*** The Price of Friendship ***

Lana e Victoria sempre foram as melhores amigas. Conheceram-se quando tinham cinco anos, e desde aí nunca mais se separaram. Juntas passaram por milhares de momentos bons e maus, e partilharam todos os seus sentimentos e segredos mais obscuros, todos os seus sonhos de vida e os receios que as atormentavam, e sempre se defenderem com unhas e dentes como se fossem irmãs de sangue. Até as duas famílias se uniram e criaram entre si uma boa relação de amizade.
Entretanto os anos passaram e as duas meninas cresceram, cada dia mais belas que antes e mais poderosas. Na escola eram as Rainhas, as Líderes das Cheerleaders e as que conquistavam os melhores rapazes. Todas as pessoas gravitavam à volta delas como se fossem uma entidade inseparável, inquebrável, e muito superior a todos os outros. E também era assim que elas se consideravam: belíssimas, fortes e inseparáveis.
Mas o seu ano de finalistas na Daniel S. Jenkins High School está prestes a começar, e com ele virão muitas mudanças, surpresas e obstáculos, incluindo um novo rapaz que se mudou para a pequena cidade de Byron Bay e causa logo furor.
Será que Lana e Victoria conseguirão manter os seus postos de Rainhas e a sua amizade... ou Chase, o novato do liceu, virá para arruinar definitivamente a amizade inabalável das duas Líderes da Baía do Paraíso?


NOTA:

Bem genteee, espero que gostem da história, tive esta ideia ontem durante um sonho - é, a minha mente prega-me partidas destas enquanto estou a dormir - por favor me digam o que acharam e se devo seguir com a história em frente ou não. Parece bem cliché mas eu prometo me esforçar por a tornar realmente interessante.
Lys, meu amor, espero que goste da ideia, eu fiquei tão inspirada pela sua história e pelos filmes que tenho andando a ver que acho que vou conseguir fazer um bom trabalho também.
 
Quem quiser ler diga, e eu postarei as fotos dos personagens!
Obrigada e beijos a todos!

OMG, JESS!
Que história perfeita!
Preciso que você poste o primeiro capítulo!
É claro que vou ler, não perderia esta história por nada. Especialmente com Phoebe Tonkin & Claire Holt.
E vc dedicou para mim, sua linda!
Estou completamente emocionada aqui! Assim que puder, poste, pois eu irei ler!
Aguardando o primeiro capítulo aqui

Claro que gostei! A história e o plot dela estão perfeitas, e com a sua escrita, tem tudo para ser uma das maais incríveis que já li.
Sem problemas, Jess, sei que vai valer a pena a espera. E sim, Claire Holt e Phoebe Tonkin tem química perfeita juntas, e são ótimas atrizes *-*
Vou esperar o tempo que for preciso, lindaa, sei que essa história vai chegar com tudo! E mais uma vez, obrigada por ter dedicado esta história para mim *-----*
Beeeijos, aguardando sempre aqui ;*

Beem, aqui vai a lista dos personagens dessa história:

Lana Riley (Claire Holt)

Lana Riley tem 17 anos e é a Líder das Cheerleaders juntamente com a sua melhor amiga e quase-irmã, Victoria McClaren. Ela é filha de Christopher e Wendy Riley, e não tem irmãos. Sempre teve tudo do bom e do melhor desde criança porque os seus pais são muito ricos. É linda, loura, olhos azuis-claros potentes e encantadores, e está sempre vestida na última moda. Quer ser atriz um dia mais tarde, e tem mesmo muito jeito para representar. No entanto, apesar de parecer a rapariga perfeita por fora, esconde um enorme rol de segredos por dentro, segredos esses que só partilha com a sua melhor amiga Victoria.

