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Le Seigneur de Mon Âme

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Mensagem por JuhSalvatore Sex Set 21, 2012 5:37 pm

Capítulo 1 - Mademoiselle le prostituée
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Pisei fortemente nos ladrilhos da calçada da linda casa de arquitetura alemã que papai comprara após separar-se de minha mãe. Olhei para um lado, depois para o outro, e fixei novamente os olhos na casa. Por que eu estava lá mesmo?
- Mademoiselle Lefrant? Você esqueceu suas malas no carro.
- Não esqueci não, Mores, estou pensando se dou-me ao trabalho de tirá-las do carro ou se entro nele novamente e volto para a casa de minha mãe.
- Receio não ser possível, Mademoiselle. Sua mãe realmente quer que eu...
- É, eu sei disso tudo, Mores. Acha que ela já não me explicou? Ela quer que eu "conviva mais com meu pai, pois uma garota francesa que se preste precisa conviver com ambos pais, para saber como lidar com todas as situações que a vida a exibirá". Pura enrolação! A verdade é que ela só quer mais tempo para ficar transando com o namoradinho novo dela, aquele imundo.
- Oh, querida. - disse-me Mademoiselle Terie, minha governanta de anos. - Uma garota francesa decente não pode falar esse tipo de asneira! Sua mãe ama você, e ela é uma dame de luxe, você bem sabe! Não se trata sua própria progenitora assim!
- Ela é uma prostituée, uma prostituta, é isso que ela é. - disse, deixando a todos de queixo caído. - Agora dê-me cá essas malas de uma vez, Mores, para eu entrar nesse inferno e poder começar logo com o teatrinho do "Estou maravilhosamente bem e feliz, merci.". Quem sabe assim ele acabe logo e eu possa voltar para a minha vida de uma vez.
Juntei minhas malas, que naquele momento estavam nas mãos de Mores, e ao chegar em frente à porta da casa, virei-me e acenei para Mores e Terie.
- Adeus, Monsieur Mores! Adeus, Mademoiselle Terie! Mandem lembranças para Mademoiselle le prostituée. - disse eu, e então entrei em casa, ao som dos protestos e dos pedidos de educação de Mademoiselle Terie.
Ao que parecia, ela não gostava quando eu chamava a minha mãe de prostituta. Não me importa, eu sei que é verdade.
Subi as escadas pela terceira vez, carregando minhas últimas duas malas para o meu quarto. Ao que parecia, Pierre, meu pai, devia estar ocupado demais com sua nova esposa e seu novo filho para se preocupar com a minha chegada.
Haviam dois anos, meus pais se separaram, pois meu pai estava tendo um caso com essa moça loira de New Jersey. Minha mãe permaneceu na nossa antiga casa, e meu pai mudou-se para uma casa em estilo alemão no interior francês, que eu nem sabia existir. Durante esses dois anos, minha mãe arrumara doze namorados, e eu podia dizer, na ponta da língua, os nomes e profissões de todos eles em ordem cronológica. Enquanto isso, morando no fim de mundo, meu pai juntou-se com a tal Agatha, que tinha um filho chamado Nicholas, da minha idade.
Fazem seis meses, eu descobri que, desde a época da separação dos meus pais, minha mãe vem mantendo um caso Monsieur Ronald - e mesmo assim, arranjando doze namorados, simultâneos a ele e que, por coincidência, eram todos ricos - e, três meses depois, descobri que eles resolveram ser uma boa ideia que Ronald fosse morar na minha casa. Desde o dia em que ele levara suas coisas para a nossa casa, eu mal podia levantar-me para tomar um copo da água sem ouvir os gemidos daqueles dois.
E então, um dia, minha melhor amiga havia ido dormir lá em casa, e, às duas horas da manhã, ao levantar-se para tomar água, pegou os dois transando em cima da mesa da cozinha. Depois daquilo, ela não falara mais comigo.
Foi por causa desse fato que eu briguei com a minha mãe, e foi por causa desse fato - encoberto, é claro, por mentiras e desvios de conversa - que eu fui mandada para morar com Monsieur Pierre e sua família.
Como podem ter percebido até agora, eu sou a única do grupo de pessoas a quem eu deveria chamar de família que não é prostituta, sem vergonha ou sem caráter.
Realmente, devo ter sido adotada.
Joguei-me na cama, olhando ao redor. Bom, pelo menos meu pai havia acertado na decoração do quarto. As paredes eram todas pêssego, as cortinas laranjas. Não havia guarda-roupas, mas havia uma porta branca discreta que levava ao closet, onde sobrava espaço para todas as minhas roupas e sapatos.
Além disso, apesar do teor clássico da decoração do ambiente - que aliás, era de muito bom gosto e o tornava ligeiramente familiar e extremamente acolhedor - haviam ainda uma televisão plasma, um computador novinho em folha e de última geração e um par de caixinhas de som para a reprodução das músicas do meu celular.
Talvez não fosse tão ruim viver ali, naquela casa. Quem sabe eu até pudesse fingir, por mais um ano, que aceitava aquela família. E então, quando eu fizesse dezoito anos, poderia juntar minhas tralhas e ir morar em um apartamento meu, de frente para a torre Eifell, que eu compraria com o dinheiro que obriguei minha mãe a guardar mensalmente em uma poupança para mim.
Afinal, como prostituta, ela ganhava dinheiro suficiente para manter minha pensão intocada.
Ouvi vozes no andar de baixo, e então uma voz tão conhecida, e ao mesmo tempo, não estranha, ecoou pelos meus ouvidos e, se não fossem as circunstâncias, poderia ter enchido meu mundo de alegria.
- Genevieve, você já chegou?
Desci as escadas lentamente, esperando chegar no hall de entrada e encontrar nele apenas meu pai. Não queria ser obrigada a encarar Agatha e fingir não ter vontade de cuspir na sua cara.
- Olá, papai. - disse, cumprimentando-o de longe.
Ele aproximou-se e me abraçou fortemente, e eu inalei o perfume doce e, ao mesmo tempo, amadeirado, de meu pai. Por um minuto, cheguei a esquecer de tudo o que ele me fizera e apenas agradeci aos céus por poder estar, novamente, aninhada nos braços de meu pai.
Só Deus sabe o quanto, apesar de tudo, senti falta daquele abraço.
- Eu imaginei que tivesse entrado. Quer dizer que sua mãe recebeu as chaves da casa a tempo de sua viagem?
- Claro, papai! As entregas de correspondência andam cada vez mais rápidas na França. É assustador.
- Com certeza.
- Pierre - disse uma voz melodiosa, entoando da cozinha. - a Gen já chegou?
- Já sim, querida.
Ele me puxou pela mão até a cozinha. Ao entrar no ambiente, vi aquela cena típica de filmes. A doce dona de casa preparava o jantar, absorta nos seus afazeres.
- Querida, quero que conheça a sua madrasta, Agatha. Aggy, essa é a Genevieve.
Eu sorri para aquela moça tão gentil que me estendia os braços e, por um instante, deixei-me levar pelo impulso e joguei-me naquele abraço. Ela era, com certeza, muito mais "mãe" que minha própria mãe fora algum dia.
Se ela fosse realmente assim em tempo integral, era completamente compreensível o motivo pelo qual meu pai traíra minha mãe com ela.
- Seja bem vinda ao seu novo lar, doce Genevieve. Ao nosso lar. Espero que goste daqui, pois todos estamos muito felizes por te receber aqui.
- Todos menos eu. - disse uma voz masculina rouca, mas eu ouvi o tom de brincadeira na mesma.
Virei-me para a porta e deparei-me com o Deus Grego verdadeiro, uma obra prima digna de Michelangelo, parado diante de mim.
- Prazer, Mademoiselle Lefrant. Meu nome é Nicholas, mas pode me chamar de Nick.


~~*~~


Buenas galere, essa é mais uma de minhas shorts divididas em vários posts.
aí é que tá... eu ainda não sei bem se essa short não vai se transformar em um livro, por que eu sou muito enrolada e não sei resumir. além disso, eu me empolgo demais. maaaas a princípio, é para ser uma short. caso eu mude de ideia, podem ficar tranquilos que eu aviso previamente sobre uma possível mudança de categoria.
beijoos, espero que gostem.

PS.: post não revisado. se virem erros de português - ou francês, kk' - me avisem que eu ajeito, okay?


Última edição por JuhSalvatore em Seg Set 24, 2012 10:47 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Set 24, 2012 7:06 pm

Eu acho que vou postar mais, já que ninguém comentou...
queria as opiniões antes de mais, mas né... deixa pra lá Smile)))
daqui a pouco tem outro cap.
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Set 24, 2012 10:42 pm

Capítulo 2 - Nicholas
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Olhei para aquele belo rapaz... alguém tinha me dito que ele tinha a minha idade, ou não? Esse rapaz era mais velho que eu, muito mais maduro, e definitivamente, a criatura mais linda que eu já havia visto.
- Olá, Monsieur Roday... é um prazer enorme conhecê-lo.
- O prazer é todo meu, Mademoiselle Lefrant. - disse ele, beijando minha mão. - Mas, por favor, me chame de Nick, Monsieur Roday me parece um tanto...
- Antiquado? - chutei.
- Eu ia dizer "francês", mas pode chamar de antiquado, se quiser.
Eu ri, e parece que ele achou minha risada engraçada, pois riu junto a mim.
- Um tanto francês... nunca tinha pensado nisso. E pode me chamar de Gen. Não quero ser conhecida como Mademoiselle Lefrant pelo meu próprio meio-irmão.
Doeu no meu coração pensar que aquele Deus Grego era meu meio-irmão. Como diriam os americanos como Nicholas: Ow shit!
As feições dele se contorceram em uma careta mas, tão rápido quanto fez-se a mesma, desfez-se. E ele estava novamente encantador, como se nada tivesse acontecido. Por um segundo, minha mente entrou em devaneios, e eu cheguei a pensar que ele também lamentasse pelo parentesco arranjado.
Quem sabe fosse apenas coisa da minha cabeça, afinal. Lá no fundo, eu queria que não fosse.

~~*~~

- Obrigada por ajudar nos pratos, Genevieve.
- De nada, Lady Roday!
- Pode me chamar de Agatha, ou Aggy, querida.
Eu agradeci e me afastei. Quando chegava na porta, virei-me.
- Agatha... Aggy... posso te dizer uma coisa?
- Claro, querida, o que quiser.
- Faz uma semana que eu estou nessa casa e... bem, quando cheguei aqui, pensei que não fosse gostar dessa casa, pensei que você fosse apenas outra dessas mulheres promiscuas e... eu fico feliz por ter me enganado.
- Obrigada por ser tão sincera comigo, Gen. Depois de uma semana, eu sei que você é a filha que eu nunca tive.
Ela sorriu, e eu sorri de volta. Então virei-me e dei de cara no peito de Nick.
Cara, eu tinha uma mania muito chata de ficar topando com o peitoral dele constantemente.
- Desculpa, Nick. - disse, envergonhada, olhando para o chão.
- Não foi nada. - disse ele. Então se aproximou do meu ouvido. - Eu gostei. - sussurrou ele.
Tremi e, sem saber que resposta dar, apenas o contornei e subi as escadas, em direção ao meu quarto.
Deus, que vergonha! Aquele cara, aquela perfeição... Fazia uma semana que eu morava naquela casa e mal tínhamos nos falado! Eu sabia o nome dele. Somente o nome dele. O nome, e é claro, o nível de beleza mega alterado no corpo dele.
Bateram na porta. Eu estava jogada na minha cama, com o notebook no meu colo, postando um texto no meu blog. Ao ouvir as batidas, levei um susto.
- Vous pouvez entrer!
- O que?
- Pode entrar! - repeti. Sempre esqueço de onde estou, de quem está dividindo a casa comigo.
- Avec votre permission...
- Fala francês?
- Não, só "com sua permissão". - disse ele, rindo docemente.
Era a risada mais bonita que eu já ouvira.
- Posso? - pediu, apontando para a cama, na extremidade contrária à qual me encontrava.
Gesticulei positivamente com a cabeça. Ele sentou-se na mesma e jogou-se para trás, encostando as costas na parede. Passaram-se dois minutos sem que fosse dita uma palavra.
- Então... - estimulei-o.
- Então... mamãe... Agatha... disse que eu tinha que te conhecer melhor... não que eu não o quisesse fazer antes, mas ia te perturbar um pouco mais antes disso.
- Você não me perturba! - contornei.
Ele riu, e me olhou com cara de malícia.
Par Dieu, eu estava ferrada.
- Não perturbo, é? - disse ele, aproximando-se de mim, lentamente, quase rastejando por sobre a cama, como se tentasse tirar todo o resto de sanidade que ainda existia em meu ser. - E o que foi aquilo antes, quando eu esbarrei em você? - disse ele, olhando, de perto, nos meus olhos.
Eu tremi. Ele tinha um poder de comando em mim. Me deixava louca.
Nicholas aproximou-se ainda mais, e sua voz tornou-se um sussurro em meu ouvido. Podia sentir o bafo de menta batendo no meu pescoço, sua respiração arrepiando os pelos de minha nuca.
- E essa sua reação agora? Vai dizer que eu não te perturbo nem um pouquinho? - sussurrou ele.
Meu corpo amoleceu, mas eu tentei manter-me forte.
- Você não me perturba. - disse eu, mas minha voz saiu um sussurro rouco. Quase não tinha força para agir contra aquilo.
- É, eu perturbo! - disse ele, se afastando, como se nada tivesse acontecido.
Effrontée! Como ele pode fazer algo desse gênero?
- Enfim... como eu dizia, Agatha quer que nos conheçamos melhor, como irmãos. Tentei deixar claro para ela que você não é minha irmã, mas mesmo assim, ela não ligou.
- E por que você quer deixar claro que não somos irmãos? Na verdade, somos meio-irmãos mesmo.
- Eu tenho meus motivos. - ele respondeu, enquanto arremessava ao ar uma bolinha de borracha azul e a pegava na queda. - Então, vamos lá! Ao conhecimento.
O olhei, confusa. Que tipo de perfeição bipolar era aquela?


