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*** A Casa di Arcuri ***

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Mensagem por Jess Silver Seg maio 20, 2013 3:58 pm

A Casa di Arcuri


*** A Casa di Arcuri *** Imagem-06


Gianna Brunnesci acaba de descobrir o maior segredo da sua mãe, que ela não teve coragem de lhe contar durante a sua vida inteira: Gianna não é filha de Adolfo, aquele a quem sempre olhou e considerou como seu pai. Confusa e ansiosa por chegar ao fundo de todas as questões e perceber a verdade sobre a história da sua família, Gianna regressa a Florença - a terra natal da sua mãe, e vai à procura do seu pai biológico, de quem apenas sabe o nome: Giancarlo Arcuri.

Porém, quando finalmente o conhece, Gianna descobre que ele é muito mais do que aparenta, assim como o resto da sua família, e Gianna será apresentada a um mundo de que nunca pensou vir a fazer parte. Um mundo de mistérios, intrigas, promessas quebradas, sonhos por realizar, altas expectativas, prazer e dor, envoltos no brilho da alta sociedade italiana de que Gianna passa a fazer parte.

Mas será que ela está mesmo preparada para se tornar numa verdadeira Arcuri?


*** NOTA: Bem minha genteee, eu já tava sentindo saudades de voltar a postar, então esta ideia surgiu hoje mesmo, de uma conversa com a linda Lys, então ainda não escrevi nenhum capítulo nem nada, apenas pensei nas personagens e assim. Se me derem o apoio e incentivo necessário terei todo o gosto em começar, só não posso dar já a certeza do dia da estreia, mas tentarei que seja logo que comece a ter pedidos Wink

Me digam o que acharam, beijoos
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Mensagem por Jess Silver Qua maio 22, 2013 7:33 am

Beem minha gente, vou apresentar os personagens da história, e quando tiver terminado posto o primeiro capítulo!

Aqui vai, espero que gostem:


A Família Arcuri:


*** A Casa di Arcuri *** Rob-lowe


Giancarlo Arcuri


~~~


*** A Casa di Arcuri *** Matt-bomer-11032010-lead

Matteo Arcuri


~~~


*** A Casa di Arcuri *** Iancollinstark

Diego Arcuri


~~~



*** A Casa di Arcuri *** 1_CHACE+CRAWFORD

Tomazzo Arcuri


~~~


*** A Casa di Arcuri *** Guilherme-leicam3

Santiago Arcuri
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Mensagem por Jess Silver Qua maio 22, 2013 7:38 am

Outras personagens:

*** A Casa di Arcuri *** 238860

Gianna Brunnesci

~~~


*** A Casa di Arcuri *** 12999193156

Emilia Arcuri


~~~


*** A Casa di Arcuri *** Ashtonkutcher1_300

Michell Ângelo
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Mensagem por Jess Silver Qua maio 22, 2013 9:25 am

Capítulo 1



Buon Compleanno

(Feliz Aniversário)




O meu telemóvel começou a tocar, e senti um sorriso a rasgar-me os lábios assim que ouvi a voz inconfundível do Eros Ramazzotti começar a ecoar pelo quarto. Aquela música era sempre capaz de me fazer sorrir, daí eu tê-la posto como toque de telemóvel. Levantei-me da cama de um salto e corri para a secretária, para atender antes que a pessoa que me estava a ligar tivesse tempo de desistir.

- Sim?! - perguntei, numa oitava acima do normal.

- PARABÉNS! - guinchou Michell, e não tive maneira de o impedir de começar a cantar a música completa de Feliz Aniversário.

No final agradeci e ouvi a sua gargalhada amorosa e alegre do outro lado, e senti que o meu sorriso aumentava ainda mais.

Michell Ângelo era o meu melhor amigo desde os tempos de escola. Tínhamo-nos conhecido quando outro amigo meu, Bruno (com quem nem eu nem Michell falávamos atualmente) me tinha dito que Michell estava interessado nele. Como Michell era meu colega de turma, eu fui falar com ele para lhe perguntar se era verdade ou não, e acabei por ter uma longa e profunda conversa com aquele rapaz que mal conhecia, mas que foi capaz de me conquistar naquele preciso momento.

Michell era aquilo que eu e as minhas colegas costumávamos classificar de "Desperdício Humano à 10ª Escala", ou seja, um daqueles rapazes demasiado bonitos e sensuais para serem homossexuais. Mas não havia nada a fazer: Michell não jogava definitivamente na nossa equipa.

Felizmente para todos, ele acabou por tirar da cabeça a ideia de que ia ficar com Bruno, mas apesar de se ter afastado dele, não deixou de se dar comigo, e fomos ficando cada vez mais próximos.

Atualmente eu não imagino a minha vida sem ele.

- Como é que está a minha pessoa preferida no mundo inteiro? - perguntou Michell, com um grande ênfase na parte do "mundo inteiro", e imaginei que tivesse um sorriso rasgado nos lábios.

- Estava a pensar se devia levantar-me da cama ou não...

- O quê?! Achas mesmo que te vou deixar passar o teu aniversário enfiada na cama?! A tua sorte é que estou a cinco passos da tua campainha. Abre-me a porta, vá lá.

- Mas já cá estás?! - exclamei, incrédula, e corri para a porta do quarto, e daí atravessei o corredor e lancei-me para a entrada da minha casa, para abrir a porta no preciso instante em que Michell tocou à campainha.

Quando a porta o revelou do outro lado, os nossos sorrisos aumentaram automaticamente.

- Complimenti, bella cosa! - cantarolou, antes de avançar para me envolver nos seus braços.

Abracei-o também, rodopiando ao seu colo a rir à gargalhada, e Michell pousou-me no chão de seguida e deu-me um beijo rápido e suave nos lábios, antes de se afastar na direção da minha sala de estar.

- Onde está a tua mãe? - perguntou, estranhando o facto de eu estar sozinha.

- Saiu, disse que tinha de ir tratar de qualquer coisa e voltava mais logo... não te preocupes, vais ter um jantar delicioso à tua espera, como todos os anos. - respondi, abafando uma gargalhada quando Michell me dedicou aquele seu sorriso rasgado de quando sabia que teria uma boa refeição feita pelas "mãos de fada" da Signora Rosana.

- E deixou-te sozinha? A sério que vais mesmo ficar aqui fechada no dia mais especial do ano?

- Michell, não estou assim com tanta vontade de sair e comemorar, tenho uma dor de cabeça terrível... - respondi, com um encolher de ombros.

Ele voltou-se para mim e fixou um olhar praticamente furioso no meu.

- Gianna Brunnesci, nem penses que te vou deixar deprimir neste dia. Agora passa já à minha frente e vai-te vestir! - ordenou, apontando confiantemente para a porta do meu quarto.

Suspirei, revirando os olhos, e segui até lá, porque já sabia que era inútil tentar contrariá-lo. Michell conseguia sempre o que queria. É o resultado de todos os mimos que recebeu em criança, e de lhe fazerem todas as vontades.

Entrei no quarto e despi a t-shirt do meu pijama. Michell seguiu-me e sentou-se na beira da minha cama, a observar-me enquanto eu andava de um lado para o outro a trocar a roupa que tinha vestida pelo conjunto que tinha escolhido usar hoje: lingerie branca simples, o vestido de alças finas cor-de-rosa com flores brancas, e as sandálias de salto alto agulha brancas. Estava a acabar de me vestir quando reparei que Michell tirara o telemóvel do bolso das calças e tinha um sorriso amoroso no rosto, a olhar embevecido para o ecrã do aparelho.

- O que foi? - perguntei, sem conter a curiosidade.

- É o Antoni... está a dizer-me que já planeou tudo para o nosso fim de semana em Madrid. - anunciou, sem conseguir esconder aquele brilho apaixonado dos olhos.

