A Guerreira da Luz e das Trevas

Sinopse: E se você descobrisse que é filha do bruxo mais poderoso e temido de todos os tempos? Você quer vingança, mas acaba por descobrir que nem tudo é como você pensa.

NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 14 ANOS
Gêneros: Aventura, Comédia, Romance e Novela
Avisos: Linguagem Imprópria, Spoilers, Tortura

Olá! Tudo bem com vocês? Espero que sim. Deixem eu me apresentar. Meu nome é Vanessa Astória Riddle, tenho 11 anos, moro em Neath uma pequena cidade no distrito de Swansea, um dos principais estados do País de Gales, com minha mãe, não conheci meu pai, pois ele nos deixou antes mesmo de eu nascer, sempre tive raiva dele por isso, mas mamãe sempre o defendeu dizendo que a culpa dele ter desaparecido não havia sido dele, mas que ela sabia que ele retornaria, nunca entendi porque ela o defendia. Mal eu sabia que minha vida estaria prestes mudar, e tudo graças ao meu querido pai.

Tudo começou quando recebi uma carta endereçada a mim.

Nunca tinha recebido uma carta antes, a única amiga que eu tinha era minha prima Andressa e está morava na casa ao lado da minha, achei estranho ter o quarto onde eu dormia como referência, mais isso não motivo para eu desistir de ler a carta.

Fiquei chocada ao terminar de ler, só podia ser brincadeira de alguém, da Andressa talvez, apesar de achar que ela não faria isso comigo, fui correndo até a casa ao lado perguntar a ela se ela sabia algo sobre isso, mesmo porque também explicava como tinha meu quarto endereçado no envelope.

– Dreka – comecei a apertar a campainha sem parar – Dreka vem logo.

– Nossa – Tia Eme atendeu a porta sorrindo – posso saber onde é o incêndio? – ela perguntou rindo.

– Tenho que falar com a Dreka, ela ta né tia? – meu tom de voz suplicante a fez rir mais – pode subir, ela está no quarto.

Sorri pra ela e subi correndo, fui entrando no quarto da minha priminha linda sem bater nem nada.

– Vane – ela fingiu surpresa – você por aqui? – depois sorriu – posso saber que desespero é esse, garota?

– Isso – e mostrei a carta pra ela, ela pegou a carta e arregalou os olhos e então sorriu radiante – você já mostrou isso pra tia Márcia? – balancei a cabeça negando, porque exatamente eu mostraria uma brincadeira pra ela?

– Então venha, você tem que contar pra todos agora – ela começou a me puxar pra fora do quarto dela.

– O QUE? – parei de repente – NÃO, ta loca é ninguém, é só uma brincadeira não tem porque ninguém ver isso, eu ainda não entendi o que você quis fazer com isso, mas...

– VANE ESCUTA – ela me cortou – isso não é uma brincadeira, não fui eu que te mandei essa carta – ela já tava quase pulando de felicidade – nós vamos estudar juntas ou quase isso.

Estudar juntas ou quase isso, fiquei sem reação ao ouvir isso, se o que a carta diz é verdade então eu sou uma bruxa, e se eu vou estudar com a Dreka quer dizer que ela também é? E diabos ela não me contou esse detalhe importante sobre ela? Quando me dei por mim estava com meus tios os pais da Andressa e com minha mãe nos encarando.

– Aconteceu algo? – minha mãe perguntou estranhando a alegria da Dreka e minha expressão de descrença.

– Aconteceu algo maravilhoso – Dreka disse antes que eu pudesse abrir a boca pra falar – olhem, chegou agora pouco pra Vane – então ela estendeu a carta para que os outros três pudessem ler.

Os três me olharam orgulhosos, me abraçaram e disseram que tinham certeza de que eu receberia a carta, então a expressão no resto de minha mãe passou de orgulho para receio, pegou a carta e disse que tinha algo pra resolver, entrou em casa acompanhada dos meus tios, antes que eu pudesse pensar mais no assunto Andressa me puxou de volta para sua casa e começou a me contar tudo sobre Hogwarts, e também do quanto fora difícil não me contar tudo o que aprendera nesses dois anos lá, foi ai que eu entendi o que seria o estudar quase juntas, afinal ela estava indo pra o seu terceiro ano, e eu para o primeiro. E também era um pouco chocante descobrir que sua mãe também é uma bruxa, mesmo sem nunca tê-la visto usar magia.

Quando voltei pra casa minha mãe, meus tios e um homem estranho, alto, cabelos longos loiros quase brancos, rosto fino, bastante charmoso em minha opinião, me encarava como se pudesse ver através de mim, o que me fez me sentir um tanto quanto desconfortável.

– Então essa é a Srtª. Vanessa – o estranho falou se dirigindo a mim – é um prazer conhecê-la finalmente – finalmente? O que ele quis dizer com isso?

– Filha – ouvi minha mãe dizer – esse é Lúcio Malfoy, ele veio para conversar com você meu amor, estaremos na cozinha esperando okay? – falando isso os três, tia Eme, tio Bill e minha mãe nos deixaram, eu e o estranho Malfoy, a sós.

– Bom então vamos começar – ele disse me olhando da mesma forma penetrante de antes, depois disse, fique sabendo coisas que eu nem em sonhos seria capaz de imaginar, meu pai era um bruxo famoso e que por causa de um pivetinho, UM BEBÊ ele foi quase morto e que se não fosse por isso ele não teria fugido para que nem eu nem minha mãe víssemos o quão deplorável ele estaria, e que todos ainda consideravam esse garoto um herói, só porque sobreviveu com uma porra de uma cicatriz na testa. Tudo por causa de garoto, eu sempre odiei meu pai por ter nos abandonado, sendo que na verdade ele havia sido tirado de nós. Eu tive que crescer longe de meu próprio mundo porque eu era filha dele, porque não o aceitavam por ele ser um bruxo genial, por ele ser o mais poderoso. Até mamãe teve de sofrer por causa desse pirralho, ela abdicou da magia para me proteger, mesmo isso sendo contra os princípios dela. Isso não ia ficar assim, esse tal de Potter ia se arrepender disso.

Depois da visita do Sr. Malfoy, passei a noite toda pensando no que ele me contou, mal consegui dormir por causa disso, meu ódio por Harry Potter aumentava cada vez que eu pensava no assunto, a única coisa que me fez sorrir era que na manhã seguinte nós iríamos comprar nosso material no Beco Diagonal. Dormi tendo isso em mente.

