Eu Te Daria tudo
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Eu Te Daria tudo
Título: Eu Te Daria Tudo
Autor: Amanda César (Mandy)
Classificação: NC-17
Sinopse: Se você pudesse estar com o amor da sua vida apenas uma vez, para então perdê-lo para sempre, você o faria? Ou o deixaria ir?
Status: Terminada. One-Shot.
Nota:Essa fic é baseada na música "Te Daria Tudo" da cantora "Dulce Maria", e traz dois pequenos trechos da letra desta, no começo e no fim da fic. O nome da fic refere-se ao refrão da música.
Avisos: Essa fic contém Heterossexualidade, Nudez e Sexo
Autor: Amanda César (Mandy)
Classificação: NC-17
Sinopse: Se você pudesse estar com o amor da sua vida apenas uma vez, para então perdê-lo para sempre, você o faria? Ou o deixaria ir?
Status: Terminada. One-Shot.
Nota:Essa fic é baseada na música "Te Daria Tudo" da cantora "Dulce Maria", e traz dois pequenos trechos da letra desta, no começo e no fim da fic. O nome da fic refere-se ao refrão da música.
Avisos: Essa fic contém Heterossexualidade, Nudez e Sexo
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Re: Eu Te Daria tudo
- Capítulo Unico -
{... Se minha alma que agora é sua, pudesse ir contigo...}
O dia fatídico havia finalmente chegado.
Amélia rezara aos Deuses para que não chegasse, fizera promessa atrás de promessa, e até mesmo se machucara no processo de cumpri-las, mas tudo fora em vão.
O dia chegara, e agora junto com a gota de sangue que manchava a neve branca, jazia também uma única lágrima. Mais poderiam ter vindo. Todo um rio delas, mas Amélia não permitiria. Não daria tal satisfação a Dominique. Uma única lágrima seria tudo que arrancaria dela, muito embora seu coração estivesse seguramente aos cacos. Não que ela fosse demonstrá-lo, é claro.
Amélia só poderia supor que a ideia de convidá-la para aquele casamento houvesse partido de Thalessa, que provavelmente fizera a cabeça de Dominique – como sempre – a cerca da dor que isso proporcionaria a Amélia. E a mesma apenas aceitara o convite para mostrar que não se deixaria abalar por tais coisas, embora, em realidade, a palavra “abalada” pouco fizesse para descrever seu estado de espirito.
Thomas fora mais que o grande amor da sua vida, fora também o melhor de todos os amigos que ela jamais sonhara em ter, e agora o perderia... O perderia, e, como se não bastasse, ainda seria obrigada a testemunhar o espetáculo ridículo que estavam chamando de “casamento”.
“... Você pode ter seu corpo, mas seu coração sempre será meu...” – Ela pensou, enquanto fitava o próprio sangue desaparecer em meio à neve – “... O sangue já se foi. Mas não a lágrima. Essa permanecerá...” – Cerrou a janela com um baque profundo, afastando tais pensamentos de sua mente.
O castelo encontrava-se em polvorosa com os preparativos da cerimônia, que eram tudo quanto Amélia desejara para seu próprio casamento. Aquilo também fora de propósito, uma pequena ferroada a mais. A jovem morena não poderia sequer começar a fantasiar sobre o vestido que Dominique estaria usando, visto que o modelo que Lisbeth conseguira para ela havia sumido em meio ao caos – “... Roubado certamente. Assim como todo o resto...” – E que dor não seria, ver o casamento de seus sonhos sendo realizado, a noiva perfeita no vestido com o qual Amélia tanto sonhara, e o noivo... Ah, o noivo. Quão cruéis pessoas como Dominique e Thalessa poderiam ser?
–Não me entregarei – Disse de modo firme, enquanto fitava-se no espelho de corpo inteiro de seus aposentos – Perderei tudo, mas não minha dignidade.
–É suposto que seja um sinal de mal agouro vestir-se de preto em casamentos – Fez-se ouvir uma voz conhecida atrás de si. Amélia apenas deu de ombros de modo casual.
–Eu estou de luto – Respondeu em uma voz sem emoção, mas então não pôde conter um pequeno sorriso ao virar-se para fitar a irmã gêmea não-idêntica, e ver que esta trajava uma roupa igualmente negra.
–Nós duas estamos. Você por seu amor, e eu por meu amigo. E se nossos trajes trouxerem azar ao novo casal... Bem – Ela pausou para dar um sorrisinho matreiro, do tipo que apenas Lisbeth sabia – Consideraremos isso como um bônus.
Amélia sorriu ligeiramente, e a irmã acompanhou-a durante alguns curtos momentos, apenas para assumir uma expressão mais séria em seguida, indo até a jovem e enlaçando suas mãos, olhando firmemente em seus olhos.
–Nem um milhão de Dominiques jamais serão como você, Amélia. Nem mesmo milhões de Dominiques combinadas com milhões de Thalessas, e se Thomas é demasiado burro para enxergá-lo... Azar. Ele está fadado a uma vida infeliz, em um relacionamento que jamais dará certo, mas quanto a você, nos vamos passar por isso juntas, e farei tudo para ajudá-la a encontrar a felicidade. Eu prometo.
Amélia assentiu, e então ambas deixaram os aposentos de braços dados.
Faltavam ainda algumas horas até o casamento, e Amélia estivera perguntando-se contra a vontade o que Thomas estaria fazendo nesse meio tempo, e apenas pudera supor que fosse preparando-se para a cerimônia. Qual não foi então sua surpresa ao, saindo do quarto, encontrá-lo apoiado a parede, com um ar absurdamente cansado.
Em todos os anos que o conhecera, Amélia jamais o vira com o olhar tão perdido. Parecia mais um homem que estivesse sendo mandado para a cova do que para o casamento.
Lisbeth fechou a expressão imediatamente, nem um pouco tocada pela cena, e teria prosseguido em seu caminho se a irmã não houvesse travado ao seu lado.
Seus olhares se cruzaram, e, durante alguns instantes, apenas o silêncio reinou no ambiente, sendo finalmente quebrado pela voz de Thomas, que, muito embora tenha soado quase como um sussurro, foi o suficiente para mandar ondas elétricas através de todo o corpo de Amélia. A tanto tempo não ouvia aquela voz...
–Eu... – Ele hesitou, incerto, fechando os olhos por um momento e respirando profundamente antes de continuar – ... Eu gostaria de falar com você, Amélia, por favor...
Com o coração aos saltos, a jovem preparava-se para respondê-lo, porém Lisbeth fora mais rápida, empertigando-se e falando em tom autoritário.
–Nem nos seus maiores sonhos permitirei que o faças, Thomas. Não acha que já a magoou demais? Se pensa em ter uma conversinha com ela, antes teria que passar por cima do meu cadáver.
–Lisbeth... – Ele começou, mas a garota não lhe deu espaço, despejando talvez palavras que estavam a muito trancadas em sua garganta.
–Nem comece. Eu confiei em você. Confiei em você para cuidar de uma pessoa a qual eu não posso viver sem, e tudo que ganhei por essa confiança foi ter que limpar-lhe as lágrimas que você fez com ela derramasse. Eu o considerava como um amigo, talvez ainda considere, mas não confio mais em você. Não quando se trata de Amélia, portanto, saia já da minha frente, deixe-nos passar e corra para a sua noiva. Não foi a ela que escolheu? – Ergueu uma sobrancelha ao dizer aquilo, deixando Thomas sem palavras, e ainda mais perturbado do que anteriormente.