Última edição por JuhSalvatore em Dom Set 30, 2012 3:41 pm, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Eternal Ter Set 25, 2012 8:42 am

Várias coisas negativas eu vi, e elas impediram a minha entrada na história para poder realmente ver as positivas. Eh, vamos analisar isso aqui:
Antes de tudo temos a enorme falta de narração (isso é em quase todas as fics daqui, né?) e a falta de descrição dos próprios personagens. Com essa falta de base para tudo acabei imaginando a protagonista como a Selena Gomez do seu avatar.

Ainda temos uma boa quantidade de repetição de palavras e como já comentei em outra fic, não pular de parágrafo em parágrafo e mesmo a falta de um espaço na entrada de um novo personagem que apresenta um novo diálogo, acaba ficando maçante.

Uma coisa que eu percebi é que você narra muito, mas muito bem mesmo. Mas a falta de estruturação absurda da fic destrói qualquer potencial que ela possa ter para conseguir ''encaixar'' trechos tão bem escritos como alguns que temos aqui.

Quem sabe fosse apenas coisa da minha cabeça, afinal. Lá no fundo, eu queria que não fosse.

- Obrigada por ajudar nos pratos, Genevieve.
Isso é um pouco engraçado: com tantos já acostumados a não ter espaços antes de diálogos você não se preocupa mais em colocar qualquer sinal que o ambiente foi mudado, não faça isso. Se quiser fazer algo brusco dessa forma sem nenhuma narração pode usar ''-x-'' para a mudança de lugares, ações ou outras coisas do gênero, algo bem comum. Mas a melhor saída sempre será uma boa narração e estruturação.

Fora os já citados acima... Não temos personagens carismáticos, o capítulo foi pequeno, resultando em algo inútil que complementado colaboraria muito mais para a história do que basicamente dois futuros amantes tendo um diálogo. Em si a história não é nada demais, mas só você poderá construí-la. Mas eu me animo porque parece... Que vai ter incesto ideia

Acompanhando.
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Mensagem por JuhSalvatore Ter Set 25, 2012 8:47 pm

Bueeenas, vamos por parte aqui.
Primeiramente, queria agradecer pelo seu comentário tão sincero. Realmente, é o primeiro comentário que eu recebo que realmente aponta meus defeitos, e isso é mágico, por que finalmente eu descobri as coisas que estavam faltando nas minhas histórias e, graças a isso, elas com certeza vão melhorar.
enfim, muito obrigada mesmo pelas críticas! é mto importante pra mim *-*

Várias coisas negativas eu vi, e elas impediram a minha entrada na história para poder realmente ver as positivas. Eh, vamos analisar isso aqui:
Antes de tudo temos a enorme falta de narração (isso é em quase todas as fics daqui, né?) e a falta de descrição dos próprios personagens. Com essa falta de base para tudo acabei imaginando a protagonista como a Selena Gomez do seu avatar.

Na verdade, eu tenho o costume de descrever meus personagens, como você pode ver em várias outras fics minhas. nesse caso, eu preferi deixar um pouco da imaginação de cada um mesmo, para ver o que vocês achavam. Maaas, como vi que você, como deve acontecer com tantos outros, prefere a descrição, posso providenciar isso para a próxima one, sem problemas Smile

Ainda temos uma boa quantidade de repetição de palavras e como já comentei em outra fic, não pular de parágrafo em parágrafo e mesmo a falta de um espaço na entrada de um novo personagem que apresenta um novo diálogo, acaba ficando maçante.
eu não tinha reparado nisso, mas relendo aqui, realmente há essa repetição de palavras. entãaaaao, partindo desse princípio, prometo me vigiar mais, porque as vezes acontece né...
quanto à divisão de parágrafos em espaços, eu fazia isso em outras fics minhas, mas o pessoal tinha dito que era melhor que eu não o fizesse, então eu parei... agora não sei mais se ponho ou não. =PPP

Uma coisa que eu percebi é que você narra muito, mas muito bem mesmo.
Comecemos pelo elogio: MUUUITO OBRIGADA MESMO! Smile) fico feliz por vc gostar.

Mas a falta de estruturação absurda da fic destrói qualquer potencial que ela possa ter para conseguir ''encaixar'' trechos tão bem escritos como alguns que temos aqui.
E eu só espero saber como estruturar melhor, por que quanto mais bem estruturado, melhor para meus leitores lindos Smile))

Isso é um pouco engraçado: com tantos já acostumados a não ter espaços antes de diálogos você não se preocupa mais em colocar qualquer sinal que o ambiente foi mudado, não faça isso. Se quiser fazer algo brusco dessa forma sem nenhuma narração pode usar ''-x-'' para a mudança de lugares, ações ou outras coisas do gênero, algo bem comum. Mas a melhor saída sempre será uma boa narração e estruturação.
Naaa verdade, aqui ocorreu algum problema na hora de publicar, acho que eu me passei, por que qualquer leitor aqui sabe que, sempre que mudo de cenários, como nesse caso, coloco meu típico "~~*~~". Acho que andei me esquecendo de pôr antes de publicar, mas já está arrumado. Smile))

Fora os já citados acima... Não temos personagens carismáticos, o capítulo foi pequeno, resultando em algo inútil que complementado colaboraria muito mais para a história do que basicamente dois futuros amantes tendo um diálogo. Em si a história não é nada demais, mas só você poderá construí-la. Mas eu me animo porque parece... Que vai ter incesto
Eu tentei fazê-los carismáticos, e é um tanto decepcionante saber que não consegui ter esse resultado. Maaaas o que posso fazer é tentar melhorar, tentar torná-los carismáticos.
o capítulo pequeno é graças à short. se eu fizer capítulos maiores, vou acabar escrevendo um livro, e eu não quero isso, afinal, estou evitando ao máximo que isso aconteça, como já falei anteriormente. dessa vez tenho que dizer que não há jeito: os capítulos continuarão pequenos.

Acompanhando.
Eu agradeço demais por você acompanhar minha short, mesmo enxergando tantos erros e falhas nela. é bom saber que você é capaz de me dar uma chance de melhorar e um voto de confiança.
isso é realmente muito significativo pra mim, e eu prometo tentar melhorar no que for possível, dar o melhor de mim.
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Mensagem por JuhSalvatore Qui Set 27, 2012 12:03 am

Capítulo 3 - No Cair da Bolinha Azul

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Durante dois minutos fiquei olhando para Nicholas, enquanto ele continuava com o movimento rítmico de jogar a bolinha para o alto e pegá-la na queda. Esperei uma reação dele, um assunto qualquer... nada.
Mas que droga, o que esse bipolar quer, afinal?
- Eu não estou te conhecendo melhor. – disse, arriscando-me a aguentar outra das piadinhas dele.
- É, eu sei. – ele respondeu, fazendo uma pausa para acompanhar, com os olhos, o trajeto da bolinha de plástico azul turquesa. – Mas, como uma mocinha de atitude, você deveria puxar um assunto, já que eu estou ocupado nesse momento.
- Jogando uma bolinha para o ar? – eu ri, sarcasticamente, mas ele não pareceu abalar-se.
Continuei encarando a bolinha, tentando desviar os olhos dos braços musculosos do rapaz. Cara, aquilo era mais difícil do que parecia!
- Então... – falei, pela segunda vez desde que ele entrara no meu quarto.
- Então... para começar, vamos ver o que eu sei de você: seu nome é Genevieve Lefrant, você tem dezessete anos, é francesa. Cabelos ruivos, olhos verdes, sardinhas pelo rosto todo. Seu pai se chama Pierre, eu não faço ideia do nome da sua mãe. Deve ter algo em torno de 1,60 de altura e uns 50 quilos, mais ou menos.
Ele parou de falar e ficou observando-me, como se esperasse a fiel confirmação de suas suposições.
Par Dieu, ele acertou tudo!
- E... – ele completou. – você se sente atraída pela minha pessoa.
Ele disse isso como quem fala “Seu troco é de cinquenta centavos. Aceita em balas?”.
- Atrevido! – falei, raivosa. – Eu não me sinto atraída por você, seu metido.
Ele começou a aproximar-se novamente de mim, e eu esquivei-me, tentando manter a distância. Ele riu de maneira maliciosa e colocou-se de volta exatamente na sua posição inicial.
- Okay, vou fingir que acredito em sua palavra, Mademoiselle. De qualquer maneira, é a sua vez.
- Minha vez... de que? – perguntei, rezando para que ele não dissesse o que eu pensava que ele diria.
Nick passou a mão nos cabelos e dobrou a perna, aproximando um pouco o joelho de seu peitoral. Continuou jogado em minha cama, entretido com a força da gravidade, que fazia com que a bolinha azul caísse quando era jogada para cima.
- De dizer o que sabe sobre mim. – disse, finalmente.
Meus olhos se arregalaram. Ele tinha dito o que eu temia que ele dissesse.
Par Dieu, por que aquele Deus tinha que me pedir isso?
- Bom... – enrolei. Não fazia ideia de por onde começar. – Seu nome é Nicholas Roday. Você é americano...
- New Jersey.
- Isso, New Jersey. Sua mãe se chama Agatha, e eu não sei quem é sue pai. Tinham me dito que você tinha a minha idade, mas depois que eu te vi, percebi que você é mais velho.
- E...
Eu o encarei, espantada. O que mais ele queria que eu dissesse? Conhecia ele havia uma semana!
- E é isso.
- Só? Ah não, Mademoiselle Lefrant! Você deve saber mais algo. Vamos lá, faça uma forcinha! – ele esperou pela minha resposta, mas como não me pronunciei, ele continuou. – Nenhum comentário sobre minha incrível beleza ou sua incapacidade de resistir a mim?
Eu estava prestes a revidar o comentário, mas Nicholas fez uma careta muito engraçada, e eu obriguei-me a rir. Ele riu junto.
Passou-se mais um minuto de silêncio, e o único som que se ouvia era o som do impacto da bolinha azul com a palma da mão de Nicholas.
Par Dieu, ele não cansava de fazer isso nunca?
- Você acertou só duas coisas.
- Duas? – pedi. Não acreditava ter acertado só duas. – Que duas?
- Eu sou de New Jersey e sou mais velho que você. Ah, e é claro, meu nome.
Nicholas pegou a bolinha azul na mão e, por alguns instantes, levantou a mesma à altura de seus olhos. Durante esses instantes, ele pareceu contemplar uma beleza no objeto, algo que só ele era capaz de ver. Então, girou a bolinha na mão novamente e, em um movimento rápido, voltou a jogar a esfera ao ar. Novamente, recomeçava o processo.
- Mas e Agatha?
O rapaz jogou o objeto mais alto, e por um segundo, suas feições fecharam-se em uma careta de amargura. Depois, conforme a bolinha subia e descia, suas feições foram equilibrando-se novamente.
- Você era acostumada a ouvir histórias quando criança, Mademoiselle Lefrant?
Afirmei com a cabeça, sem entender do que se tratava o assunto e qual era sua relação com minha pergunta.
- Então, deixe-me contar mais uma para sua coleção. Era uma vez um menininho que foi deixado em um orfanato, e lá ficou por quatorze anos. Todo o dia, vários pais iam adotar seus filhos naquele orfanato. Durante todas as visitas, eles sempre escolhiam uma criança. Nunca era o menino.
Suas feições agora eram sérias, acompanhando com os olhos o sobe e desce da pequena esfera azul, como se visse nela refletida toda uma história sobre um pequeno garotinho.
- E um dia, chegou ao orfanato uma jovem donzela, de seus doces vinte anos. No começo, todos achara que ela fosse uma nova funcionária, quem sabe uma professora ou tutora. Mas não. Essa jovem escolheu o garotinho, pouco mais jovem que ela, e adotou-o como seu filho. Batizou-o com o sobrenome de seu recém falecido marido, e criou-o de maneira muito gentil.
O encarei, tentando entender o que se passava. De repente, havíamos deixado de ser Genevieve e Nicholas, e passamos a ser meros espectadores do sofrimento de um adolescente. O clima no ambiente fechou-se, e era como se tivéssemos nos transportado a uma dimensão só nossa.
Ele continuou com a história.
- E tempos depois, essa mulher, já com seus trinta e tantos anos, começou a namorar com seu pai, e eles foram morar juntos, e o pequeno garotinho passou uma hora sentado no quarto da meia irmã jogando uma bola de borracha ao ar. Era eu o garotinho, era Agatha a jovem.
Ainda estava envolta naquele clima de história, e meu encanto por ver a vida daquele rapaz exposta de maneira tão aberta em minha frente. Era como pegar um livro sobre sua biografia e lê-la, mesmo à luz de velas.
- Então você é adotado?
- Yep! – disse ele, e a maneira como ele mudou a palavra “Yes” para algo mais... Nicholas, me fez sentir vontade de rir. – Bem, está começando Psych, e eu vou lá assistir. Acho que, por um dia, já nos conhecemos o suficiente, não é?
- Sim, acho que sim. – confirmei, um tanto decepcionada por ser trocada por uma série de comédia.
Nick jogou a bola o mais alto que pode, levantou-se da cama e, quando a bola chegou às alturas de suas mãos, ele já estava de pé. Como se perfeitamente coreografado, ele pegou a bolinha da maneira mais natural possível. Pareceu-me que aquele objeto era quase parte dele.
Dirigiu-se à porta, largando a bolinha em cima da mesa do computador. Depois, quando estava na porta, virou-se.
- Você vem? – perguntou, olhando-me docemente.
- Eu vou, amo Psych!