Acordei na manhã seguinte extremamente animada, afinal não é todo dia que se descobre que se é uma bruxa não é? Decidi não pensar em coisas desagradáveis.

– MAMIS – cheguei até a cozinha pulando em seu pescoço lhe dando um abraço, ela sorriu pra mim e me serviu panquecas.

– Vejo que está animada – balancei a cabeça freneticamente pra confirmar – que bom, assim que terminar de comer vamos partir – ela sorriu e deixou a cozinha para terminar os preparativos.

Terminei de comer e fui correndo para meu quarto pra terminar de me arrumar. Não demorou muito Dreka havia se juntado a mim em meu quarto, agora contando tudo sobre o Beco Diagonal, a cada palavra eu ficava cada vez mais ansiosa para conhecer o lugar, e também seria a primeira vez que eu iria a Londres.

– Vanessa? Andressa? – ouvi tio Bill batendo na porta do meu quarto – já estamos de partida garotas, vamos logo – sua voz era grave e calma.

Era estranho ouvi-lo falar, tio William ou como eu o chamava, tio Bill sempre fora extremamente calado, raras foram às ocasiões que eu pude ouvir sua voz, mas em compensação sempre fazia o que eu e a Dreka, principalmente ela, queríamos.

– Já estamos descendo – eu disse já indo em direção a porta com a Dreka – então, como vamos ir? – perguntei ao chegarmos à sala e encontrar todos reunidos.

- Pó de Flu – disse tia Eme – é rápido e seguro para uma bruxinha como você – ela sorriu docemente – Márcia, já esta tudo pronto? – Perguntou agora se dirigindo a minha mãe.

– Tudo pronto – respondeu minha mãe – venha Dreka, venha mostrar como é simples.

Vi Dreka ir até a frente da lareira, pegar um punhado de um pó estranho e jogar na mesma e no mesmo instante um fogo verde queimava, meu coração acelerou no momento em que ele entrou na lareira no meio do fogo.

– Beco Diagonal – ela disse e foi consumida pelo fogo.

Meu choque era tão grande que nem reparei quando minha mãe surgiu me puxando para o mesmo lugar onde minha prima havia sumido, quando ia protestar pelo horror que eu estava sentido ela disse.

– Tudo o que você tem de fazer é entra no meio do fogo e fala alto e claro aonde você quer ir, se não pode parar na lareira errada – ele sorriu me incentivando.

Entrei na lareira e senti o fogo em minha pele, mas para minha surpresa não me queimou, senti apenas um leve roçar em minha pele.

– Beco Diagonal – falei o mais alto e claro que eu podia, fechei meus olhos e senti meu corpo sendo puxado, segundos depois meus pés se firmando novamente no chão.

– VANE – senti os braços de Dreka me puxando e me abraçando como se o mundo estivesse acabando. – VOCÊ CONSEGUIU – ela começou a me virar e olhar por todo meu corpo.

– O que exatamente você ‘tá procurando – fiquei encarando-a até ouvir as vozes de minha mãe e minha tia conversando, elas chegaram até nós sorrindo.

– Vamos garotas – disse tia Eme – temos muitas coisas a fazer, Vane trouxe sua lista de matérias?

– Aqui – tirei de minha bolsa parte da carta que havia recebido na manhã anterior – então aonde vamos primeiro? – Estava ansiosa e não sabia o que olhar primeiro.

– Gringotes. – Ela disse sorrindo e caminhando a minha frente.

– Gringotes? – olhei sem entender – o que exatamente é isso?

– Um banco né – senti um tapa em minha cabeça – o lugar mais seguro do mundo – ela continuou enquanto me puxava e éramos seguidas por meus tios e minha mãe rindo de nós.

Seguimos pela ruela apinhada de gente até chegarmos à frente de um prédio grande e magnífico, em minha opinião, do Beco Diagonal, uma escadaria branca leva às portas de bronze polidas. As portas são guardadas por um duende em um uniforme escalarte e dourado. Essa é a entrada para o Gringotes, que leva a um pequeno hall de entrada e a outras portas. Nessas novas portas, agora de prata, encontram-se gravadas as seguintes palavras:

Entramos no banco e demos de cara com as criaturas mais estanhas que eu já havia visto.

– O que são essas coisas? – perguntei baixinho a minha mãe.

– São duendes – ela explicou igualmente baixo – não são nada amigáveis, portanto não saia de perto de mim – e foi o que eu fiz, durante todo o caminho todo não desgrudei dela.

Chegamos até uma bancada mais alta onde havia um duende atrás de uma mesa alta.

– Vim fazer uma retirada – ouvi a voz de tio Bill.

– Também farei uma retirada – minha mãe se colocou a frente se dirigindo a esse mesmo duende.

– Identificação, por favor. – A voz o duende era estranha e alta, nem dava a impressão de ele ser tão pequeno, e claramente estava pedindo a identificação apenas para minha mãe.

Minha mãe mostrou uma pequena carta, ele a leu e falou:

– Sejam bem-vindos a Gringotes, Gramphil – ele chamou e outro duende apareceu – acompanhe os Quadros, cofre 750.

Gramphil fez uma pequena reverencia e pediu que os acompanhassem, Dreka me deu um pequeno tchauzinho e desapareceu por de trás de uma porta com seus pais e o duende.

– Fergun – outro duende chegou até onde estávamos – acompanhe a Srª Marafon e sua filha, cofre 1305. – Ele também fez uma pequena reverencia e nos chamou para acompanhá-lo.

O seguimos até a mesma porta onde Dreka havia seguido Gramphil, atravessei a porta um tanto receosa com minha mãe logo atrás de mim e o que eu vi foi um túnel escuro com uma espécie de trilho e um carrinho diferente sobre o mesmo, Fergun entrou e aguardou que entrássemos.

– Esta tudo bem – minha mãe sussurrou e me fez entrar no carrinho com ela, assim que nos acomodamos o carrinho começou a correr a uma velocidade incrível, sentia o vento contra meu rosto, nós estávamos a uma velocidade tão rápida que era impossível saber quantas curvas ou em quantos sub-tuneis entramos, a única certeza é que estávamos descendo cada vez mais. Depois de alguns segundos começamos a desacelerar até finalmente pararmos em frente a uma porta imensa, seguimos Fergun até a frente da mesma e esperamos.