Victoria McClaren (Phoebe Tonkin)

Victoria McClaren é a melhor amiga de Lana e a outra Líder das Cheerledears. É filha de Paul e Constance McClaren e tem um irmão mais velho, Rick, com quem não tem uma relação fácil. Tal como Lana, Victoria parece a rapariga perfeita e sempre teve tudo o que quis, o que ajudou a moldar o seu caráter. Porém, também esconde muitos segredos e um passado não tão perfeito como se parece. O seu lema de vida é "Que falem bem ou mal de mim, o que interessa é que falem", e não olha a meios para atingir os seus fins. Tal como Lana, quer ser atriz quando for mais velha, e também tem um enorme talento. Consegue todos os rapazes com quem quer ficar e nunca recebeu um "não" na vida. No entanto, a chegada de Chase a Byron Bay vai alterar-lhe um pouco os planos

Chase Akerman (Chris Zylka)

É o novo garoto de Byon Bay. Acabou de se mudar com os pais, Gregory e Helen Akerman, de uma cidadezinha no estado do Texas, EUA, mas, ao contrário da maioria das pessoas da sua cidade natal, adora surf e tem imenso jeito, o que fará com que se integre muito mais facilmente em Byron Bay, já que lá a maioria dos rapazes se dedica a esse desporto. Vai ficar na turma do último ano da escola de Lana e Victoria, e vai causar logo sensação entre a população feminina. Parece ser o típico rapaz giríssimo e que não liga às opiniões de ninguém além das suas, mas à medida que a história avançar vai revelar-se muito mais do que aparenta. Tem um irmão mais velho, Jack, com quem se dá muito bem e que é o seu melhor amigo.

Jack Akerman (Cam Gigandet)

Jack é o irmão mais velho de Chase (3 anos mais velho, ou seja, já tem 20 anos) e, tal como o irmão, adora surf e também tem um enorme jeito. Embora a família de onde eles provêm não seja rica, Jack aspira a alcançar esse posto e fará de tudo para alcançar uma posição estável na vida. Quando quer realmente alcançar algo, não há nada nem ninguém que lhe tire essa ideia da cabeça. Estará disposto a ajudar Chase em tudo o que puder, porque gosta verdadeiramente do irmão e quer vê-lo feliz. Embora já não estude na Daniel S. Jenkins High School, vai andar a rondar por lá e fará parte do grupo principal da história

Rick McClaren (Liam Hemsworth)

Irmão mais velho de Victoria, tem 22 anos e é um dos rapazes mais giros e mais cobiçados de Byron Bay. É um autêntico playboy que está habituado a ter sempre o que quer e que não se preocupa com as raparigas que vai magoando ao longo do seu caminho. Tem uma relação de típica implicância com a irmã, apesar de a amar imenso e de fazer tudo para a ver feliz. Rick é surfista e, uma vez que os pais são ricos, não precisa de fazer mais nada para sobreviver, pelo que dedica os seus dias a aproveitar a vida da melhor maneira.

Peguei no vestido cor-de-rosa de algodão, sem alças e muito curtinho, e encostei-o ao meu corpo para ver como me ficava. Dei uma pirueta em frente ao espelho de corpo inteiro do meu quarto e o sorriso aumentou no meu rosto. Era exatamente aquele vestido que eu levaria à festa dessa noite.
- Vais levar esse? – perguntou Victoria, como se me tivesse lido os pensamentos, enquanto se tentava decidir entre os vários conjuntos dispostos em cima da sua cama.
- Vou! E levo também as sandálias brancas e a fita branca para o cabelo, o que achas? – perguntei, afastando-me do espelho e voltando para junto da minha melhor amiga.
- Acho que fazes muito bem. Eu não sei qual destes hei-de escolher. – resmungou, apoiando as mãos na cintura e inclinando a cabeça de lado, quase a fulminar a roupa com aquele seu olhar irritado.
- Calma, vamos encontrar o conjunto perfeito…
- Sim, tem mesmo de ser perfeito! Afinal de contas, é a festa de final das férias de verão! – cantarolou, como se eu me conseguisse esquecer do motivo para nos reunirmos todos nessa noite.
- Então acho que devias levar o conjunto azul. – sugeri, apontando para os calções curtíssimos brancos e o top (também bastante curto e que mostrava quase toda a barriga) azul-claro com estrelas brancas.
- Acho que tens razão. E vou levar o meu melhor biquíni. – disse Victoria, com um sorriso que emanava confiança.
- Devíamos começar a vestir-nos, certo? Já não falta muito para o jantar ficar pronto. – anunciei, e comecei a despir o pijama que ainda tinha no corpo.
- Tens razão. O Rick disse que vinha cá buscar-nos depois do jantar, está bem? – alertou Victoria, também a despir o seu pijama.
Assenti, desviando o olhar do seu e concentrando-me em trocar de roupa pelo biquíni preto rendado (que toda a gente adorava e que, segundo diziam, me favorecia imenso) e o vestido cor-de-rosa, enquanto pensava que talvez tivesse sido melhor pedir ao meu pai para nos ir deixar à praia em vez de aceitarmos a boleia do irmão de Victoria, mas agora era tarde de mais para darmos essa ideia.
Acabámos de nos vestir – Victoria desfilou pelo menos cinco vezes em frente ao espelho até se convencer finalmente de que estava perfeita como sempre – e só nessa altura se virou para mim, avançou para a minha frente e me segurou o rosto nas suas mãos de longas unhas bem arranjadas e fabulosas, pintadas de um belo tom de azul-marinho, e fixou bem os poderosos olhos nos meus.
- Lana Riley, por que é que não tens um sorriso de orelha a orelha se vais a uma festa na praia com fogueira, montes de rapazes giríssimos e oportunidade para surfar ao luar?



