-me no banco por perto, fechando os olhos e sentindo o vento ir de contra meu rosto. As cenas do ocorrido dessa manhã ainda passavam em meus olhos. Lembrava-me de cada detalhe, até mesmo do batimento cardíaco que havia batido erroneamente, quando o falso Kyuhyun tocara em meus lábios. Tinha que para de pensar em tal ato, ficaria louco com isso.

Abri meus olhos de vagarosamente, avistando um ser com capa negra no meio do jardim. Espreitei meus olhos tentando enxergar melhor. O capuz da capa negra, cobria totalmente o ser que estava ali, e por ela ser grande, nenhuma parte de seus corpo aparecia, me lembrei de quando era criança, que imaginara o anjo da morte. Era idêntico, apenas faltava a foice, mas não deixava de ser aterrorizante. O vulto começou a andar em minha direção, senti o pânico em minhas veias, e por puro impulso, começara a correr para o refeitório, onde já estava cheio.

Parara para pensar, por quanto havia caminhado e perdido em meus pensamentos. Olhei para trás, sentindo um arrepio em minha espinha, rezando para que nada encontrasse. Mas nada via, apenas o corredor iluminado pelas pequenas lâmpadas. Entrei no refeitório, em uma tentativa de me acalmar, iria-me alimentar para não pensar em mais nada.

Entrei na fila, pegando o jantar e indo para a mesa que comia de costume. Sentei-me, começando a comer desfrutando do delicioso Kimchi. O sabor da pimenta me pegara desprevenido, tomei um gole grande do refrigerante, diminuindo a queimação em minha língua. Terminei de comer, me sentindo satisfeito, mas eu não queria voltar para o quarto e eu tinha algumas coisas que deveriam ser esclarecidas. Optei em passar a noite na casa de Henry, pois sei que aquele pequeno sabe demais.

Andei pelos jardins, engatinhando pelo buraco, batendo na porta da casa de Henry, que fora aberta pelo pequeno que pulava em meus braços de tamanha alegria.

- Hyung, ainda bem que veio. Estava entediado.

- Fico feliz, eu tenho que desabafar com alguém, e não vejo outra pessoa que não seja você.

Henry sorriu e me convidou para entrar em sua casa. Nos sentamos no sofá, ficando acomodados, e mais uma vez eu iria me lembrar de todo o ocorrido. Contei ao pequeno tudo nos mínimos detalhes, deixando claro a minha linha de pensamentos. Henry escutara tudo de forma passiva e não me atrapalhava. No final ele me abraçara fazendo carinho em minhas costas. Me senti protegido e mais leve, contar á Henry meus medos me fez perder 10 toneladas em minhas costas.

- Mas pode dizer, quais são as perguntas. – Dissera Henry, me deixando surpreso.

- Ah você sabia que ia vir.

- Kyunnie passou agora pouco, ele estava com cara de bravo, ele apenas veio deixou sangue para mim e saiu, sem dizer uma palavra.

- Bom, deixando ele de lado. Quero saber de toda a verdade, sei que o livro pode me dar um toque de aventura, mas agora eu quero saber sobre o perigo da qual eu corro.

- Faz sentido. Bom acho então melhor dormir aqui esta noite, pois a história é longa.

Concordei com o pequeno, mas antes de começar a nossa conversa, Henry fez questão de que eu tomasse banho e vestisse um de seus pijamas, e foi o que fiz, sentindo a exaustão indo embora dando lugar á ansiedade para o que estava prestes a ouvir. Agora que estava com o corpo quente, confortável e ansioso, Henry começara a contar toda a história.

- Bom, eu tinha uns nove anos na época, e no meu aniversário de dez Yesung me mordeu. Por isso meu corpo é pequeno desse jeito, porém minha mentalidade aumentou, se estivesse vivo teria cerca de 27 anos, mais ou menos. Posso dizer que conheci o Yesung após sua morte, mas mesmo assim fiz o possível para saber sobre sua vida passada.

‘’Foi mais ou menos assim. Antes da entrada dos dois nesse colégio, um numero elevado de morte, fora assustador. Antigamente a escola era mista, mas depois do ritual satânico ocorrido no laboratório, a escola resolveu separar. Então foi feito aqui um internato masculino, que antigamente era dirigido por um frei, e do outro lado da cidade, um internato feminino que até hoje é dirigido por freiras. Durante a diretoria do frei, nenhuma atividade paranormal ocorreu, mas sim após sua morte, que foi no mesmo dia em que Kyuhyun e Yesung entraram aqui.

Os dois se conheceram e logo fizeram uma amizade que dura até hoje, essa amizade começou por eles dividirem o quarto, que você usa atualmente. Mais ou menos duas semanas depois um professor novo entrou. E durante as quintas e sextas feiras a turma dos dois tinha aula com esse professor. E ele sempre aparecia com uma mancha em sua camisa, uma mancha vermelha, mas quando perguntavam a ele o que era, ele simplesmente respondia ser mancha de ketchup, porém Yesung e Kyuhyun nunca acreditaram nisso.

Quando a morte dos alunos do laboratório havia completado 2 anos, justamente em uma sexta feira 13, os dois espertinhos foram investigar sobre o professor, vendo que ele era um vampiro. ‘’

- Mas como eles sabiam que o professor era um vampiro?

- Quando entraram na sala dos professores viram ele sugando o sangue de uma das professoras. Enfim, eles descobriram sobre esse segredo, e para mantê-los quieto o professor brincou com o psicológico deles. Durante semanas, ele invadia os sonhos deles, fazendo os meninos acharem que estavam loucos, ou que tinham alguma doença, sendo que eram manipulados pelo professor. Teve um dia que estava começando a ficar suspeito, o fato de todas as professoras que saiam com o professor novato, sempre pediam demissão após o encontro dele.

- Espere aí, quer dizer que o professor era bonito, fazendo com que as professoras caísse de amor por ele, pedindo um encontro, e quando estavam no ponto alto do encontro ele as matava, e no dia seguinte colocava uma carta de demissão na mesa do diretor, como se elas tivessem sidos despedidas?

- Exatamente. Então o professor estava quase sendo despedido, e como ele realmente gostava daqui, ele deixou um presente. Assim ele mordeu o Yesung transformando em um vampiro, e depois matou Kyuhyun, assim abrindo a barriga dele, tirando seus órgãos fora.

Senti meu estomago embrulhar, pensa na cena de Kyuhyun deitado morto e ainda por cima com os órgãos para fora, é uma cena repugnante. Mas o meu peito doeu, pois ele morrera injustiçado, apenas fora morto, porque um professor vampiro não queria sair do colégio, e isso provavelmente porque aqui seria o lugar mais fácil de esconder.

- Bom depois disso, Yesung saiu da escola, e foi quando eu o conheci. Como eu sou órfão, nunca conheci meus pais, então fora fácil seguir o Yesung, porém ele me dava atenção na época, para mim ele era meu herói, pois ele não tinha medo de nada, simplesmente encarava o mundo de cabeça erguida. Mas ele apenas me usou, ele apenas me queria para realizar um ritual que trouxesse Kyuhyun á vida. E eu o fiz.

- Por isso ele cheira a enxofre.

- Isso mesmo. Se abríssemos o tumulo dele, arrisco dizer, que não acharíamos nada. Mas depois que ele reviveu, Yesung me botou aqui, depois de me morder, e nunca mais voltou. O motivo eu não sei, e pretendo não saber, apenas tenho raiva, pois só fico aqui porque não tenho para onde ir.

- Hum, agora tens motivo que sou eu, pois não estás mais sozinho.

- Fico muito feliz em te conhecer, hyung. Mas continuando a história. Bom, como havia dito antes, alguns alunos foram embora depois de alegarem que haviam visto os dois malandrinhos. O que é verdade, pois eles acharam divertido assustar os alunos. Mas ficaram aqueles que não acreditavam em assombração, que são os atuais professores. Quando eles tiveram certeza de que todos os estudantes de sua época havia se graduado, eles se matricularam aqui, e foi assim durante vários anos. Até os dias de hoje.

- A diretora nunca desconfiou dos dois?

- Não, pois a cada três anos o diretor muda.

- E o autor do livro?

- Ah, esse é um assunto da qual você vai ter que aguentar as barras, pois é meio forte.

- Acredito que posso aguentar.

- Pois então lhe contarei. O escritor desse seu livro, ele fora um dos namorados antigos de Kyuhyun, porém ele tinha a mesma curiosidade que a sua. Tudo, o que está escrito no livro, são suas próprias aventuras. Ele mesmo entrou na sala secreta, ele que entrou no laboratório, fora ele quem descobriu sobre os dois estudantes. E o mais incrível de tudo isso, fora que no final do livro ele deixara uma observação.

Me levantei indo até a minha mochila, pegando o livro, voltei para a cama em que eu e Henry estávamos sentados. Abri as ultimas páginas do livro, vendo que realmente havia um espaço com observação.

‘’Aqui deixo minha marca, estou a beira da morte, e uso as minhas ultimas energias para lhe contar o que prevejo. Antes de lhe conhecer tive relações com uma mulher, ela está a espera de um filho meu. O meu filho, seguirá meus passos, até mesmo te amarás, porém com mais fé do que eu. Peço-te que cuides dele, e não lhe deixes cometer o mesmo erro que eu cometi, o de perder a vida, pensando em viver ao seu lado, sendo que tais rituais não me deram certo.’’

- O que é isso? – Perguntei olhando para Henry.

- Para dizer a verdade, isso é uma carta do escritor para Kyuhyun. Se você for perceber esse é o único livro que existe em nossa biblioteca. O escritor fizera a promessa de que morreria para viver sempre ao lado de Kyuhyun, mas quando foram tentar fazer o ritual, o corpo dele ao invés de reviver, queimou virando cinzas. Ele sentira necessidade de morrer para que pudesse viver ao lado de Kyuhyun, mas fora pouco julgando que seus sentimentos não eram tão grandiosos. Antes de fazer o ritual, ele sabia que não iria conseguir, por isso julgou que o filho que sua antiga namorada estava a espera, iria fazer os mesmo passos que ele, pois herdara seu sangue.

- E onde está essa criança agora?

- Posso afirmar que sei onde estás, mas nada falarei.

- Por quê?

- Isso é algo que tem que acontecer naturalmente. Ele saberá de tal segredo na hora certa. Enquanto isso espere.

Senti-me arrasado. Kyuhyun já amara alguém antes de mim, e isso no me deixou nem um pouco feliz. Tudo bem, esse pode ser uma linha de pensamento ingênuo, mas não Kyuhyun já está machucado por perder essa pessoa. Agora vejo do por que dele ter falado que eu lhe dera dor de cabeça, porque comigo ele volta ao seu passado, abrindo as feridas, que julgara estarem fechadas. Senti-me culpado, posso dizer com toda a certeza do mundo, de que eu o amo, eu amo Kyuhyun, e não pretendo deixa-lo machucado novamente, se o que faço é como uma chicoteada em seu rosto.

Henry viu minha aflição interna, pois ele deitara minha cabeça em seu colo, fazendo carinhos em meus cabelos negros. Senti meus olhos pesarem, mas um estrondo na porta me fez abri-los novamente. Assustei-me ao ver Kyuhyun parado na porta, com um olhar frio e sério. Ele desviou o olhar para Henry que saíra do quarto com os ombros encolhidos. Ficamos sozinhos, e a atmosfera muito tensa.

- Volte para o dormitório, agora. – Disse ele por fim quebrando o silêncio.

- Por que deveria?

- Quer dormir na casa de um vampiro.

- Sabe que não é a primeira noite.

- Volte agora Sungmin.

- Por que sem a minha presença não consegue sentir a dor de cabeça?

- Sungmin. – Kyuhyun parou para respirar logo voltando a falar. – Deixe de ser tão cabeça dura, e não me deixe preocupado, volte agora.

As palavras que Henry havia me falado retornaram á minha mente, me deixando decidido do que iria fazer. Tenho certeza de que irá doer em mim e nele, mas não quero machuca-lo, não dessa forma.

- Kyuhyun, vamos terminar.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Sáb Nov 24, 2012 6:36 pm

Capitulo 12 - Copo

- Espera um minuto repete. – Disse Kyuhyun surpreso com a minha decisão.

- Isso mesmo que você ouviu, vamos terminar.

- Sungmin, pare de brincadeiras.

- Não estou brincando. Estou sendo bem sério em relação a isso. - Kyuhyun me olhara com lágrima nos olhos, senti meu coração falhar algumas batidas.

- Minnie-ah – Disse ele, enquanto segurava minhas mãos firmemente. – Me diga o motivo, por favor.

- Kyuhyun, você falou que eu lhe dava dores de cabeça, acabei de descobri que já namoraste o autor do livro da qual eu sigo tudo. E pelo que parece tanto eu quanto o autor sentimos algo por você. Eu sinto que eu estou te levando ao passado, que isso te machuca.

- Minnie, o que sinto por você não se pode comparar ao que senti antes. Ele é meu passado, ele me fez lembrar do meu maior medo, eu quando te vi pela primeira vez... – Ele respira enxugando as lagrimas. – Eu sabia que seria você e ninguém mais.