Sorri-lhe também, agradecendo interiormente a Antoni por ser o melhor namorado que Michell podia ter.

- Ainda não acredito que te vais embora amanhã... o que vai ser de mim sem ti? - perguntei, exagerando propositadamente e fazendo beicinho.

O sorriso de Michell emanava orgulho e presunção.

- Vais ter uns dias menos agitados e animados na tua vidinha, mas não vais morrer por isso.

- Claro que não... OK, estou pronta. Onde é que me queres levar?

- Ao cinema. Estreou um filme fantástico e tenho a certeza de que vais adorar.

- É com quem? - perguntei, enquanto pegava na minha mala de ombro e enfiava lá para dentro tudo o que ia precisar para a saída.

- O Leonardo DiCaprio! - exclamou Michell, quase a bater palmas de alegria.

- Oh, então não podemos mesmo perder! - sorri, e saímos disparados do quarto.

Antes de sair de casa escrevi um bilhetinho rápido à minha mãe, e deixei-o na porta do frigorífico, para que ela visse assim que chegasse a casa. Depois deixei que Michell me arrastasse para fora de casa e corremos para o seu carro, um maravilhoso Lexus azul-elétrico, desportivo e elegante - a cara do meu melhor amigo - e estava a preparar-me para me sentar no lugar de pendura quando Michell tirou as chaves do bolso das calças e as agitou no ar à frente da minha cara, com um sorriso de desafio.

- OH MEU DEUS, POSSO CONDUZIR?! - guinchei, sem me conseguir conter para não pular de alegria.

Michell sabia o quanto eu adorava o seu carro, e o quanto gostaria de ter dinheiro para comprar um assim para mim (a mãe de Michell era rica e dava-lhe todas as condições para ele ter uma vida de autêntico lorde. Já o pai nem sequer lhe falava) por isso sabia também que o melhor presente de aniversário que me podia dar seria deixar-me conduzi-lo.

- Mas vai com cuidado, Gia. A pintura ainda está fresca e tudo! - avisou, com uma gargalhada, enquanto contornava a frente do veículo e se sentava no lugar do passageiro.

Assim que assentei as mãos no volante senti o sorriso a rasgar-me os lábios.

Aquele dia tinha acabado de ficar mil vezes melhor.


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P.S: As músicas são as que eu ouvi enquanto estava escrevendo os capítulos, se quiserem ouvir ponham logo de início, sempre dá mais um gostinho Wink
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Mensagem por Lys Qua maio 22, 2013 8:16 pm

NOSSA, JESS, JÁ ESTOU VICIADA!
Gostei da interação entre o Michell e a Gianna, eles são muito fofos *-*
Ansiosa por mais, a história já me deixou curiosa.
Esperando por mais capítulos, Jess.
Beeeijos Wink
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Mensagem por Lys Qua maio 22, 2013 8:19 pm

PS: Cast bonito, hein? ^^
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Mensagem por Jess Silver Qui maio 23, 2013 3:03 am

Lys escreveu:NOSSA, JESS, JÁ ESTOU VICIADA!
Gostei da interação entre o Michell e a Gianna, eles são muito fofos *-*
Ansiosa por mais, a história já me deixou curiosa.
Esperando por mais capítulos, Jess.
Beeeijos Wink


Minha primeira fã, yeeeeey cheers
brigada pelo comment lindo, Lys, já tinha saudades de ler coisas assim fofas sabe??
e sim, a Gianna e o Michell vão ser aqueles típicos melhores.amigos.coloridos.que.não.dá.em.nada.porque.ele.é.gay
mas são muito fofos kkkk
tou preparando o próximo capítulo e procurando as músicas e as imagens pra por no fim
assim que tiver completo posto!
obrigada por ter vindo linda
beijoos!
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Mensagem por Jess Silver Qui maio 23, 2013 3:04 am

Lys escreveu:PS: Cast bonito, hein? ^^

muuuito bonito, e ainda vai ficar melhor kkkk
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Mensagem por Jess Silver Qui maio 23, 2013 4:46 pm

Capítulo 2


Rivelazioni



(Revelações)





A sessão de cinema tinha sido realmente fantástica. Michell levara-me a ver "O Grande Gatsby" (ele não resiste a clássicos da literatura americana - e muito menos ao Leonardo DiCaprio) e eu tinha gostado mesmo do filme. Depois tínhamos passado por uma geladaria para pedirmos os nossos gelados preferidos, e de seguida tínhamos voltado ao carro para regressarmos a minha casa. Eram perto das sete da tarde e a minha mãe já devia estar à minha espera para o jantar, com a casa cheia de amigos e familiares - ela fazia a mesma "surpresa" todos os anos, por isso já não conseguia realmente surpreender-me, mas eu não lhe dizia isto para não a deitar abaixo.

Estacionei o potente Lexus de Michell à entrada da minha casa e desliguei o motor, soltando um longo suspiro de felicidade. Michell estendeu a mão, pedindo-me de volta as chaves do carro, pelo que as tirei (com uma pontada de tristeza) da ignição e passei-as ao meu melhor amigo.

- Já sei que se te deixar levar as chaves para casa ainda podes correr porta fora e fugir com o meu bebezinho, portanto é melhor guardá-las já. - riu-se, enquanto as enfiava no bolso das calças e abria a porta para sair.

Também saí do carro, fechei a porta com cuidado e deixei que Michell contornasse a viatura para vir para o meu lado e me estender o braço, num gesto muito cavalheiresco, como se me fosse convidar para dançar. Sorri-lhe, agradecendo pela brincadeira, e enrolei o meu braço no seu, para de seguida avançarmos para a porta da minha casa.

- Achas que já cá está muita gente? - perguntei, a tentar não me mostrar muito nervosa.

- Não faço ideia, mas se for como no ano passado, seremos mesmo os últimos a chegar. - sorriu, e chegámos nesse instante à porta.

Michell bateu três vezes, fazendo aquela musiquinha habitual das suas batidas, e a porta abriu-se para revelar a minha mãe do outro lado.

Mas a minha mãe estava sozinha.

- Buon compleanno, mio amore! - cantarolou, envolvendo-me nos seus braços finos e delicados e beijando-me docemente no rosto.

- Grazie, mamma! - respondi, beijando-a também.

Depois de me largar a minha mãe abraçou e beijou Michell - ela olhava para ele quase como um segundo filho, e fazia os possíveis e os impossíveis para lhe agradar e o deixar feliz - e enquanto eles se cumprimentavam pude perceber que a casa estava vazia.

Afinal este ano eu não tinha direito a uma festa surpresa como nos anteriores. No entanto consegui esconder perfeitamente a pontada de desapontamento que me assolou nesse instante, e voltei-me para a minha mãe com um largo sorriso no rosto.

- Então, este ano somos só nós? - perguntei, no mesmo tom animado de antes.

- Sim... - mas assim que disse aquilo, a minha mãe perdeu parte do sorriso que tinha, e largou Michell, a quem ainda estava abraçada. - Aliás, devíamos ir andando para a cozinha, o jantar vai ficar frio se não comermos já...

Deixei-a ir à frente, e Michell esperou um pouco comigo, mais atrás, e quando falou baixou o tom de voz para que apenas eu o conseguisse ouvir.

- Não achas que esta reação da tua mãe foi um bocado estranha? - sussurrou ao meu ouvido.

- Sim. Acho que se passa qualquer coisa. - murmurei, mas indiquei-lhe que nos acompanhasse para a cozinha.