- Eu estou animada, Vicky, é só que… - comecei, mas apercebi-me de que me faltavam as palavras para lhe explicar o que sentia.
Até porque era uma estupidez sentir-me desta maneira. Do que é que eu tinha medo afinal? Eu sou a rapariga mais popular e adorada do liceu e estamos prestes a começar o nosso ano de finalistas, o que significa que toda a gente vai idolatrar-me para que eu lhes conceda o favor de fazerem parte dos grupos mais populares da escola e serem reconhecidos pelos outros alunos. Logo, não havia qualquer razão para estar nervosa pela festa dessa noite.
Mas Victoria conhecia-me bem demais. Sempre conheceu, e nunca ouve nada que eu lhe conseguisse esconder.
- Lana, a festa vai ser fantástica e o ano inteiro também. Vamos ser as melhores finalistas que a Daniel S. Jenkins High School alguma vez teve e vamos arrasar! – declarou, com uma confiança inabalável na voz.
E ouvi-la dizer aquilo com tanto entusiasmo e certeza foi capaz de afastar as dúvidas e o nervosismo que ainda restavam dentro de mim. Victoria tinha razão: nada correria mal hoje nem no resto do ano e nada conseguiria ameaçar a nossa posição de rainhas do liceu. O sorriso voltou aos meus lábios e Victoria ficou muito mais satisfeita por o ver.