- Kyuhyun, não me entenda mal...

- Sungmin, por favor não faça isso comigo. Eu te imploro. Eu posso ser alguém morto, sem coração, de jeito frio, mas sei quando te vejo sinto uma luz vinda de ti. Você é o meu ar, és o motivo de minha existência.

Vê-lo chorar pela primeira vez, me fez lembrar o eclipse lunar, a data da qual me era permitido chorar sem motivos. Ele fora o primeiro a me ver chorar, e essa é a primeira vez que o vejo assim. Eu realmente estava determinado a deixar de ficar ao seu lado, mas seu olhar era muito... Implorável, ele realmente implorava em seu olhar, para que eu não fizesse isso com ele. Se eu pudesse estaria derramando lagrimas junto á ele, mas agora em seu ver, devo parecer um garoto sem coração.

Kyuhyun se aproximou da cama, sentando-se ao meu lado, apoiou sua cabeça em minhas costas e assim ficou. Pude sentir a camiseta ficar molhada por causa de suas lagrimas, sentindo vontade de tê-lo em meus braços, fora o suficiente para puxar seu rosto para perto do meu dando-lhe um beijo. Um beijo molhado por conta de suas lagrimas com o gosto salgado de meu pedido de desculpas. Kyuhyun envolvera seus braços em minha cintura, fiz o mesmo com seu pescoço acabando com o espaço que existia entre nós.

Nossas línguas se abraçavam em saudade, seus lábios que como sempre me eram delicioso de serem sentidos. Seus cabelos macios foram convidativos para que uma de minhas mãos fossem fazer carinhos. As mãos de Kyuhyun apenas me apertavam, em um abraço gostoso e relaxante, provavelmente provando a si mesmo que estava tudo bem agora. Nos separamos, para que não possamos ir longe demais. Ele apenas sorriu para mim, enquanto eu me acalmava, tentando dissipar a minha preocupação de ser outro para ele, pois gostaria de ser único.

- Sungmin, não sei se já te disse. Mas eu te amo.

- Não acredito que falarei isso. Mas eu também te amo, Kyuhyun.



Estávamos nos preparando para o próximo passo do livro. Kyuhyun fizera questão de estar presente, em qualquer coisa que eu fizesse em relação ao livro. Sentia-me protegido com sua presença, mas acredito que ele está fazendo isso para poder provar algo para si mesmo. Henry também quisera participar, até mesmo o Wookie, mas do nada o Yesung o chamou, apenas para não deixa-lo perto do vampirinho.

Estávamos no sótão da casa de Henry, sentamos em um circulo, ou em um triangulo, com uma cartolina no centro. A cartolina tinha o alfabeto inteiro, junto com um retângulo escrito ‘’sim’’ e outro escrito ‘’não’’ e os números de 0 a 9. No centro da cartolina havia um copo virado de cabeça para baixo, onde encontrava nossos indicadores.

- Ok, segundo livro, se fizermos essa brincadeira, aqui no sótão de Henry, iremos entrar em contato com um dos antigos estudantes mortos pelos rituais satânicos.

- Qual o primeiro passo?

- Ficarmos bem quietinhos. – Disse Kyuhyun, logo o silêncio se apoderou.

O ambiente estava bem sombrio, estava tudo escuro, e eu estava nervoso, mas não muito pois havia um vela acessa perto de nós. Com a minha mão esquerda eu segurava a barra da camisa de Kyuhyun, tentando me acalmar. Respirei fundo e tomei uma coragem para inicar tal ritual.

- Têm alguém aí?

A minha voz pareceu fina e baixa, porém nenhum outro som se fez presente. Ficamos encarando a cartolina, esperando algum movimento. Fomos bem claro antes que ninguém empurrasse o copo de propósito, afinal queria pistas sobre o que ocorrera com os alunos. O copo começou a se mexer, indo em direção do retângulo escrito ‘’sim’’. Ficamos impressionados em ver que tal brincadeira, realmente era séria.

- Quem é você? – Perguntei.

O nome do espírito, tinha que bater com o do livro. Assim o copo se movera para as letras ‘’J’’, ‘’U’’,’’N’’,’’G’’. esperamos mais um pouco, e logo o copo voltou a se mexer. Henry tomava nota de todas as letras, assim formando as palavras. O copo parar de se mexer, quando finalizara seu nome. Olhávamos para Henry esperando sua resposta, o pequeno ergueu a voz trêmula dizendo e nome da quarta presença.

- Jung Soo. Park Jung Soo.

- É o mesmo nome. – Disse me lembrando do próximo passo que o livro dera. – Jung Soo, o que aconteceu com você?

O copo de primeira não se mexeu, pensei na hipótese dele ter ido embora, mas logo as letras foram sendo destacadas, e o pequeno escrevendo-as. A partir da quinta palavra desisti de acompanhar, ele iria escrever uma frase inteira, de mais ou menos duas linhas, para que tanta palavra fosse transmitida.

- Ele disse, pagina 59. Olhe na pagina 59 e encontrarás o que procura. Caso não ache volte a me procurar. Por enquanto peço que larguem essa brincadeira antes que fique sério de mais.

- Henry, você mexeu no copo, e está com medo. – Disse Kyuhyun sério. Olhei para o pequeno que ficara com o rosto vermelho.

- Bom, pelo menos a parte da pagina 59 parece ser bem real. – Eu disse largando o dedo do copo já me levantando.

Tentei abri a porta do porão, mas ela parecia ter sido trancada pelo lado de fora. Tentei abri-la com ambas as mãos, mas não consegui. Olhei para Henry que logo veio em minha direção, fazendo força, mas também não conseguira. Kyuhyun se aproximou, mas nem se quer o trinco ele conseguia mover. Olhei para Henry perguntando se aquilo seria uma brincadeira sua, mas o garoto apenas negou com a cabeça. Kyuhyun tentava de todas as formas, mas nada. Um som de algo se arrastando nos chamou atenção.

Olhamos para o tabuleiro onde o copo se mexia sozinho. Henry se sentara perto do copo novamente, tentando anotar as palavras que nos era transmitidas. Logo o copo parar de se mover, assim Henry trazendo o caderno para que pudéssemos ler.

- ‘’Pagina 59, encontrarás sobre minha vida. Mas não de quem te trancas aqui.’’

- O que ele quer dizer. – Perguntei.

- Existem dois espíritos aqui, um deles está falando conosco e o outro está tentando nos assustar. – Explicou Kyuhyun.

- Tá, Henry e você, já estão mortos, por isso não sentem medo, mas eu sou humano e preciso de outro par de calças.

- Eles não farão mal hyung, mas acho estranho eu não conseguir vê-los.

- Henry, você consegue enxerga-los?

- Normalmente sim, eles sempre transmitem uma certa aura, se for branca estão em paz se for negra, são vingativos. Aqui sinto sua presença, mas nada que pudesse mostrar sua forma ou aura.

- Na verdade, eu posso sentir mais uma presença e eu não gosto nenhum um pouco disso. – Disse Kyuhyun, tendo seu jeito frio de volta. Ele segurara minha mãe e a de Henry.

Senti alguém me cutucar, desviei o olhar para trás, encontrando um par de olhos brancos uma pele branca cabelos negros cobrindo o rosto, suas roupas eram negras e rasgadas, sua boca estava trincada e roxa. Kyuhyun cobrira meus olhos rapidamente, me puxando para si, escondendo meu rosto em seu peitoral. Mas ainda podia sentir alguém mexendo em mim, como se forçasse a olha-lo novamente.

- Pare de respira Minnie, prenda a respiração por quanto tempo conseguir e não feche os olhos. Henry irá abrir a porta.

Apenas prendi a minha respiração, mantendo meus olhos abertos, fiz o que pude, assim tentando inalar um pouco do perfume de Kyuhyun, caso perdesse um pouco de ar. Assim senti meu corpo se mexer, olhei para Kyuhyun que se encaixara entre elas, me pegando no colo, ele me olhava tentando me acalmar, assim me senti uma criança sendo carregada pela mãe. Pude ver que conseguimos sair do sótão, e também da casa de Henry. Pude sentir quando toquei o chão, descendo do colo de Kyuhyun.

- Pronto pode soltar. – Disse ele.

- Por que eu tinha que prender a respiração e deixar os olhos abertos?

- Ela não enxerga, aquele espírito, ela segue sua respiração e a batida de seu coração. Quando ela te acha, ela tenta encontrar o calor de seus olhos, assim que você os fecha, ela invade tua mente, te levando ao suicídio. – Explicou ele.

- Então eu não deverei dormir esta noite?

- Exato.

- Ótimo, Kyuhyun tenho um trabalho para você, é por sua culpa que isso aconteceu.

Kyuhyun me olhava desconfiado, não entendia o que ele havia feito. Não pensei sobre isso para que não pudesse estragar a surpresa. Henry, dissera que iria fazer alguma coisa, que o mantivesse longe de sua casa, até que o espírito se fosse. Segurei a mão de Kyuhyun e o levei com urgência para o segundo Prédio, nem se quer esperei o elevador subimos as escadas de tamanho era a minha situação. Chegamos em nosso andar, eu abri a porta o mais rápido o possível. Assim, a tranquei para nada pudesse me atrapalhar, Kyuhyun me olhava confuso, ele realmente não tinha ideia de seus efeitos sobre mim.

Caminhei até o banheiro, preparando o chuveiro em uma temperatura quente, já que fazia frio nessa noite. Logo me olhei no espelho, vendo minha atual situação. Estava excitado, sentir seu corpo, era esse resultado, pura excitação, ele realmente não deveria ter feito aquilo, eu poderia muito bem andar, já que conseguia enxergar, mas não ele fizera questão de me levar no colo, e ainda para piorar naquela posição. Agora ele me paga.

Despi-me entrando no chuveiro, não se demorou para a porta ser aberta mostrando Kyuhyun. Ele me vira, e logo seu olhar pervertido se tornou presente. Ele veio até mim, tirando suas roupas, entrou no boxe, e colou seu corpo no meu.

- Era esse o trabalho?

- Você me paga, seu espírito maldito.



Ah, como era bom ver o amanhecer junto com alguém que ama. Mesmo sentindo cansado depois de um bom banho acompanhado, Kyuhyun fizera o possível para me manter acordado, como jogar seus vídeos games favoritos, explicar matéria da escola. Mas o que fora mais perfeito, é ver o amanhecer. Não se demorou para o alarme tocar, avisando que se não me aprontasse, me atrasaria. Tomei um banho, colocando o uniforme, e esperei Kyuhyun pois ele fizera questão de que fossemos juntos. Caminhamos alegremente pelo corredor, logo esperando o elevador. Os alunos que entravam nele nos olhavam tortos, percebi que o assunto sobre nosso relacionamento era algo que Kyuhyun gostaria de evitar. Tirei minha mão da sua, caindo ao lado de meu corpo, mas a mão de Kyuhyun segurou a minha novamente. Desviei o olhar para ele, que me correspondeu com um sorriso.

Resolvera assumir nosso relacionamento, e pensar que nós discutimos sobre isso, e ele dissera ser totalmente contra tudo aquilo. Mas agora estava segurando a minha mão, sem se importar com os outros. Caminhamos assim, até o refeitório, sentamos na mesma mesa que Wookie e Yesung, que nos chamaram, assim que terminamos de pegar algo para comer.

- Então como foi ontem? – Perguntou Wookie em relação ao jogo do copo.

- Não deu muito certo. – Disse me lembrando dos olhos brancos horripilantes que vira noite anterior.

- Por quê?

- Um espírito negro apareceu. Ao invés de um apareceram três. Um parecia ser passivo o segundo era brincalhão, mas o terceiro era um Santyan.

- Santyan? O que é isso?

- É o nome usado para aqueles que morreram ao fazer rituais satânicos, aquela menina deve ter sido quem propôs tal brincadeira ás amigas.

- Ainda bem que eu não fui. Mas você está bem não é Minnie?

- Estou sim, esta tarde irei á biblioteca, procurar pela pagina 59.

- Ela não é a do livro que está lendo? – Perguntou Yesung.

- Não, pois já passei da pagina 90. O livro parece ser algo parecido com documentos. Eu deveria procurar por documentos que mostrem reportagens sobre os alunos mortos, aqui desse colégio. Mas acredito que não exista.

- É, realmente não têm, mas acredito que se procurar em jornais da época, poderá encontrar algo.

Tomamos nosso café, indo para a sala. A manhã passou rapidamente a meu ver, mas para a minha alegria não iria sozinho para a biblioteca, apesar de Kyuhyun se juntar á Henry para expulsar os espíritos, eu ficaria sozinho, mas Ryeowook dissera que iria fazer-me companhia, sendo que ele também ficaria sozinho durante a tarde, enquanto Yesung sairá para caçar.