~~*~~

- Boa noite, filhota. – disse meu pai, ao passar pela porta do banheiro onde eu me encontrava.
- Boa noite, daddy! – respondi, tentando habituar-me a pôr o inglês em meu dia-a-dia.
Virei para o espelho e continuei a passar meu creme no rosto. Aquele negócio já estava se transformando em uma massa plástica em minha face.
Prendi o cabelo em um coque, já que o coque anterior se desfizera completamente. Fixei o coque com uma piranha e bati os farelos do creme do meu pijama. Enquanto saia do banheiro, cuidei para prender direito meu cabelo que, pela segunda vez, ameaçava-se soltar.
E, olha que inusitado, topei com o peitoral de Nicholas. De novo. Mais uma vez.
Par Dieu, mania mais chata de ficar topando com ele.
- Hey, garota! Olha para a frente, é capaz de se dar de cara na parede qualquer dia desses!
- Desculpa. – falei, rindo. – Eu tenho sérios problemas.
Ergui minha cabeça, para olhar para Nicholas.
- É, eu percebi e... hey, que maquiagem mais moderna é essa, pequena?
Eu ri, enquanto nós dois girávamos, invertendo nossos lugares: agora ele estava dentro do banheiro, e eu do lado de fora, no corredor.
Pedi licença para Nick e fui, em direção ao meu quarto. Sentei-me em minha cama, e, esquecendo a porta aberta, joguei-me para trás, deitando esparramada no colchão mais maravilhoso que já dormi.
A divisão da casa funcionava da seguinte maneira: subia-se a escada, e encontrava-se três portas: a primeira era a do quarto de Nick. Logo após vinha a minha, e, no final do estreito corredor de madeira, ficava o banheiro.
Ao olhar para a porta de meu quarto e ver que ela estava aberta, percebi que não precisava levantar-me para fechar, já que, em pouco tempo, Nicholas iria passar pela frente da mesma. Eu podia pedir para ele fechar.
Foi o que aconteceu.
Ouvi os passos pesados de Nick pelo corredor e fiquei calculando, pelo som, a distância de meu quarto que ele se encontrava. Estava cansada demais para erguer minha cabeça e observá-lo passando em frente à porta.
- Hey Nick, você pode fechar a porta para mim? – pedi, quando deduzi que ele já estava próximo o suficiente para ouvir.
- Mas é claro, miss preguiça! Tudo por sua alteza.
Eu ri, e ele riu junto.
Antes que ele a fechasse inteiramente, sua voz ecoou do lado de fora.
- Outra sessão conhecimento amanhã à tarde? – pediu ele.
- Só se ela puder ser seguida por uma dose de Psych. – disse, confirmando sua proposta.
- Faremos o possível. – ele respondeu, e principiou-se a fechar a porta novamente.
- Hey Nick! – chamei, tentando fazer-me ouvir, mesmo com a porta fechada.
- O que é? – pediu ele, do lado de fora da mesma.
Fiquei esperando que ele colocasse a cabeça para dentro do quarto. Não demorou para acontecer. Encarei-o por alguns instantes, até que ele desse mais uma risada.
- Você não me disse sua idade.
- 24, Gen. – disse ele. Então, riu novamente. – E vê se tira esse creme da cara, garota! Você está extremamente bizarra.
Despedi-me dele, e ele respondeu com um sorriso. Fechou a porta e se foi.
Fiquei lá, jogada na cama, olhando para o teto e pensando. Pensando obre Nick, meu meio irmão. Ele era extremamente legal, muito doce, gentil, e tinha aquele ar convencido que contrastava com tudo aquilo. Além disso, tinha aquele estilo bad boy que o tornava incrivelmente divertido.
Realmente, pelo que pude perceber, eu ia me dar muito bem com ele.
Escrevi um texto sobre meu dia, postei-o em meu blog e, exausta, dormi.
Sonhei com algo durante a noite. Não sei o que, não sei com quem. Esqueci de tudo. Só sei que sonhei, e que foi muito bom. E sei disso pois acordei sorrindo.
Como não fazia havia muito tempo.


=====================================================================================
Considerações do capítulo:
Primeiro: parece que Eternal é a única pessoa a acompanhar a short. posso estar enganada, ou quem sabe não, maaaaas se houver mais algum leitor dessa short, será que poderia, por favor, dar um "hey"? só para eu ter uma ideia de quem lê. se for mais gente, eu posso dar uma aprofundada maior na história, senão dou um apanhado mais geralzão, pra poder continuar com os meus livros.
Segundo: tentei me controlar um pouco com alguns errinhos que a Eternal me apontou, mas não faço ideia de como ficou pois, pra dizer a verdade, não consegui tempo para reler o post. mesmo assim, espero que tenha ficado bom e, logo amanhã pela tarde, no momento em que eu estiver livre, vou ler o capítulo e corrigir os erros que, por algum motivo de descuido, ainda possam existir.
Terceiro: esse capítulo ficou um pouco maior \o/ maaas não se animem, eles voltarão a ser curtos pois, volto a repetir, minha intenção é uma short, e como devem ter percebido, eu me alongo demais e acabo me tornando... monótona? I think so.
E eu acho que é isso. Dúvidas, correções, dicas, elogios, patadas, pedradas, chutes e arranhões, qualquer um desses, podem ser expressos nos comments. Prometo ser boazinha e não xingá-los.
Beeeijoos.

PS.: perdoem-me se, por um acaso, fui redundante com relação à bolinha azul. Prometo que, se isso aconteceu, corrigirei assim que reler o capítulo, e prometo reler o capítulo amanhã pela tarde, no primeiro momento que eu tiver livre.
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Mensagem por Mrs.Kiedis Sáb Set 29, 2012 9:10 pm

Estou acompanhando aqui , ta muito legal mesmo! Realmente estou adorando os personagens (principalmente o Nick ><) . O fato de os capítulos serem menores é muito interessante pq fica mais fácil de se acompanhar e nao é cansativo (o que é ótimo pra pessoas que nao tem o hábito de ler , como eu) xD. Tambem amei os dois assistindo psych, pensei que era a unica ! Resumindo...ta muito massa ! vou continuar acompanhando pra ver o que vai rolar ....quem sabe um triângulo amoroso pra animar as coisas...haha Razz Aguardando ansiosa o próximo cap.!
.xx
Obs: A bolinha do Nicholas mudou de cor do segundo para o terceiro cap , de vermelha virou azul ><
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Mensagem por JuhSalvatore Dom Set 30, 2012 2:23 pm

Awnnnnn, ti limdo *-*
pq será, né? ninguém jamais seria capaz de adorar o Nick.
pséee, e se os caps. ficarem maiores eu acabo escrevendo um livro, aí já viu né. kk'
nãaao, Psych é vida, eu viciei em três caps. kk'
nhaaaw, lindona, q bom que vc gostou *-*

pfvr, eu sou uma anta. fiquei TRINTA MINUTOS tentando achar onde eu tinha escrito a cor da bolinha, e não achei. =PPPPP eu sabia que tinha escrito isso em algum lugar, eu sabia! kk'
vou ajeitar isso.

e pfvr, Kiedis? vida vida vida *-------------------------------*
beeijooos ;**
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Out 01, 2012 8:22 pm

Capítulo 4 - E Simplesmente Se Foi?
Le Seigneur de Mon Âme Segredos-para-quem-morre-de-saudades-do-namorado-179766-1