- Ótimo, assim estás muito melhor! Agora vamos, o jantar já deve estar pronto! – cantarolou, puxando-me pela mão e saindo do meu quarto.
Atravessámos o corredor do piso superior e dirigimo-nos às grandiosas escadas curvas de madeira, que nos levaram ao corredor inferior, e daí seguimos para a cozinha. Ainda antes de lá entrarmos já o cheiro delicioso da comida que a minha Mãe estava a preparar se fazia sentir, pelo que entrámos com um largo sorriso. Lá fora o crepúsculo já estava a dar lugar à noite, e o seu brilho dourado entrava pela enorme parede envidraçada virada para o poente. O meu pai já estava sentado ao seu lugar habitual à mesa, e sorriu-nos ao ver-nos chegar.
- Olá, meninas! Sentem-se, a Wendy está quase a trazer a comida. – pediu, indicando-nos os lugares à sua frente na mesa.
Sentei-me mesmo em frente dele, com Victoria ao meu lado, e deixámos o lugar à direita do meu pai livre para a minha Mãe, que entrou nesse momento com a comida numa travessa. Serviu-nos e comemos enquanto conversávamos sobre a festa dessa noite, e quando terminámos despedimo-nos deles e corremos de volta ao meu quarto.
- O Rick ainda demora muito? – perguntei, enquanto corria para a casa de banho para lavar os dentes.
- Não, deve estar mesmo aí. Temos de nos despachar. – avisou Victoria, e o seu reflexo surgiu ao lado do meu no espelho de rosto por cima do lavatório da minha casa de banho privativa.
Lavámos os dentes juntas e quando acabámos retocámos a maquilhagem e fomos buscar as nossas mochilas, que levaríamos para a praia. Ainda mal tínhamos saído do quarto quando ouvimos a campainha a tocar no piso inferior, e o sorriso rasgou os lábios de Victoria.
- Vamos lá para a festa!
Descemos as escadas a correr e a rir e fomos abrir a porta a Rick. Ele trazia uma t-shirt preta e vermelha, uns calções de banho azuis e brancos, e uns chinelos nos pés. Não podia estar mais descontraído mas, ainda assim, estava excecionalmente sexy.
- Olá, maninha. Oi, Lana. – cumprimentou-nos, dedicando-nos um largo sorriso.
- Olá, Rick. – murmurei, passando a mão pelo cabelo.
- Bem, vamos lá, não quero perder a fogueira. – resmungou Victoria, passando pelo irmão em direção à carrinha dele.
Rick segurou a porta para eu passar e depois fechou-a e acompanhou-me até à sua enorme pick-up azul-clara, com a caixa aberta atrás, onde se viam as três pranchas de surf juntas. Victoria subiu graciosamente para a caixa aberta e sentou-se numa das extremidades, mas eu e Rick ocupámos os lugares nos bancos da frente, ele o de condutor e eu no de pendura. Coloquei o cinto de segurança a tentar não olhar muito para ele, mas Rick parecia especialmente determinado a meter conversa comigo nessa noite.
- Então, Lana, alguma novidade?
- Nem por isso… não tem acontecido nada de entusiasmante nos últimos dias. – respondi, com um encolher de ombros.
- Que pena… mas agora que as aulas vão recomeçar já vai voltar a agitação. – sorriu, enquanto ligava o motor e começava a afastar-se da minha casa.
Victoria levantou-se a meio da viagem e, segurando-se à barra da carrinha, colocou-se de pé e soltou uma gargalhada entusiasmada, com o vento a agitar-se os cabelos. Ela parecia saída de uma cena de um videoclipe e não podia estar mais contente. Rick, cujo sorriso se tornou realmente brincalhão nesse momento, agarrou o volante com mais força e acelerou, e Victoria riu-se ainda mais e teve de se agarrar com mais força para não cair.
A viagem até à praia não demorava muito tempo. The Pass, a nossa praia preferida, ficava a menos de 3 quilómetros da minha casa, por isso nem tive tempo de ficar muito impaciente – ainda para mais com Rick a conduzir tão depressa como ele gostava. Quando alcançámos o parque de estacionamento ao cimo da falésia, Rick deixou lá a carrinha e saltámos logo para fora. Victoria desceu da caixa aberta da carrinha e cada um pegou nas suas mochilas e numa das pranchas: a de Rick era a da Billabong branca e vermelha, a de Victoria era a azul e amarela e a minha era cor-de-rosa e preta.
- Prontas para a festa da vossa vida? – perguntou Rick, enquanto nos dirigíamos à escadaria, cavada na rocha da falésia, que descia até à praia.
- Podes crer! – exclamou Victoria, com um sorriso de orelha a orelha.



A música já estava a tocar e ecoava por toda a praia, e a fogueira já estava acesa. Ainda nem tínhamos chegado à base da escadaria e já as pessoas se tinham apercebido da nossa presença e começavam a aproximar-se para nos vir receber. Havia lanternas e tochas a arder para iluminar toda a escadaria e o caminho até à lareira, e uma enorme e maravilhosa Lua Cheia brilhava no céu, iluminando a praia e fazendo com que água brilhasse de uma maneira magnífica. «Caramba, está mesmo uma noite perfeita para uma festa na praia!» pensei para comigo.
Assim que os meus pés chegaram à areia senti-me ainda mais entusiasmada. Victoria lançou a longa cascata de cabelo por cima do ombro e acompanhou-me quando nos distanciámos de Rick e avançámos confiantemente na direção da fogueira.