Caminhamos pelos corredores do primeiro prédio, entrando pela grande porta de madeira, que dava entrada á biblioteca. Assim que entramos pude sentir o calor batendo em rosto, me deixando aquecido do frio que aquele dia me trazia. Procuramos por estantes antigas, e não demoramos em acha-las. Vimos uma pilha de jornais, suspirei, mas logo tomei coragem em começar a lê-los. Arregacei as mangas, sentei no chão e comecei a olhar um por um, sendo imitado pelo meu amigo.

Já havia lido dez jornais, e já sentia cansado. Me lembrara das questões que de vez em quando surgem em minha mente, mas que não tinham respostas. Olhei para Wookie, pensando se deveria ou não perguntar á ele. Dei de ombros jogando meu orgulho de lado e logo perguntei.

- Wookie, como o Yesung e você se conheceram? Digo assim para sentirem o que sentem um pelo outro?

- Hah, - Disse ele erguendo sua cabeça, tendo seus olhos brilhando. – Um dia eu estava andando na rua, e sentia que alguém me seguia mas não via ninguém. Logo o vi um dia em meus sonhos.

- Hum, se importa de eu fazer mais perguntas?

- Sei, que tens uma curiosidade grande. Pode falar.

- Por que ele não entra na casa do Henry. Ele sabe de sua existência, sabe que o espera, então por que faz isso com o pequeno?

- Bom o Henry, parece considerar o Yesung como um pai, o Yesung o pediu para ressuscitar Kyuhyun, pois era humano, e Yesung não podia fazer isso, pois já era um vampiro. Mas o passado dele, me deixa surpreso.

- Por quê?

- Yesung é pai de Henry.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Dom Nov 25, 2012 3:05 pm

Capitulo 13 - Verdade

- Como assim, o Yesung pai do Henry? – Perguntei assustado, Ryeowook me olhara seguido de um suspiro pesado, como se sentisse cansado.

- O Yesung, pediu que desabafasse com você, e eu necessito disso, pois é a única pessoa da qual posso falar livremente sobre o assunto, e a segunda pessoa da qual confio. – Wookie fechou um jornal, pousando ele embaixo de suas mãos, me olhando atentamente. – Antes do Yesung vim para cá, ou seja, quando era humano, ele teve um relacionamento com uma mulher, que depois de alguns meses disse á ele, que esperava um filho seu. Mas depois de Henry nascer, mais ou menos quando ele tinha 9 anos, essa mulher veio dar aulas aqui. E quando Yesung ficou sabendo disso, ele se matriculou aqui, para tentar conversar com essa mulher, sobre a criança.

- Ele queria se responsabilizar?

- Isso mesmo. Não sei se você sabe da história do professor. – Ele olhou para mim, e eu prontamente assenti me lembrando da história que Henry me contara. – Pois então, esse professor saía com as professoras jovens que lecionavam aqui, inclusiva a mãe de Henry. Ela foi a ultima morta daqui. Yesung achou estranho ela não ter aparecido, e quando a vista morta no jardim da escola, ele quis vingança. Resultado, Yesung foi morto.

- Quantos anos o Yesung tinha quando morto?

- Ele tinha 16 anos quando saiu com a mulher, então ele morreu com 25 anos.

- Como ele conseguiu entrar aqui?

- Bom, digamos que Yesung, nunca gostou de estudar...

- Ele reprovou quantas vezes?

- Não sei. Mas mesmo assim, ele mantém o Henry naquela casa, para que assim o protegesse da melhor forma. Mas ele não sabe como dizer ao Henry a verdade, digamos que ele tenha medo.

Parei para pensar comigo mesmo. Então Yesung tinha 16 anos e se relacionou com uma mulher, que ficara grávida dele. Nove anos se passaram, e Yesung reprovou vários anos, assim se reencontrando com tal mulher, para poder ficar perto do filho, sendo que a mulher foi seduzida pelo professor vampiro, que a matou e Yesung querendo vingança, acabou sendo morto e mordido. Agora me pergunto o que Kyuhyun têm a ver com isso, pois se me lembro bem, ele também fora morto, e provavelmente tinha a mesma idade de Yesung. Por isso ele age sombriamente, para que ninguém chegasse perto de si, desconfiando que seja mais velho e principalmente morto, suas ações são idênticas as de Kyuhyun.

- Bom, fico feliz que tenha me contado isso. – Disse sincero á meu amigo.

- Sabe Minnie, eu queria que os dois conversassem, sei que Yesung se sente mais confortável, vendo Henry se sentir seguro quando está com você. Mas acho que ele quer fazer o mesmo, você entende não é?

- Entendo Wookie, e pensando bem, não é uma má ideia fazer com que os dois fiquem juntos. Mas desculpa a minha curiosidade, mas porque Yesung e Kyuhyun são...

- Tão unidos? A mãe de Henry era a irmã mais velha de Kyuhyun.

Senti-me triste, pois não sabia que Kyuhyun tinha uma irmã mais velha, para falar a verdade, o fato de minha curiosidade ser tão aguçada e sentir vontade de me arriscar para descobrir o que aconteceu de verdade nesse colégio, são apenas para saber sobre o passado da pessoa que eu amo. Mas como posso fazer isso, sendo que nem seu básico. Realmente não sei nada sobre Kyuhyun se o assunto for família, apenas o que se relaciona aqui no colégio. Não sei quais são seus medos, do que mais gostaria de fazer, tudo isso, eu não faço a mínima ideia.

Continuamos a ler os jornais, procurando alguma noticia que me pudesse dizer sobre o passado sombrio do colégio, mas nada além da morte de Kyuhyun e Yesung. Poderia a escola não ter permitido que as outras mortes fossem ao conhecimento publico para que a popularidade de ensino da escola não abaixasse. Quem seria os pais que matriculariam seus filhos em uma escola, onde carrega um passado tão forte, como várias mortes de alunos? Sei que meus pais seriam um deles, pois eles só se importam com o dinheiro, e não com o meu bem estar. Mas mesmo assim, não acredito que as outras famílias fossem do mesmo jeito. Sei que existem pais e mães que realmente se importam com o filho. Mas acredito que os que importam não colocariam seus filhos aqui.

Desisti de procurar pelos jornais, havia muitos e eram de poucas páginas, não existem jornais com mais de 20 paginas. Bufei, tentando pensar em outra maneira de achar os jornais com tamanho numero de paginas. Desviei o olhar para a estante, vendo um livro grosso, de capa de papel amarelado. Levantei-me indo em direção a tal estante, tentando pegar o livro. Sua capa era fina, realmente feita de papel. Ela estava amarelada, um toque do tempo mostrando que já era bem antigo. Em sua capa havia gravuras em preto e branco, espreitei o olhar vendo que as fotos eram de pessoas mortas, e quando digo pessoas mortas quero dizer, corpos mutilados, estrangulados decapitados, e tudo que pode ser enjoativo de se ver.

- Wookie, venha aqui.

Meu amigo se levantou, parando ao meu lado. A capa tinha as fotos e em cima delas uma discrição robusta e formal, aquela não era a nossa língua de origem. Olhei em volta para ver se tinha alguém por perto, visto que não havia ninguém, coloquei mo livro grosso dentro da mochila de Wookie, e saímos da biblioteca.



- Vocês conhecem essa língua? – Perguntei á Yesung e também á Kyuhyun.

- É francês. Posso traduzir. – Disse Yesung.

Estávamos no jardim, sentados em uma das mesas brancas sob o guarda-sol, para que Yesung não se queimasse, mesmo que o dia estivesse totalmente nublado, as nuvens tampando totalmente o sol, o deixara mais confortável. Ele lia atentamente a primeira pagina do livro grosso, não demorou muito para pousar o livro na mesa, e nos dizer o que havia entendido.

- Bom, parece que é um almanaque, juntaram as mais diversas noticia e rumores criando esse livro. Parece que são multi línguas, sendo que todas as noticias são daqui. – Yesung apontou para a capa. – Aqui mostra os primeiros alunos mortos, mas esses foram assassinados por assaltantes, que invadiram a escola. Parece coisa normal da qual não estamos a procura.

- Ela mostra alguma data? – Perguntou Wookie.

- 14 de maio de 1979. Antes mesmo de eu nascer.

- E a primeira página?

- A segunda morte, 15 de abril de 1980. Um grupo de meninas desapareceu, e foram encontradas mortas nas redondezas. O motivo da morte desconhecido.

- Têm alguma mais recente? Veja as noticias a partir de 1993.

Yesung começou a vasculhas as folhas de forma rápida, ele olhava as datas e logo a noticias par encontrar algo que poderia ser de nosso interesse. Não se demorou em pousar o livro novamente, apontando para a pagina escolhida.

- 13 de agosto de 1993 em uma sexta feira. Uma aluna foi encontrada morta no quinto andar do primeiro prédio.

- Ela fez o ritual satânico? – Perguntei.

- Pode ser, já que o motivo da morte não está especificado aqui. Bom aqui está a foto dela já morta.

Viramos o livro para poder ver melhor a foto, que poderia ser julgada bem forte. Uma garota no chão, com os olhos abertos e uma poça de sangue ao seu redor, seu pescoço parecia cortado deixando a mostra seu interior. Pude reparar que seus cabelos eram negros, seus olhos estavam desfalecidos, a garota parecia ser cega, pois eram brancos. Lembrei-me da figura que havia visto na noite anterior, me arrepiei.

- É ela, a garota de ontem á noite. – Disse apontando a foto.

- Tem certeza?

-É ela sim. – Disse Kyuhyun.

- Bom ao que está escrito aqui na descrição, antes de sua morte, ela parecia interessada em fazer os rituais satânicos, que na época eram tabus no país. Ela o fez no laboratório, o diretor da época conseguiu disfarçar sua morte, como se nunca tivesse acontecido.

- Será que ela se sente injustiçada e por isso fica vagando por aqui? – Perguntou Wookie.

- Não, ela é do tipo de fantasma, que não importa onde esteja ela seria um incomodo. Não se sente injustiçada, apenas amaldiçoada.

- Por que Kyuhyun?

- Ao que parece os rituais satânicos eram feitos quando você queria ganhar algo nem que vendesse sua alma para o tal ser. E quando você fazia o ritual, sua alma já é amaldiçoada, sendo que três dias após o tal ritual você morre, e sua alma vaga pela humanidade assustando as pessoas até as levarem ao suicídio ou então de criarem coragem em fazer o ritual.

- Pelo o que diz, essa menina deve se infiltrar nos sonhos das pessoas, já que quando viva era cega, agora morta não deve ser diferente. – Explicou Yesung.

- Ainda não entendi.

- Nos sonhos você pode fazer o que quiser, ela pode de enxergar e pode te atormentar. Mesmo que você sonhe com o ritual, sua será comprometida na realidade. – Expliquei seguindo o raciocínio dos meninos.

- Próxima morte. – Disse Kyuhyun.

Yesung virou a pagina analisando as palavras sussurrando elas, para que na sua mente, as palavras saíssem com mais clareza, para que nós pudéssemos entender.

- 13 de maio de 1994. Um garoto chamado Kim Young Woo, garoto de 17 anos desaparecido. Até hoje não foram encontrado nenhuma pista, provavelmente está morto. Dizem seus colegas que ele estava tendo pesadelos, depois de entrar no laboratório do quinto andar. Ele não deve ter aguentado os pesadelos e fugiu.

- É impressão minha ou todas as mortes foram no dia 13.

- Dia treze a maioria na sexta feira. Dia perfeito para se fazer rituais e falar com espíritos, pois seria o dia em que todos os humanos sentiram curiosidade em saber se é verdade que existe um mundo dos mortos. Por isso o número de mortos cresce consideravelmente nessa data. – Explica Ryeowook.

- Bom ao que parece ele também era estudante daqui.

- Vamos para a próxima. É a pagina 59 deve ser a do tal Park Jung Soo.

- É, está certo. – Yesung virou a pagina depois de fazer uma leitura rápida. – 13 de janeiro de 1995, aluno Park Jung Soo, aluno em destaque, sendo o líder de todas as suas classes, típico aluno exemplar, porém fora morto no jardim da escola, perto da casa de Henry, seu corpo tinha sinais de 5 facadas na barriga, sua cabeça havia um corte em forma de cruz, o que lembra o catolicismo.

- Mas o que isso têm a ver com as mortes?

- Parece ter sido uma mensagem, como se o assassino tivesse mandado uma mensagem do tipo ‘’ seu Deus não pode te salvar’’, coisas assim. – Explicou Kyuhyun.

- Parece que Jung Soo antes de morrer deve ter rezado pedindo por salvação, mesmo assim morrera.

- Próxima morte. 13 de outubro do mesmo ano, outro aluno fora morto. Era colega de quarto de Jung Soo, seu nome é Kim Heechul, era considerado um capeta da escola, sempre arranjando briga. Fora encontrado morto no laboratório três dias depois de fazer o ritual satânico.

- Credo. – Disse Ryeowook, sentindo um arrepio.

- 13 de setembro de 1996 um grupo de 6 alunos, todos garotos, foram encontrados mortos, dizem que três dias antes eles haviam feito o ritual, ao saber disso o diretor os expulsou, e eles morreram. O que acredito que vocês já sabiam desses.