Lisbeth apertou firmemente o braço em volta da irmã, e preparou-se para seguir caminho, quando notou que a outra não a acompanharia.
–Lis... – Amélia começou, fitando-a com uma expressão culpada – Deixe. Eu... Quero falar com ele...
Lisbeth fitou a irmã como se não pudesse acreditar em tais palavras, e, por fim, suspirou, soltando-a.
–Está bem, mas apenas por que você o pede – Disse, enquanto fulminava Thomas com o olhar – Se a fizer chorar novamente eu juro por todos os Deuses que irei caçá-lo até no Inferno... – E então voltou-se novamente para a irmã – Você tem certeza disso? – Sua expressão era preocupada, mas a irmã parecia decidida, de modo que ela apenas assentiu – Eu estarei aqui se precisar. Como sempre estou – Afirmou, depois afastou-se, deixando bem claro seu desgosto com tal situação em seu modo firme de pisar.
Quando a garota sumiu no corredor, Thomas apressou-se até Amélia, aproximando-se dela tanto quanto ousava, apenas fitando-a por uns segundos, e então despejando as palavras rapidamente, mal parando para respirar.
–Eu sinto muito, Amélia. Muito, muito mesmo. É minha culpa, é tudo minha culpa, eu jamais quis magoá-la, mas... Dominique e eu já estamos juntos a muito tempo, e toda a minha família sempre fez questão desse casamento. Eu... Eu talvez tivesse forças para ir contra isso, mas você está indo pra esse internato, e é longe demais... Eu... Não aguentaria ficar sozinho, me perdoe...
Ele parecia quase à beira de irromper em lágrimas desesperadas, e, por esse motivo, Amélia apressou-se em interromper seu discurso.
–Não se preocupe com isso, Thomas. Eu sempre disse que apenas queria que você fosse feliz... – Disse aquilo de modo calmo, comedido, surpresa com a própria força naquele momento quando, em realidade, tudo quanto desejava era atirar-se aos seus pés e suplicar-lhe que não se cassasse.
–Mas... Como eu poderei ser feliz sem tê-la em minha vida? Pensar nisso... Dói... – Ele começou, e Amélia apenas sorriu de modo gentil.
–Você descobrirá um jeito. Agora vá, a Dominique deve estar lhe esperando... – Tentou parecer firme, mas suas pernas fraquejavam, e seu coração parecia querer saltar-lhe no peito.
Thomas hesitou por alguns segundos, depois assentiu, afastando-se dela a passos lentos.
Amélia observou-o afastar-se por um momento, então, em um impulso, chamou-o de volta.
–Thomas, espere!
Ele virou-se ao chamado, fitando-a com expressão interrogativa, mas a morena apenas voltou para seu quarto, em um convite mudo. Um que foi prontamente aceito.
Amélia havia caminhado até a janela novamente, e a observava com o olhar perdido, como se não visse realmente os flocos finos de gelo que desciam do céu, cobrindo todo o chão. Aquele era mesmo um tempo bonito para um casamento, porém ainda mais convidativo para...
–Você se lembra do que me disse a um tempo atrás, Thomas? – Questionou sem olhá-lo, fitando fixamente o tempo lá fora.
–Eu te disse tantas coisas... A qual você se refere? – Ele perguntou em voz baixa, e ela pôde ouvir quando ele sentou-se sobre a cama.
Quando Amélia virou-se para encará-lo, trazia um sorriso doce e calmo em seus lábios. Singelo e inocente.
–Me refiro a quando você me disse que queria fazer com que eu fosse sua mulher... – Caminhou a passos lentos em sua direção, e quase pode sentir quando a respiração do jovem acelerou-se. Sorriu mais, afastando as diversas saias do vestido longo para sentar-se delicadamente sobre o colo do moreno -... Assim mesmo, no seu colo. Lembra-se?
Thomas estremeceu levemente, mas, como que num instinto, levou suas mãos até a cintura da jovem, fechando os olhos e respirando profundamente mais uma vez. As batidas do seu coração estavam tão aceleradas que Amélia podia até mesmo sentir sua vibração.
–Sim, eu... Eu me lembro – Ele disse, passando a língua sobre os lábios secos, e evitando fitá-las nos olhos.
–Você disse que eu me sentiria... Como era?... Amada, desejada e confortável, não foi isso? – Percorreu os dedos suavemente sobre a tatuagem que ele trazia no braço ao dizer aquilo, e o rapaz estremeceu novamente.
–Sim, foi algo assim...
–E também disse que... – Ela empertigou-se em seu colo, alcançando seu ouvido para sussurrar-lhe – Iria me beijar muito primeiro... E depois eu me levantaria e você iria me possuir devagar, enquanto dizia que me amava e sempre seria meu... E então eu seria mulher... Sua mulher... Não foi exatamente isso?
À medida que suas palavras saiam, Amélia podia sentir enquanto o corpo de Thomas tornava-se febril, e um volume começava a formar-se palpavelmente por sobre o tecido fino de sua calça formal.
–Amélia... – Ele começou, mas a menina pousou um dedo delicadamente sobre seus lábios para impedi-lo de prosseguir.
–Você deveria cumprir sua promessa... – Ela propôs, e ele pareceu absolutamente espantado.
–Amélia... Você sabe que eu vou me casar dentro de algumas horas. Eu... Eu não posso desistir agora, eu sinto muito...
–Ninguém está pedindo que você desista do seu casamento Thomas. Como você mesmo disse, “dentro de algumas horas”, nesse meio tempo... – Ela abriu sugestivamente o primeiro botão de seu paletó, e ele engoliu em seco.
–Amor, não me tente assim... – Ele quase implorou, mas então fitou sua expressão, e engoliu em seco novamente – Você não queria se guardar pra quando se cassasse? Ser de uma pessoa só, que ficaria com você pra sempre...
–Eu quero ser de uma pessoa só – Ela confirmou – Sua. E quanto a ficar comigo pra sempre... Eu não estou realmente me importando com isso agora. Eu quero ser sua Thomas, não me importo se você vai correr pra se casar com outra depois, eu só... – Fechou os olhos e respirou fundo, depois abriu-os novamente e fitou-o com uma intensidade tremenda – Eu te amo, Thomas. Agora, nesse momento, nem que seja só uma vez, eu quero ser completamente sua. Você não quer?
–Eu... Necessito... – Ele hesitou por apenas mais um segundo, depois tomou-lhe os lábios nos seus com urgência, como se jamais fosse poder fazê-lo novamente.
Os dedos de Amélia percorriam-lhe a face como se desejassem memorizar-lhe os traços, deixá-los impressos em suas pontas.
Era um beijo incontido, quase desesperado, deixando ambos rapidamente sem fôlego.
As mãos de Thomas foram pras suas costas, mais especificamente para o fecho de seu trabalhado vestido, o qual ele abriu com uma lentidão exagerada.
Ele deveria se casar em breve, mas, por aquele instante, tal fato foi completamente esquecido, e nada havia no mundo exceto pelos dois amantes, que pareciam possuir todo o tempo do mundo.
