The Old Sweet Mary

The Old Sweet Mary

Seu nome era Mary. Linda, inteligente, doce, meiga, aplicada... Era tudo o que uma garota deveria ser. Mary Alissen Scoth morava em Road Island com seus pais, tinha uma vida feliz e saudável, uma família bem estruturada e um futuro brilhante. Seu único defeito - que nem podia ser considerado um defeito, na verdade - era ter um namorado. Não que ter um namorado, sendo bela e doce como Mary era, fosse realmente um defeito. Seu defeito era ter AQUELE namorado: Brad Standford.

Brad era capitão do time de futebol. Alto, loiro e de olhos azuis, seus músculos bem delineados graças ao esporte que praticava... Como sempre, envolveu-se com a líder de torcida mais bela de todas. Afinal, com os longos e lisos cabelos negros e os grandes olhos castanhos, além do corpo esguio, quem resistiria à senhorita Scoth?

Durante um ano, o namoro dos dois foi perfeito. Jamais brigaram, nada além de uma ou duas discussões. Eram perfeitos um para o outro, como se feitos para completarem-se. E então, ele, um ano mais velho do que a namorada, conseguiu uma bolsa na faculdade, deixando para trás a garota.

Seu namoro continuou normalmente, e Mary sempre fora fiel ao namorado, mesmo com toda a distância. Ela o amava e respeitava demais, e igualmente acontecia com ele. Viam-se todos os fins de semana e curtiam cada pequeno momento juntos.

Mas a vida de Mary não podia parar, e por isso ela acabou fazendo amizade com algumas pessoas de sua turma, mais ou menos quando percebeu que seu destino não era ser líder de torcida. Um de seus amigos, na verdade, o melhor de todos, chamava-se Garry White. Garry era doce, meigo, gentil, companheiro... logo ela descobriu que o mesmo era gay, não que isso fosse um problema (mas talvez este fato faça diferença no decorrer da história).

Vinte de Julho de 1989, aniversário de dezessete anos da garota. Brad resolveu fazer uma surpresa para a garota e, fugindo da faculdade, dirigiu seu carro até os portões enferrujados da escola. E lá esperou.

Assim que o sinal tocou e os alunos começaram a despedirem-se, surgiu Mary, de braços dados com Garry. Ao ver o carro, ela despediu-se do amigo de maneira carinhosa. Brad não deixou este carinho passar despercebido, e logo sua mente encheu-se de ideias errôneas.

Ela podia estar traindo-o... Havia quanto tempo ela mantinha aquele relacionamento? Ele jamais devia ter confiado naquela garota.

Sua mente começou a recriar uma história, a história do relacionamento dos dois nos últimos meses, ressaltando parágrafos que nem existiram, parágrafos esses que davam a entender o envolvimento da garota com outro alguém. É assim que a mente humana funciona, afinal... sua tarefa é dar-nos cada vez mais motivos para estarmos certos, pelo menos ao nosso ver.

- Brad, ah meu Deus, que bom que você está aqui! - Disse a garota, entusiasmada, unindo os lábios aos do rapaz. - Ai, minha nossa... Braddie, tem como você esperar só um minutinho? Eu vou ao banheiro, acho que esqueci meu estojo lá...

- Claro, Marie. - Disse ele, a frieza estampada em sua voz.

A garota estranhou, mas resolveu não comentar. Apenas afastou-se do carro, ansiosa para voltar aos braços do rapaz. Ela o amava e o conhecia, sabia que devia ser apenas o estresse universitário, e que este passaria, tão logo estivessem juntos.

Ao entrar novamente pelos portões, encarando o movimento contrário, mal sabia que jamais sairia viva de lá. Afinal, como poderia imaginar que seu namorado não apenas a amava, como era obsessivo? Ele já havia demonstrado algumas crises de ciúmes, mas nada que a fizesse imaginar as dimensões do mesmo.

- Tem alguém aí? - ela perguntou, quando ouviu a porta do banheiro abrir. Merd@ de banheiro, tinha que ser como um labirinto, cheio de corredores, ela pensou.