Seis meses. Seis meses morando na casa de meu pai. E, por mais incrível que parecesse, fazia seis meses que eu não brigava com o mesmo.
Era um recorde.
Bom, já estava na hora de eu fazer minhas considerações. Fazia seis meses que eu estava naquele lugar, portanto já tinha uma opinião constituída.
Primeiro, a casa era muito aconchegante e acolhedora, e de verdade, eu amava meu quarto. Era mágico. Depois vinha a minha madrasta. Cara, ela era legal demais! E eu que achei que ela fosse me causar problemas, e que eu fosse odiá-la com todas as minhas forças... as vezes nos enganamos, não é...
Mas, de tudo, o que mais me impressionava era Nick. De um cara da minha idade, irresponsável e imaturo – era essa a imagem que eu tinha dele, na verdade – ele tornou-se um homem maduro, ou quem sabe nem tanto, divertido e muito, mas muito sedutor.
O que era, na verdade, um problema, já que, até onde sei, ele é meu meio-irmão.
Mon Dieu, porcaria de parentesco arranjado.
Lá estava eu, anotando tudo o que pensava no meu diário virtual, preparando-me para escrever para o blog. Meu calção jeans desbotado e minha regata com a estampa de um leão eram realmente muito confortáveis. Além disso, a brisa que entrava pela minha janela refrescava meu quarto, e tornava-o o ambiente perfeito para se estar.
E, na época de férias – e tendo, além de tudo, terminado o ensino médio, mas não tendo encontrado emprego ainda -, de qualquer maneira, eu não tinha nada de melhor para fazer do que ficar por lá. Afinal, papai e Aggy trabalhavam o dia todo, e Nicholas estava na universidade.
O que me lembrava que eu ainda não havia pedido a ele o que ele cursava no superior.
E me fez lembrar também de que eu não fazia ideia de o que queria fazer do meu futuro. Havia terminado o ensino médio, mas não tinha pretensão nenhuma para meu futuro acadêmico.
E infelizmente, raramente escrever te garantia um futuro descente.
Ouvi passos no andar de baixo, e sobressaltei-me. Que porcaria, par Dieu, quem era o desgraçado a andar pela casa aquela hora? Eu estava sozinha em casa, havia me certificado disso.
Juntei minha sombrinha que estava no meu quarto e, lentamente, fui descendo as escadas, em direção à sala de estar. Assim que virei o corredor, preparei-me para golpear quem quer que fosse. Decepcionei-me ao não ver ninguém naquele local, mas a decepção durou apenas um ou dois segundos. Depois disso eu já tinha sido agarrada com força pelas costas.
Soltei um grito, assustada, mas então percebi que o aperto não era ameaçador. Ao contrário, era muito confortável.
Parei de debater-me e, assim que ele soltara-me no chão, virei para Nicholas e preparei-me para gritar com ele.
- Hey, garota, qual é! O que você ia fazer com essa sombrinha, me bater até eu ter medo de chuva? – perguntou ele, fazendo uma careta muito divertida, que envolvia uma testa enrugada e um sorriso tordo.
Encarei-o de cima a baixo. 1,80 de altura, musculoso, de cabelos castanhos claros e olhos de cor mel, trajando uma camisa preta apertada no corpo e uma calça jeans mais surrada que meu calção, tirando da frente de seus olhos seus óculos escuros. Ele parecia um ator de cinema famoso.
Assimilei com facilidade demais a informação de que inúmeras garotas iriam assistir um filme apenas por conter um ator com a aparência de Nick.
- Eu acho que sim. – respondi, envergonhada, lembrando-me de que ele havia feito uma pergunta. – Er... o que faz aqui a essas horas, Nick? Não deveria estar na universidade?
- Deveria, mas tinha prova, então eu realizei o teste e pude vir para casa mais cedo. Por que? Por acaso há algum homem aqui em casa com você?
Poderia ter me sentido ofendida, mas o tom de brincadeira em sua voz me convenceu de que era muito melhor rir com ele. Afinal, era só uma brincadeira, e eu não queria meter-me em um bate-boca com meu meio-irmão apenas por causa de uma brincadeirinha.
- Não... quer dizer, agora tem. – respondi, jogando-me no sofá e ligando a TV.
Ele jogou-se ao meu lado e passou seu braço ao meu redor, puxando-me para perto dele e dando-me cascudos.
- Para, Nick!
- Ah, okay chata!
Ele me largou e ficou assistindo comigo durante uns dois minutos. Depois levantou-se.
- Você por acaso sabe onde foram guardadas as malas dessa casa?
O encarei, confusa. Ele me olhava de uma maneira que me levava a crer que estava escondendo algo, e eu não gostei nada da sensação.
- Não sei, Nicholas, é você quem mora nessa casa, eu sou nova aqui. – respondi. – Por que?
- Por nada. – ele falou.
Suas feições não mentiam. Havia algo que ele não queria me contar. Vi a seriedade naquele olhar, vi tristeza, dor, e de alguma maneira, passou-me a impressão de que uma tempestade se aproximava, cercando-me por todos os lados e atingindo-me com uma força terrivelmente inimaginável.
Nick subiu as escadas e eu fui atrás. Não existia isso de “por nada”.
- Nick, você vai me contar o que é, e vai ser agora!
Ele me ignorou.
Durante vinte e cinco minutos, fiquei tentando convencê-lo a contar-me seus planos, mas não funcionou. Ele continuava absorto em sua busca por malas, e quando não ignorava-me por completo, respondia-me com um “não” ou um “nada”.
Aquilo estava chegando ao limite do ridículo, e quando consegui, finalmente, sua atenção, ele já havia encontrado a mala, e estava enchendo-a com suas roupas.
- Nicholas, pela vigésima vez, onde você pensa que vai? – pedi, irritada, quase gritando.
Ele encarou-me, e seus olhos estavam cruéis, suas pupilas dilatadas dando ao olhar um aspecto sombrio. Eu jamais havia visto ninguém daquele jeito, muito menos alguém tão doce quanto ele. Fiquei com medo de sua reação, não pude evitar.
Mas ele era meu meio-irmão, e meu melhor amigo. Eu tinha que saber.
- Por que isso te interessa tanto, Genevieve? Eu mal conheço você! A vida é minha, e eu posso fazer o que bem entender sem te dar explicações!
Ele falou isso, não gritando, mas com uma frieza na voz que pareceu-me querer disfarçar algo maior. E lá no fundo, eu percebi mágoa.
- Por que eu sou sua irmã. – respondi, sentindo uma forte dor no coração por ter sido tratada daquela maneira por alguém de quem eu realmente gostava.
Incrível como eu havia me apegado a ele em apenas seis meses.
- Você não é minha irmã. – disse ele, de costas para mim. – Você não é nada para mim.
Ouvir aquilo doeu muito em mim. Tive vontade de chutar tudo, virar-me e ir embora, voltar para a casa de minha mãe e fingir que nada disso aconteceu, que eu jamais o havia conhecido.
Sim, era drama demais, mas não adiantava, era como eu estava me sentindo.
- Ok, bom saber disso. – disse, mais fria do que antes. – Você só podia ter me avisado isso dois meses atrás. Assim, quem sabe, eu não perdesse tempo aprendendo a gostar de quem “não é nada para mim”.
Dei-o minhas costas, e sem olhar para trás, parti em direção ao meu quarto. Bati a porta atrás de mim e joguei-me na cama, jogando ao ar aquela mesma bolinha azul com a qual ele brincara algum tempo antes, e com a qual brincava constantemente quando entrava em meu quarto para passarmos tempo conversando.
Que cocozinho, ele me fazia muito bem, e eu me importava mesmo com ele!
Ouvi batidas na porta, e fiquei em silêncio. Não estava com ânimo para conversar com ele. Não queria saber de seus motivos para partir, muito menos se era definitivo ou apenas temporário. Aquela fala dele já havia dito tudo o que havia para se dizer.
Você não é nada para mim. Aquilo ainda ecoava em minha mente, ainda me perturbava.
- Gen? – disse a voz rouca ao lado de fora da porta.
A mesma voz que antes, friamente, havia dito que não havia relação entre nós dois.
- Não se atreva a entrar, Nicholas Roday! – disse, tentando manter minha voz estável e lamentando por, infelizmente, não possuir chave na porta de meu quarto.
Ele esperou mais um pouco, e ouvi o som de suas costas batendo na porta. Ele estava, ao que parecia, sentado no chão do corredor, de costas escoradas em minha porta.
- Ah, qual é, Gen, isso é infantilidade! – disse ele.
- É Mademoiselle Lefrant para você! Não se atreva a dizer meu nome novamente, não é assim que me tratam os desconhecidos.
Minha voz vacilou e saiu muito menos determinada do que eu pretendia.
- Genev.... Mademoiselle Lefrant, por favor, me deixa entrar... eu não queria....
- Não! – falei, interrompendo-o. – Não quero ouvir mais nada vindo de você! Pode ir, faça suas malas e vá embora! Só... esquece que eu existo.
Meus olhos começaram a arder, e eu fiquei preocupada com as lágrimas que queriam escorrer por minha face. Por alguns instantes, enquanto pude evitar, não pisquei.
Passou-se algum tempo sem que fosse dita nenhuma palavra. Depois, lentamente, o ouvi levantar e afastar-se de minha porta.
Fiquei em meu quarto até que o ouvisse fechar a porta de casa e o ronco do motor de seu carro saindo da frente de casa.
Arremessei a bolinha azul para o outro lado do quarto. Ela bateu na porta e voltou, indo parar embaixo da cama. Não queria mais vê-la em minha frente. Era a bolinha de plástico dele, e ele devia tê-la levado junto.
Naquele momento, eu sabia que ele havia partido, e sabia que era, provavelmente, definitivo. Prometi a mim mesma que não choraria, nem me arrependeria de tudo o que disse.


~~*~~*~~*~~

Capítulo dedicado às lindas Bianca e Patrícia, me apoiando sempre. <3
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Mensagem por Mrs.Kiedis Seg Out 01, 2012 10:08 pm

Eu to adorando de verdade *o* nao vou encher muito sua bola pra nao ficares se achando hahahaha Mas essa é a primeira fan fic que leio e fico mais ansiosa a cada capitulo, e muito provavelmente a primeira que irei terminar de ler pq realmente me envolvi na historia . Fiquei super feliz com a dedicatória <3 te amo minha Jujuba de pimenta ;3
Bjs da Mrs.Kiedis
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Mensagem por JuhSalvatore Ter Out 02, 2012 1:51 pm

nhaaawn, sua linda! *-*
nossa nossa, quem vê diz que eu sou convencida, uiui, kk'
ounty, how much cute is this? sua lindona, obrigada por ler, por comentar, por me apoiar, por existir... amucê amiga linda, minha sis'
beijoos minha Mrs.Kiedis Falk Jonas Depp Whatever More. kk'
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Mensagem por JuhSalvatore Sáb Out 13, 2012 9:33 am

Capítulo 5 - Escritos em Linhas Turvas

Três meses depois.

Três meses sem ti. Sem tua presença, teu toque, teu sorriso. Sem ter ninguém com quem contar e ninguém com quem passar meus dias. E essa monotonia que me invade só me lembra cada vez mais de que, ao passar pela frente de teu quarto, aquele será apenas um ambiente vazio na casa, sem morador, sem objetos, mas acima de tudo, sem sentimento. Apenas um quarto.
Sei que pode parecer mentira, sei que isso pode soar estranho, mas mais do que tudo, sinto tua falta. Sinto falta do apoio que encontrava em ti, da tua luz, do teu senso de humor... foi tudo tão estranho... em um minuto, estava tudo bem, e no instante seguinte tu partias, sem explicação, sem motivos esclarecidos, sem qualquer coisa que pudesse suprir esse vazio em meu ser.
Faz exatamente três meses que partistes e me deixaste no enorme frio deste lugar. Três meses sem saber o que aconteceu. E mesmo com toda a briga e com as palavras frias que me disseste, mesmo com todas as minhas tentativas de parecer alguém forte, eu só te queria de volta.
De alguma maneira inexplicável, mais do que de tudo ou todos, é a tua falta que eu sinto.


Postei o texto em meu blog, fechei o computador e desci para jantar. A mesa, como sempre nos últimos três meses, posta apenas para três, foi de um silêncio tumular durante toda a refeição. Comi pouco e rápido, dobrei o guardanapo de tecido que esteve em cima de minhas pernas durante o jantar, cruzei os talheres no prato e pedi licença, prestes a retirar-me.
- Mas já, filha?
- Sim, pai. – respondi.
De todos os dias nos últimos três meses, aquele era o que eu menos estava disposta a falar. Infelizmente, também era o dia em que eles mais estavam dispostos a fazer a reunião familiar.
- Sente-se, Genevieve. – disse ele, com a voz firme e irredutível.
Obedeci meu pai e retornei ao meu lugar, sentando-me e olhando fixamente para o líquido transparente em minha taça de cristal.
- O que está acontecendo, minha filha? Você anda taciturna, quieta... é algo com o emprego?
O emprego que ele se referia era um trampo em uma livraria que ele havia me arranjado com um amigo dele. Era maravilhoso, mas não o suficiente para suprir a falta DELE.
- Não, o emprego está sublime. – disse ao meu pai, em resposta a sua pergunta. – Posso partir agora?
- Não, Genevieve, eu quero saber o que você tem, e quero saber agora! Estou preocupado!
Bufei, levantando de meu lugar.
- Quer saber o que eu tenho? Faz três meses que o Nicholas saiu de casa, e nenhum de vocês teve a capacidade de me dizer o porquê! Ficam mudando de assunto, enrolando, desviando a conversa para outro lado... Qual o grande problema em me falar o motivo da partida dele? Eu sinto sua falta! Mon Dieu, eu sinto sua falta!
Agora as lágrimas já marcavam minha blusa de mangas curtas verde água. Era a primeira vez que eu chorava por aquele motivo.
- Filha... o Nick teve que... ele... – principiou-se meu pai.
- Não, Pierre! Sou eu quem tem que contar para ela o motivo. – disse Agatha, olhando para meu pai de forma preocupada. – Ela merece saber da verdade, sem rodeios. Foi um erro não contarmos antes.
- A culpa não foi nossa, Aggy. Ele pediu para não contarmos.
- Mas devíamos tê-lo feito mesmo assim, Pierre! Foi errado! Ela também é parte dessa família!
Fiquei olhando para ambos de maneira perdida, sem realmente absorver o que acontecia ao meu redor. Meus olhos marejados dificultavam minha absorção total da cena que acabava de acontecer em minha frente.
- Genevieve... – principiou-se Agatha. – Havia algum tempo, Nicholas tentava um emprego de diretor de um filme em uma cidade próxima a essa, mas não havia acontecido nada. Havíamos até esquecido disso.
Ela parou de falar, e eu fiquei encarando-a, até que voltasse contar a história. Esperei muito para saber o motivo pelo qual perdi meu irmão, não ia desistir agora que finalmente conseguia apenas por que ela estava com cara de choro.
- Então, há quatro meses, ele recebeu uma ligação. Conseguiu a chance que queria, poderia ser diretor do filme e realizar o grande sonho dele, desde que entrara para a universidade para cursar audiovisuais.
Novamente, ela parou, e eu fiquei encarando-a. Aquilo não podia ser verdade... não estava certo.
- Então ele foi trabalhar? Por que ele não me disse isso? Por que vocês não me disseram isso? O que havia de tão ruim em me contar esse motivo? E por que ele nunca mais voltou a nos visitar, um fim de semana sequer?
Houve um olhar mútuo dos dois, um para o outro, e depois para mim. Parecia que ambos tinham perdido a capacidade de falar.
- Não é só isso, filha. – meu pai disse.
- Então o que mais?
- Ele negou o emprego, Genevieve. Negou, e depois veio me contar. – continuou Agatha. – Eu não entendi o motivo de ele ter dito não à chance de sua vida, e depois de pressioná-lo muito, ele me contou. – ela parecia agora engasgar-se com as palavras, e começava a chorar como eu. – Nós tivemos um desentendimento, uma briga feia... e então ele telefonou de volta e aceitou a proposta.
Agora meu riso misturava-se à minha descrença e ao meu choro, e eu não fazia ideia de qual tinha a maior parte de mim em seu poder. Só o que sabia era que ainda faltava algo nessa história, algo que desse um motivo para a maneira como ele me tratou antes de ir embora, algo que explicasse o inexplicável.
Faltava algo que realmente fizesse sentido.
- E por que ele negara da primeira vez? – perguntei, assim que aquela história foi absorvida e assimilada por minha mente. – Que motivo foi tão grande para fazer vocês discutirem?
- Eu prometi que não contaria, Genevieve. Sinto muito, mas eu prometi. Não vou quebrar a única promessa que fiz ao meu filho. Lamento mesmo.
Empurrei a cadeira, pondo-a de volta no lugar, e antes que pudessem dizer mais algo, eu já tinha partido, deixando para trás uma Agatha em choque e meu pai, que ainda olhava-me como se, por algum motivo, temesse perder-me para sempre.
Não queria saber deles, não queria saber de Nicholas, nem de mais ninguém. Só queria entender tudo o que havia acontecido.
Nada fazia sentido. Talvez não fosse para fazer... mas eu precisava entender, ou não teria mais um momento de paz.