Amélia ergueu-se apenas o necessário para permitir que o vestido escorregasse de seu corpo até o chão, e então retornou para o abraço do amado.
O rapaz encontrava-se levemente tremulo, e o olhar que trazia naquele momento era indescritível. Um misto talvez de todos os sentimentos mais profundos que trazia em seu coração, os quais viera tentando silenciar inutilmente nos últimos tempos.
Estavam ali agora. Estampados em sua face e em cada um de seus movimentos, lentos e calculados.
Tomou uma mecha de cabelo escuro entre seus dedos, a qual levou até as narinas para inspirar profundamente, como que desejando deixar o cheiro da garota profundamente gravado em seus pensamentos. Estremeceu, engolindo em seco mais uma vez.
–Você tem mesmo certeza disso, Amélia? – As palavras saiam baixas, quase indecifráveis. Preocupado de fazer algo que pudesse machucá-la ainda mais futuramente, e, ao mesmo tempo, receoso de que ela lhe dissesse para parar.
–Não tenho certeza de nada além de você nesse momento, Thomas – Ela sorriu levemente ao dizê-lo, e inclinar-se para depositar um beijo suave em sua nuca. Seu ponto fraco, como ele a tanto tempo dissera.
A sombra de um pequeno sorriso formou-se também nos lábios do rapaz ao ouvir tal declaração, e este tomou novamente a boca da garota contra a sua, levando as mãos as suas costas agora de modo mais firme, para livrá-la da tira de pano que escondia-lhe os seios.
Ao retirá-la, Thomas demorou-se alguns instantes a fitá-los como um admirador fitaria a melhor obra de seu artista favorito, e, quando voltou a falar, o sorriso que agora trazia era o primeiro verdadeiramente genuíno que houvera dado em muito tempo.
–Você é... Perfeita demais pra mim... E, ao mesmo tempo, foi feita exatamente pra mim... – Sua voz estava embargada, e Amélia riu levemente de tal declaração.
O moreno ainda hesitara por alguns segundos, porém ouvir o riso baixo e divertido de Amélia pareceu destruir-lhe os últimos receios, e logo ele erguia uma de suas mãos para envolver-lhe um dos seios macios, apertando-o levemente, cuidadosamente, como se se tratasse de um objeto que pudesse quebrar em suas mãos a qualquer momento.
O gesto arrancou um gemido baixo dos lábios da garota, o que pareceu satisfazê-lo. O sorriso que demonstrava agora era quase exibido.
–Minha princesinha... Minha princesinha perfeita... – Disse, antes de envolver o monte macio em sua boca, arrancando-lhe um gemido mais alto dessa vez.
A face de Amélia corara, e aquilo parecera diverti-lo. Sua língua circulou propositalmente o bico endurecido de seu seio, apenas para ver o modo como às unhas da garota cravavam-se violentamente em seus ombros, e ela arqueava as costas enquanto arquejava em busca de ar.
Thomas sorria de modo mais pronunciado agora, afastando-se apenas o suficiente para encarar-lhe a face, profundamente satisfeito em saber que era o primeiro homem a causar-lhe tais reações.
“... E poderia ser o único...” – Começou, mas logo afastou tais pensamentos de sua mente. Não poderia dar-se ao luxo de começar um melancólico embate mental naquele momento. O mais tarde não importava agora, e, pelo menos por algumas horas, Amélia pertenceria-lhe inteiramente e ele a ela.
Com tal resolução tomada, logo as mãos de Thomas, ligeiramente trêmulas pela emoção, deslizaram pelas coxas morenas de Amélia, buscando seu centro, explorando e acariciando-a de forma lenta e deliberada, reproduzindo gestos que já repetira mentalmente centenas de vezes em suas fantasias.
Aquilo era, no entanto, muito melhor que qualquer coisa que ele já pudesse ter imaginado, e as reações de Amélia a cada um de seus toques eram tão doces quanto ele poderia ter esperado.
Finalmente, suas mãos alcançaram os leves panos que cobriam-lhe o sexo, e, ao retirá-los, pôde senti-lo húmido devido ao desejo de Amélia, o que, por si só, quase foi o suficiente para fazê-lo soltar um gemido involuntário e aflito, enquanto o volume a frente de suas calças tornava-se mais pronunciado.
Permitiu que um dos dedos deslizasse levemente para dentro daquela fenda, sentindo-a quente e apertada em seu interior – pelos Deuses, tão apertada – e junto ao movimento veio-lhe o gemido de Amélia ao pé do ouvido. Ergueu os olhos para fitar sua face por um momento, e esta trazia um sorriso levemente provocativo em seus lábios, porém, quando devolveu-lhe o olhar, seus olhos castanhos estavam banhados em doce inocência. Novamente, quase gemeu, aflito, enquanto a força de seu próprio desejo contido – traduzido na forma da dureza entre suas pernas, que, então, parecera atingir seu ponto máximo – doía-lhe de uma forma quase física, muito embora soubesse que a “dor” na verdade provinha apenas de sua alma torturada pela lascívia, enquanto fitava sua amada. Aquilo, aquela doce mistura de inocência e malicia que Amélia sempre tivera – com ele, é claro – era mais que suficiente para levá-lo a um estado de espirito que só poderia ser comparado a loucura.
Amélia era, ao mesmo tempo, tanto uma menina quanto uma mulher, e se alguém deveria encarregar-se da tarefa de então transformá-la em uma mulher por completo, esse alguém apenas poderia ser ele.
–Eu te amo – Ele disse, embora houvesse prometido a si mesmo que não o faria. Aquilo doeria mais tarde, mas, uma vez que a confissão havia saído, não incomodou-se em retirá-la. Sim, ele a amava, talvez apenas não o suficiente para que deixasse Dominique – afinal, ele amava essa segunda também e já encontrava-se de noivado com ela quando conhecera Amélia – mas sim, a amava, e ela sabia disso, então por que não dizê-lo? Essa seria sua última chance de fazê-lo, bem o sabia, e, se havia um momento para isso, tal momento era agora.
–Eu também te amo, Thomas – Amélia respondeu, e então seus lábios encontraram-se em mais um beijo profundo, enquanto ele a apertava mais contra seu corpo, e sentia seus dedos deslizarem pela frente de seu paletó, procurando abri-lo.
Amélia livrou-o daquela peça, e, logo mais, também da camiseta, permitindo assim que as mãos deslizassem livremente por seu peito másculo. Os lábios macios desceram vagarosamente, indo de encontro ao seu pescoço, onde Amélia depositou uma pequena mordida, talvez como uma forma de marcar sua presença ali. Thomas não pareceu importar-se, ou talvez sequer houvesse se dado conta, tão perdido estava em suas próprias ações.
Atrevida, a garota permitiu que suas mãos prosseguissem em sua exploração, descendo até encontrarem o volume entre as pernas do amado, embrenhando-se dentro de suas calças até tê-lo entre suas mãos, retirando-o delicadamente para fora dos panos que o cobriam. Na mão que envolvia-o por inteiro, ele parecia pulsar devido ao desejo, e o olhar que Thomas lhe lançou naquele momento era quase torturado. Amélia sorriu, um sorriso travesso, enquanto deslizada as suas mãos por toda aquela extensão, finalmente arrancando o tão esperado gemido de seus lábios.