Ele encostou a mão pequena de dedos longos na porta que reagiu imediatamente ao seu toque, o barulho que fez foi de milhares de portas destrancando, e finalmente se abriu revelando um tesouro imenso. Ouvi o riso de minha mãe, com certeza ria de mim, pois minha expressão era de surpresa, choque.

– Da onde surgiu tudo isso – olhava agora para ela sem acreditar que sempre tivemos uma grande fortuna escondida.

– Uma pequena herança de meus pais – ela se dirigiu sorrindo para dentro do cofre e me obriguei a andar para segui-la, fiquei observando enquanto colocava em sua bolsa varias moedas de ouro, prata e bronze, que mais tarde descobria que se trava de galeões que são as moedas de ouro que equivalem a 17 sicles, os sicles que são as moedas de prata que equivalem a 29 nuques e os nuques que são as moedas de bronze.

Depois de encher a bolsa com o suficiente, saímos do cofre onde com um simples toque na porta ela voltou a se trancar, voltamos para o carrinho e ele fez todo o percurso de volta, encontramos Dreka, tia Eme e Tio Bill na frente de Gringotes.

Peguei minha lista de materiais e dei uma ultima olhada antes de entregá-la para minha mãe decidir onde iramos primeiro:

– Vamos juntas a Madame Malkin - Roupas para todas as ocasiões para compra suas veste – mamãe disse.

– ISSO – Dreka apareceu na minha frente e começou a me puxar – eu também tenho que comprar vestes novas. Porque minha prima tinha que ser assim tão sem noção e escandalosa, além de sempre me puxar por qualquer coisa por mais idiota que seja.

– Calma Andressa – tia Eme chegou rindo até nós – nós temos tempo para fazer as compras com calma.

– Estaremos esperando vocês na Floreios e Borrões – disse tia Eme.

Dreka não deu ouvido e voltou a me puxar até estarmos dentro da loja. Minha mãe teve que correr para conseguir me deixar o dinheiro para pagar as vestes

– Hogwarts querida? – perguntou uma mulher assim que me viu La dentro.

– É CLARO – gritou Dreka antes que eu tivesse a chance de abrir a boca.

– Sabe Andressa, acho que eu posso responder sozinha – como esperado dessa demente ela simplesmente ignorou completamente o que eu disse e voltou a falar com a tal da Madame Malkin explicando como deveriam ficar MINHAS vestes.

Rindo daquela lesada a mulher pediu para que eu subisse em um pequeno banquinho onde começou a trabalhar nas vestes.

– Vai para Hogwarts? – perguntou uma garota de cabelos castanhos e muito armados que tinha acabado de entra na loja.

– É – sorri para ela tentando parecer simpática e continuei a prestar atenção na fita métrica que se movia sozinha.

– Sou Hermione Granger – no momento em que ouvi seu nome meu humor piorou consideravelmente, essa era a sabe tudo de quem Lucio Malfoy havia me falado, a amiguinha do Potter – sou da Grifinória – disse sem deixar o sorriso se afastar de seu rosto – e qual seu nome? Já sabe em que casa vai ficar?

– Pronto minha querida – Madame Malkin disse e sumiu atrás do balcão para preparar o pacote para que eu pudesse levá-las.

– Primeiro – respondi me virando novamente pra a Granger – meu nome não é algo que interesse a você – nesse momento seu sorriso foi desmanchado por minhas palavras frias – e é claro que Sonserina é a melhor opção. – Virei e me dirigi à Madame Malkin, paguei-a pelo serviço, peguei o pacote e sai de lá puxando Dreka, que por sorte também estava de saída.

– Vane, o que aconteceu – ela perguntou enquanto ainda eu ainda a puxava por aquela ruela.

– Granger – foi à única coisa que eu disse antes de para no meio das varias loja e perceber que eu não fazia idéia de onde deveria ir para encontra o resto da família. Respirei fundo e me virei para encarar Andressa – onde fica a Floreios e Borrões?

Ela sorriu e me guiou até lá, onde os três já estavam saindo com todos os nossos livros em mão.

– Que bom que já estão aqui – tia Eme falou se aproximando – vamos comprar sua varinha agora querida. – dizendo isso fez com que eu quase esquecesse meu encontro com Granger e voltei a sorrir.

Enquanto estávamos a caminho da loja de varinhas uma coruja chamou minha atenção em uma loja com o nome de Empório das Corujas.

– Mãe? – falei fazendo-a parar a meu lado – posso comprar uma coruja?

Ela sorriu e foi comigo até a loja onde fui direto à corujinha que tinha visto era um machinho filhote todo preto com alguns detalhes em branco e marrom. Dei-lhe o nome de Akamaru o que foi extremamente criticado por Dreka que disse que me faria uma relação com nomes melhores, como se algum dia eu tivesse dado ouvidos a esse ser humano que se diz minha parenta. Chegamos então a uma loja antiga que recebia o nome de Olivaras desde 382 a. C. Assim que entramos um sino na porta denunciou nossa presença.

– Bom dia – um senhor estranho saiu por de trás do balcão para nos receber – senhorita Riddle esperava ansioso por sua visita.

– Ora Olivaras pare com essa ladainha e nos veja logo a varinha – minha mãe se pôs a frente de Olivaras, este fez uma pequena reverencia mostrando em seus olhos medo.

– Como desejar minha senhora – depois olhou para mim - venha até menina – olhei desconfiada para minha mãe e ela fez sinal para fizesse o que ele pedia – estique o braço que você usa a varinha – como sou canhota estiquei meu braço esquerdo, e assim que o fiz uma fita métrica começou a me medir. Qual é, eu estava comprando uma varinha por que diabos estava sendo medida? – pare – desse ele para a fita e ela caiu enrolada no chão e saiu para trás do balcão sumindo no meio das prateleiras.

– O que foi isso? – perguntei assim que não se via mais o velho.

– Era preciso para saber qual varinha melhor se encaixa a você meu amor – tia Eme falou mexendo nas ponta de meu cabelo. Então vimos o velho voltar com algumas caixas e depositá-las em cima do balcão.