A minha mãe tinha feito lasanha, o meu prato preferido, pelo que nos sentámos à mesa a comer, e ela perguntou-nos o que tínhamos feito durante o dia, ao que Michell se lançou num relato pormenorizado do filme e de tudo o que tínhamos feito durante a tarde. A minha mãe esforçava-se por ouvir atentamente o que ele dizia, mas eu conhecia-a demasiado bem e sabia que se passava algo. Aquele seu olhar ausente, aqueles seus sorrisos forçados e aquele tremer constante e frenético do pé no chão emanavam nervosismo, e eu precisava de saber a razão.

Portanto, assim que acabámos de comer, pousei os talheres no prato e cravei os olhos nos seus.

- OK, Mãe, agora vais ter de me dizer o que se passa. - declarei, num tom que não lhe permitia fugir mais.

E aí tive a confirmação das minhas suspeitas, quando a vi estremecer e desviar apressadamente o olhar do meu.

- Não sei do que estás a falar... contar-te o quê? - gaguejou, enquanto se levantava e começava a reunir a louça suja para levar para a bancada da cozinha.

- O que quer que te esteja a deixar tão nervosa. Eu conheço-te, Mãe, e sei quando algo não está bem. - insisti, cruzando as mãos com os cotovelos apoiados na mesa, sem nunca desviar os olhos dos seus.

A minha mãe virou-me costas por uns minutos, para ir levar a louça suja para a máquina de lavar, mas quando voltou a encarar-me parecia ainda mais nervosa que antes.

- Não te escapa mesmo nada, pois não?

- Não. - respondi, sem vacilar, e Michell lançou um olhar à minha mãe que dizia claramente "ela nunca deixa passar nada ao lado, já devia estar habituada".

A minha mãe suspirou e veio sentar-se novamente comigo e com Michell à mesa, mas antes de começar a falar pegou-me na mão.

- Já deves ter-te perguntado por que é que não está cá ninguém este ano...

- Claro que perguntei, mas achei que não tinhas conseguido reunir toda a gente ou que não te apetecera fazer algo assim...

- Mas não é essa a razão, querida. - murmurou, abanando a cabeça em negação, e pareceu-me subitamente muito triste, o que ainda me deixou mais inquietada. - É que eu tenho de te contar uma coisa... e não queria ter a casa cheia de gente quando o fizesse.

O meu ritmo cardíaco acelerou quando a ouvi dizer aquilo, mas esforcei-me por não perder a calma.

- Se quiser que eu me vá embora, Signora Rosana... - começou Michell.

- Não, meu querido, podes ficar... tu és como um irmão para a Gianna, e ela vai precisar de ti... eu não me importo que aqui estejas quando lhe contar o que tenho de contar. - respondeu, e vi que os seus olhos começavam a encher-se de lágrimas.

E foi então que tomei noção de que o que aí vinha era realmente mau.

- Mamma, o que é que aconteceu? - murmurei, pegando-lhe melhor na mão e apertando-a entre as minhas.

Ela suspirou, com um pequeno soluço no final, e fixou finalmente os olhos nos meus.

- Eu já devia ter-te contado isto há mais tempo... já tens vinte e três anos e merecias saber disto há mais tempo, mas... enquanto o Adolfo foi vivo eu não pude nem quis contar-te...

- O que é que o meu Pai tem a ver com isto? - perguntei, e senti um baque no coração quando falei nele.

Ainda me custava imenso falar e pensar nele. Afinal de contas, ainda nem tinham passado sete meses desde que ele morrera naquele horrível incêndio na fábrica onde trabalhava. Os primeiros meses tinham sido terríveis de suportar, para mim e para a minha mãe, e agora que estávamos finalmente a conseguir refazer a nossa vida, a recomeçar a sorrir e a conseguir aproveitar os bons momentos e o facto de estarmos vivas, e já nem se falava no assunto do incêndio cá em casa, a minha mãe decidira mencioná-lo logo no meu aniversário, e com um tom tão abalado como o que tinha na voz.

- É que... - começou, e a primeira lágrima desceu antes de ela chegar ao final da frase. - O Adolfo não é o teu verdadeiro pai, Gianna.


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Mensagem por Lys Sex maio 24, 2013 12:19 pm

OMG!
Jess, é maldade parar logo nessa parte! Estou doida para ver qual vai ser a reação da Gianna.
O Michell é LINDO DEMAIS para ser gay, Jess! kkkkk'
Isso é maldade, quero ele para mim ownn
A mãe dela na foto é aquela atriz que fez Lois Lane em Clark & Lois? Sabia que conhecia ela de algum lugar!
Estou louca por mais, e com um bom pressentimento de que essa história vai ser ÉPICA!
Aguardando o novo cap.
Spoiler:
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Mensagem por Jess Silver Sáb maio 25, 2013 7:45 am

Oiiiin que comment fofo querida! obrigada por vir ler, viu??
O Michell é lindo demais pra ser gay, como a maioria dos gays é infelizmente existem muuuuitos desperdícios por aí, mas pronto kkkkk
Quanto à atriz, a Teri Hatcher, não sei se fez de Lois Lane porque nunca vi o filme ou série que mencionou, esse Clark & Lois, eu só conhecia ela de "Donas de Casa Desesperadas", e achei que ficava aqui mesmo bem!
eu já tou preparando o novo capitulo e vou tentar postar o mais depressa possível!

P.S: já li a sua historia e tou amando também
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Mensagem por Jess Silver Sáb maio 25, 2013 9:28 am

Capítulo 3 da história

Minha gente, peço imensa desculpa pelo incómodo, mas eu tive de fazer uma alteração no capítulo e quando atualizei a formatação ficou tão terrível que tive de reescrever, portanto quem não leu ainda, basta clicar no link aí de cima.
Obrigada mais uma vez pelo apoio Smile


Última edição por Jess Silver em Ter maio 28, 2013 1:24 pm, editado 6 vez(es)
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Mensagem por Lys Sáb maio 25, 2013 11:54 am

Nossa, que cap INCRÍVEL!
Foi ótimo saber mais sobre a história da gravidez da mãe da Gianna.
Michell sempre compreensível *-*. Ele vai junto com a Gianna para conhecer mais sobre o pai dela?
E o pai verdadeiro dela é um gato, hein? Quem me dera um pai assim ^^
Me senti mal pela mãe dela, já passou por tanta coisa.
Jess, estou ficando viciada nesta história, preciso de mais, e mais, e mais!
Esperando aqui por mais caps.
PS: Sim, ela fez uma série chamada Clark & Lois: The New Adventures Of Superman. Uma atriz incrível. Mas também lembro dela em Donas de Casas Desesperadas.
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Mensagem por Jess Silver Sáb maio 25, 2013 12:43 pm

vou começar a ficar babada por uma fã sempre tão presente, rapidinha a ler e que me faz comentários lindos como esse, kkkkk
a história da mãe da Gianna é meio que normal, sabe, há tantos casos desses, mas ao mesmo tempo eu não queria inventar nada de muito fora do comum. ela era apenas mais uma ficante de um garoto bonitinho que depois ficou grávida dele, pronto, não é assim nada de mais, mas agora resta saber se o Giancarlo será realmente mais do que o estereótipo que tá até agora
O Michell é bem fofo mesmo, e ainda será mais no próximo capítulo, você vai surtar até kkk

P.S: eu não vi ainda essa série, eu realmente acho ela uma ótima atriz só pelo que vi em Donas de Casa Desesperadas (pena que acabou!!) mas era lindo se ela aparecesse em outra serie né???

bem flor quando quiser eu posto o próximo capitulo que ele já tá prontinho, é so dizer Smile
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Mensagem por Lys Sáb maio 25, 2013 11:02 pm

Pode postar, Jess! Estarei prontinha para ler.
Assim que eu entrar na net, já venho direto aqui olhar.
Eu realmente estou empolgada em ler esta história ownn
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Mensagem por Jess Silver Dom maio 26, 2013 6:29 am

[quote="Lys"]Pode postar, Jess! Estarei prontinha para ler.
Assim que eu entrar na net, já venho direto aqui olhar.
Eu realmente estou empolgada em ler esta história ownn [/quote]


ótimo, então vou postar já já!
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Mensagem por Jess Silver Dom maio 26, 2013 6:51 am

Capítulo 4



Preparazioni



(Preparativos)




- OK... Giancarlo Arcuri... não sabes mais nada? Mais algum detalhe que me ajude a encontrá-lo?