As mãos de Thomas apertaram-se em sua cintura. Ele parecia querer dizer algo, porém apenas um sussurro rouco deixou seus lábios. Amélia parecia satisfeita com o resultado de suas ações sobre ele, e Thomas quase riu – de um jeito afetuoso – diante daquilo. Aquela pequena convencida... Sua pequena convencida – Você me deixa louco, pequena. Eu... Sou louco por você – Ele disse, já tendo desistido de conter suas palavras. Amélia riu, dando de ombros de um jeito divertido – Eu sei.
Deixou então que suas mãos terminassem de despi-lo, parando para apreciar a visão de seu corpo nu por um momento. Fantasiara com aquilo tantas e tantas vezes... E agora, ao olhá-lo nos olhos, Thomas parecia quase... Envergonhado? Como se pedisse desculpas ou alguma coisa tão sem sentido quanto isso, mas... Por quê? – Você é tão linda, Amélia – Ele disse, como se isso explicasse todo o motivo de seu súbito embaraço, enquanto acariciava-lhe delicadamente a face – Poderia ter... – Ele hesitou, mas, por fim, continuou com um suspiro -... Algo muito melhor do que eu... – E, para seu desespero, viu Amélia concordar – Isso é verdade – Ela disse, e o moreno sentiu todo o seu corpo começar a tremer, e o coração apertar-se em seu peito – Mas, no entanto – a garota prossegui, passando a língua sobre os lábios de um modo sexy e distraído que quase fez Thomas esquecer-se do que ela estava dizendo. Teria esquecido, certamente, não fosse seu medo pelo que viria a seguir – eu quero apenas você – Ela terminou, e ele sorriu. Um sorriso aliviado, feliz e incontido – Ah. – Foi tudo o que conseguiu dizer, antes de ajeitá-la novamente em meio aos seus braços.
Thomas abraçou-a contra seu corpo, e pode sentir seu coração batendo em ritmo acelerado, assim como o seu próprio – Você tem mesmo certeza disso? – Perguntou uma última vez, apenas para certificar-se, sorrindo satisfeito quando Amélia concordou. Deixou então que seus lábios se unissem mais uma vez, em um beijo apaixonado, enquanto a erguia pelos quadris apenas o suficiente para permitir que ele se encaixasse nela, naquela posição em seu colo.
Não deixou que seus lábios afastassem-se nem por um único segundo, enquanto a penetrava de forma lenta, deixando que ela o sentisse invadi-la, um pedacinho de cada vez. Amélia estremeceu, apertando seus ombros e gemendo baixinho por entre seus lábios. Aquilo fez com que ondas de prazer percorressem todo o seu corpo, da cabeça aos pés.
Finalmente, quando já estava totalmente dentro daquele corpo macio e quente, ele afastou seus rostos apenas o suficiente para que pudesse olhá-la, acariciando seus cabelos – Minha Amélia... – Disse, em uma voz embargada pela emoção, e, muito embora houvesse dito a ela que pretendia torná-la sua mulher assim, com ela em seu colo, não conseguiu conter-se, e acabou por puxá-la para deitar-se na cama – sem permitir que seus corpos se separassem durante o movimento – deitando-se sobre ela – entre suas pernas – nunca deixando de olhar em seus olhos.
Amélia pareceu gostar daquilo, abraçando-o e passando as pernas ao redor de sua cintura. Thomas beijou-a novamente, começando então a mover-se devagar, em um vai-e-vem lento e – esperava – confortável, deliciando-se a cada novo gemido que deixava os lábios de sua amada. Inicialmente, dor e prazer misturavam-se ali, até que a dor sumisse e apenas o deleite os consumisse por inteiro.
Thomas não possuía palavras pra descrever as sensações que sentia naquele momento, apenas repetindo que a amava e a amava em seu ouvido, porém não sabia se ela estava realmente ouvindo-o. Amélia havia fechado seus olhos, permitindo-se entregar por inteiro aquela sensação de seus corpos movendo-se como um só. Amélia havia ficado segura o suficiente para acompanhar-lhe os movimentos – mexendo seus quadris levemente conforme Thomas movia o próprio corpo – e aquilo apenas tornava o momento ainda melhor.
Thomas podia sentir as unhas da garota arranhando suas costas, e não importou-se, muito embora devesse. Dominique veria aquelas marcas, é claro, e certamente poderia deduzir de onde haviam vindo, porém aquilo era a última coisa em sua cabeça no momento. Quando fantasiara sobre aquilo – nas mil vezes em que fantasiara sobre aquilo – pensara em algo mais... Intimo e especial do que uma despedida as pressas, na véspera de seu casamento. Talvez até mesmo ele se arrependesse daquilo mais tarde, porém mais tarde não era agora, e ele apenas se permitiria pensar sobre ele quando chegasse.
Suas mãos percorriam todo o corpo da garota, acariciando-a, memorizando-a, explorando-a ao máximo que poderia – sabendo que aquela seria sua única chance de fazê-lo. Amélia parecia pensar da mesma forma, imitando seus gestos, mordendo-o, marcando-o...
–Amélia – Ele sussurrou, apertando-a mais contra seu corpo – Eu vou...
Não precisou terminar sua frase. Amélia assentiu, olhando-o nos olhos e apertando firmemente as unhas em seus ombros – Sim – Ela disse, com um brilho forte de determinação e desejo em seu olhar – Eu quero isso – E, é claro, Thomas ficaria mais do que feliz em satisfazê-la.
Beijou-a, o beijo mais demorado e apaixonado que dera até então, permitindo-se derramar seu prazer dentro dela, enchendo-a por completo, gemendo por entre os seus lábios enquanto o fazia.
Quando terminou, caiu, ofegante, ao seu lado e abraçou-a por um momento. Um abraço forte, quente, necessário. Gostaria de poder tê-la ficado abraçando daquela forma por toda a vida, porém...
–Amélia... – Começou, mas a garota afastou-se de seus braços – deixando-o apenas com uma sensação de vazio onde antes ela estivera – e deu-lhe as costas, recusando-se a olhá-lo.
–Não diga nada Thomas – Ela disse, em uma voz desprovida de emoção que partiu seu coração – Apenas vá.
Ele continuou parado, olhando-a. Ela não virou-se para ele. Um segundo. Dois segundos. Ainda hesitou. Por fim, suspirou, levantou-se, e vestiu apressadamente suas roupas.
–Me perdoe... – Ele pediu, implorou, quase desesperado. Amélia não respondeu. – Eu... Sinto muito de verdade – Ele ainda disse mais uma vez, antes de sair, relutante, ainda olhando-a até que a porta se fechasse diante dele, separando-os de vez. Agora, e para sempre.
Amélia suspirou, caminhando até a janela.
Abriu-a, e permitiu que o ar gelado invadisse seu quarto. Ainda nevava. Lisbeth teria que perdoá-la por faltar ao casamento. Depois de tudo aquilo, decidira não ir mais, e não importava-se com o que poderiam dizer. Aquela seria a última vez em que vira Thomas. A última imagem que teria dele quando pensasse em tudo por que passaram juntos seria a dele acalentando-a entre seus braços. Sim, não se permitiria que fosse a dele dizendo “sim” para outra no altar.