–Venha querida, teste essa, pêlo de unicórnio macho, quarenta centímetros e meio de comprimento, feita de teixo e inflexível – mal a segurei e ele tirou-a de minha mão – não, não, tente essa, Feita de carvalho, trinta e três centímetros de comprimento, meio flexível – e como antes assim que peguei na varinha e tomou-me – também não, essa, Feita de teixo e corda de coração de dragão, bastante rígida e possui trinta centímetros de comprimento – assim que a segurei senti um vento morno em meu rosto, vi minha mãe sorrir – encontramos sua varinha – disse Olivaras sorrindo, recolocou-a na caixa e me entregou, minha mãe o pagou e saímos para terminha de comprar meus matérias.

Depois de todas as compras feitas voltamos para casa onde passei o resto da tarde admirando meu material novo e esperando ansiosamente para que as férias acabassem logo para eu poder começar minhas aulas em Hogwarts.

Finalmente as férias de verão estavam terminando e faltavam dois dias para podermos embarcar para Hogwarts.

– Vane – ouvi minha mãe batendo de leve na porta e em seguida entrando em meu quarto – já esta pronta – acenei com a cabeça confirmando – então vamos, senão nos atrasaremos – ela disse apontando sua varinha para meu malão e o fez flutuar porta a fora – venha a Andressa já esta reclamando da sua demora.

Ignorei completamente o que ela disse, estava chocada demais ao ver minha mãe usando magia. Vocês podem achar normal, afinal ela também é uma bruxa, mas se você cresce achando que você, e toda sua família são “normais” é um pouco difícil se acostumar com essa “anormalidade”.

– VANESSA – Dreka foi entrando e logo em seguida me puxando para fora.

– Sabe – falei parando subitamente – eu posso ir sozinha – me soltei dela e fui aonde tio Bill nos esperava com o carro.

Depois de todos acomodados no carro seguimos em direção a Londres, por mais incrível que pareça a viagem foi silenciosa. Assim que entramos em Londres fomos para o Caldeirão Furado, outro meio de chegar até o Beco Diagonal, onde ficaríamos até o dia do embarque.

Assim que chegamos percebi que era uma espécie de bar, um tipo de estabelecimento estranho que mais tarde perguntaria a minha mãe se não havia lugar melhor para passarmos a noite. Ouvi Dreka dizendo a minha mãe que daríamos uma volta, ela gritou algo de volta, mas não pude ouvir, pois minha linda e lesada priminha já havia me levado até a frente de uma imensa parede nos fundos do lugar.

– O que exatamente estamos fazendo aqui – apontei para parede a minha frente.

– Vamos para o Beco Diagonal é claro – ela falou como se fosse óbvio – observe – é claro que já haviam me dito que se podia entrar no Beco por ali, mas eu esperava ver uma porta e não tijolos praticamente vivos depois de ver a Dreka tocar um deles.

Depois do choque momentâneo fomos visitar varias lojas, compramos algumas roupas, para a Andressa que por algum motivo vive dizendo que não tem o suficiente, e livros para mim, o que fez Dreka reclamar o tempo inteiro dizendo que tinha que pensar em me arrumar mais, não em ficar o dia inteiro com a cara nos livros. Depois de termos comprado até nosso dinheiro se esgotar Dreka reconheceu algumas de suas colegas e pediu para eu ir indo até o Caldeirão Furado que ela já me alcançava.

– Me desculpe – ouvi a voz de um garoto ao mesmo tempo em que resolvi expressar meu amor pelo chão – você esta bem?

– A claro, estou ótima, adoro ser arremessada por desconhecidos no meio da rua – reparei que apesar da grosseria ele havia estendido a mão para me ajudar a levantar.

– O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO SEU TRIDOR DO SANGUE – ouvi a voz de Andressa com mais intensidade do que geralmente, levantei rápido pra saber o que essa louca estava fazendo e só ai eu reparei no garoto à minha frente, e para minha surpresa não era apenas um, eram dois. Gêmeos ruivos idênticos.

– Ora, Ora, se não é a Quadros – um dos ruivos a minha frente se dirigiu a ela – o que faz perdida por aqui – ele deu um sorriso lindo que se não fosse a situação certamente eu teria sorrido com ele.

– Saia de perto da minha prima Weasley – Dreka falou com raiva me puxando para perto dela e das amigas que, ao que parece, vieram em meu socorro.

– Sua prima é – agora o outro havia se manifestado – interessante – falou fazendo um sorriso idêntico ao do irmão.

– É melhor vocês ficarem longe dela – Andressa falou pegando meu braço e me puxando de volta para o Caldeirão Furado – você está bem? – ela perguntou com uma cara preocupada.

– Er, sim estou, mas será que você poderia me explicar o que aconteceu lá fora? – perguntei assim que ela se livrou das amigas e entramos em nosso quarto.

– Ele é um Weasley Vane, um Traidor do sangue – olhei pra ela com cara de “Q” – bruxos puro sangue como nós que são fãs de trouxa – ela explicou logo em seguida.

– Então eles são o tipo de bruxos pelo qual não devemos ter relações – falei assim que entendi o motivo o escândalo.

Eu até podia entender esse ódio pelos trouxas, afinal eles sempre me trataram como uma aberração na escola por fazer coisas estranhas e não saber explicar como as fiz. Mas odiar um bruxo porque ele gosta de trouxas eu não entendo.

– E Vane – ela falou cautelosa – ele era um Weasley – porque ela está repetindo isso, olhei pra ela sem entender onde estava querendo chegar – sabe defensores do Potter.

Logo que ela falou isso o sobrenome veio como uma bala em minha cabeça, Weasley era o amiguinho do Potter junto com a Granger. Se ela estava tentando fazer meu mau humor aparecer, ela conseguiu com êxito. Assim que ela percebeu que eu não iria responder e na mudança de meu semblante Dreka me deixou sozinha.

O dia seguinte se passou comigo trancada no meu quarto, não queria cruzar com pessoas indesejáveis que Dreka havia descoberto estarem hospedadas ali também, realmente mamãe vai ter de encontrar um lugar melhor na próxima vez.

Então finalmente o dia do embarque no Expresso de Hogwarts havia chegado, pulei da cama cedo e encontrei Dreka no corredor, fomos juntas ao encontro de minha mãe e meus tios. Ao chegar ao carro vi que ali próximos estavam os gêmeos do outro dia, assim que me viram acenaram sorrindo, entrei no carro emburrada.

Chegamos à estação de King Cross e definitivamente não existia a plataforma 91/2.

– Então, como exatamente vamos – minha mãe riu.