- Não, Gia... mas provavelmente ele ainda vive em Florença... pelo menos foi lá que eu o conheci. É um tiro no escuro, mas...

- Mas vale a pena tentar. - completei, assentindo com a cabeça. - É a única pista que temos, por isso não podemos deixá-la já de lado.

A minha mãe concordou comigo, assim como Michell, e senti que parte do nervosismo e da confusão que sentira quando a minha mãe me explicara a verdade começava lentamente a dar lugar à curiosidade e ao entusiasmo.

Porque eu estava prestes a entrar na missão da minha vida.

- Quando é que estás a pensar ir para Florença? - perguntou a minha mãe, que já percebera que não poderia fazer nada para me prender aqui.

- Assim que arrumar as minhas coisas. Prometo que não demoro, e não tens de ficar preocupada por mim... vou num pé e venho noutro. Prometto.

Ela tornou a assentir, e vi os seus olhos ficarem novamente marejados de lágrimas. A minha mãe levantou-se rapidamente da cadeira, enxugou os cantos dos olhos e obrigou-se a sorrir novamente, como que para aliviar o ambientar pesado entre nós.

- Muito bem, o jantar já acabou, portanto vocês podem ir fazer o que vos apetecer... eu vou deitar-me que estou muito cansada, e...

- Mamma, espera... - pedi, levantando-me para tornar a aproximar-me dela, e antes que ela tivesse tempo de se ir embora ou de dizer mais alguma coisa, envolvi-a nos meus braços e apertei-a com todo o amor e carinho que sentia por ela. - Eu não estou triste contigo, nem magoada. Agora percebo a razão de não me teres contado nada naquela altura. E prometo que, não importa o que aconteça quando descobrir quem é o meu pai, isso não mudará em nada aquilo que eu sinto por ti.

Ela sorriu, lutando para não desatar a chorar, e beijou-me no rosto.

- Obrigada, mio amore. Agora tenho de ir... boa-noite, Michell. Até amanhã.

- Até amanhã, Signora Rosana.

Ficámos a ver a minha mãe ir-se embora, e quando ouvi a porta do seu quarto tornar a fechar-se, soltei um longo suspiro e segui para o meu próprio quarto, com Michell a seguir-me em silêncio. Entrou comigo, deixou-me voltar a fechar a porta, e deitou-se ao meu lado na cama sem precisar de dizer nada. Era naqueles momentos que eu me sentia tão grata por o ter como amigo, porque Michell era uma daquelas pessoas que, mesmo sem dizer uma única palavra, conseguia dar-nos todo o conforto e amizade e apoio de que precisávamos, exatamente quando mais precisávamos.

- Não estava preparada para isto... quando a minha mãe disse que tinha de me contar algo, não pensei que fosse isto... - confessei, com a garganta apertada pelo nó de dor que lá se formara.

- Eu sei. Mas a tua mãe foi muito corajosa por te ter conseguido revelar a verdade ao fim de tanto tempo. Ela não sabia como tu irias reagir e, mesmo assim, deixou de lado o receio para te contar, porque entendeu que tu merecias saber.

- Eu entendo... mas, Michell, o que vai ser de mim agora? - perguntei, e senti-me novamente à beira das lágrimas.

Ele passou o braço em redor do meu corpo e puxou-me para si, deixando-me abraçá-lo melhor, e quando finalmente dei liberdade às lágrimas para correr, ele acarinhou-me os cabelos e consolou-me durante muito tempo.

- Eu vou contigo, Gia. Vamos juntos para Florença, vamos descobrir quem é o teu pai, e se...

- Vens comigo?! Não, não é preciso... tu tens a tua vida aqui! O teu trabalho, o Antoni, a tua família, e eu...

- Tu és a minha melhor amiga e eu jamais te deixaria ir sozinha para o outro lado de Itália, à procura de um pai que nem sequer conheces! - insistiu, naquele tom que não me dava margem para renegociar a sua ordem.

Suspirei, acabando por me render, e ele tornou a abraçar-me com mais força.

- Vamos os dois, e quando conhecer o Giancarlo, e se quiseres recomeçar um relacionamento com ele, logo pensamos no que vamos fazer. Mas agora vamos apenas dormir e reunir forças para amanhã, OK?

- Sim... obrigada por não me abandonares, Michell.

- Eu nunca o farei. Nunca. - sussurrou, e nesse instante comecei a sentir a sono a levar a melhor sobre mim, e preparei-me para deixar que ele me levasse para eu poder descansar um pouco e fugir à situação em que me via envolvida.

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Na manhã seguinte acordei sozinha na cama, o que estranhei, visto que tinha adormecido abraçada a Michell. Porém, assim que me sentei no meu da cama, ouvi-o cantar o "Enjoy the Silence" dos Anberlin (a sua música preferida) na cozinha, e percebi que devia estar lá a preparar o pequeno-almoço. Levantei-me realmente da cama e encaminhei-me para lá, e quando entrei o aroma delicioso das torradas e café com leite envolveu-me e fez-me sorrir. Michell estava em frente ao fogão, com o avental ao peito, a cantar enquanto preparava o nosso pequeno-almoço, e assim que me ouviu chegar virou-se e dedicou-me um largo sorriso.

- Buongiorno, Gia! Senta-te, as torradas estão quase prontas.

- Não acredito que até na minha casa insistes em cozinhar... - ri-me, abanando a cabeça em negação, mas sentei-me à mesa.

- Claro que cozinho! Estavas à espera de quê, que te fosse acordar para vires tu fazer o pequeno-almoço? Estavas a dormir como um anjo, não te quis acordar. - respondeu, enquanto trazia a comida para a mesa e se sentava ao meu lado.

- A tua mãe já cá não estava quando eu acordei. Deve ter saído para ir trabalhar. - avisou Michell, e começou a barrar as suas torradas com manteiga.

- Pois, deve ter sido isso... e ainda bem que ela não está cá, porque assim não a vou incomodar enquanto estiver a fazer as malas.

- Eu ajudo-te nisso, senão ficas o resto do dia para as arranjar. - respondeu, piscando-me o olho, mas voltou a ficar sério logo de seguida. - Gia... tens a certeza de que estás preparada para isto? Não queres esperar mais algum tempo?

- Não. Se não for agora para Florença, sei que vou perder a coragem e acabarei por nunca lá ir, portanto... é melhor despachar já o assunto. - declarei, mas a minha voz soou mais confiante do que eu me sentia na realidade.

Michell concordou comigo, e depois de acabarmos o pequeno-almoço fomos arrumar a casa e seguimos para o meu quarto. Coloquei uma mala de viagem em cima da cama, abri-a e Michell foi-me ajudando a escolher o que levar para a viagem. Ele não era nada como aqueles gays extremamente femininos que deliram com roupas e compras e são fanáticos por moda. Pelo contrário, Michell nem sequer ligava muito ao assunto, e tinha tanto jeito para a moda como os outros homens todos. Mais uma vez a teoria comprovava-se: só quem o conhecia realmente é que sabia que ele era homossexual, porque quem o visse passar na rua jamais desconfiaria. Michell parecia apenas mais um rapaz giríssimo, divertido e conversador.

Porém, quando eu precisava de ajuda a fazer as malas, ele esforçava-se por se parecer mais à maioria da população gay do planeta.