~~*~~

Era a semana de meu aniversário, e meu pai, junto à Agatha, planejou uma pequena comemoração para a data. Acho que sentiu-se culpado pela nossa briga da semana passada, ou pela briga coletiva, ou choro em família... ainda não achei algo que pudesse definir o que fora aquela conversa. Estavam todos seriamente perturbados, e eu e Aggy disputávamos o cargo de quem chorava mais... aquilo havia sido estranho demais.
Depois de todo aquele momento sentimento, meu pai ficara muito preocupado com a minha felicidade. Me levara ao cinema, ao shopping, ao museu... descobri que, aqui nesse fim de mundo do interior francês, havia de tudo, inclusive uma biblioteca. E enquanto ele tentava me fazer feliz, eu fingia que estava melhor. Só fingia mesmo.
Desde que descobri que ele faria uma festa para mim, passei a relutar sobre convidar Nicholas ou deixar de convidá-lo. “E se eu convidasse, adiantaria de algo? Ele viria?” era meu pensamento. No fundo, eu sabia que não, mas não pude me conter. Amarrei meus cabelos no topo de minha cabeça, ajeitei meu pijama e joguei-me em minha cama, com meu notebook em mãos. Passei um e-mail para ele e esperei, na verdade quase orei, para que ele aceitasse. Estava com saudade suficiente para deixar meu orgulho de lado e pedir para que ele voltasse, pelo menos por algumas horas.
Aquilo ainda ia me deixar muito magoada, tinha certeza disso. Eu só não podia ficar parada e deixar de tentar.
Fechei o notebook novamente. Não tinha paciência para aquilo. Deixei-me cair para trás e afundei-me em meu colchão.

~~*~~

Nicholas abriu seus e-mails, passando um por um sem realmente assimilar o que diziam. A maioria deles eram notificações de redes sociais, propagandas de sites aos quais ele se cadastrou ou coisas como “Parabéns! Você é o visitante número 999.999.999! Clique aqui para resgatar seu prêmio!”.
Continuou passando, e-mail após e-mail, até que um o fez parar.
Leu-o atentamente, depois repetiu. Então, leu mais uma vez. E mais uma. E outra.
Percebeu, com espanto, que passaria o dia todo relendo aquele e-mail.

“Nick.
Não sei se você ainda se lembra de mim. Provavelmente sim, mas ainda assim não devo te importar. Pelo menos não tanto para você ficar.
Lembra da menininha que você cismava chamar de Mademoiselle Lefrant? Lembra da pessoa preocupada e triste que entrara na sua vida mais ou menos nove meses atrás? Uma gestação inteira de você em minha vida. Par Dieu, eu aqui enrolando, quando tudo o que quero dizer é que sinto tanto a tua falta!
Realmente não acho que a falta que me faz importe de verdade para você, mas acredite, tudo perdeu a cor desde que você partiu. Foi uma parte da minha vida que fugiu com você. Mas eu não te culpo, de verdade. Você tem sua vida para viver, e eu preciso me conformar com o fato de que não vive mais apenas para assistir Psych e ficar jogando ao ar aquela bolinha azul.
Só queria que continuasse a viver por isso, que continuasse a me proporcionar esses momentos. Mas, de qualquer maneira, a vida continua.
Enfim, papai vai dar uma festa em comemoração ao meu aniversário. 18 anos, quem diria! A menininha torna-se uma mulher, não? Mas deixe-me abordar diretamente o assunto: te quero em minha festa, e de verdade, espero mesmo que venha. Espero que você apareça, por que seria este meu presente de aniversário.
Será que você poderia, por favor, vir, só por algumas horas? Ou poderia responder esse e-mail, telefonar, mandar sinal de fumaça ou qualquer sinal que me prove de que você está vivo e bem? Pelo menos assim eu mataria metade da metade da saudade que sinto de ti.
Seria a única coisa a me fazer inteiramente feliz em três longos meses.
Mon Dieu, você faz muita falta.

Com tanto amor,
Sua meio-irmã
Gen.”

Como ela dizia, Mon Dieu, como conseguia deixa-lo daquela maneira?
O rapaz fechou o e-mail, desligou o computador e jogou-se na cama, olhando para o teto. Não podia responder, não teria força pra isso.
Era melhor deixar tudo da maneira como estava. Sua mãe tinha razão.
E enquanto pudesse evitar contato físico, verbal e visual com Genevieve, ainda teria um pingo de forças para manter-se afastado.
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Mensagem por Mrs.Kiedis Seg Out 15, 2012 6:54 pm

Cada capitulo melhor que outro ,e eu continuo aqui em completa adoração . Entao por favor nao demore para postar (sei que é complicado , e a vida ta corrida) Eu nem sabia do novo capitulo e hoje quando passei pra ver se tinha algo novo ,pra minha felicidade tinha *-* Agora mais do que nunca to super curiosa pra saber o que vai acontecer entre o Nicholas e a Genevieve.
Ah e também quero aproveitar pra dizer que eu estou com saudades da senhorita sumida , que nao fala mais comigo e nem responde meus recados u.u tenho coisas pra te contar e quero saber como você esta .

Beijos da sua sis chatonilda,
Mrs. Kiedis.
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Out 15, 2012 8:41 pm

nhammy, minha limda!
postarei agorinha, nesse exato instante.
que bom que vc ta gostando, minha bb! sua opinião é meu céu, garota!
pfvr Mrs. Kiedis, reclame da minha pessoa. nunca te vejo on, coisa feia!
só acho q podia ficar mais tempo on nesse fórum, fact.
ahhh, fiquei curiosa agora, cocô!
tbm to com sdds, bb!

beijoos, sis'. amucê,

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Mensagem por JuhSalvatore Seg Out 15, 2012 8:43 pm

Capítulo 6 – E onde está você?

Finalmente, o dia da minha festa. Apesar de ter certeza de que devia sentir-me deslumbrante e magnífica hoje, meu temperamento teimava em colocar-me os pés no chão a cada trinta segundos. Afinal, como estar feliz sem a certeza de que Nicholas estaria aqui?
Estava com um vestido vermelho que ia colado até pouco acima do umbigo e, depois, caia em perfeitas ondas pregadas. Salto alto prateado, mas não alto demais, afinal, era muito complicado andar em cima de algo tão fino, e eu não queria correr o risco de cair em público.
Definitivamente, eu deveria ter nascido homem.
Minha maquiagem estava bem marcada de preto e cinza nos olhos, contrastando e balanceando o nude de meus lábios carnudos e bem delineados e o leve rubor de blush em minhas faces. Meu cabelo ruivo, em cachos agora, e pela primeira vez, arrumados e comportados, caiam por sobre meus ombros nus, me dando um ar um tanto angelical.
Tinha que admitir, estava quase bonita.
Desci as escadas da casa, em direção à sala. Estava cheia de gente, e eu teria de dar um jeito para passar despercebida, pois a festa era no jardim.
Mon Dieu, onde estaria minha capa da invisibilidade, ao melhor estilo Harry Potter?
- Deixa que eu te levo escondida. – disse uma voz masculina, no meu ouvido, enrolando uma toalha ao meu redor, cobrindo-me da cabeça aos pés.
Meu coração palpitou: seria Nicholas? Foi só quando eu senti o aperto firme de suas mãos que entendi que não era ele. Não havia aquela doçura, não havia aquele carinho.
- Obrigada, Johnny. – respondi, enquanto ele me carregava escada abaixo, em direção à cozinha, que deveria estar vazia.
Jonathan Leroy Renéu, ou John, carinhosamente apelidado por mim de Johnny, foi o primeiro cara que eu conheci quando me mudei para a cidade. Compreensivo, gentil, doce e realmente lindo, ele poderia ter encantado a qualquer uma. Seus cabelos curtos cor de mel, a barba rala e o porte musculoso, lembrava muito de Dean Winchester, sempre galanteador, mulherengo e sarcástico... ainda assim, sabia ser um perfeito cavalheiro quando queria.
E, por incrível que pareça, ele tornou-se nada mais que meu melhor amigo. Poderia dar minha vida para ele, e sei que ele cuidaria perfeitamente dela, como se fosse um tesouro precioso. E naquele lugar, onde eu não podia contar com mais ninguém, era ele deixava meus dias menos doloridos.
- Shh, garotinha, alguém vai ouvir você falando. – falou ele, tirando-me de meus devaneios.
Reclamei um pouco, mentalmente, por aquele lindo rapaz não deixar-me pensar em um dos únicos momentos do dia que eu havia conseguido desligar minha mente dos preparativos da festa, e principalmente, da ausência inquietante de Nicholas.
E lá estava eu, novamente, pensando em meu meio-irmão.
- O Nick está? Ele veio? – perguntei, sem conseguir manter as palavras dentro da minha boca. No segundo seguinte, queria morder minha língua até ela sangrar.
Johnny fez um segundo de silêncio e, conhecendo bem meu melhor amigo, já podia imaginar as feições dele naquele exato instante: o olhar perdido no nada, as sobrancelhas franzidas, assim como os lábios. Quem sabe estivesse olhando para o chão nesse exato momento, já que eu impossibilitava completamente as mãos de meu amigo, mãos essas que ele sempre encarava quando parecia refletir.
- Não, Gen, ele ainda não chegou. – respondeu, por fim.
Johnny não gostava de quando eu falava de Nicholas. Ele dizia que minha extrema preocupação, meu carinho por ele, nem parecia coisa de irmãos. Disse que eu parecia interessar-me por Nick de outra forma sempre que falava daquele jeito. Tentei convencê-lo de que era loucura, coisa de sua cabeça, mais ou menos um milhão de vezes.
Mas quando Jonathan colocava algo em sua cabeça, ele jamais seria capaz de tirá-la, a não ser que provassem a ele que aquilo era mentira.
E, era óbvio, com Nick tão distante e com meu coração tão partido graças a essa distância, não era fácil provar que eu dizia a verdade.
Senti meus pés movendo-se em direção ao chão, e novamente, vi-me em pé, sentindo minhas pernas fraquejarem com meu próprio peso. Estava tão confortável no colo dele que eu havia esquecido de preparar minhas pernas para quando fosse colocada novamente no chão.
- Chegamos, mocinha. – disse, tirando-me a toalha do corpo.
Eu realmente esperava estar indo para a cozinha. Aliás, era o que eu achava que estava acontecendo, afinal, o caminho que estávamos seguindo, segundo meus sentidos, era o da cozinha. O que eu não havia reparado era o fato de ele ter virado na cozinha e atravessado uma porta. Quando me pôs no chão e retirou a toalha que cobria-me o corpo e os olhos, percebi que estava no meio do jardim de minha casa, todos os convidados me olhando.
Meu primeiro reflexo foi olhar ao redor, procurando uma figura grande, forte e conhecida, a figura que aqueceria meu coração. A decepção tomou-me o corpo inteiro. Depois olhei para o meu redor e percebi que todos me observavam, entre espantados e surpresos.
Passei as mãos pelos cabelos e pelo vestido rapidamente, para ajeitar o que a toalha desarrumara. Sorri e, só então, os convidados sentiram-se a vontade para cantarem-me parabéns.
Fui então tomada por abraços e congratulações, que duraram uns cinco minutos, até que uma voz irrompeu o local.
- Atenção. – dizia Pierre. – Um minuto de atenção, por favor.
Todos pararam e o encararam.
- Hoje, como sabem, é aniversário da minha querida filha. Desde sempre, ela foi o mais precioso presente que já ganhei. Nada, nem ninguém, jamais superaria a importância da minha pequena preciosa, da minha ametista. E hoje, minha princesinha está transformando-se em mulher.
Encarei meu pai, um tanto descrente. Seus olhos começavam a marejar, e apesar de eu ser forte, sabia que isso não demoraria a acontecer comigo. Ele continuou.
- 18 anos está fazendo o que tenho de mais precioso. E hoje, então, mais do que tudo, quero dar-lhe por presente algo que todas as garotas, na sua idade, desejam no fundo de sua alma: a liberdade. Hoje, dou a ela esse contrato. – disse ele, mostrando-me um papel. – É um apartamento, que durante toda a sua vida, vem sido comprado aos poucos, por um pai coruja que queria dar à filha tudo de melhor que ela poderia receber. Hoje, minha filha, você está ganhando esse lugar, esse cantinho só seu, para que possa ter a liberdade que tanto sonhou.
Eu estava atônita. Não conseguia me mover. Isso durou alguns instantes, até ele esticar sua mão em minha direção, convidando-me a me aproximar. Então minhas pernas ganharam forças, e em questão de uma fração de segundos, já estava em seus braços, chorando copiosamente, pondo para fora toda a emoção que sentia, a gratidão por tudo o que me fizera nesses últimos meses e a culpa, por um dia, ter dito que não queria sua companhia em minha vida.
O local foi invadido por exclamações de espanto, bem como os tão presentes “awnn”.
O microfone foi passado para mim, e eu entrei em choque.
- Ér... eu queria agradecer a todos por estarem aqui, e queria agradecer também a papai, e a Agatha... mamãe... por essa oportunidade. Queria agradecer também a alguém que não está aqui hoje. – esse último, falei diminuindo o volume de minha voz, para algo quase inaudível. – Enfim... acho que o importante a se dizer aqui é que todos vocês são essenciais para mim, e todos fazem a diferença. Agora divirtam-se.
A festa continuou. A música aumentou de volume, o pessoal começou a dançar e logo, como eu queria, era a única pessoa em quem ninguém prestava a atenção. Rondei a casa, entrei nas redes sociais, saí, rondei a casa novamente. As horas foram passando, os convidados indo embora, e de uma hora pra outra, meu lar estava novamente vazio.
A festa havia terminado.
E Nicholas não esteve lá.