– Está vendo as plataformas 9 e 10? – balancei a cabeça afirmando – a plataforma 91/2 fica entre as duas.

– Na parede? – ela riu de novo agora acompanhada da tia Eme e de Dreka.

– Vem que eu te mostro – Dreka falou me puxando de encontro para a parede, dei um grito e fiquei esperando pelo choque de olhos fechado, e ele não veio, abri os olhos bem devagar e me deparei com a plataforma 91/2 Expresso de Hogwarts bem na minha frente.

– Uau – escutei a risada de Dreka e tenho certeza que é por causa da cara que eu estava fazendo, mas não podem me culpar por isso, ela realmente se esquece de que até algumas semanas atrás eu nem imaginava que algo assim pudesse existir.

– Isso porque você não viu Hogwarts ainda – ela sorriu – vem, quero te apresentar a todos.

Nos aproximamos de um grupo onde as duas garotas do outro dia estavam também.

– Dreka – um rapaz alto, moreno e com um par de olhos verdes que dava a ele um contraste lindo em relação a sua pele bronzeada, parecia um daqueles surfistas lindos que agente vê na TV – senti sua falta – e falou e a abraçou por traz, já estava começando a sentir uma pontinha de inveja e aborrecimento por ela nunca ter me falado sobre ele até que em um segundo o lindo garoto estava no chão, sim ele literalmente havia sido arremessado por aquela retardada da Andressa.

– Já disse pra você não encostar em mim McGarden – ela se voltou para mim sorrindo como se nada tivesse acontecido – então deixe-me apresenta-los, esse aí jogado – ela apontou para lindo garoto que acabava de se levantar – é Alex McGarden, o baixinho aqui – foi a vez de ela apontar para um garoto bonito, não tanto quanto o primeiro mas bonito, ele tinha os cabelos loiro e enroladinho parecia um anjo e era um pouco mais alto que eu – é Stuart Rartter e as garotas, acho que você se lembra delas não é – eu afirmei com a cabeça – mas devido as circunstancias não pude apresenta-las direito, essa ela apontou para a garota que estava ao lado do Angel (sabe né o Stuart) ela tinha quase a altura da Dreka tinha cabelos longos que lhe davam na cintura tão negros quanto seus olhos ela meio que dava um pouco de medo – é Emily Gillever e ao lado dela esta Sophi Brooks – esta tinha uma cara de criança, seus cabelos castanhos estavam presos a uma maria chiquinha ela era baixa em comparação com as outras mas não em relação ao Angel.

Uma coisa é certa, eu sou uma negação para gravar nomes, assim que ela terminou de falar eu já não me lembrava do nome de nenhum por isso espero que eles não fiquem com raiva do modo que encontrei para identifica-los.

– E essa é Vanessa Riddle, minha linda priminha que está ingressando em Hogwarts esse ano – eu acenei para todos e senti algo na minha cintura, não foi minha culpa o que aconteceu depois, foi apenas reflexo, antes que eu percebe eu já havia jogado o podre surfista no chão, todos começaram a rir.

– OMG, desculpa, desculpa, desculpa, eu juro que foi sem querer eu... – ele riu e se levantou pegou minha mão fez uma pequena reverência e a beijou, tenho certeza que nessa hora fique extremamente vermelha.

– Você realmente é da mesma família que a Quadros – ele ficou em silêncio olhando em meus olhos, apesar da vergonha não consegui desviar olhar – taí, gostei de você.

– NÃO – só senti meu corpo sendo jogado para o lado, isso já tá virando rotina, ela tem que para com isso – você – Dreka apontou para o surfista – fique longe dela, entendeu.

Nessa hora começou uma discussão da qual eu realmente não queria fazer parte, procurei minha mãe e meus tios e fui até onde eles estavam.

– O que ouve? – perguntou minha mãe.

– A Dreka me apresentou a alguns amigos dela, e depois eles começaram a discutir, achei melhor sair dali antes que sobrasse pra mim.

Os três riram e olharam na direção onde Dreka se encontrava e a viram literalmente em cima do lindo surfista tentando espanca-lo.

– Já esta quase na hora, você deviam entrar e pegar seus lugares – tio Bill falou com calma – porque você não vai chama-la?

– Não brinca? Voltar lá enquanto a Dreka tá descontrolada desse jeito? NUNCA – ele riu e me deu um abraço.

– Então é melhor você ir entrando e eu digo pra ela ir te encontrar, ok? – eu confirmei com a cabeça e dei um beijo em seu rosto e fui para onde minha mãe estava.

– Oh meu amor – ela me abraçou já soluçando – fique bem, me escreva toda semana, preste atenção em todas as aulas, coma direito e...

– Hey mãe, calma – eu falei tentando me afastar dela – eu vou voltar, só estou indo para a escola nos veremos no natal, nas férias, não é como se eu estivesse me mudando.

– É isso mesmo Márcia – tia Eme falou me tirando dos braços de minha mãe e me abraçando – você vai amar a escola, então enquanto estiver lá aproveite pois é o único lugar onde você pode usar magia a vontade, claro até completar 17 anos.

Dei mais um abraço em minha chorosa mãe, peguei minha mochila e o Akamaru (minha coruja) entrei no trem e fui procurar uma cabine vazia para me acomodar, meu malão já havia sido despachado por minha mãe, eu realmente devia ter ido chamar a Andressa, estava me sentido completamente perdida naquele lugar, então para minha sorte encontrei uma completamente vazia, entrei acomodei a gaiola de Akamaru em um dos bancos e percebi que teria sérios problemas com para acomodar minha bagagem no compartimento acima de minha cabeça. Não que eu não tivesse força para isso, afinal era apena uma mochila, mas eu estava com tanta preguiça que a única coisa que fiz foi ficar observando o compartimento.

– Precisando de ajuda – pulei com o susto, estava tão concentrada no bagageiro que nem ouvi alguém se aproximando – desculpa, não era nossa intenção assusta-la – assim que me virei dei de cara com os mesmos ruivos idênticos da outra vez.

– Não obrigada – minha voz saiu mais cética do que eu imaginava – e mesmo que precisasse, não pediria ajuda a traidores do sangue – me senti um vaca ao falar isso, mas eles eram amigos do Potter então é como se eu fosse me arrepender.

– Oras – disse o gêmeo da direita – não seja tão fria, eu sou o Fred – ele fez um reverência.