- Então, Mary, quando pretendia contar-me sobre você e o serzinho? - ele perguntou, sua voz fria banhada em raiva ecoando pelo local.

A garota sobressaltou-se.

- Meu Deus, Brad, quer me matar do coração? Do que você está falando?

- Me refiro ao cara com quem você saiu da escola, Mary Alissen. Eu vi, você não pode mais mentir para mim. Desde quando você vem se encontrando com ele?

- Não, Braddie, você entendeu tudo errado. Eu não... Ele não...

O rapaz não esperou para ouvir as desculpas da namorada. O momento de fúria levou-o a empurrá-la contra um espelho de corpo todo que ocupava a parede à sua direita. Ouviu-se o mesmo dar uma leve rachada ao baque.

A garota escorregou pelo espelho nos poucos centímetros que faltavam, até cair no chão, quase inconsciente. Logo sua consciência foi levemente recuperada, mas ele a chutou, a fazendo cuspir sangue.

- Sua... jamais devia ter confiado em uma só palavra que você dizia. E pensar que passei todos esses meses sendo fiel à você... por acaso dormiu com ele na mesma cama em que eu e você dormimos pela primeira vez? Seus pais já sabem que eu e você já transamos, Mary Alissen? Aposto que não, você não contaria, eles ficariam chateados. - Ele estava ensandecido, mergulhado em uma fúria que chegava a cegá-lo. - E se não sabem de nós dois, sabem muito menos de você e desse pirralho, estou certo? - Agora ele já gritava. - Estou certo, Mary?

- Me solta. - disse ela, quando ele a ergueu pela blusa. - Me solta, Brad, me solta. Você está me machucando!

Ela foi jogada novamente contra a parede, com ainda mais força do que da primeira vez.

A escola estava fechando-se. O zelador pôs a cabeça pela porta do banheiro.

- Alguém aqui?

Nenhuma resposta. O banheiro, parecendo com um labirinto, podia ser um ótimo esconderijo, e se Mary bem conhecia o senhor Horns, ele não iria entrar no local para verificar. A falta de força e a semi inconsciência não a deixaram responder. Jamais arranjaria força para tal, e isso não melhorava com o aperto ao redor do seu pescoço, as enormes mãos do namorado deixando vergões.

- Então você gosta de sair por aí transando com qualquer um? É assim? - disse ele, quando ouviu a porta do banheiro fechar-se, os passos do zelador afastando-se lentamente.

- Brad, não...

Ele não quis mais ouvir. Violentamente e cego pela fúria, ele a abusou. Os gritos dela eram abafados pela mão do rapaz em sua boca. Todas as suas esperanças haviam sumido. ela iria morrer, tinha certeza disso.

Depois de longos e angustiantes minutos, que pareciam até infinitos, ele finalmente parou, e a centelha da esperança voltou a acender-se em seu coração. Mas foi por pouco tempo, pois enquanto ela estava caída, chorando copiosamente, ele abriu o estojo dela e tirou de dentro uma tesoura.

Com tesouradas, ele a assassinou. Fria e cruelmente, arrancando seus olhos, deixando-a caída em frente ao espelho, agonizando em seus instantes finais.

assim que percebeu o que tinha feito, Standford fugiu. Com seu próprio sangue, Mary tentou escrever o nome do rapaz em sangue, mas foi em vão. No meio do traçado da primeira letra A, ela faleceu, levando consigo o segredo de sue assassino.

Standford jamais foi preso.

Hoje, ao dizer-se Bloody Mary três vezes em frente ao espelho, dizem as pessoas ao meu redor, ela aparece. E se você por acaso tiver um segredo, segredo esse que tenha relação com a morte de alguém, ela arranca-lhe os olhos e escreve o nome da vítima atrás do mesmo espelho pelo qual foi invocada. Tudo isso na esperança de, algum dia, encontrar, em frente ao espelho, o capitão do time de futebol que tirou sua vida, para fazer-se valer a justiça, a tanto tempo lhe roubada.

Ou, quem sabe, esteja apenas querendo cobrar-se pela morte de outras garotas inocentes, de outras tantas que não teriam coragem ou força para fazer o mesmo.