~~*~~*~~

certas pessoas paririam um Panda se eu não postasse, então aqui está!
Bia, acalme-se, seu filho não nascerá agora. kk'
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Mensagem por Mrs.Kiedis Seg Out 15, 2012 9:19 pm

AAAAH adorei , lembrei do Johnny...Depp , que na verdade é o Dean que na verdade é o Jonathan (perfeição pfvr) haha enfim ta massa ! pierre podia me adotar pq né fiz 18 e nao ganhei nem um cupcake #xatiada . Jujubete vê se posta todo dia que eu leio antes de dormir e é tao bom , fora que estou necessitando saber onde o Nicolas se enfiou k Você nao sabe o quanto eu gosto de ler tua fanfic sao alguns minutinhos do meu dia que fazem eu me esquecer de tudo que é ruim , me faz bem.
Bj bj
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Mensagem por JuhSalvatore Ter Out 16, 2012 2:24 pm

Mrs.Kiedis escreveu:AAAAH adorei , lembrei do Johnny...Depp , que na verdade é o Dean que na verdade é o Jonathan (perfeição pfvr) haha enfim ta massa ! pierre podia me adotar pq né fiz 18 e nao ganhei nem um cupcake #xatiada . Jujubete vê se posta todo dia que eu leio antes de dormir e é tao bom , fora que estou necessitando saber onde o Nicolas se enfiou k Você nao sabe o quanto eu gosto de ler tua fanfic sao alguns minutinhos do meu dia que fazem eu me esquecer de tudo que é ruim , me faz bem.
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kk' o Johnny é uma mistura um tanto especial de meio mundo de perfeições, meudeus. kk'
a Bia tbm me disse que eu tinha que meter o Dean no meio, mas é que se eu não o metesse no meio da fic meu coração de Hunter não sobreviveria. kk'
que bom que gostou, minha môor!
néeee? tbm quero um Pierre pra papai, ele é mto querido, deu um apê pra filha... mas deixa eu descrever o apê pra vcs verem, aí sim, sentirão uma inveja mortal de Mademoiselle Lefrant... sério, sem mentira, mó luxo o apartamento da Gen. kk'
nhaaawn, que lindeza vc, plmr... fico tão grata em saber que te faz bem ler minha fic *-----* /amoo
beijoos môor, amucê.

PS.: tu não sabe a fofura que é o Mr. Jonathan Renéu, sério... aguarde o próximo capítulo pra ver... /Spoiler
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Mensagem por JuhSalvatore Ter Out 16, 2012 2:38 pm

Capítulo novo! Deliciem-se com o Mr. Johnny, girls, quem sabe vocês se encantem um pouquinho por ele. <3

Capítulo 7 – Novos Ares

Acabei de empacotar meus últimos pertences. Já faziam dois meses que eu havia ganho o apartamento, mas faltava-me coragem para mudar-me. Achei que, apesar de tudo, a falta do quarto de Nicholas logo ao lado do meu me faria ainda pior. Mas, um belo dia, resolvi erguer a cabeça e seguir em frente.
- Filha, está pronta? – perguntou-me papai.
- Mais dois minutinhos.
Juntei meus últimos dois porta-retratos e meus ursinhos de pelúcia, pus na caixa de papelão e fechei a porta de meu quarto, deixando-o, provavelmente, pela última vez.

~~*~~

Meu pai me levara até a frente de meu prédio. Era um edifício grande e moderno, todo pintado em tons de vermelho, laranja e pêssego, com aparência de recém construído. Segundo meu pai, possuía “a melhor vizinhança da cidade”, e era perto de todos os pontos importantes da mesma, localizado na rua principal da cidade e dando-me acesso a qualquer lugar que fosse.
E o melhor: ficava a cinco minutos de carro da casa de meu pai, possibilitando que eu caminhasse até lá sempre que assim desejasse.
Relutei em aceitar ajuda de meu pai para levar a mudança para cima, portanto pedi para Johnny que fosse comigo. Ele com certeza daria um jeito de carregar tudo escadas acima.
Convenci Pierre que, quanto mais tempo ficasse em frente àquele prédio, mais difícil seria para ele despedir-se. Um tanto choroso, afinal, era a primeira vez que sua queridinha morava sozinha, ele despediu-se de mim e, amparado por Agatha, partiu.
Analisei a quantidade de coisas que estavam dentro da Doblô Adventure Xingu novinha de Johnny, e percebi que demoraríamos duas, talvez três viagens para levar tudo para o apartamento.
Pegamos duas caixas cada um e adentramos o edifício, descobrindo, a seguir, que o local nos fornecia um elevador. Então, enquanto Johnny carregava as coisas do carro para o elevador, mandando-as para cima, eu as tirava do mesmo e as colocava no corredor que levava ao meu apartamento novinho.
Em metade do tempo planejado, tudo já estava em frente ao meu novo lar.
- Você tem que entrar primeiro. – disse-me ele. – Para dar sorte, você sabe...
Não relutei por nenhum momento. Fui logo colocando a chave na fechadura e abrindo a porta. Dei de cara com uma sala completamente decorada de branco e marrom chocolate, com as paredes verdes, um verde discreto e de bom gosto. Ao lado da porta que levava à sacada, uma pequena palmeirinha, para dar um ar mais natural ao local.
Haviam dois sofás, um de dois lugares e outro de três, ambos em branco. O móvel onde ficava a TV de tela plana era marrom chocolate, bem como os pés da mesinha de centro coberta de vidro. Havia também uma cadeira feita em bambu com uma almofada chocolate me cima. Ainda de bambu, alguns adornos e a moldura de um quadro de paisagem pendurado na parede contrária à televisão.
- Epa, colega, que luxo isso aí né... – me disse ele, rindo logo em seguida.
- Cala a boca, Renéu. Eu sei que você vai morar mais aqui do que na sua casa.
- Mas é óbvio. – disse ele, rindo. – E para quê servem os amigos?
- Para carregar as caixas. – respondi.
Enquanto Jonathan ia colocando as caixas para dentro da sala, peguei aquela correspondente às coisas de cozinha e a levei apartamento adentro, tentando, com sorte, acertar a porta correta. Na primeira tentativa, encontrei o ambiente que queria.
Com as paredes amarelas creme, móveis brancos com detalhes em preto e uma janela com a doce vista de um jardim florido, a cozinha era tão bonita quanto a sala. Os eletrodomésticos disponíveis no ambiente eram todos prateados e aparentavam ser de última geração. Uma TV, um rádio e uma enorme geladeira, de duas portas, além de micro-ondas, forno, fogão e todo o necessário para a cozinha dos sonhos.
Tudo bem que meu pai sempre teve uma vida extremamente confortável, mas ou Agatha o ajudara a bancar aquele apartamento, ou ele era mafioso.
Resolvi acreditar na primeira hipótese e no bom coração de Aggy.
Larguei os objetos no lugar e fui novamente para a sala, em busca de mais coisas.
Usando do pouco equilíbrio que eu tinha e rezando para não deixar cair nada, juntei três caixas de roupas, as empilhei, ergui-as e tentei, desesperadamente, achar uma maneira de encontrar meu quarto sem ter que largar tudo o que tinha em mãos.
- Deixa que eu te ajudo. – disse Johnny, tirando-me as caixas e gesticulando para que eu encontrasse o quarto, enquanto ele me seguia.
Caramba, ele carregara aquilo tudo como se não passassem de folhas de papel!
- Encontrei! – disse, quando abri a porta direta para o que eu acreditei ser o quarto principal, por ser maior e mais amplo que o ao lado.
Esse tinha todas as paredes pêssego, com exceção da única parede vermelha, onde encontrava-se a cabeceira da cama, também vermelha, mas almofadada e de couro sintético. A cama box king size estava coberta por uma colcha também vermelha, e as cortinas eram brancas, para dar ao quarto um ar um pouco menos “dark”, mas tinham um bandô vermelho, quase vinho, sobreposto a elas. Aos fundos, uma outra porta, dessa vez em vidro comum com venezianas de madeira branca – que naquele momento encontravam-se abertas – levava à uma gigantesca sacada, ainda maior que a da sala.
Só agora percebia que Johnny observava, maravilhado, o aposento.
- E onde está o guarda-roupas? – pediu.
Eu ri, mas parei para observar o aposento. Dirigi-me, então, para uma das duas portas de vidro fumê jateado que haviam. Abri a primeira, e deparei-me com o maior banheiro que já havia visto em toda a minha vida: todo em preto, branco e granito, tinha espelhos enormes por toda a parede, um chuveiro extremamente espaçoso, uma pia de granito com um espelho que pegava as duas paredes de canto, para que você enxergasse os dois lados do seu rosto como bem entendesse, e ao fundo, uma banheira, no melhor estilo ofurô, simplesmente enorme.
Vi Johnny, atrás de mim, ainda mais empolgado.
- Ér... eu acho que não é aqui. – disse, fechando a porta rapidamente.
Ainda atordoada, dirigi-me à outra porta, atravessando o quarto. Abri-a e, como imaginei, dei de cara com um gigantesco closet todo feito em rosa pastel e branco, com um espelho que ocupava toda uma parede.
Aquele apartamento parecia tão menor de fora! Acho que, por isso, haviam apenas dois apartamentos por andar. Ele era gigantesco!
Fora todos esses ambientes, ainda descobri uma sala de jantar, um quarto de hóspedes – que tive que prometer ao Johnny que se chamaria “Quarto do John” -, uma área de serviços e uma sala de jogos, que eu prometi a mim mesma transformar em um “mini-cinema”, tão logo eu tivesse dinheiro para comprar um retro projetor.
- Você tem, oficialmente, o melhor ninho de todos, Mademoiselle Lefrant. – me disse Johnny, depois de gentilmente oferecer-se para me ajudar a desempacotar as mudanças.
- O que eu vou fazer com um apartamento tão grande? E, Mon Dieu, onde meu pai arranjou dinheiro para tudo isso?
- Teu pai guardava quase metade do seu salário todo o mês, para no futuro te dar essa casa. Além disso, sua avó paterna faleceu há alguns anos, e deixou o dinheiro todo para seu pai – que era, aliás, seu único filho. Ele pôs tudo isso numa poupança para você e, rendendo juros todo esse tempo, deve ter rendido grana para esse apartamento e mais um.
- Como você sabe disso, garoto?
- Conheço seu pai desde que ele se mudou para cá, convivo com ele durante todo esse tempo, e meu pai é melhor amigo dele... sei lá, eu acabo sabendo desse tipo de coisa.
- Espera, Renéu: Você já sabia de minha existência antes mesmo de eu me mudar?
- Mas é claro, Lefrant! – disse ele, parecendo surpreso por eu não saber disso. – Meu pai disse que se eu não me casasse com você, ele me deserdaria.
Nós dois rimos e nos jogamos no sofá do meu apartamento novinho e impecavelmente mobiliado.
Eu tinha certeza que, pelo menos naquele apartamento, eu poderia passar a ter uma vida nova... quem sabe eu até superasse, com o tempo, a falta que Nicholas me faz.
Aliás, eu tinha o Johnny... talvez fosse tudo o que eu precisasse.
E apesar de querer muito acreditar nisso, meu coração cismava em me dizer que queria que fosse Nicholas a estar aqui, jogado ao meu lado no sofá do meu novo lar.
Não sabia se seria um lar sem ele por perto.
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Mensagem por JuhSalvatore Qua Out 17, 2012 10:54 pm

Capítulo 8 – So What The Hell?