– E eu sou George – foi a vez do gêmeo da esquerda se pronunciar, imitou o gesto do irmão, e o mais irritante era o fato de que em nenhum momento, nem depois de eu tê-los insultado eles deixaram de sorrir.

– Não é como se eu me interessasse em saber seus nomes – eles era idiotas só pode, será que eles não percebem que a presença deles simplesmente incomoda – apenas desapareçam daqui, vão arrumar o que fazer e me deixem em paz.

– Esse é o problema minha cara – disseram os dois ao mesmo tempo – não temos o que fazer.

Entendi, eles estão entediados e acharam que me atormentar faria bem a eles, realmente desprezíveis, em pensar que eu quase peguei simpatia por eles. Os dois ali parados me olhando já estava me dando desespero, porque a Dreka nunca aparece quando eu realmente preciso dela?

– E o que eu tenho a ver com o tédio de vocês, vão explodir alguma coisa – falei com raiva.

– Boa ideia, vem Fred, vamos explodir o carrinho que vendem os doces.

– Obrigado pela ideia – disse o que deveria ser o George – ficamos te devendo essa.

Eles não estão realmente pensando em explodir aquilo não é? Quer dizer seria loucura.

– Não se esqueçam de me mandar a rodinha como recordação – tenho certeza que meu sarcasmo estava carregado quando eu disse isso, mas os dois se olharam e sorriram para mim siando dali e me deixando sozinha novamente.

Depois de mais ou menos 15 minutos apareceu Andressa e sua trupe e se juntara mim naquela cabine, então finalmente o trem partiu.

Não sei ao certo quanto tempo se passou, e o lindo surfista (é eu não consigo me lembrar do nome dele) disse que deveríamos nos tocar, os garotos saíram para que eu a Dreka e as outras duas pudéssemos nos trocar e quando voltaram também já estavam prontos. Assim que nos acomodamos novamente ouvimos o barulho de uma explosão, sim isso mesmo, e eu não podia acreditar, eles realmente são mais idiotas do que eu imaginava e a pesar de serem seguidores daquele Potter não consegui conter o riso ao lembrar que quem deu a ideia tinha sido praticamente eu.

– Porque você tá rindo? – pergunto a vampira da turma.

– Nada de mais – olhei pra ela meio receosa, ela realmente me dava medo – só lembrei de uma coisa – balancei a cabeça e fixei meu olhar na janela, e me irritei comigo mesma por achar que o que eles fizeram foi engraçado.

O trem foi diminuindo sua velocidade, então senti meu coração acelerando e minha respiração falhando, logo estaria em Hogwarts e eu mal podia esperar por isso. Peguei minha mochila e um dos monitores disse para deixa a gaiola de Akamaru com ele, saímos do trem Andressa e sua trupe foram na frente, quando estava passando por uma das cabines fui puxada para dentro da mesma. Isso realmente tem que parar, porque todo mundo sempre fica me puxando e empurrando? E quando eu paro para olhar quem foi o indecente me deparo com os mesmos irritantes gêmeos de antes.

– Olá princesa – falou o da esquerda, qual era o nome deles mesmo? Não que eu pudesse identificar quem é quem, mas...

– Toma – o outro me entregou um caixa de tamanho médio com uma fita em volta formando um laço – uma pequena recordação.

Falando isso os dois sorriram e me deixaram sozinha na cabine, não podia ser, eles não teriam feito isso, mais do que depressa desmanchei o laço e abri a caixa e lá estava ela, olhando diretamente para mim a rodinha do carrinho de doces que eles explodiram antes de o trem chegar a seu destino. Olhar para aquilo me fez gargalhar, eles realmente eram idiotas e dos maiores, guardei a caixa correndo em minha mochila e corri até onde a Dreka estava, infelizmente a maldita rodinha e os dois idiotas de sorrisos idênticos não saiam da minha cabeça.

Isso me irritou profundamente.

– Alunos do primeiro ano, por aqui – disse um homem muito grande bem na minha frente ele tinha um cabelo preto enrolado e bastante armado e uma barba tão negra e armada quanto o cabelo, ele era... Estranho, e eu teria que seguir ele?

– Agora agente se separa – Dreka veio pulando em cima de mim – os alunos do primeiro ano chegam ao castelo de uma forma diferente.

– Diferente como? – eu estava ansiosa.

– Você vai ver – dizendo isso ela saiu correndo no meio da multidão.

– Boa sorte na seleção Vane, - disse o Angel – posso te chamar de Vane né? – eu confirmei com a cabeça, eu até sorriria, mas meu nervosismo não permitiu tal ato.

Segui na direção do gigante a minha frente, não me saia da cabeça que ele não devia lavar aquele cabelo a pelo menos um ano para estar naquele estado, chegamos um tipo de lago onde havia inúmeros barcos.

– Bom alunos – começou o grandão assim que todos chegamos a margem – eu sou Rúbeo Hagrid, guarda caça e guardião das terras e da chave de Hogwarts, - então esse era o meio gigante de que Lúcios havia falado, sabendo disso agora não consigo entender como não fui perceber isso antes – se dividam em grupos de quatro e entrem nos barcos.

Todos estavam meio desconfiados assim como eu, mas mesmo assim entramos, comigo havia uma de cabelos loiros que ficava o tempo todo olhando para baixo e dois garotos que não paravam de conversar. Quando estávamos todos acomodados aconteceu algo que eu realmente não esperava, os barcos começaram a se mover sozinhos, aquilo realmente me deixou maravilhada, os dois tagarelas até calaram a boca. Se só pra chegar até o castelo era assim tão deslumbrante fico imaginado o que vou encontrar por lá.

Depois de um tempo entramos em um tipo de caverna e não demorou muito para que os barcos começassem a parar em uma plataforma para todos descermos. O único caminho que havia ali era uma escadaria no qual fomos guiados pelo meio gigante até encontramos com uma... senhora, que pela roupa devia ser a professora McGonagall se a descrição da Dreka estiver certa.

– Alunos do primeiro ano – disse a professora – Eu sou Minerva McGonagall professora e vice-diretora de Hogwarts – me sigam.
Então ela saiu andando e todos nós, alunos, a seguimos. Paramos então em frente a uma enorme porta.

– Assim que adentrarmos no salão, vocês serão selecionados em casa, que são: Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Suas casas serão como suas famílias, durantes as atividades vocês podem receber ou perder pontos para sua casa e no final do ano a casa com maior pontuação leva a taça das casas. Agora esperem aqui um momento.