De qualquer maneira, você não irá querer testar, não é?

Por que Mary, a antiga doce Mary, já não é mais tão doce... agora é sangrenta. Mary Sangrenta. Bloody Mary.

~~FIM~~

Gente, cá estive eu, com mais um de meus textinhos...
Esse deu-se origem sobre uma pesquisa que (acreditem se quiser) eu estive fazendo, por vontade própria, sobre lendas. Topei, incrivelmente, com uma das mais perfeitas e misteriosas lendas de todas, pelo menos ao meu ver: Bloody Mary. Todas nós, leitoras, ou mesmo vocês, leitores masculinos que eu talvez venha a ter, podemos nos identificar com essa lenda, de uma maneira ou de outra, de uma forma que nem nós mesmos entendemos...
Me fascinei, admito. E então, com base em uma das inúmeras versões da lenda (a minha preferida, sem dúvida - abordada em Supernatural, para quem não a reconheceu) escrevi esta minha pequena versão.
Espero que gostem.

OBS.:
~> esta não é a única versão da história, por isso não julguem se não estiver de acordo com a que vocês conhecem.
~> os nomes são fictícios, com exceção, é claro, de Mary.
~> Garry é um personagem próprio, não sendo citado em nenhuma versão da lenda.
~> NÃO CHAMEM por Bloody Mary. Eu, particularmente, jamais testei (por que tenho medo, kk'), e não acredito que seja real... mesmo assim, não quero me responsabilizar com nada que venha a acontecer se testarem, caso ela seja real... prefiro, do fundo do meu coração, que não testem.
~> Deixo claro aqui de que eu os adverti sobre não chamar por ela, e que, caso queiram chamar (e caso exista, o que eu acho um tanto improvável) as consequências são todas de vocês.

Beijos, leitores.
Cuidado com espelhos.

PS.: se alguém quiser que eu poste por aqui a pesquisa (baseada em artigos e fatos verídicos ou da lenda em si), peçam que eu posto.
Amo vocês.

Juh, amei demais!
Eu sempre gostei bastante de lendas, principalmente dessa em particular, e achei que a sua versão da historia ficou muito perfeita *.* ( melhor ainda q a do supernatural!)
eu tbm nao tenho coragem de chamar ela no banheiro... mesmo nao acreditando nisso kkkkk

Ah, eu gostaria de ler a pesquisa q vc fez sim *.*

ahhh, que bom que gostou Dawn!
sériooo, amo lendas, to estudando uma por uma. a próxima são as Woman In White.
pséee, é tenso chamar ela no espelho, não quero não viu! kk'
achei mais alguém que curtes lendas *---*

podexá que eu digito ela e posto sim.

Que ideia boa essa sua de postar sua versão da lenda. Também sou fã delas.
Posso roubar sua ideia e escrever algumas também? não pesquisei mas conheço muitas, SPN ajudou hahah'
Se não puder tudo bem, mas eu prometo te dar credito e não escrever uma que você pretende escrever.
OBS1: Adorei sua versão, escreve muito bem, parabéns.
OBS2: Também gostaria que você postasse sua pesquisa aqui, dessa e de outras lendas e suas versões de outras lendas também seriam bem vindas.
OBS3: Me ignora se eu tiver abusando hahah'

lendas são perfaaaas
pode amr, tudo bem! eu iria amar ler!
SPN foi o que me fez começar a pesquisar, comecei a assistir a primeira temporada essa semana e fascinei. Devo a eles o crédito disso tudo! kk' amoo
magiiina, pode escrever, sem problemas! ones de lendas são sempre bem vindas!

ahhh, vlw amr! mto obg mesmo!
podexá que posto sim, conforme eu for fazendo as pesquisas vou postando aqui!
e minhas versões das lendas, se quiserem, posto tbm!
magiiina amr, amoo leitores que abusam. kk'

bjos

Obrigada amore! Também devo minha paixão por lendas aos meninos Winchesters hahahah'
Olha, sei lá, se você quiser, eu achei uma parte para lendas urbanas no chat do fórum, você podia postar suas pesquisas lá.
:*

né? esses meninos... mal comecei e já não desgrudo mais, já fazem parte da minha vida. kk'
nhaaac, que legal, não sabia disso não... posso ver sim amr!
=** e obg