Meu terceiro dia no novo apartamento, e já estava fazendo uma bagunça desgraçada nele. Definitivamente, eu não era responsável suficiente para tomar conta de uma casa só minha.
Claro que eu jamais diria isso ao meu pai.
Chegou a um ponto que eu decidi ser hora de “fazer um arrastão”. Pus minha calça jeans mais surrada, um moletom cinza claro mais velho do que eu mesma e um tênis um pouco rasgado. Amarrei o cabelo em um rabo atrás da cabeça, pus para tocar meu CD do Red Hot Chili Peppers – uma seleção feita por mim das melhores músicas de todos os CDs deles, minha banda favorita – e, finalmente, pus mãos à massa.
Levou duas horas para que eu conseguisse arrumar tudo. Prometi a mim mesma que manteria organizado o apartamento, para não ter que gastar parte do meu sábado, novamente, arrumando as coisas.
- Mas que droga! – reclamei, olhando para os cacos de vidro vermelhos no chão.
Sim, meu desastre me fizera bater em um jarro e derrubá-lo no chão, fazendo-o em mil cacos.
- Ah. Genevieve, sua idiota! Eu não acredito nisso! – continuava a falar comigo mesma, repreendendo-me.
Coloquei tudo dentro de um saco plástico, enrolei-o em jornal e o coloquei em outro saco plástico. Colei uma etiqueta informando que aquilo era caco de vidro, para que o lixeiro não se cortasse, e desci com a embalagem na mão, para descarta-lo.
Abri a lata de lixo, soltei tudo dento e, sem querer, soltei a tampa da lixeira em meu dedo. Essa caiu com força, causando um enorme apertão dolorido, que provavelmente fosse deixar um hematoma mais adiante.
- Oh Shit! – gritei, colocando a mão em meio as pernas como as garotas geralmente fazem quando isso acontece.
Dirigi-me ao interior do prédio e chamei o elevador. Entrei no mesmo assim que ele chegara ao térreo. Havia um rapaz lá dentro, mas nem reparei em quem ele era, pois estava ocupada demais olhando para meu dedo machucado. Ele também não pareceu notar-me, pois aparentemente estava mexendo em um IPod.
O elevador parou no meu andar e, ainda sem olhar para o rapaz, segui em direção ao meu apartamento. Não sabia se ele havia descido nesse andar ou se continuava a subir, mas nem me interessava. Não queria saber quem ele era, só queria um curativo e um gelo.
Entrei no apartamento e empurrei a porta com o pé. Essa fechou-se com uma batida. Desliguei o rádio e dirigi-me à geladeira, à procura de gelo para meu ferimento.
Passei os cinco primeiros minutos no mais pleno silêncio. O único som que podia ouvir era minha própria voz reclamando do machucado, que agora estava mais roxo do que qualquer outro machucado que eu lembrasse já ter sofrido.
Logo após esse período de silêncio, fui tomada pelo som de um violão, tocando Californication. Surtei de maneira psicótica ao sentir-me embalada por aquele doce ritmo. Percebi que o som vinha da parede do meu quarto, ou melhor, do outro lado dela.
O apartamento do vizinho, pensei comigo mesma. Devia ter sido alugado, afinal.
Quem sabe depois eu devesse levar um bolo para o mais novo inquilino do prédio. Esse, pelo menos, parecia ter bom gosto musical.

~~*~~

Acordei pela manhã com um ânimo renovado. Quem não acordaria, passando tanto tempo ouvindo sua banda favorita? E aliás, ouvindo sua banda favorita do ecoando do apartamento do vizinho!
Peguei minha xícara de café quente direto da cafeteira que eu havia comprado faziam quatro meses – daquelas que existem em hospitais e cafeterias, que fazem cappuccino, café expresso, chocolate quente... – mas, quando fui adoçá-lo, lembrei-me de algo irritante: eu havia esquecido de comprar açúcar, no dia anterior, graças à maldita jarra quebrada. E pior: era domingo, e feriado. Onde diabos eu ia encontrar um lugar para comprar açúcar e...
Parei por um segundo, com vontade de bater com a minha cabeça na parede. Agora eu tinha um vizinho, era só pedir açúcar para ele! Os americanos faziam isso o tempo todo em filmes e séries... acho que a hospitalidade francesa não me negaria uma mísera xícara de café.
Retirei do armário a menor xícara que possuía; era só para um café mesmo. Peguei um pote de biscoitos caseiros e, decididamente, me dirigi ao vizinho de bom gosto musical. Bati na porta e ouvi o som de violão parar.
A porta se abriu, e eu soltei o pote de biscoitos no chão. Não foi planejado... foram apenas os metus reflexos, ou quem sabe fora meu “pane mental”.
- GENEVIEVE? – disse-me Nicholas, encarando-me como se visse em sua frente o espírito de sua finada avó.
Dei as costas para a porta dele e principiei-me a retornar ao meu apartamento.
- Gen? O que você...
- Saia daqui, Monsieur Roday! Não ouse pronunciar meu nome mais uma única vez.
- Genevieve, me escuta...
Não parei para ouvi-lo. Continuei, decididamente, andando para meu ninho.
- É Mademoiselle Lefrant para você, Roday! Ou melhor: esqueça que eu existo e suma da minha vida!
Ele agarrou-me pelo braço e me girou, colocando-me de frente a ele.
- Genevieve, você pode me escutar por um segundo apenas?
- Não me toque, não ouse me tocar. – disse eu, puxando meu braço. Ele apertou mais forte. – Me solte, Monsieur Roday!
- Só quando você me escutar. – disse ele, com os olhos flamejantes de irritação.
- Escute-me você: – disse eu, séria. - se você não me soltar, nesse exato momento, eu vou chamar a polícia e dizer que você tentou segurar-me contra minha vontade.
Ele soltou meu braço, contra a própria vontade. Mostrei a ele meu braço marcado; eu tinha provas, se quisesse acusa-lo: as manchas vermelhas estavam crescendo no local onde antes estavam seus dedos. Ele realmente havia apertado muito forte.
- Bom garoto. Agora, eu não tenho absolutamente NADA para falar com você. Não quero saber da sua vida, e tu não queira saber da minha. Morreu para mim no dia em que saiu daquela casa, da casa dos meus pais, dizendo que eu não era nada para você. – agora meus olhos já sentiam o ardor que antecedia as lágrimas, mas eu convenci a mim mesma que tinha que aparentar estar mais forte do que realmente estava. – E mais: eu ainda tentei recuperar nossa amizade, ainda tentei te ter de volta em minha vida, mas você simplesmente me ignorou. Ignorou minhas ligações, meus sms, meus e-mails... o que mais você quer de mim? Quer que eu finja que nada aconteceu?
Ele me encarou, atônito. De verdade, pensava que eu não fosse jogar tudo aquilo em sua cara. E eu mesmo assim o fiz. Mesmo meu coração estando a partir-se em milhões de caquinhos por fazê-lo.
- Gen, escuta, por favor!
- Não, Roday! Sei que é egoísmo meu, ficar falando e não te deixar justificar-se, mas eu simplesmente não quero ouvir! Já basta! O que você disse jamais vai ser apagado, o que fez jamais vai ser esquecido! Não tem mais volta, Nicholas.
- Genevieve...
Ele ainda chamou por meu nome, mas eu já estava longe demais para voltar atrás. Entrei em meu apartamento e joguei-me no chão, escorada à porta. Naquele momento, já não precisava mais esconder meu sofrimento, nem segurar as lágrimas. Podia simplesmente chorar, na segurança do meu lar.

~~*~~

Nicholas entrou no apartamento, batendo fortemente a porta atrás de si.
“Mas que cocozinho!” pensou ele. “Por que Genevieve tinha que ser tão teimosa? Por que ele tinha que ter comprado justamente ESSE apartamento? Acima de tudo, o que ELA estava fazendo lá?"
O pior é que ele não fazia ideia de como faria para manter-se afastado dela. Era necessário, sabia disso... mas e como conseguiria fazê-lo?
Jogou o violão contra a parede. O instrumento fez-se em mil pedaços.
Ela ia ser um problema... justo quando ele pensou em manter-se afastado.
O fato era que, depois daquela discussão que eles tiveram, ele tinha que acertar as coisas. Jamais se perdoaria se não o fizesse.
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Mensagem por JuhSalvatore Dom Out 21, 2012 3:36 pm

Capítulo 9 – Esclarecendo as Incógnitas

Batidas na porta. Acordei, meio zonza. Mas que cocozinho, era época de recesso, e tudo o que eu queria era dormir até mais tarde. Quem era o retardado que não respeitava nem meu sono no meu novo ninho?
Olhei para o relógio: 09:15. Sim, estava me queixando sem motivos. Levantei-me, ainda com meu pijama leve de verão. Era um conjunto discreto, rosa antigo de cetim, de shortinho e regata, que acabava por valorizar minhas curvas suaves de garota.
Pus meus chinelos de dedo, mas percebi que caminhava arrastando-os graças ao sono. Então, tirei-os e fui descalça.
A pessoa ainda batia na porta enquanto eu dava uma leve ajeitada no pijama.
- Bom dia, flor do dia! – disse Nicholas, assim que abri a porta.
Tentei fechá-la novamente, determinada a voltar a dormir. Ele pôs o pé, atrapalhando a passagem da porta. Descobri que não me livraria tão cedo dele, não conseguiria fazer o que fiz no dia anterior.
- Ontem, Mademoiselle Lefrant, eu te escutei. – disse-me, determinado, empurrando-me para o interior do apartamento levemente. – Hoje você me escuta. Posso entrar ou vai me deixar de fora, falando sozinho?
Refleti sobre deixa-lo do lado de fora mesmo, mas minha consciência não me permitiu. “cocozinho de hospitalidade francesa.”
- Entra. – disse, fria, sem olhá-lo nos olhos.
Ele deu um passo para dentro, mais outro, e fechou a porta atrás de si.
- Lugar legal! – disse ele.
Eu não respondi. Ele percebeu.
- Posso? – disse, apontado para o sofá.
Gesticulei que sim com a cabeça. Ele sentou-se, e eu joguei-me no sofá contrário ao dele.
- Então...? – estimulei-o. Quanto mais cedo terminasse aquela tortura, mais cedo me livraria do problema.
- Escuta, Gen... eu queria te explicar o porquê de ter saído da casa de Pierre.
- Poupe-me dessa conversa, Nicholas. Eu já sei dos teus motivos. Sei do teu trabalho, e da briga com a tua mãe.
Pela primeira vez, ele pareceu-me desconcertado.
Reparei na sua aparência, pondo nele os olhos como não fazia desde que ele saíra da casa de Pierre. Estava usando uma calça jeans quase preta, uma camisa branca aberta nos pulsos, bem como nos primeiros botões do peitoral, e um sapato sport simples, porém elegante. Seus cabelos estavam desgrenhados, o que me levou a crer que ele estivesse dormindo pouco antes de bater em minha porta.
Finalmente, depois de um ou dois minutos de silêncio, ele falou.
- Ela te contou sobre o motivo da briga?
- Não. – disse, ainda mais friamente.
Ele deu um leve sorriso. Parecia satisfeito. Mesmo assim, a preocupação e a tensão ainda estavam presentes e predominantes em suas feições.
- Ótimo. Eu queria pedir desculpas pela maneira como te tratei naquele dia, Genevieve. Estava conturbado, e acabei descontando em você.
- Tudo bem. – disse, olhando-o seriamente.
Ele parecia, agora, descrente, e um tanto divertido.
- Tudo bem? TUDO BEM? E por que tudo aquilo... ontem...?
- Não era por isso, Nicholas. É por tudo! Você simplesmente me deletou da sua vida, e quer que isso tudo se resolva com um “sinto muito”? Lamento, Nick, mas não é tão fácil assim!
- É por que eu não fui na sua festa? Sinto muito, mas eu havia prometido a mim mesmo manter-me longe de você!
Respirei profundamente, tentando clarear meus pensamentos.
- Sai da minha casa, Nicholas.
- Mas Gen...
- SAIA AGORA DA MINHA CASA!
- NÃO!
Ele avançou em direção ao meu sofá e agarrou-me pelos ombros, balançando-me freneticamente.
- Genevieve Lefrant, você precisa, pelo amor de Deus, parar com essa história toda! Eu NÃO POSSO te contar os meus motivos, jurei para mim mesmo que não contaria, que tentaria esquecer! Apesar disso, eu não posso continuar com essa história toda!
Agora ele já me encarava firmemente, e começava a me dar medo.
- Gen, eu só... você é minha maninha, o ser mais precioso que entrou na minha vida nesses últimos tempos... isso não pode continuar assim. Podemos, por favor, conversar?
Eu vi súplica nos olhos dele, e algo me dizia que ele estava sendo sincero ao máximo.
Por um segundo, senti pena dele.
- Okay, Roday. Eu não estou dizendo que vou te perdoar, e que tudo vai voltar a ser como era antes... mas nós podemos conversar. – disse, por fim.
Um sorriso meigo brotou nos lábios dele, e por um segundo pude ler em seu olhar algo como “já é um começo”.
- O que você está fazendo aqui? – pediu ele, quando viu que eu não daria, em hipótese alguma, o primeiro passo.
- Papai comprou esse apartamento para mim. Mas você deve saber disso, afinal, resolveu mudar-se justo para cá, não é? – respondi, friamente.
Ele pareceu ofender-se. Jogou-se no sofá, pondo os pés para cima do encosto mas tomando cuidado para não colocar os calçados em cima do estofado.
- Hey! Em minha defesa, eu sabia sim que você tinha ganho um apartamento, e sabia que Pierre o havia dado a você, mas não fazia ideia de que era este, e fazia menos ideia ainda de que o apartamento que eu comprei era do lado do seu!
- E por que você voltou? – pedi, sem rodeios. Não estava a fim de discutir com ele por algo no qual nenhum dos dois daria o braço a torcer.
- Meu trabalho por lá já acabou, e eu resolvi que a melhor maneira de gastar meu dinheiro seria comprando um ninho para mim.
Ele chamou mesmo o apartamento de ninho? Esse era o MEU apelido para meu lar!
Respirei fundo. Isso queria dizer que ele seria meu vizinho para o resto dos meus dias?
- Você gosta de Red Hot Chili Peppers? – perguntei, lembrando do violão a tocar do outro lado da parede do meu quarto.
- Você está brincando? – os olhos dele agora brilhavam e ele parecia uma criança que ganhara um novo brinquedo. – É simplesmente a banda mais perfeita desse universo!
Meus olhos iluminaram-se também, mas eu evitei demonstrar minha empolgação. Tinha que permanecer firme no meu posto de “garota fria”.
- Sei. – disse, friamente. – gosto deles.
Passaram-se alguns instantes sem que nenhum dos dois falasse nada. Fiquei olhando para a sacada enquanto o tempo não passava. Não sei como, nem quando, mas de repente, Nicholas estava sentado ao meu lado no sofá, segurando minha mão. Sobressaltei-me e puxei-a em direção ao corpo.
- Não me toque. – falei, em tom muito baixo.
- Escuta, Gen, eu quero mesmo que isso funcione. Quero voltar a ser seu irmão, voltar a fazer parte da sua vida. Mas para isso, você precisa me perdoar.
- Não estou pronta para isso. – falei, sem desviar os olhos da vista da sacada. Sentia os olhos dele pregados em minhas feições.
- Entendo. – disse ele, levantando-se e indo em direção à porta. Pegou na maçaneta e girou-a lentamente. – Então, te pego às sete?
Demorei alguns segundos para compreender o que aquele idiota estava falando. Saí de meus devaneios no instante em que aquilo passou a fazer sentido.
- Você o que?
- Pedi se às sete horas está bom pra ti.
- Bom para que? Ficou maluco?
Ele me olhou maliciosamente. Algum pensamento passou por sua mente para fazê-lo pensar besteiras, mas eu não consegui descobrir o que.
- Ora, eu não posso levar minha irmã para jogar boliche comigo?
Eu neguei com a cabeça. Ele pareceu duvidar de minha sanidade mental.
- Ora lá, Lefrant, vamos! Você não pode negar, vai ser especial dos Chili Peppers!
Refleti por alguns instantes. Depois reparei no fato de que ele não iria me largar se eu não fosse com ele.
Talvez fosse melhor ceder ao passeio e ser fria com ele enquanto estivesse lá.
- Okay. Eu vou. – disse, demonstrando o mínimo de empolgação possível.
Ele sorriu meio de lado, de uma maneira como eu nunca imaginei que alguém conseguisse sorrir. Mon Dieu, eu tinha esquecido de como ele era sensual!
Fechou a porta, e eu aliviei-me, suspirando.
Por quanto tempo mais conseguiria ser fria com ele?
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Nov 19, 2012 3:15 pm