- OK, o que é que ainda te falta levar? - perguntou, enquanto tentava correr o fecho da mala, que estava já tão cheia que mal conseguia ser fechada.

- Acho que nada...

E assim que o disse, compreendi que era verdade e que estava tudo pronto para a minha partida. Levantei os olhos para Michell e ele dedicou-me um breve sorriso.

- Eu vou para minha casa preparar a minha mala, e venho cá ter à noite. Queres que encomende os bilhetes de avião?

- Sim, trata disso, por favor. Sabes que não tenho jeito nenhum para reservas por telefone.

- Então não te preocupes que eu trato do assunto. - respondeu, sorrindo mais enquanto se aproximava de mim. - Tens a certeza de que ficas bem aqui? Não queres vir até minha casa e ajudar-me com a mala?

- Não... tenho de ficar à espera de que a minha mãe volte para falar com ela. Mas se vir que te estás a demorar muito vou lá ajudar, não te preocupes.

- Está bem. Até logo, Gia. - despediu-se, dando-me um beijo rápido na testa antes de sair do quarto.

Deixei-o ir-se embora e sentei-me aos pés da cama, soltando um longo suspiro, e permiti-me ficar a olhar para o vazio durante imenso tempo, apenas a pensar na missão que se avizinhava, e se teria coragem suficiente para ir em frente com ela.

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Mensagem por Lys Dom maio 26, 2013 7:22 pm

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNTTTTTSSSS, ELE É MUITO PERFEITO PARA SER GAY, JESS!
Eu sou mto masoquista, já estou aqui querendo que o Michell fique com a Gianna no fim, mesmo sabendo que ele é gay #chora
A amizade desses dois é mto perfeita *--*
Nossa, tô ansiosa para essa viagem deles. Vai ser mto massa, eu estou pressentindo já Very Happy
Posta mais, Jess, pretty pleeease *-*
Capítulo magnífico como sempre, sua divaa
Aguardo por mais Wink
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Mensagem por Jess Silver Seg maio 27, 2013 3:00 am

aaaaii Lys, que comment tão fofo, brigada linda!
Sim o Michell tá sendo muito perfeito mesmo, se calhar tenho de parar de o tornar tão bom mesmo kkkk
Mas tem razão, a viagem deles vai ser de arrasar, e a partir de agora a história vai animar muito mais!
Logo logo eu posto o próximo capitulo
Obrigada por todo o apoio, mais uma vez!
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Mensagem por Jess Silver Seg maio 27, 2013 10:41 am

Capítulo 5



Prendendo la Strada!



(Fazendo-nos à estrada!)



- Tens a certeza de que não precisas de mais nada? - insistiu a minha mãe, pela milésima vez.

- Tenho. Só quero ficar descansada de que ficas bem. - respondi, abraçando-a com mais força.

- Claro que fico bem, querida. - sorriu, e beijou-me docemente no rosto, antes de se voltar para Michell. - Toma conta dela, está bem?

- Claro, Signora Rosana. Não vou deixar que nada lhe aconteça, prometo. - respondeu o meu melhor amigo, assentindo solenemente com a cabeça.

- Obrigada, querido. – murmurou a minha mãe, e também deu um abraço rápido a Michell.

Depois de se terem largado, Michell pegou nas minhas malas e dirigiu-se à saída, para as levar para o seu carro, estacionado junto à entrada, à nossa espera.

Olhei uma última vez para a minha mãe, que lutava para conter as lágrimas, e prometi-lhe, num sussurro, que iria correr tudo bem. Ela deu-me um último abraço e deixou-me finalmente ir embora. Deixei-a na cozinha e quase corri para a saída, porque sabia que se olhasse para trás, apenas por uma vez que fosse, perderia a coragem para seguir em frente com a missão que tinha imposto a mim mesma, e já era tarde de mais para o fazer.

Fechei a porta sem fazer barulho, desci os degraus do alpendre e dirigi-me ao carro de Michell. Ele já estava sentado atrás do volante, pelo que ocupei o lugar de pendura e soltei um longo suspiro quando coloquei o cinto de segurança e ele ligou o motor.

- Preparada para a viagem das nossas vidas? – perguntou, com um sorriso de incentivo.

- O melhor que posso estar. – retribuí-lhe o sorriso e liguei o rádio do carro.

Estava a tocar a “Hell of a Season” dos The Black Keys, e o sorriso aumentou no meu rosto. Não havia melhor música para iniciar uma viagem do que aquela.




Michell acelerou pela rua fora e afastámo-nos rapidamente da minha casa. Cantámos as várias músicas que passavam na rádio enquanto nos dirigíamos a casa de Antoni – que, afinal, também vinha connosco para Florença, porque não queria perder a oportunidade de fazer uma viagem romântica com Michell – e dei por mim a sentir-me muito mais animada do que pensara que fosse possível.

Mas se pensasse que esta era apenas uma viagem que faria com o meu melhor amigo e o namorado dele, e que nos íamos divertir e aproveitar para passar alguns bons momentos juntos, talvez não custasse tanto. Era a essa ideia, essa âncora de salvação, que teria de me agarrar se o reencontro com Giancarlo corresse mal e ele se revelasse uma verdadeira desilusão.

Michell apercebeu-se de que eu me estava a sentir melhor ao longo da viagem e também ficou mais animado. As músicas iam passando e os quilómetros deslizavam debaixo de nós, e não demorou a que chegássemos a casa de Antoni, que já estava à porta à nossa espera, com as suas malas à volta. Saltei do carro para fora assim que chegámos e corri para o abraçar, e Antoni beijou-me no rosto e rodopiou comigo nos seus braços antes de me largar para beijar apaixonadamente Michell, e o ajudar a guardar as malas na bagageira do carro.

- Então ouvi dizer que uma certa menina vai conhecer alguém muito importante. – brincou, tentando deixar-me à-vontade.

- É mesmo… vamos ver se corre bem. – murmurei, com um encolher de ombros.

- Antoni, vais tu a conduzir? – perguntou Michell, que começava já a regressar ao carro.

- Sim, pode ser. Gianna, podes ir no banco de trás?

- Claro, não vou ficar a segurar a vela! – respondi, e os dois trocaram um olhar apaixonado e meloso.

Entrei para o banco traseiro do Lexus e Antoni ocupou o lugar de condutor, com Michell ao seu lado. O carro voltou a entrar em andamento e seguimos pela rua fora.

- O que é que os teu pai disse sobre vires connosco? – inquiri, olhando para Antoni pelo espelho do carro.

- Não ficou muito contente, porque tínhamos um almoço com uns primos na próxima semana, mas eu disse-lhe que isso podia esperar e a ida a Florença não. – respondeu, piscando-me o olho.

- Obrigada por vires connosco. Sabes que significa muito para mim poder contar contigo.

- Eu sei, querida. E não perderia a oportunidade de ver o David de Miguel Ângelo por nada deste mundo! – exclamou, e Michell apressou-se a concordar com ele.

Sorri mais, e tive, pela primeira vez, a certeza de que esta viagem seria fantástica.


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7 horas mais tarde, eu, Michell e Antoni saímos do aeroporto central de Florença com as nossas malas e chamámos o primeiro táxi que pudemos para nos levar ao hotel onde Michell já tinha feito a nossa reserva. Não ficava muito longe dali, mas durante todo o tempo em que estivemos no táxi, apertados no banco de trás, não conseguimos desviar os olhos das paisagens por que passávamos, pelas ruas apertadas e apinhadas de gente, pelas montras das lojas à beira da estrada e pela quantidade incrível de monumentos, igrejas, edifícios importantes e estátuas que enchiam a cidade mais bela do mundo.