Um novo suspiro, e já preparava-se para cerrar as janelas outra vez, quando percebeu que sua lágrima havia desaparecido. Finalmente cedera, e fora encoberta pela neve lá fora. Amélia sorriu, satisfeita, e voltou mais uma vez para dentro do quarto.
Sim, a lágrima se fora, e, junto com ela, iria toda a sua dor, pois agora no lugar daquela lágrima, havia o cheiro de Thomas, forte, por todo o quarto. Impregnado no ambiente, impregnado em sua cama, impregnado nela mesma, e, ao contrário da gota de sangue e da lágrima, aquele cheiro – o cheiro do seu Thomas – permaneceria. Quando tudo o mais se fosse, aquele cheiro ainda permaneceria com ela. Para sempre, e nunca se desvaneceria.
Amélia rezara aos Deuses para que não chegasse, fizera promessa atrás de promessa, e até mesmo se machucara no processo de cumpri-las, mas tudo fora em vão.
O dia chegara, e agora junto com a gota de sangue que manchava a neve branca, jazia também uma única lágrima. Mais poderiam ter vindo. Todo um rio delas, mas Amélia não permitiria. Não daria tal satisfação a Dominique. Uma única lágrima seria tudo que arrancaria dela, muito embora seu coração estivesse seguramente aos cacos. Não que ela fosse demonstrá-lo, é claro.
Amélia só poderia supor que a ideia de convidá-la para aquele casamento houvesse partido de Thalessa, que provavelmente fizera a cabeça de Dominique – como sempre – a cerca da dor que isso proporcionaria a Amélia. E a mesma apenas aceitara o convite para mostrar que não se deixaria abalar por tais coisas, embora, em realidade, a palavra “abalada” pouco fizesse para descrever seu estado de espirito.
Thomas fora mais que o grande amor da sua vida, fora também o melhor de todos os amigos que ela jamais sonhara em ter, e agora o perderia... O perderia, e, como se não bastasse, ainda seria obrigada a testemunhar o espetáculo ridículo que estavam chamando de “casamento”.
“... Você pode ter seu corpo, mas seu coração sempre será meu...” – Ela pensou, enquanto fitava o próprio sangue desaparecer em meio à neve – “... O sangue já se foi. Mas não a lágrima. Essa permanecerá...” – Cerrou a janela com um baque profundo, afastando tais pensamentos de sua mente.
O castelo encontrava-se em polvorosa com os preparativos da cerimônia, que eram tudo quanto Amélia desejara para seu próprio casamento. Aquilo também fora de propósito, uma pequena ferroada a mais. A jovem morena não poderia sequer começar a fantasiar sobre o vestido que Dominique estaria usando, visto que o modelo que Lisbeth conseguira para ela havia sumido em meio ao caos – “... Roubado certamente. Assim como todo o resto...” – E que dor não seria, ver o casamento de seus sonhos sendo realizado, a noiva perfeita no vestido com o qual Amélia tanto sonhara, e o noivo... Ah, o noivo. Quão cruéis pessoas como Dominique e Thalessa poderiam ser?
–Não me entregarei – Disse de modo firme, enquanto fitava-se no espelho de corpo inteiro de seus aposentos – Perderei tudo, mas não minha dignidade.
–É suposto que seja um sinal de mal agouro vestir-se de preto em casamentos – Fez-se ouvir uma voz conhecida atrás de si. Amélia apenas deu de ombros de modo casual.
–Eu estou de luto – Respondeu em uma voz sem emoção, mas então não pôde conter um pequeno sorriso ao virar-se para fitar a irmã gêmea não-idêntica, e ver que esta trajava uma roupa igualmente negra.
–Nós duas estamos. Você por seu amor, e eu por meu amigo. E se nossos trajes trouxerem azar ao novo casal... Bem – Ela pausou para dar um sorrisinho matreiro, do tipo que apenas Lisbeth sabia – Consideraremos isso como um bônus.
Amélia sorriu ligeiramente, e a irmã acompanhou-a durante alguns curtos momentos, apenas para assumir uma expressão mais séria em seguida, indo até a jovem e enlaçando suas mãos, olhando firmemente em seus olhos.
–Nem um milhão de Dominiques jamais serão como você, Amélia. Nem mesmo milhões de Dominiques combinadas com milhões de Thalessas, e se Thomas é demasiado burro para enxergá-lo... Azar. Ele está fadado a uma vida infeliz, em um relacionamento que jamais dará certo, mas quanto a você, nos vamos passar por isso juntas, e farei tudo para ajudá-la a encontrar a felicidade. Eu prometo.
Amélia assentiu, e então ambas deixaram os aposentos de braços dados.
Faltavam ainda algumas horas até o casamento, e Amélia estivera perguntando-se contra a vontade o que Thomas estaria fazendo nesse meio tempo, e apenas pudera supor que fosse preparando-se para a cerimônia. Qual não foi então sua surpresa ao, saindo do quarto, encontrá-lo apoiado a parede, com um ar absurdamente cansado.
Em todos os anos que o conhecera, Amélia jamais o vira com o olhar tão perdido. Parecia mais um homem que estivesse sendo mandado para a cova do que para o casamento.
Lisbeth fechou a expressão imediatamente, nem um pouco tocada pela cena, e teria prosseguido em seu caminho se a irmã não houvesse travado ao seu lado.
Seus olhares se cruzaram, e, durante alguns instantes, apenas o silêncio reinou no ambiente, sendo finalmente quebrado pela voz de Thomas, que, muito embora tenha soado quase como um sussurro, foi o suficiente para mandar ondas elétricas através de todo o corpo de Amélia. A tanto tempo não ouvia aquela voz...
–Eu... – Ele hesitou, incerto, fechando os olhos por um momento e respirando profundamente antes de continuar – ... Eu gostaria de falar com você, Amélia, por favor...
Com o coração aos saltos, a jovem preparava-se para respondê-lo, porém Lisbeth fora mais rápida, empertigando-se e falando em tom autoritário.
–Nem nos seus maiores sonhos permitirei que o faças, Thomas. Não acha que já a magoou demais? Se pensa em ter uma conversinha com ela, antes teria que passar por cima do meu cadáver.
–Lisbeth... – Ele começou, mas a garota não lhe deu espaço, despejando talvez palavras que estavam a muito trancadas em sua garganta.
–Nem comece. Eu confiei em você. Confiei em você para cuidar de uma pessoa a qual eu não posso viver sem, e tudo que ganhei por essa confiança foi ter que limpar-lhe as lágrimas que você fez com ela derramasse. Eu o considerava como um amigo, talvez ainda considere, mas não confio mais em você. Não quando se trata de Amélia, portanto, saia já da minha frente, deixe-nos passar e corra para a sua noiva. Não foi a ela que escolheu? – Ergueu uma sobrancelha ao dizer aquilo, deixando Thomas sem palavras, e ainda mais perturbado do que anteriormente.
Lisbeth apertou firmemente o braço em volta da irmã, e preparou-se para seguir caminho, quando notou que a outra não a acompanharia.
–Lis... – Amélia começou, fitando-a com uma expressão culpada – Deixe. Eu... Quero falar com ele...
Lisbeth fitou a irmã como se não pudesse acreditar em tais palavras, e, por fim, suspirou, soltando-a.