Capítulo 10 – E Quando Não Podia Piorar...

Lá estava eu, de saltos altos, vestido simples brancos, cabelos presos em rabo acima de minha cabeça, maquiagem leve, porém marcante, esperando ansiosamente pelo momento em que ele bateria em minha porta. Por que, afinal, eu me sentia assim? Não devia nem ter aceitado a ideia de sair com ele, e apesar disso, lá estava eu, coração aos pulos como uma adolescente em seu primeiro encontro com o “homem da sua vida”.
Era, realmente, a situação mais ridícula em que eu já me encontrei.
E mesmo assimilando essa informação, ao ouvir a batida na porta e ver a maçaneta girando, revelando, por trás dela, o rapaz mais lindo e encantador que já vira em minha vida, não pude deixar de comparar-me com uma simples colegial.
Tentei lembrar de que ele era meu meio irmão, e que eu estava brava com ele. Não foi fácil.
- Pronta? – disse ele, abrindo um largo e radiante sorriso que deixaria bambas as pernas de qualquer garota. Naquele momento, porém, não havia funcionado comigo.
Juntei meu casaco de trás das costas do sofá e caminhei determinada até a porta, passando por ele como se fosse apenas uma mobília, jogando a chave do apartamento contra seu peito. Nick deu uma risada atrás de mim, arrastando-se porta a fora e trancando-a.
Apertei o botão do elevador e puni-me, enquanto o esperava, por ter aceitado aquela ideia maluca dele. Não ia acabar bem, tinha certeza disso.

~~*~~

Abri os olhos, sentindo-os pesados demais para moverem-se. A luz me cegou por alguns instantes, mas logo estava de volta ao meu estado natural.
Olhei para o relógio. chata cocozinho, 7:30. Nas férias. Descobri de onde vinha o mau humor.
Sentei-me na cama, irritada. Passei as mãos pelos cabelos, sentindo-os em um rabo de cavalo. Estava com o meu pijama rosa com as letras SPN minusculamente gravadas por todo ele, bem como o minúsculo desenho de um Impala Chevy 67 colocado entre cada uma das siglas. Ótimo, deixe-me ver se entendi: lá estava eu, no meu quarto, irritada sentada sobre minha cama, usando meu pijama de Supernatural que eu tinha haviam... sei lá... dez anos? – e ele continuava sendo meu favorito.
O que diabos havia acontecido na noite anterior?
Fiz um filtro mental para lembrar do que eu tinha vivido, ou pelo menos tentar lembrar.
Batidas na porta. Ele de calça jeans e camisa azul marinho estourando nos braços, dois botões abertos no peitoral. O caminho até o carro, e depois até o boliche, sem nenhuma palavra dita. By The Way tocando suavemente ao fundo do local, dando ao mesmo um ar mágico.
Lembrei-me de ter sentado em uma das mesas que havia no canto do bar, de onde podíamos ver os grupos de amigos animados a jogar boliche. Recusei a jogar também e pedi uma caipirinha de morango, aproveitando-me de meus doces 18 anos.
Primeiro gole de caipirinha. Silêncio. Lembrei-me de ter perguntado, ao som de Under The Bridge, para que ele me dissesse o por que de tudo aquilo, o motivo pelo qual tudo havia desmoronado. Nisso, já havia tomado um copo inteiro de caipira. Ele negou-se a falar. Levantei-me furiosa e, de repente, não havia mais nada além de escuridão.
Passei as mãos pelo cabelo novamente. Achei um calo na cabeça, e o contato dele com a minha mão fora tão doloroso e tão inesperado que soltei um grito.
- Hey, Miss Sunshine. Vejo que encontrou o sinal da noitada. – disse Johnny, entrando pela porta do meu quarto com uma bandeja de frutas, sanduíche, um suco e uma xícara que, pelo cheiro, devia ser cappuccino.
Por um segundo, pensei em casar-me com Johnny.
- Obrigada, Jay. – disse, escorando-me no encosto da cama e recebendo com alegria a linda bandeja que, para mim, mais parecia a porta de entrada para o céu. – Cara, o que foi que aconteceu ontem? Como você chegou aqui? – perguntei, dando uma mordida no meu sanduíche. Ele riu da minha vontade de comer.
- Não sei o que aconteceu. Tudo o que sei é que seu irmão me ligou quase uma hora da manhã, dizendo que estava no hospital e que era para eu encontra-lo no seu apartamento. – Johnny fez uma pausa, observando minha cara de confusa. Deu um sorriso gentil e prosseguiu. – Quando cheguei aqui, ele estava te carregando no colo até o sofá.
Meus olhos se arregalaram. Par Dieu, o que eu havia feito afinal?
- Me diga que foi você quem me vestiu o pijama. POR FAVOR me diga que foi você.
Reparei no instante de silêncio de Johnny, enquanto ele desviava os olhos do carpete para a mobília, tentando, a todo custo, não encarar minha visão inquisidora. Quando estava prestes a montar a Santa Inquisição, porém, uma voz veio da minha sala, e eu olhei diretamente para a porta do quarto, encontrando nela uma figura linda em uma calça de moletom preta e uma camiseta cinza.
- Tente de novo, maninha. – disse ele. – Em resumo: você levantou brava comigo, tonteou por causa da bebida, caiu, bateu a cabeça e desmaiou. – ele fez uma pausa, provavelmente analisando o tom avermelhado de minhas faces. – Te levei pro hospital, o doutor te fez uns exames e te deu um remédio. Depois de todos os exames checados e conferidos, ele me disse que não haveriam problemas maiores em te trazer para casa, e que você não precisaria ficar em observação, já que só estava dormindo por causa do medicamento.
Como, Par Dieu, eu não lembrava de tudo aquilo? O que havia acontecido comigo? E como, pelo amor de tudo que é mais sagrado, Johnny deixara Nick me vestir?
Mas de toda aquela situação, ainda havia algo de bom: eu descobrira que jamais poderia perdoar Nick. Como ele me negara, mais uma vez, o motivo pelo qual tudo aquilo havia acontecido? Tentei, várias vezes, fazê-lo falar, tentei ouvi-lo, e olha aonde fomos parar: eu fui levada ao hospital! Se depois de tudo isso, ele não tivera a capacidade de me responder, jamais a teria.
Aquela seria minha última tentativa.
- Bom, rapazes, agora eu já estou melhor. Johnny, você está terrível, parece que não dormiu a noite toda.
- E não dormi. – disse-me ele. Jay nunca confiara em Nick, jamais, e depois de tudo o que havia acontecido, depois de um passeio com Nicholas proporcionar-me uma entrada para o Hospital, acho que ele não dormiria se Nick passasse a noite sozinho com uma garota desacordada.
- Então pode ir, querido. Vai lá e descansa, eu me viro sozinha desde já.
Ele pareceu hesitar.
- Tem certeza.
- Absolutamente. – respondi, mais confiante do que na verdade estava.
Meu melhor amigo aproximou-se e beijou minha testa, saindo logo em seguida, mas não sem antes mandar-me um olhar por sobre o ombro, daqueles olhares que davam a entender: “qualquer coisa que aconteça, chame e eu me teletransportarei para cá com uma metralhadora em punho.”.
Assim que a porta trancou-se atrás do rapaz, olhei furiosa para Nick, fazendo-o sentar-se no outro extremo da cama.
- Agora, trate-me de me dizer a porcaria do motivo pelo qual tudo aconteceu, Nicholas Roday, ou eu juro por tudo que é mais sagrado que te expulso definitivamente da minha vida. Vivi sem você durante todo esse tempo, posso viver sem você daqui em diante.
Ele me encarou, vacilante. Não tive pena, nem por um segundo pensei em aliviar a barra para ele. Se havia algum momento em que ele tinha a obrigação de contar-me por que havia me excluído completamente de sua vida, esse momento havia chegado.
- E então, Roday? Estou esperando.


------X------
Então, esse foi o penúltimo capítulo, galere.
Quero ver se amanhã posto o último para vocês, por que né... isso já deixou de ser uma short há muito tempo.
Beijoos, e espero que tenham gostado.

PS.: cadê os comments, gente? poxa, eu escrevo toda animada, e não recebo um comment sequer? poxa, que injustiça isso, nanana.
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Mensagem por Mrs.Kiedis Seg Nov 19, 2012 5:50 pm

Mrs. Kiedis is Back baby! Haha
Parei de comentar por um misto de preguica e falta de tempo. Mas parar de acompanhar jamé, tu sabe que eu adoro demais essa short (que nao é mais short kk).Eu nem posso descrever a minha curiosidade para ler o ultimo cap , mas por outro lado estou triste pq vai acabar :/ .Isso do Roday voltar deu uma reviravolta na historia e agora eu nao sei dizer se ela vai ficar com o Johnny ou com o Nicholas, oh Gosh. Não se atreva a esquecer de postar o novo cap u.u E eu ja to esperando a nova short *-*
Bj bj
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Mensagem por JuhSalvatore Seg Nov 19, 2012 7:33 pm

oooh nega! kk' que bom que tu tá aqui, s2 pra tu
não sei como aguenta ler os meus posts, apenax
mas, de qualquer maneira, fico feliz que tenha gostado.
e tu ta off, senão eu postava ainda hoje pra tu. kk'
enfim, amucê minha nega.
beijoos
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Mensagem por Mrs.Kiedis Ter Nov 20, 2012 4:56 am

Ah se eu soubesse disso nao tinha ido dormir haha mas quero ler hoje ainda , eu ate sonhei com a fic .Preciso saber como termina o.o e eu adoro teus posts u.u
Também amo vc minha nega
Bj bj
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Mensagem por JuhSalvatore Ter Nov 20, 2012 10:21 am

meudeeeus, quero saber desse sonho aí, girl! kk'
hoje ainda eu posto, viu?
beijoos, minha blessed. amucê
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