Postei a minha versão de uma lenda. Mas nem chegou aos pés das suas, como você escreve tão bem?

ahhh, lerei amora!
que é isso, deve ter ficado perfeita!
eu, escrever bem? que nada, só impressão tua!
não sei de onde tiraram essa babaquice de dizer que eu escrevo bem, mas né... kk'

MAMIS LINDA, JUUUUH \O/
Eu amei cada palavra confess qe amo ler historiass de terror kkkkk acho muito melhor do que aqueles romances cliches kkkkk

entao, uce escreve muito mais muito bem eu tenho motivos de ter uce como minha mamis >< eu gosto de lendas, amo mitologia... As vezes prefiro a fantasia que a realidade kkkkkk

anyway eu nao conheco muito bem a lenda da mery, mais a sua versao ficou perfeita... Amei de paixao *-*

Estoi ansiosa pela proxima, beijos amor da minha life ><

Yukii escreveu:MAMIS LINDA, JUUUUH \O/
Eu amei cada palavra confess qe amo ler historiass de terror kkkkk acho muito melhor do que aqueles romances cliches kkkkk

entao, uce escreve muito mais muito bem eu tenho motivos de ter uce como minha mamis >< eu gosto de lendas, amo mitologia... As vezes prefiro a fantasia que a realidade kkkkkk

anyway eu nao conheco muito bem a lenda da mery, mais a sua versao ficou perfeita... Amei de paixao *-*

Estoi ansiosa pela proxima, beijos amor da minha life ><

filhota perfeitonaaa!
sério que gostou? awnnnty. eu tbm amo histórias de terror, e só não posto mais vezes por causa da minha falta de criatividade. são raras as vezes que alguma coisa que eu escrevo - com exceção aos romances que até eu acho clichês mas, de qualquer maneira, amo escrever, claro - fica "entendível", aí eu acabo deletando a grande maioria. kk'

fico extremamente honrada de ter sua aprovação, minha pequerrucha, por que né... vc é uma escritora incrível, e elogios de pessoas incríveis são sempre "overdoseantes" para mim. na verdade, todo o elogio é "overdoseante" para mim, mas... ah, você entendeu. kk'

tenho orgulho de ter-te como filha, amora da minha life.

eu sempre prefiro a fantasia à realidade. kk' puxou isso para sua mãe.

Beijoos amora, amucê
fico feliz que tenha gostado, e obrigada por ler.
;**

Licencinha, mas como eu sou fã eterna, eu tenho que comentar aqui...
AIMELDELS JUH!
Cara, gostei por demais dessa fic, porque eu amo lendas e talz, em parte por causa de SPN, minha série favorita (Mishaaaaaaaaaaaaaa <3)
E particularmente, a da Bloody Mary sempre foi minha favorita.
Meoo, acho demais essas fics er... sangrentas, sem romance e esses trocinhos.
Parabéns, Juh!

que bom que gostou, mozzin
e eu te acompanho no Miiiiiiiiiiiiiiiiishaaaaaaaa kk'
oq SPN não faz com a gente, né? s2

JuhSalvatore escreveu:que bom que gostou, mozzin
e eu te acompanho no Miiiiiiiiiiiiiiiiishaaaaaaaa kk'
oq SPN não faz com a gente, né? s2

MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Sla, SPN é muito perfeita MelDels <333333333333333

Mais uma fanfic perfeita, mãe!
Já tinha ouvido falar na Bloody Mary, mas nunca tinha imaginado uma versão assim. No meu livro de português tem uma versão da Bloody Mary, mas é aquela simples e que não entra em detalhes, então não deu medo nenhum.
Nunca teria coragem de chamar por ela, mesmo achando que nada vai acontecer.
Esperando por mais uma fic assim (juro que você poderia ser uma autora de histórias de terror).