- É, o número de alunos parece diferente, mas o resto é igual. – Disse me lembrando do que ouvira anteriormente.

- Bom, em 13 de dezembro do mesmo ano, aconteceu a mesma coisa, porém com um grupo de meninas. Parece que a partir daí, a escola virou um internato masculino.

- E depois? Quais foram as mortes?

- Junho de 1997, não preciso dizer a data não é? – Yesung perguntou, sabendo que era sexta feira 13. – Enfim, um garoto fora estrangulado por um colega que julgara estar possuído por um espírito.

- E o garoto possuído não morreu também? – Perguntei.

- Aqui não consta nada. Próxima morte. Foram três no ano de 1998, um em fevereiro, um professor fora encontrado morto no laboratório. A segunda morte foi em março também sendo um professor, e em novembro que fora um aluno, depois disso a escola proibiu a entrada dos alunos no quinto andar do primeiro prédio.

- No ano de 2000, o que aconteceu?

- Foi na época em que eu e Kyuhyun entramos no colégio. Mas nunca fiquei sabendo dessas mortes. Em outubro de 2000, uma professora foi dada como desaparecida, sendo que seu corpo fora encontrado sem nenhuma gosta de sangue.

- Deve ter sido a primeira vitima do professor. – Comentou Kyuhyun.

- De 13 de abril até 13 de Julho 7 professoras foram encontradas enterradas no lixão que havia perto da escola. Seus corpos estavam começando a se decompor, e não havia sinal de órgãos.

- Setembro de 2002, uma mulher morreu com marcas de caninos no pescoço, sem nenhuma gota de sangue.

Olhei para Kyuhyun vendo que seu olhar mostrava tristeza, mas nenhuma gota de lagrima, se juntara em seus olhos. Ele apenas respirou fundo e me olhou, me dando um sorriso.

- 13 de dezembro de 2002, foram encontrados dois alunos mortos dentro do quarto, não havia motivo da morte somente a marca de canino em um dos corpos.

- Ou seja, eram vocês dois.

- Depois disso, não têm nenhuma morte que se relacionasse á sexta feira treze, apenas a morte do autor do livro, que foi no dia 23 de agosto de 2004. Mas enfim.

E agora o que fazemos, sabemos praticamente todos os motivos de mortes, sabemos que um monte de alunos morreram, mesmo assim, não vejo algo que pudéssemos fazer. Levantamos-nos, já estava ficando tarde, e logo seria o horário do jantar. Resolvemos ir ao refeitório, Yesung e Ryeowook foram na frente, esperei por Kyuhyun que ainda olhava a foto da mulher, que eu julgara ser sua irmã.

- Acredito que você já sabe.

- Que era sua irmã? Sim eu sei.

- Fico me perguntando o porque dela ter caído na lábia daquele cara.

- Não pense. Kyuhyun, já passou, ela deve estar em algum lugar, cuidando de você de Henry.

Kyuhyun se virava para mim, puxando meu braço, fazendo-me sentar em seu colo. Entrelacei meus braços em seu pescoço, beijando seus lábios deliciosos e macios. Sentia que ele precisava de algo que o distraísse, pois sentia dor em seu coração morto, eu sei que ele sente raiva de tal professor, e se ele estivesse por perto, ele gostaria de mata-lo. Paramos o beijo, me pus de pé e o puxei para o refeitório.

Nos sentamos na mesa, e conversamos sobre diversos assuntos que pudesse afastar aquela atmosfera de morte. Já cheios, fomos cada um para seu quarto. Eu sentia a necessidade de sentir a cama, estava cansado demais, não havia dormido noite anterior e isso estava pesando em mim. Tomei meu banho e logo me escondi em minhas cobertas, fechando os olhos, sem se quer dar boa noite á Kyuhyun, nem sabia o que ele estava fazendo.

Fechei os olhos, e senti algo pesar sobre mim. Pensei ser Kyuhyun, mas quando abri meus olhos, encontrei aqueles olhos cegos me fitando, os cabelos negros, caindo em meu rosto deixando nossos rosto próximos. Suas mãos negras e sujas, passeavam em meu rosto alisando a minha pele. Um grito ficou entalado em minha garganta, lagrimas queria sair, mas nada de escorrer, o pânico tomando conta de minha veias, deixando meu coração batendo rapidamente.

A mulher apenas se aproximava, sua boca se movia, mas nenhum som era escutado. Não conseguia me mexer, e ela apenas se aproximava de mim.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Seg Nov 26, 2012 10:33 am

Capitulo 14 - Gêmeos

Estava já pensando em minha morte, um centímetro a mais eu estaria morto. Mas ao meu ver ela parecia parada, apenas me fitando, seu olhar era horripilante, me deixara assustado. Ela de repente se afastou, como se tivesse sido jogada, pude ver Kyuhyun, parando em minha frente, pousando suas mãos em meu rosto, sua face estava preocupada, seu medo estava estampado em seus olhos.

Mas não conseguia me mexer, nem se quer piscar os olhos eu conseguia. Pude sentir aquela presença, a mulher cega se aproximava, Kyuhyun se mexera pegando alguma coisa em cima de minha cômoda, e jogou contra a mulher. O espírito jogou suas mãos aos olhos, logo uma fumaça branca, saíra de si, para ter esse efeito quando em contato com espíritos só poderia ser água benta.

Não vi mais a mulher cega, ela desaparecera, assim que sua presença se desfez, pude sentir o peso de meu corpo, me puxando para baixo. Caí nos braços de Kyuhyun, que me abraçara fortemente, enquanto me perguntava se eu estava bem. O medo me deixara paralisado, minha boca tremia, juntamente com as minhas mãos, sentia o ar bater de contra meus olhos. Tentei piscar voltando á realidade, mexi um pouco os dedos, que parecia enrijecidos. Consegui virar a cabeça para fitar Kyuhyun, que esboçara um pequeno sorriso, seguido de um ‘’Ainda bem’’.

- O que aconteceu? – Perguntei ouvindo a minha voz falha.

- Calma Minnie, ela conseguiu entrar em seu subconsciente no momento em que fora dormir, assim podendo entrar aqui no quarto.

- Como você sabia que ela estava aqui?

- Senti o cheiro dela, cheiro de terra.

- O que vai acontecer agora?

- Não sei Minnie, não sei.

Kyuhyun me abraçara, me dando permissão de inalar seu doce cheiro de baunilha. Sentir seu cheiro me deixara calmo, assim podendo cair em um sono com direito á sonhos doces e gentis.



Estávamos no refeitório, já era hora do almoço. As aulas haviam passado rapidamente, pois eu estava com sono. Kyuhyun contara á Yesung e á Ryeowook o ocorrido de noite passada. Os dois pareciam surpresos, mas não fazia o motivo do por que.

Ainda podia sentir que eles me escondiam segredos, tudo é um grande pesadelo. Isso é o que eu tenho repetido á mim mesmo durante esse tempo, mas quando toco em Kyuhyun vejo que é a realidade, uma realidade da qual mesmo tendo espíritos me seguindo, eu não trocaria por nada, somente para tê-lo em meus braços.

Marcamos de passar a tarde juntos, para saber mais sobre os detalhes do livro. Caminhamos pelos corredores amontoado de alunos, que corriam para suas salas, passávamos várias salas, sendo ignorados. Respirei em alivio, os alunos se aquietaram depois das cenas entre eu e Kyuhyun. Sentei em minha carteira, o professor já estava passando matéria no quadro, quando recebo um papel dobrado de Wookie. Desdobrei o papel, vendo em sua bela caligrafia, um pedido.

‘’Minnie, gostaria de te pedir um favor. Gostaria de marcar o encontro de Yesung com Henry, hoje á tarde. Deixa-los á sós, para conversarem.’’

Podia entender seus motivos. Eu ficaria sufocado em saber que meu filho estaria a alguns metros de distância, e eu ter medo de conta-lo a verdade tendo como resposta a sua distância. Mas acredito que Henry aceitaria isso, pois sempre espera por Yesung, todos os dias, pelo menos quando vou em sua casa, Henry se senta na soleira da janela, e olha para a imensa escuridão, á espera de quem o criou.

Realmente seria uma cena interessante de se ver, o reencontro dos dois. Já faz cerca de 10 anos que não se veem. Devolvi o papel com minha resposta, recebendo um sorriso grande de Wookie e sua dançinha discreta. Mal poderia esperar por esta tarde.



Como havia planejado, Wookie levaria Yesung até o jardim, onde as quadras de esportes ficam perto. Eu faria o mesmo com Henry, com a promessa de que ele veria quem esperava. No momento estou sentado no sofá de Henry, esperando-o terminar de se arrumar. Estava impaciente, já fazia meia hora que o pequeno havia ido tomar banho e se produzir.

- Vamos Henry, você não quer deixa-lo esperando.

- Estou pronto hyung.

Henry surgira na sala, usando uma calça jeans preta, uma camiseta branca com um casaco em xadrez vermelho, estava muito bonito. Estiquei minha mão para que ele a segurasse e pude sentir seu nervosismo, ele tremia e não parava de pular tamanha era sua anciosidade. Coloquei minha blusa no chão, entre o buraco para que o pequeno não sujasse a roupa que demorara tanto tempo em escolher. Ele passara me esperando, assim caminhando ao local marcado.

Não demorou em ver o Wookie junto ao amado sentados em uma mesa, com um guarda sol. Yesung estava sentado de costas para nós, e provavelmente não saberia o que estava prestes a acontecer. Nos aproximamos, logo Wookie se levantou, sorri á ele,soltando a mão de Henry. Yesung se levantou e seguiu o olhar do amado, se deparando comigo, mas quando seus olhos encontraram com os de Henry pude sentir o quão surpreso havia ficado.

- Bom Yesung, hoje Kyuhyun saiu para fazer algumas compras, para Henry, e eu teria que ficar para cuidar dele, mas eu tenho que sequestrar o Wookie por um momento. Tenho medo de deixar o Henry sozinho, por isso conto contigo para cuidar dele.

Depois de falar tamanha mentira, peguei a mão de Ryeowook o puxando para o primeiro prédio. Corremos em direção da biblioteca onde Kyuhyun nos esperava. Chegamos de fronte a grande porta de madeira, e logo avistamos Kyuhyun sentado em uma das mesas mais afastadas, com os olhos fechados. Nos sentamos em sua frente e logo ele começou a dizer, ainda mantendo os olhos fechados.

- Temos algo de errado.

- O que é? – Disse uníssono.

- Sungmin, como seu pai te trata?

Pensei nas vezes em que falara com meu pai. Mas não havia memória para com isso. Quando o assunto é família, eu já deixo claro que minhas lembranças são poucas e infelizes. Não me lembro de meu pai, largar seu trabalho para brincar comigo. Ele sempre me ignorou, nunca sorriu para mim. Mas minha mãe fora diferente. Sinto que me esqueci de algo importante, mas a única lembrança fora em uma noite de eclipse lunar, onde ela chorava escorada no pé da cama de um dos quarto que havia naquela grande casa. Lembro-me de perguntar á uma de nossas empregadas, e ela respondera que um ente querido morrera.

- Não me lembro de muitas coisas, principalmente de minha infância, mas acredito que nunca o vi sorrir.

- Foi o que pensei. – Kyuhyun suspirara. – Você têm irmãos Minnie?

- Já ouvira uma história, de que era para ser gêmeos, mas o meu irmão, morrera no sexto mês de gestação.

- Entendo. Agora faz sentido.

- O que faz sentido? – Perguntou Wookie, mostrando sua curiosidade.

- Bom, acredito que o filho do autor, já tenha estudado aqui, e acredito que fora no ano passado. Mas ele desaparecera, alguns dizem que ele morreu.

- Que tenso. Será que ele está vivo?

- Não sei, apenas sei que ele fizera todos os passos que o livro dera, mas quando chegou no ultimo, ele simplesmente desaparecera.

- Não sei por que mas sinto que ele está vivo. – Disse Wookie.

- talvez nós devamos salvá-lo. – Disse sentindo algo dentro de mim chamar por ajuda.

- É muito arriscado. Aliás, para ser sincero, você está quase no final do livro, se conseguires tirar a garota cega de teus pensamentos e seguir para o capitulo seguinte, seria o exato momento em que desaparecerá.

- Farei isso.

- Sungmin, não brinque com essas coisas. Posso estar morto, mas se você morrer não será materializado para cá novamente, ou irá para o inferno ou para o paraíso.

- Kyuhyun, eu sinto que alguém me chama por ajuda.

- Não Sungmin, essa é a sua curiosidade, que não sossega.

Bufei contendo a minha raiva. Eu realmente sei diferenciar curiosidade com sentido. Eu sinto que alguém me chamas, que não fora por acaso que eu viera aqui. Eu tenho que fazer algo, para chegar em algum ponto para resolver algo, mas fazer o quê, chegar aonde, resolver o quê? Discussão não nos levaria a momento algum, tentei seguir a linha de pensamentos de Kyuhyun, mas não chegara á lugar algum. Peguei o livro em minha bolsa que carregara, abri no capitulo em que havia parado de ler.