Dizendo isso a professora se foi, a Andressa já tinha me explicado o negócio da taça das casas, mas não consigo para de pensar no que pode acontecer se eu não for para a Sonserina, quer dizer minha mãe e meus tios disseram que tem certeza que é a casa que eu vou ficar que é a mesma em que eles e meu pai ficaram em seu tempo em Hogwarts e ainda tinha a Dreka, e também só de pensar em ir para a Grifinória e me deixava nauseante.

– Formem duas filas – a professora tinha voltado, assim que formamos as filas as portas para o salão se abriram, ela foi à frente adentrando no salão, me obriguei a andar, meu coração batia rápido, e eu não conseguia parar de tremer.

– VANEEEEEEEEEE – ouvi um grito vindo de uma das mesas da minha esquerda e não pude acreditar que ela ia me fazer passar vergonha antes mesmo de o ano realmente começar, senhor, finge que não viu, finge que não viu fin... – VAAAAAANEEE – tentei olhar discretamente em sua direção, mas um par de cabelos ruivos cruzou minha visão, isso só podia ser mentira, eu realmente vou matá-la de forma bem lenta. Olhei para ela com um olhar ameaçador e no mesmo instante ela caiu sentada e parou de gritar, olhando para mim surpresa. Depois tenho que perguntar a ela sobre isso. Paramos em frente a banquinho com um chapéu velho em cima, e aquele deveria ser o famoso chapéu seletor.

Então um rasgo se abriu no chapéu formando uma boca e ele começou a cantar, tinha mais essa agora escutar um chapéu cantando. Comecei a prestar atenção nos professores por traz da mesa que estava bem a frente, o meio gigante estava ali também, aquele cabelo realmente me incomodava, tanto que quando dei por mim a professora já estava dizendo que ia chamar nossos nomes para sermos selecionados.

– Abigail Strill – era a loira que estava comigo no barco, ela foi até o banquinho e nem por um segundo deixou de olhar para o chão – Corvinal. – então ela sorriu discretamente e foi até a mesa que estava aplaudindo a recém-chegada.

– Asmita Neet, Sonserina.

– Andrew Martin, Lufa-Lufa.

– Brix Jail, Sonserina.

– Bartie Agreef, Grifinória.

– Ginevra Weasley, Grifinória.

E esse foram os únicos que eu me lembro de ter escutado até ouvir meu nome.

– Vanessa Riddle – era agora, fui em direção ao banquinho e quando me virei sentada me arrependi de estar com os olhos abertos, todo o salão me encarava, me concentrei na porta pela qual entramos se não teria um colapso com certeza, não nasci para ser o centro das atenções. Então eu senti a professora colocando o chapéu em minha cabeça o que fez com que cobrisse até meus olhos, por um lado fiquei aliviada de não ver mais toda aquela gente me olhando, mas por outro, o susto de ouvi-lo falar dentro da minha cabeça foi tão grande que nem tive forças pra gritar.

“Se acalme garota”– disse a voz na minha cabeça – “eu sou o chapéu seletor, não precisa ter medo” – apesar de estranho isso me acalmou – “hum vejamos, você tem uma mente muito confusa minha criança” – não me diga, realmente não preciso de um chapéu para me dizer isso – “mas tem um gênio forte, e uma inteligência fora do comum também” – outra coisa que eu já sei gênio, não é como se você precisasse me falar isso – “um tanto arrogante também, já sei onde vou colocá-la” SONSERINA – dessa vez ele falou para que todos no salão ouvissem, a Minerva tirou o chapéu de minha cabeça e eu fui até a mesa quase correndo e extremamente aliviada além de gritos constantes daquela idiota.

– EU SABIA – ela gritava – TA NO SANGUE – realmente não tem como entender um ser assim, e já estavam todos da mesa rindo de nós, ela vai acabar com a minha moral antes mesmo de eu conseguir alguma.

Então o diretor se levantou e começou a fazer um discurso. No qual eu não prestei atenção.

– Que se inicie o banquete – disse o diretor no final do discurso e do nada vários tipos de comida apareceram em nossa frente, era tanta coisa, eu estava no paraíso só pode.

– Será que você consegue? – olhei para a Dreka tentando entender a pergunta – Aposto que você desiste em meia hora.

– Isso é um desafio – ela só podia estar brincando aquilo para mim era o paraíso enquanto tivesse algo sobre aquela mesa eu não pararia – você realmente tá apostando comida comigo? – ela riu. Ela sabe que eu como bastante, mais ela nunca me deu tempo de mostrar a ela meu limite.

– Se você desistir em meia hora...

Ela deixou a frase no ar, com certeza o que quer que ela esteja pensando será para acabar com minha vida social aqui dentro.

– Eu não vou desistir – falei firme – e o que eu ganho se passar do tempo – sorri da forma mais cruel que consegui o que a fez encolher um pouco, ela realmente estava com medo de mim?

– O que vocês estão fazendo? – perguntou a Vampira.

– Quem aqui tem um relógio? – disse Dreka a ignorando, não acho que seria uma boa ignora-la, já disse que ela me da medo?

– Eu tenho – disse o lindo Surfista – por quê?

– Assim que a Vane começar a comer marque meia hora e quando der o tempo avise. Você não pode dizer até o tempo estar esgotado entendeu? – ele confirmou com a cabeça.

– E eu posso saber o porquê? – perguntou mais uma vez o Surfista.

– Apenas uma aposta...

E mais uma vez ela deixou a frase no ar, e assim que eu coloquei o primeiro doce na boca quase tive um treco, nunca tinha comido algo tão bom, a mamis que me desculpe mais a comida aqui é simplesmente fantásticas não me importei mais com os outros em volta, era eu e a comida, quanto mais eu comia, mais aparecia coisas na minha frente a magica ali não deixava que os pratos se esvaziassem, eu realmente estava no paraíso. Quando olhei para o lado o Angel me olhava assustado.

– Aconteceu algo Angel? – falei assim que terminei de engolir um pedaço de frango enquanto me servia de mais.

– Angel? – e falou confuso, isso deve tê-lo feito esquecer o que ele estava prestes a dizer.

– Er... É... Assim... – como eu ia explicar pra ele que eu não lembra o nome dele?

