O Monte dos Vendavais...

Bem, aqui vou eu… me sinto como se estivesse fazendo um trabalhinho de Português, daqueles de "analise seu livro preferido e depois exponha-o à turma" rrsrrsrs. Vamos ver se ficou bom…


"O Monte dos Vendavais" foi escrito pela lendária Emily Brontë há mais de dois séculos. Se, tal como eu, nunca tinha ouvido falar da senhora antes, não se sinta mal porque eu também só fui chamada à atenção para a existência do livro por o ter visto mencionado em "Lua Nova", quando Bella diz que Edward deixou a página do seu exemplar aberta. O trecho apresentado em "Lua Nova" me chamou a atenção, e depois de ter lido o resumo e algumas críticas do livro na Internet, ainda fiquei com mais vontade de o ler.
Acabei mesmo por o comprar, e para ser sincera, já o li não apenas 1 nem 2, mas 6 vezes! 6 Mesmo, porque esse livro é absolutamente fantástico e me viciou ao ponto de eu não me cansar de o ler uma e outra vez.


A história começa em 1801 (sim, é mesmo um livro de época) sob o ponto de vista de Mr. Lockhood, um simples senhor que quer se afastar da vida agitada da cidade e decide arrendar a propriedade que se chama a Herdade dos Tordos. Ora, essa herdade é do Sr. Heathcliff, (dono também do Monte dos Vendavais, a propriedade onde cresceu e vive) e como tal ele tem de entrar em contacto com o dito senhor, ficamos a conhecer "a peça" logo no início do livro.
Bem, a primeira visita de Mr. Lockhood ao Sr. Heathcliff não corre bem e o forasteiro acaba por ficar doente de cama cerca de 2 semanas, e durante esse tempo é a governanta da Herdade dos Tordos, a Srª. Nelly Dean, que vai cuidar dele, e acaba por começar a contar-lhe a história de Heathcliff e dos outros membros que ela acompanhou toda a sua vida.
Então basicamente o livro é sobre a história da família Earnshaw, focando principalmente nos filhos, Hindley e Catherine Earnshaw. Quando o pai deles, numa viagem, trás Heathcliff para se juntar à família, crescem automaticamente dois sentimentos diferentes: Hindley odeia o garoto por o achar um "intrometido" e Catherine o adora quase como a um irmão.
A história vai avançando em volta da paixão, primeiro não correspondida e depois fracassada, de Heathcliff e Catherine. O que os torna únicos é o facto de eles não serem como os outros casais normais dos romances: ela não é a mocinha doce e fraca, a precisar de proteção ou carinho; ela é forte, independente, de narizinho arrebitado e faz tudo o que bem lhe apetece, ninguém tem mão nela, e na sua vida adulta chega mesmo a ser insolente, e a ter "ataques de mau génio".
Heathcliff, por seu lado, é o vilão mais brilhantemente construído de maneira a nos fazer apaixonar por ele. Porque apesar de ele ser tão mau, cruel, egoísta e vingativo como é (tudo isso lhe foi incutido pela infância triste que levou, a ser maltratado por Hindley e pelos outros) ele também tem coração, mesmo que por vezes não pareça, porque ele ama mesmo Catherine, e quando a perde para Linton, que entretanto casa com ela, isso ainda o deixa mais furioso e sedento de vingança.
No fim, Catherine morre quando dá a luz a sua filha, Cathy, e Linton segue a mulher poucos anos depois. Aí Cathy se muda para o Monte dos Vendavais, onde fica morando com Hareton (o filho de Hindley e da mulher dele, ambos já mortos nesta altura), Joseph (o eterno criado do Monte dos Vendavais, um velho insuportavelmente rancoroso que passa todo o santo dia a rezar e a rogar pragas a tudo que se mexa) e o próprio Heathcliff.
Quando chega a hora da morte do Sr. Heathcliff, ele apenas pensa em se reunir a Catherine, em estar ao lado do seu amor eterno nem que seja na morte, e percebe que todo o ódio que guardou em vida, por todos aqueles de quem tentou se vingar, de nada valeu porque no fim ele é mortal como todos os outros, e morre sabendo que Harenton e Cathy ficarão felizes e tudo acabará bem.
O Monte dos Vendavais me conquistou, pelas paisagens deslumbrantes descritas no livro, pela construção maravilhosa de cada personagem, que nos prende a atenção e nos faz querer saber sempre mais, e pela eterna história de amor de Catherine e Heathcliff, dois amantes verdadeiramente amaldiçoados, que só se reencontram e são felizes na morte.


Se gostou da resenha leia o livro. Tem a minha palavra em como vai amar.

Jess amore, mt boa a sua resenha!
Bem, eu já li sim esse livro
Aqui no Brasil ele tem o nome de "O morro dos ventos uivantes".
Eu gostei em algumas partes da historia, e desgostei em outras..
Achei a Catherine uma babacona, que não sabe o que quer da vida... Ridículo ela dizer que ama o Hadcliff, mas não pode ficar com ele pq seria feio para ela, já que ela é uma dama e ele é pobre ' poff
E por mais que queiram passar ele de tão durão, eu simpatizei com ele.. Acho que ele tem motivos suficientes para ser tão amargo, por teer sofrido tanto na infancia, e principalmente na mão do irmão da Catherine, Hindley;
O Linton é outro bananão, mas eu não consegui sentir raiva dele, nem nd assim .. Ele simplesmente amava a Catherine, e somente, que culpa ele tinah nisso?
Por incrível que pareça, a parte que eu mais gostei foi na morte da Catherine, a cena me tocou, mas eu fiquei emfim feliz por saber que não teria mais aquela chata personagem na história..
Mas a narrativa é boa, narrada inicialmente pelo senhor Lockwood e depois pela Nelly (eu a adorei) . As palavras dificeis e o vocabulario antigo não atrapalharam de nada a minha leitura, mas tem esses porens sobre os personagens e algumas posturas deles que eu não gostei.

Mas parabens pela reesenha, Jess, ficou mt boa.