‘’Um lugar escuro, era isso o que via quando meus olhos se fechavam. Por mais cansado que meu corpo pudesse reclamar, o medo era o meu sentido. Aqueles olhos cegos me fitavam, pensamentos de suicídio e imagens minhas fazendo rituais da peste, eram consecutivas. Ela me levaria ao suicídio, iria se deliciar de alma fraca. Mas algo me chamava para viver, algo necessitava de mim vivo para que pudesse ama-lo. Era ele, era ele quem eu iria viver, seria ele o motivo de minha vida, para viver para todo o sempre ao seu lado.

Mas como poderia me afastar de tal mulher, que parecia uma erva daninha, grudada em um muro? Teria que achar um jeito, de afasta-la de mim. Lembrei-me daquele fantasma do porão do vampiro, aquele fantasma seria a minha salvação, pois era ele, quem podia falar com os mortos e afasta-los de nós humanos, essa fora sua função durante todos esses anos, após sua morte. ‘’

- Aqui diz que para afastar do espírito cego, teríamos que falar com fantasma que conversamos no porão de Henry.

- Kyuhyun, você sabe esse livro de trás para frente, porque temos que seguir o livro sendo que temos você? – Perguntou Wookie, me fazendo lembrar o fato de que o autor do livro fora amante de Kyuhyun, o que deixara meu coração despedaçado.

- Sou inteligente demais, para querer que as pessoas que me cercam, fizessem essa besteira. Se dependesse de mim vocês estariam a dez metros de distância do livro.

- Enfim, iremos á casa de Henry esta noite após o jantar, iremos conversar com o tal Park Jung Soo.

- Fico me perguntando como os dois devem estar agora.



Chegamos ao local onde havíamos deixado os dois á sós, vendo uma cena emocionante, Yesung e Henry se abraçando. Wookie chorava ao meu lado, sentindo que sue pedido fora algo bom. Aproximamos-nos deles, sem tirar sarro ou fazer brincadeira. Dissemos o que havíamos discutido durante a tarde, e o combinado de nos reunir na casa de Henry para conversar com tal espírito do bem.

Marcamos então de nos reunir na casa de Henry ás nove em ponto. Com Kyuhyun ainda bravo comigo, fomos ao dormitório. O caminho todo fora silencioso e tenso, ele não falava nada e muito menos eu. Chegando ao quarto, me sentei na cama, sentindo minhas costas doerem por ter ficado tanto tempo sem encosto. Não me atrevi a fechar os olhos, para que não parecesse um convite para o espírito cego. Kyuhyun se sentou na escada e fitou-me em silencio. Aquela atmosfera estava me deixando nervoso.

- Espero que não me tenha entendido mal, Minnie.

- Entendo seu lado, assim como espero que entenda o meu.

- Eu te entendo e por isso nada faço para te impedir, mesmo querendo.

Me sentei, vendo Kyuhyun estava sentado ao meu lado, não havia percebido seu movimento. Ele segurou minha mão, puxando meu corpo para cima do seu, fiquei sentado em seu colo, recebendo suas caricias.

- Gostaria de tomar suas dores para mim. – Disse ao ver que seus olhos pareciam sofridos e infelizes.

- Passe comigo esse tempo, e verás minha felicidade.

Sorri e selei nossos lábios, pude sentir que ele precisava disso, que ele estava com saudade de mim, ao seria eu quem sentia saudade de seu corpo e de sua presença? Certo incomodo entre minhas pernas provara que era eu o culpado, era eu quem necessitava de seus carinhos para acalmarem meus nervos.

Kyuhyun entendera o meu recado, pois passara a me beijar com mais ferocidade e mais audácia. Suas mãos acariciavam meu corpo, deslizando entre minhas curvas como se quisesse decorara cada parte de meu ser. Eu fazia o mesmo, minhas mãos passavam por sua cintura fina, sua coxas grandes e perfeitas, seu abdome que não era definido, mesmo assim me levava á loucura.

Não nos demoramos para estarmos sobre os edredons nos amando, deliciando do gosto um do outro. Desfazendo-nos sobre um do outro, sentindo o cheiro de sexo, misturado com a alegria de ter a presença um do outro perto de si.

- Sungmin, como pode ter um corpo tão viciante? – Dizia Kyuhyun enquanto depositava selares em meu pescoço.

- Como pode ter um corpo tão perfeito, Kyuhyun?

Decidimos tomar um banho, que nos rendera mais alguns minutos de diversão, Kyuhyun não se aguentara e muito menos eu. Estava se tornando um vicio, ter seu corpo sobre o meu.



9h em ponto, e estávamos todos reunidos no porão da casa de Henry, com a cartolina e o copo posicionados. Como antes, posicionamos nossos dedos sobre o copo, e logo me atrevi a chamar pelo espírito.

- Têm alguém aí?

O copo fora se mexendo, quem fazia as anotações era Yesung, que fazia com mais rapidez. As palavras foram se formando, e logo o copo parara de se mexer.

- Ele disse que estava á nossa espera, e que ficaria feliz em tirar o espírito cegueiro de perto de Sungmin.

- Ficaria agradecido com isso. – Disse Kyuhyun.

Mesmo sem fizermos alguma pergunta, o copo se mexera, formando novamente as frases, ficamos todos em silêncio, esperando a frase ser terminada.

- Bom, ele disse o seguinte, que deveríamos nos apressar para salvar aquele que foi amaldiçoado.

- Alguém fora amaldiçoado? – Perguntei tentando pensar se havia pulado algum capitulo do livro que falasse sobre uma possível pessoa amaldiçoada.

Um momento de silêncio se apoderou, ninguém sabia do que se tratava o assunto, o espírito deve ter achado incomodo, pois movera o copo novamente. Yesung anotava palavra por palavra, sem perder um movimento se quer.

- Ele disse, que a um ano uma alma espera por ser salva, essa alma é irmão de alguém aqui presente.

Nos olhávamos esperando que alguém pudesse afirmar que havia irmão, mas ninguém falava, apenas o silêncio reinando sobre nós novamente.

- Eu sou filho único – Disse Ryeowook quebrando o silêncio.

- Eu também. – Disse Henry.

- Nunca conheci minha família. – Dissera Yesung.

- A única irmã que eu tinha, foi morta. – Comprometeu Kyuhyun, então todos os olhares foram para mim, pesando em meus ombros.

- Ah, gente, eu tive um irmão gêmeo, mas ele morreu no sexto mês de gestação, eu falei disso antes.

- Tem certeza Minnie? – Perguntou Wookie.

Yesung desviou o olhar para Kyuhyun, que se manterá em silencio como se guardasse um segredo. Kyuhyun suspirou e logo tomou o ar para começar a falar.

- Tá bom, acredito que o Sungmin depois disso vai querer terminar comigo, mas é necessário. – Kyuhyun tomara minhas mãos, dando-me um selar nos lábios, como se fosse á ultima vez. – Bom depois que o autor do livro, morreu deixando a dedicatória para mim, dizendo que seu filho iria seguir seus passos, eu fiquei com medo e resolvi fazer algo que não deixasse a criança perto do livro. Procurei pela mulher grávida, e a segui por toda a vida.

- Tá explicado seu sumiço de vez em quando. – Disse Henry fazendo um bico nos lábios.

- Enfim, era uma mulher grávida de gêmeos, como ela tinha que trabalhar para sustentar a casa, um homem desconhecido ofereceu uma casa, comida, roupa lavada, tudo mais, desde que ela se casasse com ele. Antes de tudo, ela contou á esse homem quem era o pai das crianças.

-Uma nota, para quem não conhece a história, - Pronunciou Yesung, - O autor do livro ficou conhecido pela região, se for perguntar aos alunos eles dirão que o fantasma é ele.

- Continuando, o homem desconhecido mesmo tendo repulsa, ele cuidou da mulher. Ela teve os gêmeos lá, eles cresceram, mas sem o amor do pai, pois o desconhecido se recusa, até hoje, de tocar nas crianças com medo de ser perturbado ou coisa do tipo. Acontece que um dos meninos gêmeos, era curioso que ninguém segurava, mexia por tudo. O homem não gostou disso, e sempre brigava com o menino. Por causa dessas discussões o homem expulsou o gêmeo mais velho, enviando aqui. Ele veio acredito que uns três anos atrás, ou até mais.

‘’O garoto veio, e ficou aqui por alguns anos, e quando soube sobre o livro ele seguira todos os passos, sendo que quando chegou no ultimo capitulo, ele desaparecera. Dizem por aí que o garoto morreu, mas isso ninguém sabe dizer de verdade.’’

- Tá e o que eu tenho a ver com isso? – Perguntei ainda sem entender o assunto da conversa.

- Minnie, por que choras no eclipse lunar? - Perguntou Kyuhyun

- Não me lembro do motivo, apenas me lembro de minha mãe chorando nesse dia, ela chorava muito.

- Hyung, por que sentes curiosidade em saber o que te espera no final do livro?Perguntou Henry.

- Sinto alguém me chamando.- Só então entendi o que eles estavam me dizendo. – Espere um momento, não é possível.

- Sungmin, está na cara. – Disse Yesung.

- Por achas que quando veio aqui em casa e disse que o livro era parecido com o que ocorria contigo, eu fiquei espantado? – Perguntou Henry.

- Mas eu não me lembro de ter um irmão.

O copo se mexera, formando novas palavras, fiquei curioso, aquilo não parecia ser real.

- É por que fora hipnotizado a esquecer.

- Gente, isso é ridículo, se eu tivesse um irmão, eu me lembraria dele.

- Sungmin, você sabe o nome que seria dado a seu irmão, caso tivesse vivo? – Perguntou Wookie.

- Donghae, Lee Donghae.

- Esse é o nome do garoto desaparecido.

- Gente, isso é uma coisa da qual não se pode brincar.

Kyuhyun largou o copo, sentou-se entre eu e Henry, pousando suas mãos em meu rosto, seus olhos eram frios, e me fitavam sem piscar, me fazendo seu prisioneiro. Pude sentir um calor em minha cabeça, e quando me dei conta, estava de olhos fechados, vendo imagens que antes julgara ser esquecidas.

Era eu, pequeno, deveria ter uns 13 anos, estava atrás da porta, escutando um discussão de meu pai, com alguém, olhei na porta vendo que na cozinha realmente estava meu pai e um garoto de minha altura, olhos pequeno rosto fino, parecia ser um peixe, ele estava com a face fechada, deveria estar zangado. O garoto saiu da cozinha, parando de frente comigo, me abraçara fortemente.

- Hyung ficará bem Minnie, não chores, é eclipse lunar, deves sorrir e não chorar.

O garoto pegou algumas maças que estavam perto da porta que dava para o lado de fora da casa, e saiu dando apenas um sorriso para mim e assim fechando a porta atrás de si. Subira as escadas parando na porta de meu quarto, vendo minha mãe chorar ao pé da cama, onde meu irmão dormia. Corri para a janela o vendo partir em direção do eclipse lunar, sentindo assim as lágrimas descerem pelo meu rosto, enquanto pedia silenciosamente para que ele voltasse e não me deixasse sozinho.

Abri meus olhos, vendo que era real, que aquilo que vira, não era sonho, mas sim lembrança, lembrança do motivo de minhas lágrimas caírem apenas no eclipse lunar. Não eram lágrimas contidos durantes os anos por causa de brigas ou discussão, eram lagrimas de quando meu coração se lembrara de meu irmão, e pedindo para que voltasse.

- Donghae. – Sussurrei ao sentir um aperto em meu peito.

Eu tinha um irmão gêmeo mais velho, que poderá estar vivo, sou filho do escritor do livro que antes de morrer fora amante do meu namorado. O que mais a vida pode me reservar?
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Ter Nov 27, 2012 2:02 pm

Capitulo 15 - Capela

Espantado, essa era o que eu sentia agora. Sempre pensara e acreditara que meu irmão gêmeo havia morrido antes mesmo de nascer, mas agora vejo que na verdade vivera sempre ao meu lado e desaparecera diante meus olhos. Agora que sabia da verdade, sinto a imensa vontade de saber onde ele está, e se está vivo. Admito que ele é corajoso em seguir as etapas do livro, mas me pergunto se ele também teria sentimentos por Kyuhyun.

Kyuhyun estava estático, parecia nervoso, poderia dizer ansioso nada concreto. Seus olhos estavam vidrados em algum ponto enquanto sua mente divagava para longe. A atmosfera em si era quieta e tensa, ninguém se atrevia a falar, nem o copo se quer se movia.

- Então, o que faremos agora? – Perguntei quebrando o silêncio.

- Continue com sua curiosidade, quando chegar ao final do livro encontrará seu irmão. – Disse Yesung, como se aquela ideia fosse óbvia de mais.