Eu nunca tinha vindo a Florença, mas já ouvira falar imenso da beleza desta cidade, e agora podia comprová-la com os meus próprios olhos, arregalados perante tantas maravilhas. Antoni e Michell só não se beijavam apaixonadamente porque (para além de eu estar sentada no meio dos dois), o motorista não acharia muita piada à situação, mas eu sentia a tensão amorosa entre os dois tão forte que me senti quase esmagada entre eles, e essa foi a única razão para ter desejado que o táxi chegasse mais depressa ao hotel.

Quando a viatura estacionou em frente à entrada senti que ficava sem ar, porque até mesmo o edifício era lindíssimo. Antoni agradeceu a boleia ao motorista, pagou a viagem e ajudou-me a sair do carro. Fomos buscar a nossa bagagem e entrámos no hotel, a olhar à nossa volta com espanto e assombro perante tanta beleza.

- Buon pomerggio! – cumprimentou-nos a rececionista, do outro lado de um elegante balcão de madeira escura.
Spoiler:

Avançámos até ela e depois de confirmar a nossa reserva, a bonita loura deu-nos a chave do nosso quarto e deixou-nos seguir para lá. Dirigimo-nos aos elevadores e subimos até ao terceiro piso, e avançámos pelo longo corredor até à porta da suite que nos tinha sido concedida.

- OK, vamos a isto! – anunciou Antoni, antes de abrir a porta.

Assim que entrámos deparámo-nos com uma sala inicial bastante ampla, decorada em tons de castanhos e laranjas, muito acolhedora e cativante. Suspirei de alívio e senti o sorriso a aumentar no meu rosto, e Antoni apontou para as duas portas, lado a lado na parede do fundo.

- Gia, vai lá ver qual é o quarto que tem a cama de solteiro. – pediu, enquanto ajudava Michell a trazer as malas para dentro.

Avancei para as portas e passei pela primeira, deparando-me com um quarto de casal com uma cama descomunal e muito bonita, que me deu logo uma enorme vontade de me lançar para cima dela. A cama tinha duas mesas-de-cabeceira a ladeá-la, e havia ainda dois armários de madeira no quarto, assim como uma bonita cómoda, tudo em madeira clara. A colcha da cama, o tapete e os cortinados da janela eram todos de um bonito tom de bege que condizia na perfeição para dar um ambiente romântico e confortável ao quarto.

- Este é o vosso. – anunciei, tornando a sair. – Aviso já que, se o meu não for melhor, vou querer o livro de reclamações.

Antoni e Michell riram-se e seguiram para o quarto, e ouvi-os arfar de espanto quando se depararam com aquela beleza. Sorri e deixei-os a sós para aproveitarem alguns momentos sozinhos, e segui para o meu quarto.

Era mais pequeno mas não deixava de ser tão acolhedor como o outro. A única diferença era o facto de ali haver uma cama de solteiro e não de casal, porque de resto era tudo igual. Trouxe a minha bagagem para dentro e depois deixei-me cair de costas sobre a cama, apercebendo-me de como o colchão era confortável e resistente, e fechei os olhos, permitindo-me alguns segundos de paz e relaxamento.

Que não duraram muito tempo, porque Michell e Antoni irromperam pelo quarto adentro e voltaram a trazer-me à realidade.

- O quê? Nem penses que vais dormir, Gianna! Temos de sair! – resmungou Antoni, abanando a cabeça em desacordo.

- Sair para onde? – balbuciei, confusa.

- Ora, vamos aproveitar a noite, claro! O que não falta são bares e discotecas nas redondezas, e já não falta muito para a noite cair, portanto temos de nos começar a arranjar. – disse Michell, com um sorriso entusiasmado a rasgar-lhe os lábios.

- A sério que temos de sair logo na primeira noite…?

- Sim. – disseram os dois em coro, muito convictos.

- Mas acabámos de chegar e eu ainda nem desfiz as malas e…

- Gia, não vale a pena insistires. Somos dois contra ti, portanto já perdeste. – interrompeu-me Michell, num tom confiante e provocane.

Suspirei, rendendo-me à vontade deles, e levantei-me da cama.

- Está bem, vamos lá…

- Ótimo! O último a ficar pronto paga a primeira rodada a todos! – anunciou Antoni, enquanto corria para fora do quarto.

- Assim tenho a certeza de que vou ser eu! – gritei, aborrecida, mas sem conseguir conter o sorriso que também me aflorou aos lábios.

Eles tinham razão: sair e festejar era a melhor maneira de celebrar a nossa chegada a Florença... e de me preparar para o que me aguardava no dia seguinte.

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Mensagem por Lys Seg maio 27, 2013 2:05 pm

KKKKKK, Michell/Antoni, riiii mto
Jess, você colocou o Darren Criss como o Antoni! ownn
Ele é muito liindo, né?
Ainda não desisti do Michell voltar a ser macho, kkkk #deixeeumeiludir
To tão ansiosa pela Gianna, vai ser mto massa quando ela conhecer o pai dela!
E os titios perfeitos dela, hein? Ô menina de sorte ^^
Capítulo perfeeito, fotos perfeitas, personagens perfeitos, e história perfeita!
Poste mais, assim que puder, Jess, estou mto ansiosa!
Beijos

Spoiler:
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Mensagem por Jess Silver Seg maio 27, 2013 3:33 pm

obrigadaaa pelo comment Lys, e por ser uma fã tão presente sempre!
Acho que vou repetir isso até ao fim da historia né? kkkk
querida me desculpe te desiludir e deitar abaixo teus sonhos, mas o Michell não vai virar macho men não, mas não se preocupa, a relação dele com o Antoni vai ser muitooo querida, e o que não vão faltar vão ser Machos (siiim, com M grande kkkk) na vida da Gianna , então daqui pra frente ainda mais! Wink
Siim eu escolhi o Darren Criss eu acho ele tão fofo pra fazer de Antoni! perfeição mesmo era se houvesse uma imagem dele com o Ashton Kutcher, mas não tou encontrando :c
Eu vou agorinha mesmo postar a próxima parte só porque você merece, sendo uma fã tão boazinha pra mim!

P.S: posta na tua história também pleeease que eu quero ler o resto sim? beijoo
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Mensagem por Jess Silver Seg maio 27, 2013 3:47 pm

*** AVISO ***


Esse vai ser um capítulo bem diferente dos restantes. Aconselho a que as músicas que eu sugiro sejam ouvidas porque ajuda pra entender o ambiente todo que se vai viver pelas personagens. Vai haver conteúdo sexual mais explícito e intenso.
E outro pormenor: não haverá fotos de um personagem novo que vai entrar porque quero deixar no suspense! depois no fim logo vão perceber porquê Wink

Boas leituras! XoXo





Capítulo 6



Ballare com Me?



(Danças comigo?)



Claro que Antoni sabia que eu ia ser a que mais tempo demoraria a arranjar-me para a saída, mas não fiquei aborrecida por ter de lhes pagar a primeira rodada. Eles mereciam, por deixarem tudo para trás para me acompanharem nesta viagem. E se a melhor maneira de os compensar era por lhes pagar bebidas num bar, então eu nem pensaria em reclamar com eles.

Olhei-me uma última vez ao espelho da parede do quarto quando tapei o batom e o pousei na cómoda, e o sorriso aumentou nos meus lábios.

Eu estava ótima. Tinha escolhido um dos meus conjuntos preferidos e estava pronta para arrasar. Os meus olhos desceram para os meus pés, elevados por aqueles belos sapatos de salto alto agulha, de camurça vermelha, e subiram pelas minhas pernas até chegarem ao vestido que eu estava a usar, um little black dress todo rendado e sem alças, cujo decote, em V profundo, deixaria até Michell e Antoni de olhos arregalados (eu tinha de aproveitar para usar este vestido quando estivesse suficientemente longe de ser reconhecida por algum dos conhecidos da minha mãe, porque ela se passaria da cabeça se me visse assim vestida). O vestido colava-se ao meu corpo como uma segunda pele e cintilava com cada movimento. Eu tinha juntado ao conjunto algumas pulseiras prateadas e vermelhas, um colar prateado simples e uns brincos da mesma cor, e deixara o cabelo solto, a ondular-me pelas costas. A maquilhagem também não estava muito exagerada, mas eu gostava do resultado: tinha realçado os olhos com eyeliner e sombra negra, as bochechas com blush (sem exagerar, claro) e os lábios com aquele belo batom vermelho, delicioso e sexy.