–Está bem, mas apenas por que você o pede – Disse, enquanto fulminava Thomas com o olhar – Se a fizer chorar novamente eu juro por todos os Deuses que irei caçá-lo até no Inferno... – E então voltou-se novamente para a irmã – Você tem certeza disso? – Sua expressão era preocupada, mas a irmã parecia decidida, de modo que ela apenas assentiu – Eu estarei aqui se precisar. Como sempre estou – Afirmou, depois afastou-se, deixando bem claro seu desgosto com tal situação em seu modo firme de pisar.
Quando a garota sumiu no corredor, Thomas apressou-se até Amélia, aproximando-se dela tanto quanto ousava, apenas fitando-a por uns segundos, e então despejando as palavras rapidamente, mal parando para respirar.
–Eu sinto muito, Amélia. Muito, muito mesmo. É minha culpa, é tudo minha culpa, eu jamais quis magoá-la, mas... Dominique e eu já estamos juntos a muito tempo, e toda a minha família sempre fez questão desse casamento. Eu... Eu talvez tivesse forças para ir contra isso, mas você está indo pra esse internato, e é longe demais... Eu... Não aguentaria ficar sozinho, me perdoe...
Ele parecia quase à beira de irromper em lágrimas desesperadas, e, por esse motivo, Amélia apressou-se em interromper seu discurso.
–Não se preocupe com isso, Thomas. Eu sempre disse que apenas queria que você fosse feliz... – Disse aquilo de modo calmo, comedido, surpresa com a própria força naquele momento quando, em realidade, tudo quanto desejava era atirar-se aos seus pés e suplicar-lhe que não se cassasse.
–Mas... Como eu poderei ser feliz sem tê-la em minha vida? Pensar nisso... Dói... – Ele começou, e Amélia apenas sorriu de modo gentil.
–Você descobrirá um jeito. Agora vá, a Dominique deve estar lhe esperando... – Tentou parecer firme, mas suas pernas fraquejavam, e seu coração parecia querer saltar-lhe no peito.
Thomas hesitou por alguns segundos, depois assentiu, afastando-se dela a passos lentos.
Amélia observou-o afastar-se por um momento, então, em um impulso, chamou-o de volta.
–Thomas, espere!
Ele virou-se ao chamado, fitando-a com expressão interrogativa, mas a morena apenas voltou para seu quarto, em um convite mudo. Um que foi prontamente aceito.
Amélia havia caminhado até a janela novamente, e a observava com o olhar perdido, como se não visse realmente os flocos finos de gelo que desciam do céu, cobrindo todo o chão. Aquele era mesmo um tempo bonito para um casamento, porém ainda mais convidativo para...
–Você se lembra do que me disse a um tempo atrás, Thomas? – Questionou sem olhá-lo, fitando fixamente o tempo lá fora.
–Eu te disse tantas coisas... A qual você se refere? – Ele perguntou em voz baixa, e ela pôde ouvir quando ele sentou-se sobre a cama.
Quando Amélia virou-se para encará-lo, trazia um sorriso doce e calmo em seus lábios. Singelo e inocente.
–Me refiro a quando você me disse que queria fazer com que eu fosse sua mulher... – Caminhou a passos lentos em sua direção, e quase pode sentir quando a respiração do jovem acelerou-se. Sorriu mais, afastando as diversas saias do vestido longo para sentar-se delicadamente sobre o colo do moreno -... Assim mesmo, no seu colo. Lembra-se?
Thomas estremeceu levemente, mas, como que num instinto, levou suas mãos até a cintura da jovem, fechando os olhos e respirando profundamente mais uma vez. As batidas do seu coração estavam tão aceleradas que Amélia podia até mesmo sentir sua vibração.
–Sim, eu... Eu me lembro – Ele disse, passando a língua sobre os lábios secos, e evitando fitá-las nos olhos.
–Você disse que eu me sentiria... Como era?... Amada, desejada e confortável, não foi isso? – Percorreu os dedos suavemente sobre a tatuagem que ele trazia no braço ao dizer aquilo, e o rapaz estremeceu novamente.
–Sim, foi algo assim...
–E também disse que... – Ela empertigou-se em seu colo, alcançando seu ouvido para sussurrar-lhe – Iria me beijar muito primeiro... E depois eu me levantaria e você iria me possuir devagar, enquanto dizia que me amava e sempre seria meu... E então eu seria mulher... Sua mulher... Não foi exatamente isso?
À medida que suas palavras saiam, Amélia podia sentir enquanto o corpo de Thomas tornava-se febril, e um volume começava a formar-se palpavelmente por sobre o tecido fino de sua calça formal.
–Amélia... – Ele começou, mas a menina pousou um dedo delicadamente sobre seus lábios para impedi-lo de prosseguir.
–Você deveria cumprir sua promessa... – Ela propôs, e ele pareceu absolutamente espantado.
–Amélia... Você sabe que eu vou me casar dentro de algumas horas. Eu... Eu não posso desistir agora, eu sinto muito...
–Ninguém está pedindo que você desista do seu casamento Thomas. Como você mesmo disse, “dentro de algumas horas”, nesse meio tempo... – Ela abriu sugestivamente o primeiro botão de seu paletó, e ele engoliu em seco.
–Amor, não me tente assim... – Ele quase implorou, mas então fitou sua expressão, e engoliu em seco novamente – Você não queria se guardar pra quando se cassasse? Ser de uma pessoa só, que ficaria com você pra sempre...
–Eu quero ser de uma pessoa só – Ela confirmou – Sua. E quanto a ficar comigo pra sempre... Eu não estou realmente me importando com isso agora. Eu quero ser sua Thomas, não me importo se você vai correr pra se casar com outra depois, eu só... – Fechou os olhos e respirou fundo, depois abriu-os novamente e fitou-o com uma intensidade tremenda – Eu te amo, Thomas. Agora, nesse momento, nem que seja só uma vez, eu quero ser completamente sua. Você não quer?
–Eu... Necessito... – Ele hesitou por apenas mais um segundo, depois tomou-lhe os lábios nos seus com urgência, como se jamais fosse poder fazê-lo novamente.
Os dedos de Amélia percorriam-lhe a face como se desejassem memorizar-lhe os traços, deixá-los impressos em suas pontas.
Era um beijo incontido, quase desesperado, deixando ambos rapidamente sem fôlego.
As mãos de Thomas foram pras suas costas, mais especificamente para o fecho de seu trabalhado vestido, o qual ele abriu com uma lentidão exagerada.
Ele deveria se casar em breve, mas, por aquele instante, tal fato foi completamente esquecido, e nada havia no mundo exceto pelos dois amantes, que pareciam possuir todo o tempo do mundo.
Amélia ergueu-se apenas o necessário para permitir que o vestido escorregasse de seu corpo até o chão, e então retornou para o abraço do amado.
O rapaz encontrava-se levemente tremulo, e o olhar que trazia naquele momento era indescritível. Um misto talvez de todos os sentimentos mais profundos que trazia em seu coração, os quais viera tentando silenciar inutilmente nos últimos tempos.
Estavam ali agora. Estampados em sua face e em cada um de seus movimentos, lentos e calculados.
Tomou uma mecha de cabelo escuro entre seus dedos, a qual levou até as narinas para inspirar profundamente, como que desejando deixar o cheiro da garota profundamente gravado em seus pensamentos. Estremeceu, engolindo em seco mais uma vez.