Peguei o livro que estava guardado em minha mochila, abri exatamente onde havia parado, lendo que o personagem, agora livre do espírito cego, buscava pela passagem secreta que havia na sala. Fiquei perdido quanto á isso. Que sala? Que passagem secreta? Passei o livro para que Kyuhyun pudesse ler e entender do que se tratava. Ele pegou o livro analisando a pagina, seus olhos seguiam as linhas de forma cuidadosa, que por um instante me deixara fascinado.

- Na sala secreta que fica por detrás da estante das pedagogas, dizem ter outra passagem secreta, que levam até uma capela abandonada.

- Capela abandonada? – Perguntei curioso, além de alunos morrerem, corredores assombrados agora havia uma capela?

- Antes de construírem a escola, aqui era um cemitério. – Disse Yesung.

- O que aconteceu com o cemitério? – Ryeowook se mostrara curioso, o que me deixara surpreso.

- Ficou abandonado, as pessoas que vinham visitar seus entes, dizem que viam espíritos ou coisas do tipo, com o passar do tempo, o cemitério ficou esquecido. Já que não havia dono, o diretor da escola comprou o terreno e construiu os prédios.

- E a capela?

- Não fora destruída, apenas enterrada. Como disse antes, a escola era direcionada por um frei, então sabe como é.

Tentei imaginar como seria tal capela e se ela deveria ter algum espírito. Peguei o livro de volta e continuei a ler o capitulo.

‘’Entre as paredes de madeira robusta, havia uma porta, o vento passava por ela, me deixando claro que havia algo além dela. Fiz força contra a parede fazendo a madeira ranger e se soltar, assim vendo mais lances de escadas, dessa vez mergulhada na escuridão.

Degrau por degrau, desci com a lanterna em mãos. Mesmo estando de sapatos, pude sentir que o piso era diferente, era escorregadio demais. Bancos estavam virados no chão, panos brancos rasgados cobriam estatuetas de santos e divindades, no centro havia um altar, onde uma luz dourada era emanada de um corpo desfalecido.

Aproximei-me do corpo, sentindo uma presença estranha, poderia dizer que havia alguém ali, que não fosse eu. Olhei para trás encontrando um homem com pele branca, olhos negros cabelos grandes e ondulados, em suas mãos se encontravam facas, que a meu ver pareciam afiadas. ’’

- Vamos, temos alguém para salvar.

Levantei-me, pegando minha mochila e saindo do porão. Não sei se estava sendo seguido, mas não iria fraquejar, procuraria por meu irmão, nem que eu teria que andar naquela imensa escuridão que fora descrita no livro. Senti uma mão entrelaçar meus dedos, e pela maciez só poderia ser Kyuhyun, caminhamos pelo jardim, indo em direção da sala das pedagogas.

Abrimos a porta do primeiro prédio, passamos pelo corredor que agora, estava deserto. Yesung passou primeiro para ver se havia alguém dentro da sala, como não tinha ninguém, fizera sinal para que avançássemos, deixando a porta aberta para nós.

Entramos na sala, já estendo o braço para pegar o livro que abriria a porta, dando acesso á sala secreta, onde estariam os túmulos de Kyuhyun e Yesung. Descemos as escadas com cuidado, a fina luz emitida pela lua, iluminava o local deixando tudo mais sombrio. Fui direto para a estante de arquivos, pois era o único pertence que era feito de madeira. Olhei atrás dela, vendo que ela era pregada na parede, aumentando a minha suspeita.

- Tentem empurrar o fundo da estante. – Disse apontando para a madeira, que como o livro descrevia, uma corrente de ar se passava.

Yesung, Kyuhyun e Henry fizeram força, derrubando no chão todos os arquivos que ali continham. Logo a madeira caiu no chão, mostrando uma intensa escuridão e um som estranho soava em meus ouvidos. Henry fora o primeiro, ligou a lanterna e começou a caminha, todos foram na frente, me deixando para trás. Estava com medo de caminhar naquele escuro, estava com medo de que algo acontecesse enquanto andasse pelas escadas. Kyuhyun esperava por mim, segurou minhas mãos sem paciência, me colocando em suas costas.

- Feche os olhos, avisarei quando chegarmos.

Escondi meu rosto em suas costas, inalando de seu perfume que dessa vez era de cacau. Sentia seus passos cuidadosos, podendo assim julgar que o piso era realmente escorregadio. Mesmo quando ele parara de andar, eu não consegui criar coragem em erguer a cabeça e abrir meus olhos, estava com medo do que poderia ver, mas a curiosidade, como sempre era maior.

- Pode abrir, já chegamos.

Kyuhyun me pôs no chão, assim pude notar como aquele lugar batia com o descrevido no livro. Os bancos realmente estavam jogados no chão, alguns se encontravam quebrados e empoeirados. As estátuas religiosas estavam descobertas e sujas, algumas também estavam quebradas. No centro se encontrava o altar, mas nenhum corpo ou luz dourada, apenas um altar com um pano branco em cima.

Quanto a presença estranha, ela realmente poderia ser sentida. De inicio poderia ser confundida com a presença dos outros que me acompanhavam, mas essa era uma energia forte e sombria, causando-me arrepios na espinha. Virei para trás encontrando o olhar assustador de Wookie, novamente olhei para frente vendo um homem com a pele cinza cabelos negros e curtos olhos vermelhos e uma roupa branca rasgada, em uma de suas mãos estava uma faca, em seu rosto um sorriso diabólico que me fizera recuar alguns passos.

- Mais um para a coleção. – Disse tal homem, avançando em nós.

Kyuhyun me puxara, fazendo o homem errar o golpe, eu e Kyunnie caímos no chão, mas logo nos levantamos quando vimos que o homem já estava vindo em nossa direção. Corremos, pela capela, tentei procurar algum lugar onde pudesse me esconder, mas nada havia. O homem se aproximava, mas não alcançava, tendo isso em mente, ele jogara a faca em minha direção. Abaixei-me desviando da lâmina, que passara de raspão em meu rosto, fazendo um corte na bochecha.

- Você está bem Minnie? – Gritou Wookie preocupado.

- Ainda estou inteiro.

O homem caminhara para onde sua faca estava a pegou do chão e logo a jogou em direção de Ryeowook que tivera a proteção de Yesung o acertando na barriga. Wookie gritou em desespero, porém Yesung tirou a faca de si, como se fosse um fio de cabelo caído, seu sangue se passava em suas roupas, ele jogou a faca em direção do homem, que pegou a faca com facilidade.

O tal espírito, jogou a faca novamente, dessa vez em minha direção. Como a faca vinha em baixa altura, tive que pular, mas do nada o homem apareceu puxando meu pulso, fazendo-me cair no chão. Senti minhas costas doerem, mas isso não importava no momento. O homem me arrastava, enquanto eu tentava me livrar de suas mãos, pedi por ajuda e logo Kyuhyun veio, acertando a água benta em seu rosto. Por alguns segundo o homem ficou queimando, fora tempo os suficiente para que eu pudesse correr.

Fiquei perto de Henry que logo me empurrara para outra direção, mostrando que o sangue em meu rosto poderia fazer com que ele fizesse alguma besteira. Kyuhyun correu em minha direção, me abraçando colocando sua mão em minha boca em pedido de silêncio.

Gritos pequenos e fracos chamaram a minha atenção. Desviei o olhar para o altar, onde a tal luz dourada era emanada. Senti minhas pernas se mexerem por conta própria, me fazendo caminhar até o altar que parecia ter sido feita com mármores.

Tirei o fino pano branco, vendo assim uma tampa transparente, que mostrava alguém preso dentro do altar, como se fosse um caixão. Reconheci na hora, era ele, meu irmão Donghae, tinha que tira-lo da li, seu olhar pedia por ajuda. Procurei ao meu redor algo que pudesse quebrar o vidro, mas nada havia, e a faca que o fantasma usara era pequena demais para fazer um grande estrago.

- SUNGMIN, CUIDADO.

Ouvira o grito de Kyuhyun, vendo uma faca vinda em minha direção, me joguei para o lado, sentindo a faca arranhar meu braço esquerdo. Ao sentir o chão sobre meu corpo, pude ver que o machucado ardia, e por puro reflexo pressionei o machucado tentando parar o sangramento.

- SEGUREM O HENRY! – Gritei para Kyuhyun, quando vi que Henry tentava se conter.

Yesung era controlado disso eu tenho certeza, mas Henry não, ele era pequeno de mais para poder conter sua besta interior. Rasguei um pedaço da minha camisa, e enrolei no meu braço, quando senti firmeza de que não sangraria mais, peguei a faca que estava caída, e corri até o vidro onde Donghae estava.

Pressionei a faca contra o vidro, mas apenas fiz rachaduras. Senti algo segurar meu pescoço, virei meu corpo vendo que o homem estava tentando me enforcar. Ele me fizera deitar sobre o vidro, pressionando meu pescoço não me deixando respirar.

Mesmo sentindo minha mão trêmula, tateei a procura da faca, ao sentir sua lâmina, a finquei no olho esquerdo do homem, o fazendo recuar. Com a pouca coragem que eu tinha, tentei pegar o homem jogando contra o vidro, e seu peso fizera o vidro se quebrar.

Cai no chão, me sentindo fraco e zonzo, mas ainda sim pude sentir os braços colhedores de Kyuhyun, que me pegava no colo mais uma vez.



Recobrei a consciência, reconhecendo a maciez de minha cama, estava no quarto que dividia com Kyuhyun. Tentei me levantar, mas minhas costas reclamavam de dor, algumas mãos me fizeram voltar a ficar deitado, mostrando que todos ali estavam preocupados. Assim que minha visão desembaciou, pude ver Kyuhyun, Yesung, Ryeowook e Donghae me olhando.

- Como se sente? – Perguntou Kyuhyun enquanto acariciava meus cabelos.

- Dolorido. Quebrei alguma costela, ou algo do tipo?

- Bom, digamos que você passou por uma transformação.

- Como assim?

Kyuhyun apenas apontou para o espelho. Levantei-me, sentindo a leveza de meu corpo. Assim que vi meu reflexo no espelho fiquei totalmente espantado. Meus cabelos estavam descoloridos, o corte ainda era o mesmo, porém estava loiro. Meus olhos vermelhos como sangue, minha pele branca como a neve.

- O que aconteceu?

- Uma costela perfurou seu coração. Henry ficou bem feliz em te morder.

- Quer dizer que eu sou um vampiro agora? Eu estou morto? É isso mesmo?

- Bom depois vocês falam disso, agora se me dão licença preciso de um momento com meu irmão.

Donghae se aproximara de mim me abraçando, pude sentir seu cheiro amadeirado que me recordara dos momentos felizes que havia passado em minha infância. O abracei com força, sentindo as lágrimas fluírem passando em meu rosto. Pela primeira vez eu chorara em um dia qualquer, que não fosse em um eclipse lunar.

- Como senti sua falta maninho. – Disse ele acariciando minhas costas.

- Desculpa por ter te esquecido.

- Não foi culpa sua.

Ficamos naquele momento família por um bom tempo, assim podendo conversar sobre tudo o que acontecera nos últimos anos, o que deixara Kyuhyun enciumado por eu dar mais atenção ao meu irmão.

Mais tarde, conversei com Henry que parecia mais feliz, agradeci á ele, por ter me dado uma ‘’segunda vida’’. Agora eu teria toda a eternidade para viver ao lado de quem eu mais amara.

Kyuhyun, me abraçara dando-me um beijo doce e calmo. Mas como nem tudo é doce, suas mãos já passeavam pelo meu corpo tentando explorar algo que ele já conhecia. Ri em pensamento imaginando como iria aguenta-lo para toda a eternidade, ele é o motivo de minha existência. Infelizmente.

- Sei que me quer.

- Kyuhyun eu já te disse que eu te odeio.

- Do jeito que me dá prazer.

Entre risos e beijos, brigas e desejos, ficamos assim por toda a eternidade.
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The Ghost Of Falls School Empty Re: The Ghost Of Falls School

Mensagem por Imyan Yumgyun Qua Nov 28, 2012 8:53 am

Capitulo 16 - Yesung's Life.

Como deveria começar uma história? Poderia ser com ‘’Era Uma Vez’’, mas ela não é um conto de fadas e muito menos finais felizes, pois é uma história sem final.

Começarei contando a minha infância. Durante toda a minha vida eu vivi em um orfanato, nunca conheci meus pais, e não quero conhecê-los. Nunca fui adotado por causa de minha aparência gótica, mantinha meus cabelos grandes, repicados e negros, cobrindo todo o meu rosto. Tentava ignorar todos que podiam ficar a minha volta, não fora nem uma nem duas nem se quer dez vezes em que a diretora do orfanato pedira para mim cortar os cabelos, mas nunca o fiz.

Quando completei 16 anos, eu fiquei entediado, pois tudo o que fazia era estudar e ficar na frente da televisão. Pedi conselhos á diretora, que falou para eu arrumar um emprego de meio período. Foi o que fiz, saí na cidade a procura de emprego, mas nada se qualificara a mim, pois eu não tinha experiências.