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- Gia? – chamou Michell, e a sua voz trouxe-me de volta à realidade.

Virei-me para a porta e vi o seu rosto passar de descontraído para estupefacto. «Objetivo alcançado» pensei para comigo, com um sorriso de orgulho.

- Como é que eu estou? – perguntei, girando em torno de mim própria.

Antoni entrou no quarto nesse instante, e quando me viu ficou no mesmo estado de Michell, o que me fez rir.

- Se algum dia nos tornarmos hetero… vais ter de fugir para bem longe. – riu-se Antoni, e Michell acompanhou-o.

Peguei na minha mala de ombro e saí com eles do quarto. Michell e Antoni também estavam bem arranjados para a saída, e não nos demorámos a deixar a suite e a descer nos elevadores até à entrada do prédio.

- Sabes que vais ter de nos pagar as primeiras bebidas, certo? – relembrou Antoni, piscando-me o olho.

- Sim, mas é só a primeira, não te estiques.

- Pelo tempo que demoraste devias pagar pelo menos três a cada…

- Michell, estás a ver se me levas à falência?! – resmunguei, e eles riram-se ainda mais.

Deixámos o hotel e não precisámos de apanhar nenhum táxi para seguirmos até ao bar, porque combinámos ir saltando de um para o outro ao longo da noite, sem passarmos demasiado tempo em cada um. As ruas estavam cheias de gente, e todas as luzes, cores e vozes que ecoavam à nossa volta me deixaram ainda mais entusiasmada. Florença tinha mesmo um ótimo ambiente noturno.

A primeira discoteca a que fomos ainda estava a encher, pelo que não estava muito movimentada, mas deu para aquecer a noite. Michell e Antoni seguiram logo para o bar – eles não eram propriamente os maiores adeptos de dança do mundo – mas eu ainda não estava com vontade de começar a beber, pelo que lhes dei a minha carteira e lhes disse que podiam pedir o que quisessem, porque eu ia dançar um bocado, e dirigi-me para a pista de dança.

E assim começou uma noite fabulosa.



As horas passavam e eu, Antoni e Michell nunca parávamos. Eu raramente deixava a pista de dança para ir beber com eles, mas sempre que o fazia conseguia arrastar ambos para a pista por algum tempo, e obrigá-los a dançar comigo. O mais engraçado era ver como as mulheres tentavam engatá-los, roçando-se neles e lançando-lhes olhares perversos e provocantes, sem se aperceberem de que eles estavam juntos. Eu tinha de abafar as gargalhadas de cada vez que Antoni ou Michell recusavam os convites de alguma mulher, e se voltavam um para o outro com um encolher de ombros e um revirar de olhos.

Mas a noite estava longe de acabar daquela maneira.

Quando já eram perto das duas da manhã nós entrámos naquele bar, um dos mais movimentados em que já tínhamos estado, e seguimos logo para o balcão, no outro extremo do estabelecimento. Furar a multidão para lá chegar demorou imenso tempo, porque estava realmente muita gente lá dentro, mas quando finalmente alcançámos o bar, pedimos logo a primeira rodada de vodcas e bebemo-las depois de brindarmos.

- À nossa Gianna! – disseram Antoni e Michell em coro, erguendo os seus copos no ar.

- Aos melhores amigos que eu podia ter! – respondi, e brindei com eles.

Bebemos tudo e de seguida deixei-os ao balcão e segui para o centro da discoteca. Um rapaz veio logo no meu encalço e eu comecei a dançar com ele. Nessa altura eu já estava um pouco tocada, mas sentia-me tão bem que não queria parar. O tempo foi passando, e acabei por voltar ao balcão do bar para pedir qualquer coisa que curasse a minha garganta seca. Michell e Antoni ainda lá estavam, a conversar e a beber, e sorriram-me quando cheguei. Pedi a minha bebida, devoreia-a sem hesitar e de seguida peguei na mão de Michell e fiz sinal a Antoni de que o ia levar comigo para a pista de dança. Michell ainda tentou recusar-se, dizendo que lhe doíam os pés, mas não foi capaz de me fazer a desfeita e acabou por ceder ao meu pedido.



Puxei-o para o centro da pista e coloquei os braços em redor do seu pescoço. Michell dedicou-me um sorriso provocante e puxou-me para mais perto de si, amparando-me a cintura com as duas mãos, e começámos a deixar-nos levar pelo ritmo.

*** A Casa di Arcuri *** Dancing_in_the_club_gif-3692_large

- Estás a ver se provas alguma coisa ao resto da população feminina, Gia? – perguntou-me ao ouvido, num tom malicioso.

- Estou só a ver se provoco alguma o suficiente para vir tentar dançar contigo. – ri-me, e Michell alinhou na brincadeira comigo.

Antoni via-nos do balcão do bar e abafava as gargalhadas enquanto reparava nos olhares cobiçosos que as mulheres na pista de dança lançavam a Michell. Mas foi então, quando eu estava a descer até ao chão com ele, que senti alguém tocar-me nas costas, e olhei por cima do ombro para ver de quem se tratava.

E foi aí que os meus olhos se cruzaram com os seus.

- Oh, desculpa… – gaguejei, sem parar realmente de dançar com Michell, que estava distraído e nem se apercebera do toque que eu dera ao rapaz ou que ele me dera a mim.

- Não faz mal… – murmurou, e vi como o sorriso lhe rasgava os lábios.

«Oh meu Deus…» gemeu a minha consciência, petrificada de choque a olhar para aquele deus grego à minha frente.

Ele era simplesmente lindo de mais.

Esforcei-me por continuar a respirar, mas tudo o que conseguia fazer era olhar para ele, e quando o vi dar um passo para mais perto de mim, achei que os olhos me iam saltar das órbitas.

- Hey, posso roubar-te o par por uma dança? – perguntou ele ao Michell, quando se aproximou ainda mais de mim.

E quando o fez o meu ritmo cardíaco disparou. Ele era um daqueles Pedaços de Mau Caminho que se notam à distância: alto, musculado, de ombros largos e mãos grandes e fortes, bem vestido e com um à-vontade óbvio. E foi quando Michell também reparou nele que me lembrei (como acontecia poucas vezes) das desvantagens do nosso melhor amigo ser gay, porque por pouco Michell não se babou para cima dele.

- Hmmm… sim, claro… não há problema… – gaguejou, enquanto me largava e recusava uns passos.

O homem sorriu-lhe em jeito de agradecimento e Michell deu meia-volta e desapareceu imediatamente no meio da multidão que nos cercava, e eu ainda mal tinha desviado os olhos do sítio por onde ele tinha ido embora quando senti as mãos do estranho no meu corpo. E aí voltei-me novamente de frente para ele e senti que era subitamente muito mais difícil respirar.

- Sabes… aquele toque não foi realmente involuntário… – sussurrou, piscando-me o olho.

Engoli em seco, sentindo-me a perder no mar de azul-claro que eram os seus olhos. Com o piscar intermitente e frenético das luzes da discoteca eles pareciam ter mil cores, mas quando se está tão atento como eu estava naquele momento, é fácil perceber a verdadeira tonalidade.