–Você tem mesmo certeza disso, Amélia? – As palavras saiam baixas, quase indecifráveis. Preocupado de fazer algo que pudesse machucá-la ainda mais futuramente, e, ao mesmo tempo, receoso de que ela lhe dissesse para parar.
–Não tenho certeza de nada além de você nesse momento, Thomas – Ela sorriu levemente ao dizê-lo, e inclinar-se para depositar um beijo suave em sua nuca. Seu ponto fraco, como ele a tanto tempo dissera.
A sombra de um pequeno sorriso formou-se também nos lábios do rapaz ao ouvir tal declaração, e este tomou novamente a boca da garota contra a sua, levando as mãos as suas costas agora de modo mais firme, para livrá-la da tira de pano que escondia-lhe os seios.
Ao retirá-la, Thomas demorou-se alguns instantes a fitá-los como um admirador fitaria a melhor obra de seu artista favorito, e, quando voltou a falar, o sorriso que agora trazia era o primeiro verdadeiramente genuíno que houvera dado em muito tempo.
–Você é... Perfeita demais pra mim... E, ao mesmo tempo, foi feita exatamente pra mim... – Sua voz estava embargada, e Amélia riu levemente de tal declaração.
O moreno ainda hesitara por alguns segundos, porém ouvir o riso baixo e divertido de Amélia pareceu destruir-lhe os últimos receios, e logo ele erguia uma de suas mãos para envolver-lhe um dos seios macios, apertando-o levemente, cuidadosamente, como se se tratasse de um objeto que pudesse quebrar em suas mãos a qualquer momento.
O gesto arrancou um gemido baixo dos lábios da garota, o que pareceu satisfazê-lo. O sorriso que demonstrava agora era quase exibido.
–Minha princesinha... Minha princesinha perfeita... – Disse, antes de envolver o monte macio em sua boca, arrancando-lhe um gemido mais alto dessa vez.
A face de Amélia corara, e aquilo parecera diverti-lo. Sua língua circulou propositalmente o bico endurecido de seu seio, apenas para ver o modo como às unhas da garota cravavam-se violentamente em seus ombros, e ela arqueava as costas enquanto arquejava em busca de ar.
Thomas sorria de modo mais pronunciado agora, afastando-se apenas o suficiente para encarar-lhe a face, profundamente satisfeito em saber que era o primeiro homem a causar-lhe tais reações.
“... E poderia ser o único...” – Começou, mas logo afastou tais pensamentos de sua mente. Não poderia dar-se ao luxo de começar um melancólico embate mental naquele momento. O mais tarde não importava agora, e, pelo menos por algumas horas, Amélia pertenceria-lhe inteiramente e ele a ela.
Com tal resolução tomada, logo as mãos de Thomas, ligeiramente trêmulas pela emoção, deslizaram pelas coxas morenas de Amélia, buscando seu centro, explorando e acariciando-a de forma lenta e deliberada, reproduzindo gestos que já repetira mentalmente centenas de vezes em suas fantasias.
Aquilo era, no entanto, muito melhor que qualquer coisa que ele já pudesse ter imaginado, e as reações de Amélia a cada um de seus toques eram tão doces quanto ele poderia ter esperado.
Finalmente, suas mãos alcançaram os leves panos que cobriam-lhe o sexo, e, ao retirá-los, pôde senti-lo húmido devido ao desejo de Amélia, o que, por si só, quase foi o suficiente para fazê-lo soltar um gemido involuntário e aflito, enquanto o volume a frente de suas calças tornava-se mais pronunciado.
Permitiu que um dos dedos deslizasse levemente para dentro daquela fenda, sentindo-a quente e apertada em seu interior – pelos Deuses, tão apertada – e junto ao movimento veio-lhe o gemido de Amélia ao pé do ouvido. Ergueu os olhos para fitar sua face por um momento, e esta trazia um sorriso levemente provocativo em seus lábios, porém, quando devolveu-lhe o olhar, seus olhos castanhos estavam banhados em doce inocência. Novamente, quase gemeu, aflito, enquanto a força de seu próprio desejo contido – traduzido na forma da dureza entre suas pernas, que, então, parecera atingir seu ponto máximo – doía-lhe de uma forma quase física, muito embora soubesse que a “dor” na verdade provinha apenas de sua alma torturada pela lascívia, enquanto fitava sua amada. Aquilo, aquela doce mistura de inocência e malicia que Amélia sempre tivera – com ele, é claro – era mais que suficiente para levá-lo a um estado de espirito que só poderia ser comparado a loucura.
Amélia era, ao mesmo tempo, tanto uma menina quanto uma mulher, e se alguém deveria encarregar-se da tarefa de então transformá-la em uma mulher por completo, esse alguém apenas poderia ser ele.
–Eu te amo – Ele disse, embora houvesse prometido a si mesmo que não o faria. Aquilo doeria mais tarde, mas, uma vez que a confissão havia saído, não incomodou-se em retirá-la. Sim, ele a amava, talvez apenas não o suficiente para que deixasse Dominique – afinal, ele amava essa segunda também e já encontrava-se de noivado com ela quando conhecera Amélia – mas sim, a amava, e ela sabia disso, então por que não dizê-lo? Essa seria sua última chance de fazê-lo, bem o sabia, e, se havia um momento para isso, tal momento era agora.
–Eu também te amo, Thomas – Amélia respondeu, e então seus lábios encontraram-se em mais um beijo profundo, enquanto ele a apertava mais contra seu corpo, e sentia seus dedos deslizarem pela frente de seu paletó, procurando abri-lo.
Amélia livrou-o daquela peça, e, logo mais, também da camiseta, permitindo assim que as mãos deslizassem livremente por seu peito másculo. Os lábios macios desceram vagarosamente, indo de encontro ao seu pescoço, onde Amélia depositou uma pequena mordida, talvez como uma forma de marcar sua presença ali. Thomas não pareceu importar-se, ou talvez sequer houvesse se dado conta, tão perdido estava em suas próprias ações.
Atrevida, a garota permitiu que suas mãos prosseguissem em sua exploração, descendo até encontrarem o volume entre as pernas do amado, embrenhando-se dentro de suas calças até tê-lo entre suas mãos, retirando-o delicadamente para fora dos panos que o cobriam. Na mão que envolvia-o por inteiro, ele parecia pulsar devido ao desejo, e o olhar que Thomas lhe lançou naquele momento era quase torturado. Amélia sorriu, um sorriso travesso, enquanto deslizada as suas mãos por toda aquela extensão, finalmente arrancando o tão esperado gemido de seus lábios.
As mãos de Thomas apertaram-se em sua cintura. Ele parecia querer dizer algo, porém apenas um sussurro rouco deixou seus lábios. Amélia parecia satisfeita com o resultado de suas ações sobre ele, e Thomas quase riu – de um jeito afetuoso – diante daquilo. Aquela pequena convencida... Sua pequena convencida – Você me deixa louco, pequena. Eu... Sou louco por você – Ele disse, já tendo desistido de conter suas palavras. Amélia riu, dando de ombros de um jeito divertido – Eu sei.