Cogitei a ideia de trabalhar como garçom, seria uma boa, conseguiria fazê-lo. No primeiro restaurante que vira a placa de vagas, eu fui aceito. Comecei a trabalhar no dia seguinte, e a cada semana que se passava, meu salário era aumentado. Perguntei ao gerente do porquê e ele me respondera, que o motivo do restaurante ter tanto cliente era por minha causa.

Só então percebi que u restaurante estava cheio de clientes, porém todas mulheres. Perguntei aos meu colegas de trabalho, que me falaram que as mulheres vinham por minha causa. Apesar de minha pouca idade elas me consideravam bonito e simpático. Ignorei aquilo e também aos leves xavecos que levava de vez em quando.

Em um mês eu já conhecia aquelas mulheres e seus problemas domiciliares, também percebi que a maioria delas vinham vestidas com roupas curtas e apertadas, para mostrarem seus corpos, a maquiagem era pesada os cabelos eram presos em coque desajeitado para mostrar que elas teriam estilo.

Mas uma delas me chamara a atenção, e posso dizer que ela era diferente. Aquela garota vinha todos os dias ao restaurante, ficava sentada em uma das mesas mais distante e reservados prestando atenção em seu livro que a cada quatro dias era diferente. Suas roupas eram largas e escondia seu corpo, nenhuma maquiagem era vista em seu rosto. Parecia uma boneca de porcelana.

Tomei coragem e fui lhe servir, primeiro perguntei o que gostaria de beber, para logo depois trazer sua xícara de café. Sentei-me em sua frente e puxei assunto com ela, percebendo que havíamos muito em comum. Ambos gostávamos de filme de terror, ela amava ler livros de mistério e eu amava livros de suspense, até hoje não vejo diferença entre os dois gêneros.

No final das contas marcamos de sair, em uma segunda feira onde eu não trabalharia e nem teria aula. No dia marcado eu estava nervoso, com medo de fazer algo errado. Mas para a minha sorte tudo havia ocorrido de forma simples e gostosa.

Não entrarei em detalhes quanto ao encontro, nós assistimos a um filme de terror muito bom, depois jantamos em um restaurante japonês. A levei para casa, e foi aí que aconteceu algo que mudou a minha vida. Ela me fizera entrar consigo, me levando até seu quarto, onde pela primeira vez tive uma relação sexual. Para ser sincero, não me lembro de muito bem disso, por isso peço que me perdoem por não lhe contar os detalhes de tal noite.

Uma semana depois eu criei coragem em pedi-la em namoro, mas ela nunca mais apareceu no restaurante o que me deixara muito abalado. A cada dia de trabalho, era um tormento pois a via sentada na mesa escondida, lendo seu livro. Pedi demissão de meu trabalho e fui para outro restaurante onde trabalharia mais pesado, era uma pizzaria italiana, e além de garçom tinha que bater em massa, o que seria perfeito para eu poder esquecê-la.

Durante nove anos, trabalhei duro, pegando um pouco de meu dinheiro e doando ao orfanato que aguentara as minhas reprovações. Por causa do trabalho perdia tempo de estudar assim ficando sempre no terceiro ano do ensino médio.

Quando completei 25 anos, criei vergonha na cara e saí do orfanato, me matriculando no Falls School. A diretora do orfanato me pedia para não ir aquele lugar, falava ser ruim, tenebroso, com um passado assustador. Mesmo assim fui, tinha 25 anos com cara de 18 e tinha que completar meus estudos, para pegar meu dinheiro e poder ter a minha vida.

Lembro-me de meu primeiro ano na escola, entrei juntamente com um garoto de cabelos loiros e repicados, ele tinha um olhar frio, admito ter ficado com medo dele. Mas algo em sua face me fazia lembrar ela, seus olhos, que apesar de negros, tinham uma essência de amizade forte. Acabamos virando colegas de quarto, dormíamos no ultimo quarto do quinto andar.

Três meses depois alguns professores novos foram entrando. Um me chamou atenção, ele era musculoso, de aparência bonita, e parecia ser exigente. Mas ficara surpreso em encontrar aquela mulher no meio dos professores, e como eu me lembrava, ela continuava a usar roupas grandes mostrando sua inocência. Mas quando nossos olhos se encontraram, ela mostrou-se surpresa, ela olhou para meu amigo, Kyuhyun, me fazendo assim ficar com uma pergunta em mente.

Lembro-me de ter chegado no dormitório e perguntar ao meu amigo se ele conhecia a tal ‘’professora’’, e ele disse que era sua irmã mais velha. Que ela veio trabalhar aqui, pois o salário era alto, assim podendo sustentar o filho de nove anos de idade. Fiquei estático, fazia exatos nove anos que nós havíamos nos encontrado e em um dia eu sabia tudo sobre ela, ela perdera sua virgindade comigo, o que aumentara as chances de eu ser pai.

Durante o mês eu tentei me aproximar dela, mas ela simplesmente fugia de mim, e eu nem sabia do porquê. Tentei perguntar á Kyuhyun o motivo dela não querer saber do pai da criança, mas ele nada dissera, já que sabia que era eu. Aquela foi uma temporada tensa para mim.

Desisti de correr atrás dela, e resolvi me concentrar nos estudos. Durante a época eu e Kyuhyun nos tornamos melhores amigos, pois ele entendia o meu lado, eu havia chorado em sua frente contando tudo o que acontecera, mas por ele ter jurado sigilo não contaria nada á mim.

Ficamos sabendo sobre as professoras que desapareciam após se encontrarem com o professor exigente, que secretamente eu o batizei de aloprado. Mas fiquei com muita raiva ao o ver dando em cima da mulher que amava. Sim eu a amava, ela um dia foi o motivo de minha existência, como era jovem confundia tudo, e isso deixou marcado, ela fora meu primeiro amor.

No dia em que eu e Kyuhyun decidimos saber do porque as mulheres desapareciam, acabamos por descobrir algo chocante. Pegamos ele no flagra, ele mostrava suas presas brancas e pontiagudas, enquanto perfurava o pescoço da irmã de meu amigo. Como ficamos chocados, nem se quer se mexia a gente conseguia, e apenas vimos ela morrer, e no dia seguinte o diretor deu a noticia de que ela deixara uma carta de demissão.

Não aguentei a raiva em mim, fiz de tudo para matar ele, tentei pegar um galho de orvalho, deixando-a com a ponta fina, assim formando uma estaca. Kyuhyun não me deixara sozinho, sendo assim, fomos nós dois á procura do professor. Quando chegamos na sala dos professores, ele estava sozinho, fomos imprudentes em ataca-lo, tendo como resposta alguns roxos.

Quando voltamos para nosso quarto, o vimos lá, esperando pela gente, e logo pegou um revolver, atirando em Kyuhyun na barriga, mas o que fora mortal para meu amigo, fora ver seus órgãos sendo tirados pelo pequeno buraco. Pensei que ele iria querer se divertir comigo, como se fosse um boneco da qual quando precisasse estaria lá, por ter medo da morte. Mas no final, ele simplesmente, me mordera, espalhando seu veneno por minhas veias.

Pude sentir a dor e o calor, como era horrível, tudo em mim vibrava, e aos poucos sentia meu coração parar de bater. Sendo assim que eu morri.



Alguns dias depois, acordei, estava tudo escuro e calor, tateei as mãos vendo que estava preso em algum lugar. Com uma pouco de força conseguira tirar uma espécie de tampa que havia em cima, vendo que na verdade era um caixão, feito de pedra. Então percebi o que havia acontecido. Olhei para a minha direita, vendo outro tumulo de pedra, tirei a tampa, encontrando o corpo de meu amigo.

Senti vontade de chorar, que tipo de pessoa era eu? Como poderia ter deixado duas pessoas, da qual entregara a minha confiança, morrerem na minha frente? Saí da gruta, vendo que ela era uma sala secreta que ficava escondida na sala da pedagoga. Enquanto saia fiz de tudo para não ser visto, mas o único jeito era sair no sol, e como eu não sabia o que poderia repelir um vampiro, eu sai, sentindo minha pele ser queimada. Voltei para as sombras, encontrando um menino pequeno, ele tinha bochechas grandes e um olhar triste, seus olhos estavam inchados. Me aproximei dele me perguntando o que havia acontecido e ele dissera que a mãe havia desaparecido depois de trabalhar no colégio. Perguntei qual era o nome de sua mãe e ele me respondera ‘’Krystal’’, fiquei surpreso em saber de que aquele menino era meu filho.

Peguei o garoto sem dizer nada, e o trouxera comigo. Levei ele para cima e para baixo, mas em nenhum momento perguntara quem era seu pai, pois tinha certeza de que seria eu. Com a ajuda do pequeno pude pesquisar formas, e rituais de ressurreição, queria trazer meu amigo de volta. Achei um que parecia ser verdadeiro, mas eu não poderia fazê-lo pois estava morto. Pedi ao pequeno garoto que o fizesse, e ele por gratidão de ter lhe acolhido, o fez.

Fizemos o pentagrama ao redor do tumulo de pedra, jogamos sobre o corpo enxofre, e o garoto começou a recitar o poema que estava em latim. Logo vira meu amigo acordando, fora então que o pequeno garoto me agradecia por trazer de volta seu amado tio.

Fiquei feliz em ter feito algo de bom ao pequeno, mas Kyuhyun apenas me olhava confuso. Contei-lhe tudo o que havia acontecido o deixando perplexo. Tínhamos que ter um lugar onde pudéssemos nos esconder, e acabamos por achar uma casa de madeira abandonada atrás de um muro. Kyuhyun quebrou a parede formando um pequeno buraco, onde pudéssemos passar.

O pequeno garoto, que havia dito seu nome era Henry, já havia descobrindo minha espécie, e queria por que queria viver ao lado do tio, para procurar o pai. Fiquei com medo de ele descobrir que seria eu e me recusei, mas o pequeno era persistente, e acabei o fazendo, mas logo me arrependi.

Kyuhyun falou que seria melhor para mim, que eu ficasse longe do garoto, que ele tomaria conta, e de quando fosse necessário, eu poderia conversar e contar a verdade.

Durante alguns anos fiquei na minha, sem se quer visitar o pequeno, mesmo querendo. Foi então que toda aquela história, que você já deve saber aconteceu. Um garoto novo entrou, acabou vendo eu e Kyuhyun ele fizera a besteira de explorar a escola, sendo seguido por nós. Ele mantinha um diário, atualizando todas as noites e assim descrevendo cada espírito visto nos mínimos detalhes.

Ele e Kyuhyun acabaram caindo por amores, mas eu não acreditara naquilo. Não se demorou para que o desejo de viver o eterno passasse na mente do mortal. E no final de tudo, ele fizera um ritual, que era o contrário da que Henry havia feito para trazer o tio. O garoto fizera a besteira e logo morreu e em seu ultimo suspiro acabou por prometer que faria Kyuhyun feliz com seu sangue, dizendo que seus filhos viriam.

Após sua morte o livro que fora encontrado pela diretora, acabou por ser lançado, porém a editora ficara com tanto medo que só lançou um, sendo o único livro de nossa biblioteca com tal tema. Kyuhyun lia e relia, sentindo todos os sentimentos do autor que um dia amara, e como sempre chorava. Eu ficava com dor no coração em ver meu amigo chorando.

Alguns anos se passaram, e logo senti o cheiro do autor amante de meu amigo. Era um garoto novo, que veio em uma noite de eclipse lunar. O garoto fora na biblioteca pegara tal livro, porém não o seguimos. Quer dizer seguir seguimos, pois Kyuhyun queria tocar no garoto, queria sentir o cheiro do sangue que pertencia ao home que uma vez amara. O garoto ao chegar na ultima etapa, desaparecera diante dos nossos olhos. Não sabíamos o que havia acontecido, ele simplesmente desapareceu.

Se Kyuhyun fosse vivo, poderia dizer que ele estava em depressão. Teve um ano, que eu andava pelos corredores, e acabei por encontrar um garoto desmilinguido, ele estava sendo feito de besta, pelos garotos mais velhos. Por incrível que pareça, pude sentir um calor dentro de mim, aquele garoto me chamara a tenção de uma forma, que me deixara espantado. Não me dei conta de que estava batendo nos garotos por brincarem com o desmilinguido.

O cabeçudinho agradeceu, mas tudo o que eu pude fazer fora virar as costas. E a partir dos dias, comecei a ver ele e somente ele, havia contado á Kyuhyun o ocorrido, e ele conseguira descobrir o nome do garoto.

- Ryeowook, Kim Ryeowook. Posso dizer que você está apaixonado.

- Não sei o que sinto.

- Mas eu sei.

Kyuhyun me ajudara em todos os sentidos, ele tentara me fazer comparar o que sentia por sua irmã e o que sentia pelo garoto, e então percebi que estava caindo de amores. Mas para mim aquilo era proibido, eu não tinha o direito de me apaixonar, ele só se machucaria comigo. Eu não tinha coragem nem de conversar com meu filho, muito menos em tentar paquerar o garoto.