– Ela não lembra seu nome – ANDRESSA VADIA, como assim ela fala isso alto – ela sempre faz isso, arruma apelidos estranhos para todos porque ela simplesmente não lembra mais o nome de vocês – vou realmente mata-la.

– Sério? – o Surfista perguntou surpreso e eu confirmei com a cabeça envergonhada – e como exatamente você identifica agente? – ele perguntou curioso.

Porque ele tinha que perguntar isso? Já foi vergonhoso demais ter deixado o Angel ter me ouvido chama-lo assim e agora isso, Andressa já estava as gargalhadas, ela sabia como eu era e sabia que alguém ali não ia gostar disso.

– Bom o Stuart é o Angel – disse Dreka ainda rindo – o Alex é quem? – ela disse apontando para o garoto.

– O Surfista – alto o suficiente para que só eles escutassem.

– E a Sophi?

– Lollipop, ela parece uma criança e me lembra um clipe. [n/a: para quem não conhece é o clipe da musica Lollipop do Mika]

– E a Emily?

– Vampira. – isso me rendeu um olhar estranho da mesma, o que fez com que a Dreka risse cada vez mais.

– E EU? – ela perguntou toda sorridente.

– A lesada – dessa vez disse alto e em bom tom, arrancando riso de todos que estava por perto e deixando Dreka como cara de idiota.

– Sua vaca, como ousa falar assim de sua prima mais velha.

– Você é a única prima que eu tenho, e não é como se eu me importasse – dizendo isso e ignorando essa idiota voltei a me concentrar em minha comida, aquilo estava realmente bom e assim eu não precisaria encarar todos depois da vergonha dos apelidos.

– ALEX – ouvi a Dreka gritar – porque você não está de olho no tempo como eu te mandei.

– Foi mal, foi mal – ele olhou e riu – cara já passou mais meia hora do tempo estipulado.

– O QUE? E COMO ASSIM VOCÊ NÃO ME AVISA – se não fosse a Vampira a Dreka tinha realmente se jogado em cima do Surfista para tentar espanca-lo – E VOCÊ – ela apontou para mim – COMO PODE ESTAR COMENDO AINDA?

Assim que ela gritou o salão ficou silencioso, todos olharam em nossa direção, acho que esse ano não será tão bom quanto eu previa.

– Isso tudo porque você perdeu a aposta? – perguntei tentando ignorar o fatos de estar sendo encarada.

– ISSO É IMPOSSÍVEL, AINDA PODE CABER ALGUMA COISA AÍ – levantei bem devagar até ficar na altura da cabeça daquela idiota, que estava de pé e debruçada sobre a mesa para poder já que eu estava de frente para ela.

E delicadamente fiz ela se sentar novamente. Foi até simples, lhe acertei um soco na cabeça e disse também delicadamente:

– SENTA NESSA PORRA DE BANCO E CALA A BOCA – ela me olhou assustada enquanto o salão todo começou a rir – E ESSE BANDO DE ALIENÍGENA TA OLHANDO O QUE? – agora o salão todo me olhava surpreso.

–ALIENÍGENA – Dreka começou a gargalhar e foi ai que eu percebi o que eu tinha feito, sentei abaixei minha cabeça e apesar da vergonha não tive como não rir, eu não precisei nem daquela idiota para me fazer passar vergonha, eu mesma acabei com minha moral antes de conquistá-la.

Depois do jantar o monitor da nossa casa nos acompanhou até a mesma, e ai havia me separado da Dreka e dos outros mais uma vez.

– Ninho de Cobra – ele disse olhando para uma parede e então a mesma se abriu e ele nos conduziu até um tipo sala – Aqui – ele disse dessa vez nos olhando – os quartos femininos ficam a esquerda e os masculinos a direita, seus pertences já estão em seus respectivos quartos, aqui – ele apontou ao redor mostrando a sala – é o salão comunal da nossa casa, onde você podem usufruir em qualquer horário, tanto para estudar como para passar o tempo.

Subi correndo para o quarto assim que fomos liberados, meus pertences estavam em cima da cama que ficava na janela e no beiral da mesma estava a gaiola com o Akamaru, sentei na cabeceira da cama e fiz carinho na cabecinha de Akamaru, ele continuou ali paradinho, então abri o malão, peguei uma roupa mais leve e confortável e fui tomar um banho. Assim que terminei, apesar do cansaço, não sentia nem um pingo de sono, então desci até o salão comunal, poderia encontrar algum dos garotos lá.

– Vanessa Riddle – falou um dos garotos que também fora selecionado ainda essa noite comigo, ele tinha cabelos loiros que iam além de sua cintura, a pele pálida e olhos de um azul profundo. – sou Asmita Neet e esse – ele apontou para um garoto de cabelos castanho e curto um tanto quanto arrepiado e a pele pouco mais escura que o outro – é Dohko Merch.

Senhor porque comigo, não coloque tantos homens lindos assim juntos na minha frente, primeiro o Surfista, depois o Angel e agora esses dois. Pera aí, que tipo de pensamentos são esse, garota você só tem 11 anos não devia pensar esse tipo de coisa.

– É um prazer – falei fazendo todo o esforço que eu consegui no momento.

Fiquei surpresa quando descobri o quanto nos dávamos bem, ficamos conversando por horas além de que por algum motivo do além eu ainda lembro o nome deles, pelo menos eu acho. Eles me perguntaram sobre o que aconteceu no jantar me deixando morrendo de vergonha e rindo pelo que eu havia feito.

Descobri que Dohko e Asmita adoravam astrologia, assim como o meu signo e o de Dohko era o mesmo, Libra, e o signo de Asmita, Virgem, rendeu muitas piadas vindas de Dohko que por alguma razão desconhecida tinha uma ficção por saber o signo de todos.

– O papo tá ótimo, mas meu sono está maior – falei rindo – boa noite para vocês – falei e fui em direção as escadas.

– Boa noite Vane – os dois disseram ao mesmo tempo e começaram a rir. Dois tapados, porque eu não podia conhecer pessoas normais?

– Agente te espera aqui pro café da manhã o.k.? – Dohko disse falou um pouco mais alto para eu pudesse escutar já que eu já estava no topo da escada.

– OK – gritei de lá de cima, entrei no quarto e me joguei na cama, tinha esquecido completamente que tinha que falar com a Dreka, bom acho que eu posso deixar isso para amanhã, afinal é amanhã que as coisas realmente começam.