Deixou então que suas mãos terminassem de despi-lo, parando para apreciar a visão de seu corpo nu por um momento. Fantasiara com aquilo tantas e tantas vezes... E agora, ao olhá-lo nos olhos, Thomas parecia quase... Envergonhado? Como se pedisse desculpas ou alguma coisa tão sem sentido quanto isso, mas... Por quê? – Você é tão linda, Amélia – Ele disse, como se isso explicasse todo o motivo de seu súbito embaraço, enquanto acariciava-lhe delicadamente a face – Poderia ter... – Ele hesitou, mas, por fim, continuou com um suspiro -... Algo muito melhor do que eu... – E, para seu desespero, viu Amélia concordar – Isso é verdade – Ela disse, e o moreno sentiu todo o seu corpo começar a tremer, e o coração apertar-se em seu peito – Mas, no entanto – a garota prossegui, passando a língua sobre os lábios de um modo sexy e distraído que quase fez Thomas esquecer-se do que ela estava dizendo. Teria esquecido, certamente, não fosse seu medo pelo que viria a seguir – eu quero apenas você – Ela terminou, e ele sorriu. Um sorriso aliviado, feliz e incontido – Ah. – Foi tudo o que conseguiu dizer, antes de ajeitá-la novamente em meio aos seus braços.
Thomas abraçou-a contra seu corpo, e pode sentir seu coração batendo em ritmo acelerado, assim como o seu próprio – Você tem mesmo certeza disso? – Perguntou uma última vez, apenas para certificar-se, sorrindo satisfeito quando Amélia concordou. Deixou então que seus lábios se unissem mais uma vez, em um beijo apaixonado, enquanto a erguia pelos quadris apenas o suficiente para permitir que ele se encaixasse nela, naquela posição em seu colo.
Não deixou que seus lábios afastassem-se nem por um único segundo, enquanto a penetrava de forma lenta, deixando que ela o sentisse invadi-la, um pedacinho de cada vez. Amélia estremeceu, apertando seus ombros e gemendo baixinho por entre seus lábios. Aquilo fez com que ondas de prazer percorressem todo o seu corpo, da cabeça aos pés.
Finalmente, quando já estava totalmente dentro daquele corpo macio e quente, ele afastou seus rostos apenas o suficiente para que pudesse olhá-la, acariciando seus cabelos – Minha Amélia... – Disse, em uma voz embargada pela emoção, e, muito embora houvesse dito a ela que pretendia torná-la sua mulher assim, com ela em seu colo, não conseguiu conter-se, e acabou por puxá-la para deitar-se na cama – sem permitir que seus corpos se separassem durante o movimento – deitando-se sobre ela – entre suas pernas – nunca deixando de olhar em seus olhos.
Amélia pareceu gostar daquilo, abraçando-o e passando as pernas ao redor de sua cintura. Thomas beijou-a novamente, começando então a mover-se devagar, em um vai-e-vem lento e – esperava – confortável, deliciando-se a cada novo gemido que deixava os lábios de sua amada. Inicialmente, dor e prazer misturavam-se ali, até que a dor sumisse e apenas o deleite os consumisse por inteiro.
Thomas não possuía palavras pra descrever as sensações que sentia naquele momento, apenas repetindo que a amava e a amava em seu ouvido, porém não sabia se ela estava realmente ouvindo-o. Amélia havia fechado seus olhos, permitindo-se entregar por inteiro aquela sensação de seus corpos movendo-se como um só. Amélia havia ficado segura o suficiente para acompanhar-lhe os movimentos – mexendo seus quadris levemente conforme Thomas movia o próprio corpo – e aquilo apenas tornava o momento ainda melhor.
Thomas podia sentir as unhas da garota arranhando suas costas, e não importou-se, muito embora devesse. Dominique veria aquelas marcas, é claro, e certamente poderia deduzir de onde haviam vindo, porém aquilo era a última coisa em sua cabeça no momento. Quando fantasiara sobre aquilo – nas mil vezes em que fantasiara sobre aquilo – pensara em algo mais... Intimo e especial do que uma despedida as pressas, na véspera de seu casamento. Talvez até mesmo ele se arrependesse daquilo mais tarde, porém mais tarde não era agora, e ele apenas se permitiria pensar sobre ele quando chegasse.
Suas mãos percorriam todo o corpo da garota, acariciando-a, memorizando-a, explorando-a ao máximo que poderia – sabendo que aquela seria sua única chance de fazê-lo. Amélia parecia pensar da mesma forma, imitando seus gestos, mordendo-o, marcando-o...
–Amélia – Ele sussurrou, apertando-a mais contra seu corpo – Eu vou...
Não precisou terminar sua frase. Amélia assentiu, olhando-o nos olhos e apertando firmemente as unhas em seus ombros – Sim – Ela disse, com um brilho forte de determinação e desejo em seu olhar – Eu quero isso – E, é claro, Thomas ficaria mais do que feliz em satisfazê-la.
Beijou-a, o beijo mais demorado e apaixonado que dera até então, permitindo-se derramar seu prazer dentro dela, enchendo-a por completo, gemendo por entre os seus lábios enquanto o fazia.
Quando terminou, caiu, ofegante, ao seu lado e abraçou-a por um momento. Um abraço forte, quente, necessário. Gostaria de poder tê-la ficado abraçando daquela forma por toda a vida, porém...
–Amélia... – Começou, mas a garota afastou-se de seus braços – deixando-o apenas com uma sensação de vazio onde antes ela estivera – e deu-lhe as costas, recusando-se a olhá-lo.
–Não diga nada Thomas – Ela disse, em uma voz desprovida de emoção que partiu seu coração – Apenas vá.
Ele continuou parado, olhando-a. Ela não virou-se para ele. Um segundo. Dois segundos. Ainda hesitou. Por fim, suspirou, levantou-se, e vestiu apressadamente suas roupas.
–Me perdoe... – Ele pediu, implorou, quase desesperado. Amélia não respondeu. – Eu... Sinto muito de verdade – Ele ainda disse mais uma vez, antes de sair, relutante, ainda olhando-a até que a porta se fechasse diante dele, separando-os de vez. Agora, e para sempre.
Amélia suspirou, caminhando até a janela.
Abriu-a, e permitiu que o ar gelado invadisse seu quarto. Ainda nevava. Lisbeth teria que perdoá-la por faltar ao casamento. Depois de tudo aquilo, decidira não ir mais, e não importava-se com o que poderiam dizer. Aquela seria a última vez em que vira Thomas. A última imagem que teria dele quando pensasse em tudo por que passaram juntos seria a dele acalentando-a entre seus braços. Sim, não se permitiria que fosse a dele dizendo “sim” para outra no altar.
Um novo suspiro, e já preparava-se para cerrar as janelas outra vez, quando percebeu que sua lágrima havia desaparecido. Finalmente cedera, e fora encoberta pela neve lá fora. Amélia sorriu, satisfeita, e voltou mais uma vez para dentro do quarto.
Sim, a lágrima se fora, e, junto com ela, iria toda a sua dor, pois agora no lugar daquela lágrima, havia o cheiro de Thomas, forte, por todo o quarto. Impregnado no ambiente, impregnado em sua cama, impregnado nela mesma, e, ao contrário da gota de sangue e da lágrima, aquele cheiro – o cheiro do seu Thomas – permaneceria. Quando tudo o mais se fosse, aquele cheiro ainda permaneceria com ela. Para sempre, e nunca se desvaneceria.
{... Alegremente aceitaria viver, e morrer ao seu lado ...}
The End
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