Dois anos de passaram, e novamente aquele cheiro invadia minhas narinas. Avisei á Kyuhyun que aquele ano seria diferente. Que eu gostaria de dividir o quarto com o pequeno Ryeowook, e que ele ficaria sozinho. Kyuhyun entendeu aquilo como um avanço meu, sendo que o que eu planejava era tirar-lhe a solidão.

Para poder trocar os quartos, eu tive que fazer pressão na diretora. Ela sabia quem eu e Kyuhyun éramos, pois ela era filha do diretor de nossa época.

- Yesung isso é diferente.

- Claro que é diferente, posso sentir que esse garoto novo, pode acabar de vez por todas tudo isso, e também de tirar Kyuhyun da depressão.

- Compreendo a sua preocupação, mas o que irá acontecer se mais um aluno morrer. Sabe que a escola está em uma posição difícil.

- Ele não vai morrer diretora. Pedirei para Henry mordê-lo.

- Yesung, você não consegues falar com teu filho, muito menos Kyuhyun pediria para algum vampiro mordesse o garoto.

- Diretora, estou pedindo que me troque de quarto e que deixe a sala das pedagogas vazias ás noites.

- Se alguma coisa acontecer, você será responsabilizado.

Voltei ao meu quarto, peguei minhas coisas e fui dividir o quarto com Ryeowook. Antes eu achava que ele ficaria em cima de mim, mas pelo contrário, ele manteve distância. O que me deixara frustrado queria conhecê-lo melhor, mas por causa de minha timidez, nem se quer nós nos dávamos.

Durante o período de aulas, Kyuhyun me contara que seu colega de quarto, se chamava Sungmin e que era extremamente bonito. Lembrei-me da época em que trabalhava como garçom e escutava as meninas dizendo as mesma coisas sobre os garotos. Durante as noites eu tentava conversar com o pequeno, mas ele dormia, e eu não, o que gerava conflito as vezes. Mas admito que fiquei com ciúmes de quando Ryeowook se aproximou de Sungmin, tanto que teve o dia em que eu mostrei as presas para ele, em sinal de briga, que se ele tocasse no meu pequeno ele morreria, mas Kyuhyun me beijou, me fazendo esconder as presas, aquele garoto fora salvo por um fantasma, caso contrário estaria morto.

Senti que estava em perigo, e eu queria ter Ryeowook em meus braços. Juntei toda a minha coragem e fui falar com ele.

- Ryeowook. – O pequeno olhou para mim surpreso. – quer sair comigo amanha?

- Para onde?

- Um cinema, não sei direito sobre encontros.

- Encontro?

- Bom se não quiser ir, fique a vontade...

- Não. Sábado á tarde, estarei te esperando no portão.

Sorri ao ver que mesmo estando tímido, conseguira um encontro. Durante a semana, ficava aquele nervosismo, na escola nos olhávamos se podia ver seu rosto lindo ficar corado. Na noite do eclipse, eu deixei Kyuhyun sozinho para ter alguma evolução em seu relacionamento, assim podendo conhecer um pouco mais sobre meu pequeno.

Ele me contara que os pais o mandaram no colégio, porque estavam passando por divorcio, e eles sabiam que seria difíceis para ele, por ser apegado á ambos os pais. Ás vezes ele me perguntava sobre mim, mas eu falava que só contaria no dia de nosso encontro, pois me sentiria mais a vontade.



No dia do tal encontro eu estava em estado de nervos. Não sabia o que vestir, pois não queria aparecer desleixado, mas também não queria aparecer muito elegante. Durante esses dez anos que eu vivi como morto, nunca ficara tão nervoso, apenas no dia do encontro com Krystal, mas como vocês sabem, não teve um final muito feliz. Acabei por colocar uma calça jeans e uma camiseta branca, pronto seria assim que eu iria.

Fui ao portão e lá estava ele, com uma calça jeans uma camiseta vermelha e uma blusa amarrada na cintura. Caminhamos pelas ruas, fomos ao cinema, mas o pequeno não gostava de filmes de terror, por isso assisti com ele uma comédia romântica. Fomos para um restaurante italiano e comemos e lá contei tudo sobre a minha vida, contei o que eu era, o que sentia, do porque estava lá e até dos meus recentes sentimentos com ele. Para a minha surpresa o pequeno reagira bem, ele sorriu segurando minhas mãos e dando-me um olhar acolhedor.

- Desde que me salva naquele dia, eu comecei a sentir algo por você. O que sinto não será abalado pelo o que você é.

Fiquei feliz em saber que era correspondido, e aquele calor subira em meu rosto, fazendo-me lembrar de minha juventude. Saímos pelas ruas, com a atmosfera em paz, era uma sensação tão boa que eu não trocaria.

Chegamos ao nosso quarto onde demos nosso primeiro beijo, um lugar onde não teríamos interrupções, onde poderíamos ser nós mesmos. A boca dele era viciante tinha um gosto de cereja, sua língua era uma maciez divina, sua boca eu explorei sem pudor algum. Mas conterá os meus hormônios, para não passar do limite.

No dia seguinte Sungmin apareceu, contando tudo o que havia visto na noite anterior, e eu como comecei a não gostar de ver os dois juntos sozinhos, entrei na conversa. Não vou mentir, não sinto ódio pelo Sungmin, apenas uma inveja de sua amizade com o Wookie ser tão bonita.

O resto da história vocês conhecem não? A curiosidade de Sungmin o levou até o extremo, fazendo o meu pequeno Wookie entrar em sua ladainha, quando Ryeowook me dissera que queria que eu visse uma pessoa, eu já sabia que seria Henry. Então me preparei o Maximo para não ficar nervoso e gaguejar, mas mostrar o meu pequeno garoto que eu tinha motivos, porém motivos fracos não?

Ver ele depois de 10 anos fora a melhor coisa do mundo, depois de sentir os lábios de Wookie, mas isso não vem ao caso. Quando nos deixaram sozinhos, Henry me olhava bravo, com as bochechas infladas fazendo um biquinho muito fofo.

- Porque nunca mais veio me visitar?

- Tinha meus motivos.

- Minha mãe tem haver com isso?

- Err, mais ou menos.

- Você foi como um pai para mim, um herói por salvar meu tio, mas depois de me transformar foi embora.

- Te transformei porque havia pedido não que eu queria.

- Não vejo motivo por não querer.

- Henry você tinha 9 anos, muito novo para morrer.

- Só Kyuhyun se importou comigo.

- Eu também me preocupei contigo, mas fui proibido de te ver.

- Por quê?

Contei pela terceira vez a minha história. Mas ocultei o nome de sua mãe, para que ele não pudesse me bater ou sei lá, me matar. Sei que durante esses dez anos Kyunnie o treinou para alguma coisa, é os dois eram desocupados. Durante esses dez anos, Kyuhyun me contava como seu dia fora com o pequeno, contava como ele estava como havia aprendido tudo, apenas me deixando com uma imensa vontade de vê-lo.

- E onde está seu filho agora?

- Na minha frente.

Henry começou a chorar, não tive reação, não sabia o que fazer quando uma criança chora. Então o abracei, pela primeira vez, eu estava abraçando meu filho. Como meu coração pulou de alegria, como me senti feliz.



Acredito que queiram saber o que aconteceu no dia em que Sungmin fora transformado, não é? Bom contarei de forma rápida, pois tenho um encontro com a minha família, Ryeowook e Henry.

Depois de Sungmin ter desmaiado, Kyuhyun entrou em desespero. E quando digo desespero, quero dizer, que ele fez de tudo para matar o homem estranho. Eu não fiquei lá para assistir. Henry estava louco para pular em Sungmin, pois não sabia controlar seu instinto, Donghae que conhecia pouco sobre meu filho, o levou para o lado de fora. Juntamente com o Ryeowook peguei o Sungmin no colo e o levei para a sala da diretora. Claro que ela sabia que tudo isso daria besteira no final, mas como eu havia prometido Henry o transformaria. Não demorou em Kyuhyun se juntar a nós, assim vendo o amado ser examinado pela diretora, que também era nossa enfermeira.

- Todas as costelas dele, estão quebradas, ele não vai sobreviver por muito tempo. – Disse a diretora.

- O QUÊ? COMO ASSIM, EU NÃO POSSO PERDER MAIS UM. YESUNG PELO AMOR DE DEUS FAÇA ALGUMA COISA.

Acredito que nem dava para ver a preocupação de meu amigo não é? Olhei para Henry, pousando minha mão seus ombros, lhe passando coragem.

- Henry, acho que é sua vez. Morda o Sungmin. – Disse.

- VOCÊ ESTÁ LOUCO YESUNG? ELE NÃO PODE VIRAR UM VAMPIRO.

- Não vai virar, então deixemos morrer igual ao outro.

- Desculpe a interrupção, mas como ele é meu irmão, acho que eu teria quem decidir.

- Bom Donghae qual é a sua decisão? – Perguntou a diretora, confiante de sua resposta.

- Henry morda o Minnie, e o salve. – Donghae virou para Kyuhyun o fitando bravo. – Olha aqui, não me interessa quem é você e sei muito bem que já ta morto e que namorou meu pai, então deixo bem claro, mesmo que eu morra, se eu ficar sabendo que magoaste meu irmão, irei te perseguir pelo resto de sua existência, entendeu?

- Sim, senhor. – Tentei segurar a risada pela primeira vez via meu amigo baixar a cabeça para alguém.

Henry se aproximou de Sungmin e mordeu seu pescoço, ele não sugou seu sangue apenas deixou seu veneno ser injetado nas veias. Não se demorou em sentir seu cheiro ir desaparecendo, seu corpo de vez em quando se mexia, por puro reflexo em sentir cada órgão morrer.

Para ser sincero Sungmin ficou desacordado por sete dias. Seus cabelos foram clareando, sua pele também, e quando acordou uma atmosfera de alivio se passou pelo quarto. Até eu fiquei feliz em vê-lo bem, pois Wookie estava tão nervoso com medo de perder o amigo, que me contagiou seu medo.

Mas a parte mais interessante aconteceu á noite. Eu estava escolhendo meu estoque de sangue para levar ao Sungmin, quando sinto a presença de meu pequeno. Mas seu cheiro estava diferente, não sentia o cheiro de seu perfume ou de suas roupas, apenas o cheiro de sua pele. Olhei para trás encontrando-o nu sentado em minha cama.

- Melhor se vestir, se não farei besteira.

- Quero que venha fazer essa besteira.

- Que erótico.

- Sou novo nisso.

Sorri ao pequeno, tendo ele para mim a noite inteira. Pela primeira vez eu dormira com uma homem, por isso tive uma certa inexperiência, mas posso dizer que me senti muito bem, parecia que eu estava satisfeito. Mas na hora H, Wookie me surpreendera.

- Me morda.

Olhei para em seus olhos, para ver se ele tinha certeza. Acariciei seu corpo, deixando excitado, beijei seu pescoço, sentindo seu coro ser invadido por mim. Seu sangue me chamava, clamava por desejo. E eu lá eu preguei minhas presas.

Para diminuir sua dor, continuei com o que havia começado, e por incrível que pareça ele me correspondeu. Continuamos a sentir o corpo um do outro, de forma sensual e ardente. Seu corpo suava por não poder gritar nem se contorcer, apenas suava. Suas mãos ainda deslizavam pelo meu tórax de forma leve, me deixando sentir que ele estava cansado e fraco.

Quando estávamos mergulhado em nossos fluídos, Ryeowook desmaiara. Me levantei pegando seu corpo e o lavei, coloquei uma roupa adequada e o deitei na cama. Sua cabeça estava apoiada em meu braço esquerdo. Colei seu corpo no meu e fechei os olhos. Só iria acordar quando ele acordasse, para fazer ele pensar que só havia caído no sono, e que não havia se passado uma semana.

Uma semana se passou, e aqui estou, me preparando para meu momento família. Wookie estava com o cabelos castanhos ruivo, sua pele continuara clara e bonita, seu sorriso ainda encantador. Ah como eu o amo.





Como havia dito no inicio, essa foi um breve resumo de toda a minha vida. Claro que eu escondi alguns fatos, algumas conversas entre eu e Ryeowook, mas deixo claro que fiz isso, por sentir que vocês iriam invadir minha privacidade. A história ainda não terminou, ainda teria muito para contar, mas deixarei isso para outro momento, agora eu quero curtir a eternidade ao lado de quem eu amo, o meu filho Henry e meu namorado Ryeowook. Os outros casais estão bem, por incrível que pareça. Sungmin e Kyuhyun continuam com suas brigas amorosas para depois voltarem aos seus braços.

Todos nós nos graduamos, eu finalmente passei de ano, depois de reprovar dezenove vezes, é eu ainda não criei vergonha na cara. Agora todos nós moramos em uma mansão, moramos todos juntos. Donghae morreu algum tempo depois, mas ele se tornara um anjo, dá para creditar nisso? Ele teve que se matricular em outra escola, coitado tem que se passar por humano para proteger um garoto, mas esses dias ele contou que fez a maior besteira da vida e que tem medo de partir para sempre. Ele se apaixonou pelo humano.

FIM !
Imyan Yumgyun
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