Os seus olhos começaram a faiscar de malícia nesse momento, e a intensidade daquele olhar pareceu atravessar-me e ferver-me o sangue nas veias. Sem pensar no que estava a fazer, e movida pelo súbito desejo que senti por ele, deixei que me puxasse mais para os seus braços e comecei realmente a dançar com ele.

- Hummm, e eu que achei que tinha sido um toque inocente… – respondi, quase a falar-lhe ao ouvido, e estremecendo por estar tão próxima dele.

Ele soltou uma gargalhada perversa e as suas mãos desceram para a minha cintura. Senti o sangue a acelerar-me nas veias, cada vez mais quente pela luxúria, e a música aumentou ainda mais de volume, quase a ensurdecer-me, mas não me importei minimamente, porque me sentia tão bem que faria tudo para não ter de sair dali.

Perdi a noção do tempo a passar, e mesmo que as músicas mudassem o misterioso (e demasiado gostoso) homem com quem eu dançava não me largava por um segundo. A tensão entre nós ia aumentando cada vez mais, e à medida que as suas mãos permaneciam mais tempo no meu corpo, e a distância entre nós ficava cada vez mais difícil de manter, senti uma irresistível vontade de o beijar, pelo que me voltei de frente para ele e…

Não cheguei a perceber de quem foi a investida. Não cheguei a saber quem tinha tomado o primeiro passo. Só soube que, assim que a boca dele se uniu à minha, o resto do universo deixou de existir. Fechei os olhos e entreguei-me ao beijo, e ele puxou-me contra o seu peito largo e musculado e esmagou os meus lábios com os seus.

«Oh sim… oh meu deus…» pensei, sem conseguir parar de o beijar, apesar de ter começado a ficar ofegante.

Enterrei-lhe os dedos no cabelo e ele baixou-me as mãos pelas costas, cada vez mais para baixo, enquanto a sua língua atacava a minha.

Então a música mudou e ele soltou-me. Assim que os seus lábios se separaram dos meus senti um arrepio a descer-me pela coluna, mas quando abri os olhos deparei-me com o sorriso dele, e senti um formigueiro debaixo da pele, a espalhar-se por cada célula do meu corpo.

Naquele momento, qualquer razão, lógica ou bom senso em mim desapareceram brutalmente.

Ele voltou a puxar o meu rosto para o seu e tornou a beijar-me, mas desta vez não parei de dançar, e começámos a descer ao ritmo da música. Quando voltámos a subir eu já não me imaginava a largá-lo nunca mais.

O tempo foi passando e os beijos dele deixavam-me cada vez mais fora de mim, até que ele me pegou na mão e a aproximou do seu peito e do seu abdómen, enquanto me sussurrava ao ouvido:

- Queres sair daqui?

Eu já não tinha capacidade para falar, pelo que apenas assenti com a cabeça e deixei que ele me puxasse para fora dali. Ainda tive uma réstia de lucidez para acenar a Antoni e Michell, indicando-lhes que ia sair da discoteca, e eles despediram-se com um aceno entusiasmado. Deixei-os ao balcão do bar e amparei-me no estranho homem até chegarmos à saída da discoteca.



A diferença brusca de temperatura em relação ao exterior fez-me arrepiar violentamente, e ele notou isso e apressou-se a passar-me o braço em volta dos ombros, abraçando-me para me aquecer. Dediquei-lhe um sorriso de agradecimento e ele beijou-me apaixonadamente na boca, enquanto me guiava para o carro preto, simples e discreto, que estava parado logo à entrada da discoteca. Abriu a porta do banco traseiro e ajudou-me a entrar, e de seguida entrou para o meu lado e tornou a fechar a porta.

- Pode seguir, Armando. – indicou ao motorista.

Pestanejei, apercebendo-me finalmente de que estava mais uma pessoa no carro connosco, mas nem tive tempo de lhe dizer nada, porque o meu acompanhante me virou o rosto de lado e tornou a cobrir-me a boca com a sua. O meu estômago revolveu-se de excitação e senti que as mãos tremiam mais do que nunca quando se dirigiram ao colarinho da sua camisa.

«Gianna, controla-te, não estás sozinha com ele!» avisou a minha consciência, mas eu ignorei-a de imediato.

Ele desceu a mão pela minha perna e puxou-a para o seu colo, e quando o fez o carro acelerou mais pela rua fora. O exterior transformou-se num negrume do qual eu não conseguia distinguir nada, e senti-me um pouco tonta, mas concentrei-me apenas na boca deliciosa dele e deixei de pensar no resto.

A viagem não durou muito tempo, e quando chegámos à entrada daquele hotel o motorista estacionou e o meu acompanhante deixou subitamente de me beijar. Passei a mão pelo cabelo, tentando compô-lo um pouco, e aceitei a mão que ele me estendeu para me ajudar a sair da viatura.

Protegi os olhos das luzes dos lampiões da rua e deixei que ele me guiasse para o interior do edifício. Não estava muito lúcida enquanto entrávamos no elevador e subíamos até ao quinto andar, porque estar ao pé dele e sentir aquele seu perfume incrivelmente forte e atraente estava a deixar-me fora de mim. Não conseguia pensar em nada além de voltar a assentar as mãos naquele corpo e…

As portas do elevador abriram-se e o homem dedicou-me outro sorriso que esbanjava confiança e provocação, deu-me a mão e puxou-me para um dos quartos, cuja porta abriu com uma chave que tirou do bolso das calças pretas. Puxou-me para dentro e ainda mal tinha voltado a fechar a porta quando me pegou ao colo e tornou a beijar-me, deixando-me envolver-lhe a cintura com as pernas.

Começou a seguir para o quarto, e quando o ouvi soltar aquela risada perversa, senti um arrepio de prazer a assolar-me o corpo inteiro.

«Oh, esta é, sem dúvida, a melhor maneira de comemorar a chegada a Florença…» pensei, e foi o último pensamento coerente antes de sentir o meu vestido a ser arrancado do meu corpo com um puxão forte e demasiado irresistível.

- A propósito… como é que te chamas? – perguntou, beijando-me no pescoço com paixão.

- Gianna… - gemi, quase sem ar para respirar.

- Hmmm… é um enorme prazer conhecer-te, Gianna… eu chamo-me Diego. – sorriu, e nesse instante caímos na cama do hotel, e eu deixei-me levar pela incosciência.

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Mensagem por Lys Seg maio 27, 2013 8:12 pm

UUUUUUUUUUUUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!
Capítulo EXTREMAMENTE QUENTE!!!!!
Gianna dando soorte, hein? Além de dançar com o Michell, ainda tá pegando o lindo do Diego.
Mas ele não é, tipo, o tio dela? Isso é meio estranho. MAS, WHAT THE HELL, DUDE, É IAN SOMERHALDER!!!
Eu preciso de mais, preciso de maiis, agora é questão de necessidade!
Capítulo ÓTIMO, nota 1.000.000.000.000.00, Não demora a postar, hein?
E sim, pretendo postar logo, ainda hoje se der tudo certo, e se a minha internet cooperar.
Beeijos, flor Wink
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Mensagem por Jess Silver Ter maio 28, 2013 9:06 am

hahahahhaha Lys, eu rachei de rir com esse comentário!
siiim, o capítulo foi bem quente, eu avisei logo no início que ia ser diferente dos restantes, e parece que não me saí mal kkkk
A Gianna tem muita sorte de ter dois melhores amigos gays QUE NÃO PARECEM GAYS e sabem dançar como os outros homens, e ainda consegue conquistar o bonzão do Diego!
Spoiler:
"agora isso é uma questão de necessidade"
aii flor adorei essa parte kkkk então não vou fazer você passar necessidade não e vou continuar postando pra você Wink
Não esquece de postar na tua história também, tou ansiosa por ler a continuação!
logo logo posto mais novidades aqui. Obrigada pelo apoio <3
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