Surgiam pessoas de todos os lados a receber-nos na festa, a dizer-nos como estávamos bonitas e a elogiar as nossas pranchas, e um rapaz (que eu nunca tinha visto mas que era mesmo giro) aproximou-se com um sorriso provocante e passou-me um copo de cerveja. Pisquei-lhe o olho, murmurei-lhe um agradecimento e bebi, antes de seguir atrás de Victoria.
- Ah, parece que as nossas rainhas já chegaram! Bem-vindas, meninas! – elogiou-nos Zack, um dos nossos colegas e melhores amigos.
- Olá Zack! – cantarolámos eu e Victoria em coro.
- O que acham da festa? Está o máximo, hein?
- Podes crer que sim, querido. – sorri, e passei-lhe o meu copo para ele poder dar um golo. – Anda, vamos dançar!
Larguei a minha mochila e a prancha no chão e Zack veio atrás de mim sem hesitar, e com os olhos a cintilar de entusiasmo. Seguimos para o centro da “pista de dança” (a zona onde a maioria das pessoas estava a dançar) e eu coloquei os braços em volta do pescoço de Zack enquanto ele me envolvia a cintura com as mãos. As pessoas bateram palmas e a música subiu de ritmo enquanto nós dançávamos, e segundos depois, tal como seria de esperar, eu já era a rainha da festa.
Dancei com Zack e com muitos outros rapazes, tantos que lhes perdi a conta, bebi todas as bebidas que me ofereciam, e divertir-me realmente. Victoria também estava no seu sétimo céu, e quando me chamou para tirarmos uma fotografia, os nossos sorrisos não podiam ser mais verdadeiros.
- Pronto, ficou ótima! – sorriu Ginny, uma das nossas colegas e que tinha a máquina fotográfica na mão.
- Obrigada, Ginny. Queres tirar uma connosco agora? – chamei, e ela quase deu saltos de alegria.
Tirámos fotografias com toda a gente, mas a certa altura chegou Tommy, o rapaz com quem Victoria tinha curtido e estado durante quase duas semanas, e aproximou-se com aquele seu sorriso irresistível. Victoria lançou-me um olhar cheio de significados que apenas eu conhecia, e deixou-o arrastá-la para fora dali, pelo que fiquei livre para tirar fotografias com quem quisesse.
Aquele era o meu ambiente, o meu mundo, aquilo a que estava habituada. Sempre tinha tido um grande grupo de amigos, conhecidos e principalmente fãs, pessoas que passavam a vida a tentar agradar-nos para que nós os ajudássemos a ganhar popularidade na escola, mas eu não me importava. Eu tinha nascido para ser Rainha, para alcançar tudo o que queria na vida, e para, como nesta festa, dançar com os rapazes mais giros, beber o que me apetecesse, e ser o centro das atenções.
Ao fim de algum tempo, e quando a noite já estava quase a dar lugar à madrugada, Victoria e Tommy voltou, sem conseguirem apagar as evidências do que tinham estado a fazer, e a minha melhor amiga convidou-me para nos juntarmos às pessoas que já estavam a surfar ao luar, pelo que nos despimos – debaixo dos olhares ávidos da maioria dos rapazes – e pegámos nas nossas pranchas para corrermos para a água de seguida.



Estava muito mais quente e agradável do que durante o dia, por isso não me custou entrar e mergulhar de imediato. As ondas não estavam muito altas nessa noite, pelo que pudemos nadar calmamente até nos termos afastado imenso do resto das pessoas e da beira da praia, e quando estávamos sozinhas em alto mar, sentámo-nos sobre as pranchas, com as pernas a balançar de cada lado, e levantámos o olhar para o céu.
E aquela era a razão para eu adorar o lugar em que vivia: fazia-me sempre pensar quão sortuda era por ter aquele pedaço do paraíso para desfrutar todos os dias.
- Esta noite está a ser ótima. – sussurrou Victoria, também a admirar os milhares de estrelas que cintilavam no manto azul-escuro do céu.
- Podes crer. E a festa não podia estar a correr melhor.
- Tens razão. E sabes o que eu acho? Isto é um bom presságio para o resto do nosso ano.
Baixei os olhos para os fixar no rosto dela e Victoria também estava a olhar para mim, com um sorriso inundado de amizade e carinho.
- Vamos arrasar este ano. Ninguém alguma vez teve um ano de finalistas tão bom como o que nós teremos. - concordei, com uma confiança inabalável na voz.
- Isso mesmo! E, aconteça o que acontecer, estaremos juntas para celebrar todas as vitórias que alcançarmos.
- Exato. Estaremos juntas. Sempre. – sorri, estendendo-lhe a mão para pegar na sua.
Victoria entrelaçou os dedos nos meus e voltámos a olhar para o céu.
- Amo-te, minha irmã. Hoje e sempre. – dissemos ao mesmo tempo, e de seguida rimo-nos e voltámos a mergulhar para regressar à praia e à festa que nos esperava.